CAPÍTULO 13
Boaaa noiteee!!
Estão no meu pé querendo meta para capítulo... eu na nunca fiz isso.
Mas se vcs quiserem posso até pensar... e dou a dica que seja no 14, já que ele termina com a cena do prólogo kkkk... o que vcs acham?
Comentem que verei pelos comentários o que fazer.... muita gente querendo maratona, sem chance meninas, ainda estou escrevendo o livro...
Bjos...
Alguns dias haviam se passado e não se falava em outra coisa nos jornais de fofoca na internet, além do noivado do herdeiro Abdullah. Eu revirava os olhos, todas as vezes em que terminava de ler alguma matéria sobre isso, ou todas na verdade.
Fechei o computador que Zayn havia me dado para usar. Segundo ele o meu, não teve mais salvação, e que eu poderia usar esse como sendo meu. Sorri. Ele achava que conseguia me enganar, eu sabia que esse era novo, e que ele não tinha a intenção de pegar de volta, mas o que ele faria não era a questão, e sim o que eu faria.
Eu não queria usar o dinheiro dele para nada, eu sabia que estava sendo orgulhosa demais, tomando essa atitude, mas era somente para que ele tirasse da cabeça a ideia de que o que fiz, pudesse estar relacionada a um golpe, mas minhas reservas estavam acabando, e eu tinha que economizar, até conseguir voltar a trabalhar com alguma coisa.
Então eu aceitei o computador, temporariamente. Ele também havia me entregado um cartão de credito e disse que poderia usar como quisesse. Concordei, e guardei. Parece que ele não ouvia o que eu falava, ou não levava a sério.
Passei a mão na barriga sentindo minha bebê chutar. Mais duas semanas e ela poderia nascer a qualquer momento. Minha ansiedade estava a todo vapor. Eu não via a hora dela estar em meus braços, de ver seu rostinho gorduchinho. Olhei para o kit de enxoval que ganhei de Ayla e alsyd Almir, que ainda estava em cima da cama. Era tudo tão lindo, branco com detalhes em dourado.
Ela havia me convidado a ir visitá-la, mas estava me sentindo tão cansada que recusei, e deixamos para depois do parto. Comecei a rir com a lembrança da cara de Samira quando viu Ayla entrando na sala. Não conseguiu esconder o desagrado, mas a senhora Hadassa foi tão atenciosa e educada, que nem notamos quando ela saiu.
As vezes eu pensava sobre minha situação em relação a Zayn. Ele estava seguindo a vida dele, como antes, e eu estava a espera de um exame, para que algo fosse feito. Isso não me trazia mágoa ou me fazia sentir mal, eu entendia e achava justo, já que ele não lembrava.
Nossa convivência estava cada vez melhor, sempre que o pai não estava por perto. Ele era atencioso, gentil era o Zayn que eu conhecia, mas quando seu pai estava por perto ele era vago, distante, até mesmo frio, e isso as vezes me confundia. Mas também poderia ser coisa da minha cabeça. Encontrei com Hanna duas vezes depois daquele jantar, notei que ela me observava com atenção. Eu não fazia ideia se ela sabia de algo. E se não soubesse, não seria eu a falar.
Disse ao Zayn que não criaria problema a ele, e assim faria.
Samira não perdia a oportunidade em me cutucar. Mas eu sinceramente nem ligava, ela deveria arrumar algo de útil para fazer, assim ocuparia seu tempo com algo bom. Escuto batidas na porta e ao olhar para trás vejo Lia entrando.
— Vim ver se vai querer alguma coisa da rua, vou ao mercado. — ela vai até a cama e olha tudo. — Que riqueza essas roupinhas. — sorrio concordando quando ela me olha.
— São lindas mesmo. — faço menção em me levantar, mas desisto. — São dignas de uma princesa.
— Então vai querer algo? — nego. — Então procure descansar, já deixei um lanche prontinho para você, é só esquentar no micro-ondas.
— Obrigada, não precisa se preocupar, eu me viro. — ela balançou a cabeça e sorriu vindo em minha direção.
— Não é somente preocupação, é demonstração de carinho também minha menina. — ela segura minha mão acariciando. — Não quer nada mesmo?
