CAPÍTULO 24
Boa noite .... sumi não meu 🐙...
Meu notebook deu um probleminha, mas já foi resolvido... mas com isso atrasou tudo...
Boa leitura... até terça.
Quem está lendo Um Único Olhar, voltarei na segunda... bjos...
Não fiquei surpreso ao ver minha mãe sentada em minha cama, a minha espera. Depois da mensagem que Samira havia enviado eu imaginei que seria procurado, só não esperava ela, e sim meu pai.
— Boa noite, filho. — ela alisava o tecido da cama, creio que se distraindo. Fui sentar ao seu lado.
— Boa noite, eu esperava meu pai. — ela sorriu sem graça. — Achei que ele viesse ter o prazer, de me lembrar das minhas obrigações. — minha mãe tirou a mão que estava esticando o tecido da cama, e me encarou.
— Eu preferi vir fazer isso no lugar dele. — franzi a testa sem entender. — Você sabe que não questionei sua decisão de trazer Jasmim para cá, muito pelo contrário achei muito nobre da sua parte assumir suas responsabilidades. — ela se levanta e vejo como está tensa. — Gosto muito dela, mas isso não tira suas responsabilidades com Hanna. — continuei observando sua postura. O que era estranha para mim.
— Eu não estou... — comecei a falar, mas ela levantou a mão.
— Eu sei que você teve a emergência por isso não compareceu ao jantar, eu sei. — ela para a minha frente. — Mas vejo que as coisas, estão mudando entre você e Jasmim.
— Isso é ruim? — pergunto tentando entender o porquê da mudança da postura dela, com relação a Jasmim.
— Não, desde que você saiba como levar tudo da melhor maneira para todos. — mudo minha postura e apoio meus cotovelos nos joelhos e esfrego meu rosto.
— Me casando com Jasmim para assumir minhas responsabilidades, e com Hanna para assumir minhas responsabilidades diante da família? — pergunto encarando minha mãe, que agora tem os olhos marejados. — Ou, seja, faça a vontade do seu pai. É isso o que a senhora está me dizendo?
— Estou te pedindo para que não bata de frente com seu pai. — ela vira-se de costas, e eu me levanto. — Vai ser melhor para todos, inclusive para Jasmim. — eu chego perto dela e toco em seu ombro.
— Mãe. — ela se afasta.
— Por favor Zayn, faça o que eu estou te pedindo. — ela limpava o rosto, ainda estando de costas. — Não sei porque tanto se opõe a isso, é normal. — viro seu corpo para que fique de frente para mim.
Ela ainda está chorando, e eu sei que isso não tem nada haver com a minha situação. Eu a abraço e ela não se nega. Passo meu braços a sua volta e deixo com que ela chore. Seja lá qual for o motivo do seu estado, será mais fácil de conversar depois.
Ficamos assim por um tempo, até que ela está mais calma e se afasta. Pego uma toalha que estava na cadeira e entrego a ela, que enxuga seu rosto. Lembro da conversa que tive com meu pai, e a forma como ele ficou quando viu o nome daquela mulher no papel.
— Isso tem haver com Nair? — minha mãe se afasta de mim como se tivesse levado um tapa.
— Do que você está falando? — ela limpa o rosto e noto como fica nervosa.
— Esse seu nervosismo, não é por mim ou minha situação, mas isso te trás lembranças, amargas lembranças já que a senhora sempre chora. — ela me encara com raiva nos olhos. — Mãe, não sou burro, eu vejo que existe algo que te machuca e essa situação da Jasmim, trás lembranças não somente a senhora como a meu pai também, é por isso o ódio dele por ela. — concluo começando a ligar os fatos. — Ela trabalhou na empresa, mas tudo dela foi apagado e eu não entendo por que.
— Você não sabe de nada. — ela arruma as roupas.
— Então me diga o que aconteceu? — ela me olha séria.
— Você realmente quer saber o que aconteceu? — confirmo. — Então cumpra suas obrigações, e eu te conto.
