CAPÍTULO 15
Hello ... só vim dizer a vcs que estão quase lá .... kkk
Brincadeira gente, me lembrem de nunca mais fazer esse trem de meta, ou colocar uma quase impossível....
PARABÉNS, menos que 24 horas e faltam só algumas visualizações...
Não brinco mais assim com vcs kkk
BOA LEITURA!
Em meio a conversa que eu estava tendo com James e Farid não conseguia tirar Jasmim da cabeça. A forma como ela havia se afastado eu achava estranha, antes eu via que ela gostava de estar perto de mim, e percebi que em meio ao caos que minha vida havia se tornado, eu também gostava de estar perto dela.
Mas eu não conseguia entender essa mudança dos últimos dias. Até havia conversado com Lia, querendo saber se ela tinha comentado algo, Jasmim se fechava como uma ostra, e, isso me incomodava demais.
— Meu menino, só pode ser a ansiedade. Ela não falou nada comigo, eu não te esconderia algo assim, se ela tivesse falado alguma coisa.
— Isso se chama cabresto amarrado. — ouvi Farid falar e em seguida a risada dos dois. Encarei os dois a minha frente ainda com os pensamentos longe. Issac entrou com duas pastas em mãos.
— A sala de reuniões está pronta, e já estão todos esperando. — deixou as pastas em cima da mesa e saiu.
— Bom já que desse mato não sai coelho, vamos caçar um rato. — James falou ao se levantar.
— Vocês dois devem ter algo melhor do que cuidar da minha vida. — falei pegando as pastas e seguindo em direção a porta.
— Temos muitas coisas a fazer meu amigo. — Farid bateu em meu ombro. — Mas nenhuma delas é mais interessante. — sem dar atenção a Farid e ao seu estado de súbita babaquice saí da sala e falei com Issac.
— Não me passe nada, não quero ser interrompido. — ele concordou. Então seguimos para sala de reuniões.
Se, tinha alguém aqui dentro que estava nos prejudicando, eu iria descobrir.
ISSAC.
Estava absorto em analisar alguns documentos quando o telefone tocou.
— Pronto.
— Issac? — revirei os olhos ao reconhecer a voz de Samira.
— Sim. — ouvi mais vozes de fundo.
— Eu queria falar com Zayn. — ela ficou em silêncio por um segundo antes de completar.
— Ele está em reunião. — respondi não entendendo porque ela não ligou direto para ele, e sim para mim.
— Entendo. — disse como se lamentasse.
— Aconteceu alguma coisa? — perguntei curioso. Se fosse outra pessoa nem ligaria e já teria desligado. Mas tudo que envolvia essa mulher todo cuidado era pouco.
— Não é nada importante. — Samira dizer que não era nada importante acendeu um pisca alerta em minha cabeça. Nada do que ela falava era realmente importante, mas ela chegar sozinha nessa conclusão era o que estava de errado.
— Tem certeza? — eu estava conversando no automático, não era o que ela falava que me chamava a atenção e sim as vozes ao fundo. Parecia a voz...
— Tudo bem. — ela desligou.
Fiquei um tempo olhando para o telefone, tentando entender o que havia acabado de acontecer. Eu realmente não ligaria em mandar Samira embora dez vezes ao dia, mas o problema era ela concordar. Ela nunca concordaria.
Foi tudo muito fácil.
E aquela voz...
Peguei meu celular e disquei o número e já estava quase desistindo quando ela atendeu.
Na sala de reuniões, eu olhava no meu laptop algumas coisas enquanto James explanava a ideia que usaríamos para atrair a pessoa que poderia estar envolvida com a venda de informações internas.
Almir tinha razão em estar puto e querendo acabar com a pessoa, isso nos custava milhões. Mas o pior de tudo é ter um traidor e não saber. Dinheiro era algo que ia e vinha, mas confiança era algo que não tinha preço e prezávamos muito por isso, desde os maiores acionistas aos que trabalhavam na limpeza do prédio.
Observava atentamente cada um que estava presente na sala, eu conhecia a todos a anos e seria uma decepção saber que estavam envolvidos nisso. A porta foi aberta e Issac entrou mais branco que uma folha de papel, e ali naquele momento soube que algo tinha acontecido. Ele veio até mim e o que ele falou ao meu ouvido, fez gelar até minha alma.
— Jasmim sofreu um acidente e está a caminho do hospital. — sem avisar ou justificar algo levantei, e saí da sala sendo seguido por Issac que deixava alguma explicação, por minha atitude.
— Manda o motorista ficar pronto na garagem. — falei quando notei que ele já me alcançava enquanto ia em direção ao elevador.