— O que eu quero você não pode trazer da rua. — ela riu já sabendo o que era. — Não vejo a hora.
— Logo ela estará em seus braços. — ela beija minha cabeça. — Descanse menina, e não esqueça de comer tudo que fiz. — ela começa a sair.
— Farei esse sacrifício por você. — rimos as duas sabendo que o sacrifício era eu ficar sem comer.
ISSAC
Os últimos dias foram corridos e posso dizer que nem dormir eu estava dormindo, mas não podia reclamar, apesar de todo o cansaço, eu me sentia bem apesar do rumo que as coisas estavam tomando.
— Posso entrar? — tiro os olhos o celular e encaro Samira. — Preciso falar com meu irmão. — seu semblante não parecia dos melhores.
— Não. — voltei a atenção para as noticias que estavam circulando.
— Como assim não?
— Você perguntou se poderia entrar, e a resposta é não. — respirei fundo e encarei Samira. — Seu irmão não quer ser incomodado, e quando ele se refere a isso, você está no topo da minha lista. — sorrio.
— Essa é sua maneira de me atingir? — revirei meus olhos.
— Não, isso não tem nada haver com aquilo. É somente a maneira mais clara de dizer que seu irmão, está ocupado e não quer ser incomodado. Ordens dele. — aponto para a porta. — Quer que eu desenhe? — ela fica furiosa e nesse exato momento as portas do elevador se abrem e Almir Faruk sai vindo em nossa direção, e pela sua cara a coisa não estava boa.
Merda!
Algo me dizia que meu dia ainda poderia piorar.
— Almir, quanto tempo... — Samira foi em sua direção, mas ele não deu a mínima a ela e muito menos a mim, passou por nós entrando na sala de Zayn sem ao menos bater. — Você disse que ele estava ocupado. — ela voltou a me questionar.
— E está. — voltei a afirmar.
— E porque não disse isso a ele?
— Ele quem?
— Ao Almir que acabou de entrar. — olhei para a porta me fazendo de desentendido.
— Acho bom você ir tomar uma água, o calor está afetando sua cabeça. — me levantei e a guiei até o elevador, apertando o botão.
— Eu não estou louca, eu vi ele entrando! — me segurei para não começar a rir.
— Eu também, mas louco eu estaria de impedir ele de entrar. — empurrei-a para dentro e apertei o botão do térreo. — Tchau Samira.
— Eu odeio você. — ela gritou antes das portas se fecharem.
— Eu sei. — sorri e dei meia volta, indo em direção a minha mesa.
Pela forma como Almir passou furioso não sabia o quanto iriam demorar, mas creio que teria tempo suficiente de analisar o arquivo que recebi do técnico que avaliou o computador de Jasmim.
Eu precisava saber se ali tinha algo que poderia ser usado, por isso pedi que salvasse tudo em um pen drive. Zayn vinha se mantendo mais reservado do que já era quando o assunto era sobre ela, nem comigo ele estava falando e isso estava dificultando e me deixando preocupado.
Sentei e abri meu notebook particular.
— Vamos ver o que temos aqui.
Quando disse a Issac que não queria ser incomodado, é porque tinha a certeza que receberia a visita de Almir. Depois do que vi nas manchetes, tinha certeza que ele viria até mim. Olhei mais uma vez para o relatório que ele trouxe.
— Você tem certeza disso? — falei ao me ajeitar na poltrona e girar para poder ficar de frente para ele. — Pode ser um blefe. — coloquei os papéis em cima da mesa e olhei em sua direção.
Ele estava de pé diante da janela panorâmica que se tomavam o lugar de duas paredes. Ele parecia calmo, mas eu sabia que não estava. Eu era melhor que meu amigo a esconder minhas emoções.
— Não é! — respondeu virando em minha direção. — James já confirmou. — pensei em alguma coisa que poderia falar para ele, e amenizar, mas não havia.
— O que pretende fazer? — ele sorriu quando sentou na cadeira a minha frente. Sorri junto, já imaginando. Ele seria implacável, e eu o apoiaria.
— Destruir ele. — ele se recostou. — Mas o que mais me incomoda é que essa informação saiu daqui da empresa. — ele expirou fundo. — Precisamos descobrir quem é essa pessoa, ou iremos continuar perdendo.