— Isso é chantagem! — falo me afastando. — Não esperava isso vindo da senhora.
— Infelizmente, isso vem das pessoas que menos esperamos, por isso elas nos machucam tanto. — ela começa a se encaminhar para porta. — Temos coisas a resolver amanhã e eu te espero cedo. — fico olhando sem acreditar. Ela sorri. — Meu filho, pode acreditar em mim, meu preço é o mais barato a ser pago.
Então ela sai me deixando mais confuso que já estava. A atitude da minha mãe em me chantagear havia tirado meu chão. Esperaria qualquer coisa vinda do meu pai, mas dela eu não esperava.
"Infelizmente isso vem das pessoas que menos esperamos, por isso elas nos machucam tanto"
Mesmo estando surpreso com sua atitude eu tentava entender a relação de Nair em tudo isso. o fato dela ter trabalhado para meu pai, não dizia muita coisa, já que sua demissão veio através do pai do Almir.
Esfreguei meu rosto e deitei tentando buscar conexões entre tudo, e acabei pegando no sono sem perceber. Quando acordei vi que o dia já amanhecia. Eu precisava falar com Almir sobre algumas coisas, mas hoje iria fazer o que minha mãe pediu.
Assim ao menos não vão ficar no meu pé. Antes de sair fui ao quarto de Jasmim, e observei como ela dormia, Aysha estava ao seu lado. Sentia meu peito arder quando olhava para as duas assim.
Sai do quarto ainda me sentindo confuso em relação ao que havia acontecido com minha mãe. Mas com relação a Jasmim, as coisas pareciam estar se encaixando. Sai de casa com minha mãe e fui resolver algumas coisas. E quando cheguei a empresa já passava das 10:00 da manhã.
— Peça a Farid para vir assim que puder. — falei com Issac ao passar por sua mesa.
— Ok, mas devo avisar que tem visita em sua sala. — paro ao ouvir isso. — Não tive como impedi-la. — ele dá de ombros. Assim que entro vejo de quem se trata.
— Bom dia. — Ayra está sentada em uma poltrona, virada para a grande janela que tem como vista o deserto.
— Eu fico fascinada com essa imensidão. — ela gira a cadeira e sorri. — É um grande tapete de areia. — então virasse para mim. — Quero que deixe claro que minha parte na Imperatriz não está a venda.
— Eu já falei isso a ele. — sento-me em minha cadeira. — Mas Mustafá é meio insistente quando quer algo.
— Bom fale mais uma vez. — ela vem e senta-se a cadeira a minha frente. — Nossa você está péssimo, o que aconteceu? — acabei rindo.
— Problemas. — ela solta uma gargalhada.
— É por isso que não pretendo me casar. — a encaro.
— E quando foi que eu disse que esse era o problema? — ela levanta e vai até a mesinha de centro e pega uma revista.
A mesma que eu tinha visto dias atrás, ela joga a minha frente. Olho a capa onde fala sobre meu casamento com Hanna. Afasto a revista e me recosto em minha poltrona.
— Podemos dizer que são parte deles. — ela volta sentar.
— Quer conversar? — ela me olha com aquele sorriso inocente que me faz lembrar Jasmim. — Sei que não sou Almir, mas quebro o galho. — rimos os dois.
— Senti sua falta. — falei sendo sincero.
— Eu sei, se eu estivesse aqui você não teria cometido metade das burradas que já cometeu. — ela estica as pernas em minha mesa. — Mas meu pai tem feito marcação cerrada.
— Ele ainda não descobriu sobre seu segredinho? — ela nega e ri.
— O dia que o poderoso sheik Hakim descobrir que sua ilustre filha passa horas em um haras cuidando de cavalos, das duas uma, ou ele tem um enfarto e morre, ou então me mata sem deixar rastros. — rimos. — Para todos os efeitos em ainda venho para Dubai fazer trabalhos sociais, em prol do nosso país. Mas não fuja do assunto, o que tem tirado sua paz? Ou melhor qual o nome dela?