— Já está nos esperando, e já passei também todas as coordenadas do hospital. — apertei várias vezes o botão até que as portas foram abertas. — Samira foi com ela, e... — ele parou e me olhou sério. Entramos no elevador.
— E? — apertei o botão da garagem.
— Bom você vai ter que conversar com sua irmã, porque Samira ligou aqui, mas disse que não era nada importante. — ele riu balançando a cabeça. — Bom resumindo ela não iria te avisar.
— Certo. — foi a única coisa que falei ao sair na garagem onde o motorista já me esperava com o carro ligado. Eu me entenderia com Samira. — Se ela não falou, como você soube? — perguntei assim que entrei no carro.
— Pela forma como ela agiu, eu senti que tinha algo errado então tratei de confirmar. — ele entrou ao lado do motorista e voltou atenção a ele. — Vamos. — e o motorista arrancou.
Dentro do carro enquanto seguia para o hospital liguei para minha mãe, e ao descobrir que ela não estava em casa resolvi que não falaria nada por telefone, pedi que ela seguisse para o hospital e sua alegria em imaginar que o parto ocorreria de forma natural, fez meu estomago embrulhar.
Guardei o aparelho no bolso, e fechei os olhos sentindo tantas coisas ao mesmo tempo, que me deixavam totalmente amortecido. Percebia e sentia que algumas coisas tinham mudado, eu gostava de sua companhia, mas sabia que isso não era nada perto do que ela dizia sentir por mim.
Meus pensamentos foram dissipados pelo solavanco em uma manobra na entrada do hospital. Logo em seguida o carro parou e eu saltei, sentindo um desespero sem igual. Só em imaginar o medo em que ela pudesse estar sentindo pelo que possa acontecer me deixava com dificuldade de respirar. Entrei seguido por Issac.
— Temos que ir até o balcão de informações. — as pessoas nos olhavam assustadas senti meu celular vibrar e o peguei vendo ser minha mãe. Ele me encarou. — Deixa, eu vou. — ele saiu indo em direção ao tal balcão. Atendi e tentei manter a calma enquanto ouvia minha mãe.
— Eu não sei mãe, vou saber quando chegar onde ela está. — desliguei e liguei para Samira. Ela atendeu no segundo toque.
— Qual é o andar em que vocês estão? — ela ficou em silêncio, mas logo respondeu. Fui em direção ao elevador. Nesse momento Issac me alcançou e colou algo em minha roupa.
— Ela está no centro cirúrgico 5° andar. — ele informou assim que entramos no elevador. — Só isso que consegui de informação, o restante só com a equipe que está cuidando dela. — eu apertava meus dedos sentindo cada osso estralar. — Devo avisar a família dela? — olhei para ele.
— Que família? A que jogou ela na rua? — as portas foram abertas e saí sentido meu corpo trêmulo.
— Independente disso, é a família... — parei e o encarei. — Não sabemos o que aconteceu Zayn nem o que vai acontecer. — engoli em seco ao lembrar do dia em que Jasmim viu o vídeo e chorou até dormir em meus braços.
— Nada vai acontecer. Não pode acontecer. — voltei a andar em direção onde tinha algumas pessoas vestidas com uniformes do hospital.
— Zayn. — ouvi a voz de Samira quando passei por algumas pessoas que estavam numa pequena sala de espera. Virei, ela vinha em minha direção como se sentisse por algo. Na verdade eu não gostei foi do que senti ao olhar para ela, e lembrar do que Issac falou. Ela não iria me avisar.
— Minha conversa com você será depois. — falei esticando a mão para Issac, que falava ao telefone com alguém, ele voltou sua atenção para mim. — Cuide para que ela não esteja mais aqui quando eu voltar.
— Zayn, porque isso? — ela ficou assustada e olhava para as pessoas.
— Não se preocupe, não é nada importante. — falei e voltei a andar.
— Como eu amo meu trabalho. — ouvi Issac falando, mas não dei atenção a nada nem ninguém.
Eu precisava de informações sobre Jasmim e minha filha.
Logo que a ambulância chegou ao hospital, fui levada direto para a enfermaria, e de lá para sala de cirurgia. Quando a enfermeira me avisou que eu iria para sala de cirurgia eu já nem sentia mais nada, nem dor nem as contrações. Eu estava em um estado letárgico, e isso me assustava demais.
Não sabia se era em decorrência da queda ou do vazio que sentia dentro de mim. Ele não vinha, e isso me deixava pior do que já estava. Fui medicada e fizeram alguns exames rápidos e logo eu já estava subindo para centro cirúrgico.
