BÔNUS
Prepararam os lenços?
Meninas lembrem que ela está de resguardo caso tenham esquecido... hahaha
Vale lembrar que isso é somente um bônus, ok? agora só no sábado, amanhã é niver da minha Júlia... então não adianta me ameaçar hahahahaha
Vocês sempre vão ter aquela sensação de quero mais, como se sempre tivesse faltando o mais importante, porque é assim quando amamos algo, nada do que temos é o suficiente, sempre queremos mais do que as pessoas estão dispostas a nos dar ( que aqui no caso sou, euzinha ...) ☺
🎶Talvez esteja cercado de,
Milhões de pessoas,
Ainda me sinto sozinho.
Eu quero apenas ir para casa,
Eu sinto sua falta e você sabe.
....
Me deixe ir para casa,
Sinto sua falta e você sabe🎶
Home/Michael Bublé
Hoje meu dia não parecia estar me ajudando em nada. Começando na empresa com toda aquela conversa que tive com Almir, todos os questionamentos sem resposta. E agora com Jasmim. Toda essa aura que ela carrega me deixa mais confuso. Não que seja ruim, não é. Talvez seja justamente aí que more a confusão.
Não só vejo a forma como seus olhos me observam com desejo explicito, mas até chego a me sentir tocado por eles. Pela carga de intensidade que carregam. Engulo em seco, e resolvo sair do seu quarto e buscar um pouco de refúgio no meu. Espaço é isso que preciso.
Assim que abro a porta de acesso e entro em meu quarto sou surpreendido pela presença do meu pai.
Só falta essa pra fechar a noite.
— Achei que teria que ir buscar você. — comentou olhando uma foto minha com ele em cima de um móvel. Fechei a porta de acesso, e respirei fundo.
— Não sabia que estava me esperando. — disse e fui até a janela olhar para fora. Eu precisava de ar. — Lia me avisou que o senhor havia chegado, mas achei que fosse querer deixar a conversa para amanhã. — falei e ele se virou me olhando. Seus olhos pareciam de uma águia a caça de sua presa. — Imaginei que estivesse cansado da viagem. — ele deu dois passos em minha direção e sorriu.
— Conversaremos amanhã então. — ele começou a se dirigir para porta. — Soube do que aconteceu, mas que vejo estão bem. — ele se referia ao acidente de Jasmim.
— Sim, elas estão. — ele voltou sua atenção mais uma vez para mim e me observou. Sorriu e anuiu.
— Boa noite.
— Boa noite. — era o que eu estava esperando, uma boa noite.
Respirei fundo voltando a olhar para a janela. Fui até a porta da sacada abrindo, e quando inalei o ar frio da noite senti meus pensamentos também se acalmarem. Olhei para a cadeira de descanso e seria ali meu ponto de refugio, e sentado olhando a lua eu tentava entender o que acontecia comigo.
Entrei em meu quarto e fui até o de Aysha, não conseguia ficar muito tempo sem saber como ela estava. Muitas coisas passavam por minha cabeça nesse momento, até medo de rejeição, eu poderia ter entendido algo errado. Como ele mesmo disse que se sentia confuso em relação ao que sentia a meu respeito, e eu não o condenava por isso.
Eu o entendia.
Mas bastava olhar para ela que dormia tranquilamente, que eu sentia a esperança dentro de mim pulsar. Aysha era a prova viva de que eu havia conseguido o que eu mesma considerava impossível. Deixei o lanche e o suco na mesinha em seu quarto e voltei ao meu. Fui até o banheiro e escovei os dentes e passei mais perfume.
Eu só teria que lembrar de tomar banho antes de pegar Aysha. Eu sorria como uma boba para a imagem refletida no espelho. Sentindo meu coração saindo pela boca, voltei ao quarto de Aysha peguei o lanche, suco e fui fazer o que senti no coração em fazer.
Olhei para porta não sabia se batia ou não. Resolvi tentar a maçaneta sem bater e ela abriu. Fechei os olhos, senti minha mão trêmula e suada. Agora eu não voltaria atrás. Que allah me ajudasse.