— Jasmim. — falo e assim que pronuncio seu nome uma sensação de paz me toma por completo.
Conto a Ayra tudo que tem acontecido, desde a ultima vez em que nos falamos. Ela escuta atentamente, e suspira em alguns momentos, como quando eu falo de Aysha. Acho que até eu mesmo chego a suspirar quando penso em meu pacotinho.
— Eu achei que nunca veria esse momento. — ela fala rindo. — Não acredito que Zayn foi fisgado pelo cupido. E com relação a essa tal Nair, tente fazer buscas pela cidade dela, parentes, alguém que saiba da história dela, por mais que tentem esconder o que de fato aconteceu, o crime nunca sai perfeito.
— Almir já está fazendo isso, ele também tem interesse no assunto.
— E quando vou conhecer a jovem que conseguiu a façanha de te pegar de jeito? — sorrio.
— Em breve.
Eu estava angustiada esperando alguém vir brigar comigo por ter batido na Samira. Mas não apareceu ninguém até o momento. Logo depois que ela saiu, Lia insistiu que eu me deitasse, foi o que fiz.
E mesmo que eu tivesse falado que estava bem, que a pontada de dor que senti naquele momento havia passado, ela chamou um médico. E esse era na verdade o motivo de eu estar preocupada. Era o mesmo médico da noite passada. O qual Zayn havia falado que se envolveu com sua noiva.
Eu não tinha culpa dele agora estar aqui no meu quarto.
— Como foi que você caiu mesmo? — Sim, eu falei a ele que havia escorregado e caído.
Não iria dizer a um estranho que tinha sentimentos de rancor por Zayn, que tinha batido na minha cunhada, porque ela é um ser humano desprezível e não perde a oportunidade de me espezinhar. Olhei para o dr. Gabriel e voltei a repetir.
— Tropecei em algo que estava no chão, não sei ao certo o que foi. — ele me analisa e concorda. — Mas eu estou bem.
— Isso quem vai dizer sou eu. — ele me olha sério. — E onde está seu...
— Se for Zayn, ele está trabalhando. — na verdade não fazia ideia de onde Zayn estava, e falar com ele sobre Zayn parecia errado.
Olhei para Lia que vinha do quarto de Aysha com ela no colo. Já estava na hora dela mamar.
— Está tudo bem doutor? — ela perguntou diretamente ao médico.
— Sim, vou receitar somente um analgésico, mas irá continuar em repouso pelo restante do dia, sem esforços, porque o problema não são os pontos externos, sim os pontos internos. — ele escreveu uma receita e quando me entregou ficou me encarando.
— Mais alguma coisa? — perguntei me sentindo incomodada com a forma que ele me olhava.
— Procure descansar, seus dias tem sido bem agitados pelo que vejo.
Ele se levantou e foi em direção a porta, Lia me entregou Aysha e saiu junto com o médico.
— Oi meu amor. — acaricie sua bochecha, ela já virou na direção da minha mão, querendo mamar.
Amamentei Aysha, e quando ia levantar, Lia voltou. Então foi ela quem terminou de cuidar da minha princesa. Eu votei a deitar, e pensar nas possíveis consequências que poderiam vir pela frente. Mas eu estava bem, não me arrependia de ter esbofeteado Samira.
Pensei em mandar uma mensagem para Zayn, lhe contando o que aconteceu, ou parte pelo menos, mas desisti. Eu não fiz nada demais, somente me defendi. E não via motivos para me justificar.
Não iria me preocupar com isso agora, quando ele chegasse, eu veria o que fazer.
— Vai me dizer agora o que aconteceu? — Lia perguntou sentando-se na beirada da cama. — Eu sei que Samira não é uma pessoa muito fácil de se lidar. — sua mão esbarrou no papel que Samira havia jogado em cima da cama. — Foi isso que ela veio fazer?
— Sim.