— Nós vamos, é uma questão de tempo. — concordou em silêncio.
— O que me espanta é que Mustafá não esta metido dessa vez. — ele comenta rindo. — Pelo que soube ele anda atrás de uma égua, graças a você. — rimos. — Eu sempre soube que você havia herdado o lado vingativo do seu pai, mas o coitado te fez um favor. — lembrar do meu pai fez meu sorriso morrer. Nossas discussões estavam cada vez mais freqüentes.
— Não fui vingativo, honrei minha palavra dando a ele minha parte na égua. Ele que não soube investigar direito dessa vez e não sabia da minha sócia. Agora ex.
— Ele até consigo imaginar como ficou feliz. — voltamos a rir. — Mas, e Ayra o que achou disso?
— Não gostou nenhum pouco, afinal a fama dele não é boa. Mas depois de um tempo ela aceitou, viu qual era minha urgência.
— Eu não esperava menos dela. — ele batuca as pontas dos dedos no apoio da poltrona, e noto que suas feições mudam, isso indica que o rumo da conversa também vai mudar. Respiro fundo já sabendo que rumo será. — E, como você está?
— Bem, no momento aqui sentado conversando com você. — ele continua me encarando, mas no fim concorda rindo. — Me surpreendi de você não ter ido atrás de informações sobre Jasmim.
— E, porque eu iria? Além de te conhecer, lembro de suas palavras quando conversamos naquela tarde em que ela fugiu.
Eu disse que não era homem de fugir de minhas responsabilidades.
— E, então como você está?
— Como antes, não lembro de muita coisa daquela noite, e máximo que posso fazer no momento é esperar minha filha nascer para fazer o exame, enfim. — dou de ombros. Ele sorri. — O que foi?
— Você se referiu a ela como sua filha. — dei de ombros novamente. — Já sentiu ela mexer? — neguei e ele entendeu que não queria falar sobre isso.
— Achei que gostaria de saber como Jasmim está. — ele ri.
— Sim, e vou saber quando Ayla chegar em casa. — ele se levanta. — Ela foi visitar Jasmim, e sei que vou saber até as cores das roupas e tudo mais, mesmo que eu não faça nenhuma pergunta — ele fecha seu terno e acabamos rindo. — Como eu disse, vim lhe mostrar esse relatório e saber como você está.
— Eu estou bem, meu pai anda pegando no meu pé, mas o restante está indo bem. — falo me levantado e dando a volta na mesa.
— A reação do seu pai já era de se esperar. — ele diz se encaminhando para a porta.
— Sobre a questão da informação que vazou, mande James vim falar comigo, vou jogar a isca, e logo saberemos quem é o rato.
— Farei isso.
— E sobre a sua investigação alguma novidade? — antes de abrir a porta ele me encara. — Já entendi. Ainda não pode me falar nada.
— A única coisa que eu poderia falar não adiantaria de nada, mas outro dia venho e conversamos sobre isso. Vou te colocar a par de tudo.
— Quando quiser. — abro a porta e me despeço dele.
Enquanto Almir seguia para o elevador olhei para mesa de Issac e vi uma foto de Jasmim no notebook. Ele parecia absorto em algo que fazia e não me notou. Ver a foto dela ali me incomodou. Era uma foto antiga, onde ela estava sentada em algum gramado, e mesmo com as roupas e óculos escuros, reconheci pelo sorriso. Era o mesmo sorriso das outras fotos em que estava com Zayed.
— O que a foto dela está fazendo em seu computador? — falei mais alto do que imaginei, Issac faltou pular da cadeira assustado.
— Caramba, Zayn. — ele virou e me olhou. — Isso? — apontou para foto. — São os arquivos salvos do computador dela, o técnico entregou, mais cedo.
— E você simplesmente resolveu abrir e olhar? — fui até sua mesa e arranquei o pen drive com tudo. — Eu espero que não tenha olhado muito, ou que não tenha passado nada para outro lugar.
— Eu não faria isso, só abri para confirmar, porque sua irmã esteve aqui bem na hora em que estava fazendo isso, e acabei misturando os pen drives antes de etiquetar. — olhei em sua mesa, e vi que tinham outros. Pelo que parecia ele realmente estava fazendo isso.