Ao entrar vi que o quarto estava somente com uma luz de um abajur ao lado da cama que continuava arrumada. O que indicava que ele não estava. Senti meu coração afundar, eu provavelmente tinha entendido algo errado.
Onde será que ele estava?
Será que foi atrás dela?
Respirei fundo e fui deixar o lanche na mesinha ao lado de sua cama, foi quando vi uma camisa que provavelmente estava usada no chão ao lado de uma cadeira. Fui até lá pegando ela para dobrar e deixar sobre a cadeira, mas acabei levando ao nariz, cheirando o perfume que tanto amava.
Esse cheiro me arremetia lembranças tão boas. Sorri e fiz o que vim fazer, dobrei a peça e a coloquei em cima da cadeira. Quando virei para sair me deparei com Zayn me encarando.
— Se você desmaiar será difícil terminarmos nossa conversa. — ele falou colocando as mãos nos bolsos da calça e riu.
Por allah!
Ele estava aqui. E estava rindo de mim. Engoli em seco respirando fundo.
— E, porque eu iria desmaiar? — falei firmando a voz. — Achei que não estivesse. — gesticulei com a mão no ar, necessitando movimentar qualquer parte do corpo, só para que eu tivesse a certeza que os movimentos respondiam aos comandos. Apesar de que no momento nem sabia o que fazer.
— E achando que eu não estava veio até aqui. — falou dando um passo em minha direção. — Fazer o que? — olhei para os lados buscando alguma resposta. Lembrei do lanche.
— Eu vi que não comeu nada. — apontei para o lanche. — Trouxe caso ficasse com fome. — dei de ombros. Ele deitou levemente a cabeça de lado, olhando o prato. Voltou sua atenção para mim e sorriu.
— E isso inclui cheirar minha camisa? — ele perguntou dando mais um paço. Engoli em seco. É claro que ele tinha visto. — O que você veio fazer aqui Jasmim?
— Eu... — conforme ele se aproximou mais de mim, me sentia perturbada. — E... Eu...
— Obrigado pelo lanche. — falou em um tom mais baixo e bem mais próximo. Fechei os olhos ao sentir o toque de seus dedos em meus cabelos. — Mas eu estou mais interessado na resposta verdadeira. — abri meus olhos e encarei seu queixo. Ele pegou a mecha de cabelo e os prendeu atrás da orelha.
— Resposta verdadeira? — levantei o olhar e encarei seus olhos. Ai. Ele mordeu o lábio e sorriu.
— Da primeira vez em que entrou no meu quarto eu não sabia quem você era, e muito menos o que queria. — ele tirou a outra mão do bolso e arrumou meus cabelos do outro lado do rosto. — Mas agora eu sei o quem você é, eu só preciso saber o que você quer. — ele terminou de arrumar meus cabelos e deu um passo para trás. — Você é linda.
Eu não poderia desmaiar, mas que essa fosse a vontade.
Ele estava me dizendo que sou linda!
— E, então? — olhei para ele, desesperada tentando lembrar a pergunta. Meu cérebro parou no você é linda. Abri a boca algumas vezes para responder, mas nada saia. O que me deixou irritada.
— Isso não é justo. — falei passando a mão na testa. — Você sabe o quanto me perturba você mesmo falou que percebeu e agora fica esperando a resposta sem que ao menos eu consiga lembrar da tal pergunta, por ter ficado embasbacada porque você disse que me acha bonita. — tapei a boca com a mão ao me dar conta de que estava falando tudo que estava pensando. — Eu falei tudo isso em voz, alta? — perguntei baixinho. Ele concordou com um lindo sorriso.
Aquele sorriso.
— Eu posso não acreditar em muitas coisas que falam a seu respeito Jasmim. — ele voltou a se aproximar. — Mas acreditar que você veio aqui sem nenhuma intenção, eu também não acredito.
— Eu vim trazer o lanche. — falei quase num sussurro. Ele não tirava o sorriso do rosto. Parecia gostar de me ver assim. — E porque você está rindo tanto, devo parecer uma palhaça mesmo já que...
— Xiuuu... — ele colocou o dedo em meus lábios.
— Sabe o que eu quero Jasmim? — parei de falar e neguei. — Que seja sincera, porque sua boca fala uma coisa, mas seus olhos dizem outra. — sua mão segurou meu queixo levantando devagar.