Eu chorava em silêncio e pedia a Allah que não deixasse que nada de mal acontecesse com minha filha, eu já nem me importava comigo, minha preocupação era somente com ela. Chegando na sala fui preparada por duas enfermeiras, elas conversavam banalidades como se estivessem fazendo um bolo.
Virada de lado, para que pudesse ser feita a anestesia, eu me encolhi e chorei. Eu imaginei esse momento tantas vezes, mas nunca como ele estava sendo. Sozinha. Comecei a sentir sono, não profundo, mas um leve sono.
Tudo pareceu ficar em câmera lenta. As vozes se multiplicaram e outras pessoas entraram a sala, colocaram uma touca e uma mascará onde ficou mais fácil de respirar. Eu estava quase caindo no sono quando ouvi um burburinho de vozes misturado com os sons dos aparelhos que soavam a todo, momento.
Virei meu rosto em direção as vozes e só senti meu peito comprimir e as lágrimas que pensei que tivessem acabado, voltando a inundar meus olhos. Ele estava aqui, conversava com alguém.
Eu queria falar, mas não conseguia, minha voz não saia. Então ele olhou em minha direção e um soluço escapou da minha garganta, e o som dos aparelhos começou a ecoar mais rápidos, mais altos. Eu não acreditei. Eu deveria estar sonhando, deveria ser alguma alucinação causada pela anestesia ou algo do tipo.
Fechei meus olhos me negando a me iludir mais uma vez. Eu respirava e sentia a força se esvaindo do mim. Senti um carinho em minha cabeça, e sorri. Eu reconhecia aquele toque. Logo depois um beijo em minha testa e algumas palavras que me fizeram descansar como nunca.
"Eu estou aqui, vai ficar tudo bem"
Vai ficar tudo bem.
Repeti algumas vezes até não sentir mais nada e ser sugada pela escuridão.
Assim que me identifiquei como sendo quem era, todas as portas foram abertas. Mas eu queria informações e isso não estavam me dando. Fui levado para colocar uma roupa apropriada para poder entrar no centro cirúrgico entrando em uma sala antes, onde fui orientado.
Somente quando entrei na sala onde ela estava que senti a razão voltar, e me assustei ao notar que o medo que imaginei que ela estivesse sentindo não era dela, era meu. Bastou seus olhos encontrarem os meus que essa certeza me dominou.
Esse medo era meu.
Os enfermeiros haviam me dado algumas informações sobre ela, mas nada me preparou para a cena que via a minha frente, pessoas estavam a sua volta, falavam entre si, o barulho dos aparelhos dispararam e algumas pessoas se agitaram. A quantidade de sangue que via. Eu temi.
Não!
Nada iria acontecer.
Lembrei do que havia acabado de falar para Issac. Lembranças do que o pai fez a ela. Tudo se embaralhava em minha mente, mas era seus olhos que me diziam tudo o que eu precisava saber. Mesmo cercada de pessoas ela estava sozinha. Ela se sentia sozinha.
Eu via em seus olhos a dor, o medo, a incerteza, senti o meu medo aumentar no momento em que seus olhos se fecharam, deixei a pessoa que falava comigo e fui até onde ela estava deitada.
— Eu estou aqui, vai ficar tudo bem. — acariciei seus cabelos e beijei sua testa. Ela não falou nada, mas um vislumbre de sorriso se desenhou em seus lábios.
As vozes se misturavam e diversas coisas eram faladas a minha volta, mas eu não me preocupava com o que acontecia, sabia que ela estava sendo cuidada e eu nada poderia fazer. Os barulhos que ecoava dos aparelhos hora parava e me deixava assustado. Mas eu só fechava meus olhos e pedia que nada de ruim viesse acontecer.
Não saí do seu lado, até que um choro ecoou na sala me fazendo levantar a cabeça. Olhei na direção e vi um pequeno embrulho ser levado para um canto, pessoas estavam a sua volta. Eu olhei para Jasmim e senti o ar me faltar. Seus olhos continuavam fechados, sem nenhuma reação.
— Nossa filha nasceu. — falei ao seu ouvido. Mas nada. Uma enfermeira se aproximou. — Porque ela não acorda? — perguntei com a voz fraca. Ela me olhou com compaixão.
— Ela perdeu muito sangue, está fraca. — apontou para um aparelho. — Os batimentos estão fracos, mas ela está bem. Ela irá acordar quando o efeito da anestesia passar.
Voltei a olhar para Jasmim sentindo-me mais calmo, mas não em paz. Acho que isso só aconteceria quando eu visse novamente aqueles olhos tão expressivos me encarando. Me, dizendo tudo o que a boca não falava.
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