— Eu não acredito. — Lia parecia não se importar muito com o que a Samira fazia. — Você não deve ligar, não sei a quem essa menina puxou.
— Ao pai, com toda certeza. — falei me sentindo ressentida com o fato de todos sempre acharem que ela não faz por mal, ou que eu não deveria ligar. — Você acha que ela seria capaz de fazer algum mal a mim ou a minha filha? — sondei.
— Claro que não, ela é mesquinha e birrenta, mas isso não quer dizer que ela faria mal a vocês duas. — ri amarga. Ninguém acreditaria se eu falasse que ela me empurrou da escada. Seria a minha palavra contra a dela.
— Eu vou descansar. — deitei ao lado de Aysha. — Tranque a porta quando sair por favor. — notei que ela pensou algo, mas não falou. Eu estava cansada, e nem queria saber o que poderia ser.
Eu tinha que pensar no que fazer.
Mal coloquei o pé dentro de casa e fui barrado por Samira.
— Eu preciso falar com você. — ela disse e começou a ir e direção ao escritório. — É urgente!
Queria dizer que não estava com paciência para suas urgências, mas o fato dela estar com o rosto todo marcado despertou em mim a curiosidade. Então a segui até o escritório. Ela foi até a janela, eu fechei a porta e me sentei na primeira cadeira. Eu estava cansado.
— Eu sei que nós estamos distantes desde que você trouxe essa...
— Samira, cuidado com o que vai dizer. — alerto já imaginando de quem ela falaria.
— Ok, desde que você trouxe a empregada do Almir, melhor assim? — perguntou virando-se para mim e pude ver seu rosto com machucados. — Mas eu exijo que você tome alguma providencia em relação ao que ela fez. — esfreguei me rosto cansado desse mi mi mi.
— O que ela fez? — perguntei esperando para ver suas invenções.
— Você não está vendo? — ela apontou para o rosto.
— Você está me dizendo que foi Jasmim que fez isso em você? — perguntei incrédulo. — Não acredito!
— Mas foi ela mesma, aquela vaga... — me levantei e me aproximei dela com rapidez que ela se calou.
— Já falei para ter cuidado de como fala dela. — alertei, mais uma vez e com a voz baixa. — O que você aprontou? — ela ficou confusa.
— Como assim? — sorri.
— Samira. — falei segurando a vontade de rir. — A Jasmim, é a pessoa mais serena que eu já conheci, se ela chegou ao ponto de bater em você, é porque a ação primaria partiu de você. — ela ficou quieta.
— Ela me bate e você ainda a defende? — lembro da mensagem que ela havia enviado para mim, não foi algo direto a Jasmim, porque foi para meu telefone que ela enviou. Mas eu conhecia Samira.
— Eu te conheço, e tenho conhecido ela, também. — me afasto indo pegar minha pasta e ela continua falando.
— Eu não acredito que você se dobrou a tal ponto de não enxergar o que ela vem fazendo. Isso não vai ficar assim Zayn, não mesmo. — antes de sair olho para ela.
— Eu sei que não vai. — ela começa a sorrir. — Sabe o que eu vou começar a fazer? — ela nega. — Vou levar Jasmim para jantar, porque ela merece um premio por ter reagido as humilhações que você a impõem.
— Ela não merece estar aqui. Ela é uma empregada!
— Não importa o que ela foi. O importante é o que ela não é, ela não é igual a você. — seguro na maçaneta para sair. Mas sinto vontade de falar mais uma coisa. — Eu vou descobrir o que aconteceu Samira, e quando isso acontecer, você vai se ver comigo. — ela para e fica séria.
— Você é meu irmão! — ela quase grita.
— E o seu irmão avisou para você que a deixasse em paz. Eu não falo a toa. Não aviso várias vezes, e, o mesmo sangue ruim que corre nas suas veias, corre nas minhas também. E se eu souber que você fez algo contra ela, eu passo por cima de você sem dó, irmãzinha!
— Zayn...
— Boa noite Samira!
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