—É bom que não tenha feito, porque isso custaria facilmente seu cargo, pelo menos para começar. — enfiei o pen drive no bolso e entrei em minha sala fechando a porta.
Assim que sentei, tirei o pen drive do bolso e abri a segunda gaveta com tudo para guardar, e com esse rompante algo que eu havia guardado tempos atrás apareceu.
O véu.
Puxei o tecido que estava ali. O impressionante é que ainda conseguia sentir o perfume mesmo depois de todo esse tempo, o suave aroma era presente. Não era igual a nenhum outro que eu já tivesse sentido.
Era estranho como meu corpo reagia não somente quando estava perto de Zayn, mas quando estava perto de Samira também, sensações totalmente diferentes, mas eu reconhecia as pequenas mudanças.
E, foi assim no momento em que entrei na cozinha e me deparei com ela e Hanna. As duas conversavam animadas, o sorriso de Hanna morreu assim que me viu, já o de Samira aumentou.
Sentia a dificuldade de respirar aumentar gradualmente. Eu realmente não sabia como reagir a Hanna, ela não tinha culpa de estar no meio do furacão que estava sendo a vida de Zayn. Por mais que Lia e até mesmo a senhora Hadassa me deixassem confortável, eu sabia que o clima entre pai e filho havia mudado, e era por minha causa. Por causa do que fiz.
Respirei fundo. Segui para fazer o que vim fazer, e não demoraria.
— Eu tenho um modelo vou pegar para te mostrar. — ouvi Samira falar e então ela saiu da cozinha, me deixando sozinha com a noiva de Zayn.
— Olá Jasmim. — fiquei surpresa, e procurei não demonstrar nervosismo. — Lembra-se de mim? — olhei para ela que me olhava, era a primeira vez em que ela me dirigia a palavra.
— Oi, lembro sim. — respondi. Como se tivesse como esquecer quem ela é.
— Ninguém fala muito de você. — ela ri balançando a cabeça. — Então quero saber de você. — seu tom de voz muda. — O que você tem com meu noivo? — ela olhava para minha barriga. — É dele? — sua pergunta foi baixa, e eu senti algo ruim dentro de mim.
— Acho que você deveria fazer essa pergunta a ele. — não quis ser grossa, mas nem eu mesma sabia se tínhamos alguma coisa. E não queria me envolver mais ainda em tudo isso. — Se me der licença. — eu já havia pegado o que tinha vindo buscar e então saí da cozinha voltando para o quarto.
Eu realmente não queria tocar nesse assunto com Zayn nas poucas vezes que dividíamos algum tempo juntos, mas eu tinha que saber o que falar, não queria prejudicar ele em nada. Então teríamos que ter essa conversa.
Fui para o quarto e depois de comer o lanche que Lia havia preparado eu acabei dormindo enquanto assistia a um filme. Antes eu até não gostava de dormir nesse horário, mas como geralmente eu encontrava com Zayn, mais a noite, agora nem me esforçava para me manter acordada durante a tarde.
Depois tomei banho e desci, a mãe dele não me deixava ficar trancada no quarto por muito tempo, então eu procurava ficar um tempo com ela e Lia, mesmo que fosse só na cozinha. Eu não me sentia a vontade com o pai dele, então sempre arrumava uma desculpa para não sentar a mesa com eles.
Quando passava pelo corredor ouvi vozes vindas do escritório, e meu peito apertou quando ouvi meu nome. Mesmo sabendo que não deveria, eu me aproximei e o que ouvi, me fez perder o chão.
— Assim que essa criança nascer eu quero ela fora dessa casa, você está me entendendo?
A voz asquerosa de Said era inconfundível. Mas até aí nenhuma novidade, o que tirou meu chão foi o que veio depois.
— Sim eu entendi, irei fazer isso.
Era Zayn.
Senti um frio doloroso percorrendo meu corpo. Ele não me queria aqui. Eu deveria parar de me iludir, achar que o fato de ser gentil comigo teria mudado alguma coisa. Ele me odiava pelo que fiz, e não sentia nada por mim, isso não mudaria. Dei meia volta e voltei para o quarto. Eu fugiria com minha filha de novo se fosse preciso, mas longe dela eu não ficaria.
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