— E, eu... — o toque me perturbava.
— E tem algo que quero mais ainda. Sabe o que é? — ele continuava falando e eu voltei a negar. Eu não conseguia completar frases. — Palavras Jasmim. — fechei os olhos inspirando varias vezes de forma curta.
— Não. — saiu tão baixo que nem sabia se ele tinha escutado. — Eu não sei.
— Eu quero saber se você veio em busca de algo mais. — sua mão escorregou do meu queixo indo em direção a minha nuca. — Porque eu quero beijar você. — ele segurou em meus cabelos, deixando a delicadeza de lado.
— Ai! — um gemido escapou de minha boca quando senti a pressão causada na nuca.
— Quero saber se você também quer. — ele moveu a mão que segurava meus cabelos, e fui obrigada a olhar em seus olhos. — E, eu não falei que você é bonita. Falei que você é linda.
A vontade que eu tinha era me beliscar porque eu tinha a certeza que dormi e estou sonhando. Isso não pode ser verdade, era bom demais.
— Eu devo estar sonhando. — falei e coloquei minhas mãos em seu peitoral, sentido como sua respiração também estava irregular. — Quando acordar eu terei a certeza de que isso foi somente mais um sonho, como muitos do que já tive. — deslizei minhas mãos o sentindo, tocando, balancei a cabeça rindo.
— Se isso for fruto do seu sonho eu não vou, me sentir culpado por beijar você sem que tenha respondido minha pergunta. — ele falou e eu comecei a rir.
— Não. Você não vai, eu que vou querer me matar por não ter respondido caso isso não seja um sonho. — rimos os dois. Então ele raspou sua barba em minha pele quando aproximou de meus cabelos os cheirando.
— Esse cheiro. — enquanto ele cheirava meu pescoço e cabelos, deixei alguns gemidos de prazer escapar de meus lábios. — Você não é inocente.
— Eu não sou. — joguei minha cabeça lhe dando mais acesso. Ele voltou a me encarar.
Sua outra mão acariciou meu rosto, e eu sentia minha pele estremecer ao seu toque. Nos entreolhamos por uma fração de segundos, avaliando-nos, buscando permissões não ditas. Zayn aproximou seus lábios dos meus, quando eles tocaram os meus, toda aquela avalanche de sentimentos que estava represada durante todo esse tempo, pareceu romper e senti tudo ao mesmo tempo.
A sensação avassaladora que seus lábios causavam a cada vez que se misturavam aos meus, beijando, sugando, buscando mais de mim, não fazia somente com que eu quase perdesse os sentidos, aumentava o desejo dentro de mim, e as sensações que meu corpo sentiu uma vez no passado voltavam como se tudo tivesse acontecido ontem.
Não eram as pernas bambas, nem o zumbido no ouvido que me deixava nesse estado, era o amor que eu sentia por ele. Eu o amava com tanta intensidade que não sabia explicar ou colocar em palavras o que sentia. Lágrimas começaram a se formar em meus olhos, mesmo que fechados.
Subi minhas mãos enlaçando seu pescoço e querendo aproveitar tudo o que ele estava disposto a me dar. Fiquei na ponta do pé facilitando nosso contato. Uma de suas mãos desceu até minha cintura, me prendendo mais a ele.
E eu me senti no lugar ao qual eu nunca mais achei possível estar. Eu estava em casa. Seus braços, seu toque, sua presença tudo isso me remetia a sensação de aconchego que só sentia quando estava segura. Eu estava de volta ao lugar ao qual eu nunca deveria ter saído.
Deixe-me ficar. Deixe-me ficar.
Por favor!
Era o que eu queria estar dizendo a ele.
Não consegui segurar mais nada e um soluço escapou de meus lábios. Zayn se afastou o suficiente para somente me aconchegar em seu peito envolvendo seus braços a minha volta.
— Esta tudo bem. — ele respirou fundo enquanto eu deixava toda essa angustia que me aprisionava sair. Acariciou meus cabelos e voltou a sussurrar algo em meu ouvido. — Vai ficar tudo bem, eu prometo.
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