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Sinta


Rose Narrando

-Poliana tem algo que queira me dizer? -Pergunto fitando Poliana e Hugo como se ambos tivessem cometido um crime.

Se eu estou furiosa com ela? Na verdade não, só estou curiosa para saber o que perdi enquanto dormia, mas nada como uma boa atuação.

-Foi ele quem me beijou. -Poliana fala um pouco sem jeito e arqueio a sobrancelha deixando evidente que quero saber de tudo.

Respiro fundo e fito Ian que olha tudo com um olhar estranho como se suspeitasse de algo.

-Foi minha culpa, eu que a beijei primeiro. -Hugo fala um pouco nervoso como se estivesse arrependido.

-Mas você retribuiu o beijo. -Ian fala apontando para Poliana a provocando.

Poliana bufa de raiva como se estivesse se odiando no momento e levanta.

-Vou para o quarto. -Poliana fala irritada e respiro fundo sabendo que no momento ela quer ficar sozinha.

-Poliana me desculpa. -Hugo fala desesperado e levanta para segui-la. Paro a sua frente e o coloco a mão em seu ombro com mais força do que havia previsto o parando.

-Deixe-a, ela precisa ficar um pouco só. -Falo e tiro a mão de seu ombro. Hugo passa a mão em seus cabelos ruivos de um jeito frustado e senta no sofá.

Sinto uma fraqueza repentina e lembro que foi por causa da força que fiz. Lembro que faz tempo que não alimento minha loba.

-Ei você tá bem? -Ian pergunta e coloca a mão em meu braço. Estanho seu toque gélido por um momento e olho em seus olhos verdes acizentados que me analisa de um jeito preocupado. Afasto dele o obrigando a tirar a mão de meu braço.

-Tô bem. -Minto e lhe dou um sorriso amarelo.

-Certeza? -Pergunta ele em duvida se aproximando.

-No momento temos que nos preocupar com outras coisas. -Digo e olho Hugo.

Respiro fundo e me sento ao lado esquerdo de Hugo no sofá. Ian rapidamente se senta ao lado direito de Hugo.

-Hugo. -O chamo. Ele tira as mãos do rosto e me fita. -Quanto tempo você gosta da Poliana? -Pergunto o que acabei de descobrir.

-Foi repentino, eu senti vontade de beija-la e apenas beijei. -Hugo fala se sentindo culpado. Arqueio a sobrancelha e o olho seria deixando evidente que quero apenas a verdade.

-Já faz um tempo, mas não quero perder a amizade dela. -Assume ele e respiro fundo.

Pela Lua! Alem de eu ter amigos eu ainda tenho de ajudá-los. -Penso nem acreditando que tenho amigos e que me preocupo com eles.
Nunca me enquadrei em ter amigos e dar conselhos.

-Então não perca a amizade dela. -Falo nem acreditando em minhas palavras. Hugo me olha sem entender.

-Vai atras dela e pede desculpa. -Ian fala e olho surpresa para ele pois não esperava ele falar isso. Hugo o olha e respira fundo. -Você em breve vai encontrar sua companheira, e ela vai casar com outro então aceite que o certo é vocês serem amigos. -Continua Ian e em seu olhar vejo algo que o atormenta, mas Ian ainda assim transmite conforto para o amigo.

Hugo me olha indeciso e por um momento parece que ele está me pedindo permissão para ir ver Poliana.

-Você a ama? -Pergunto com um olhar sério deixando evidente que não quero mentiras.

-Eu acho... -Começa ele a falar com um olhar indeciso, reviro os olhos e o interrompo.

-Você não a ama. -Falo o que suspeito. Digamos que os olhos são os espelho da alma, e um lobo antes de encontrar sua companheira pode ficar confuso e não culpo Hugo. Ian me olha sem entender e Hugo me fita em silêncio.

-Mas... -Hugo começa a falar e pego sua mão esquerda. Vejo surpresa no olhar de Hugo, respiro fundo criando coragem nem acreditando no que estou fazendo.

Lembro do que uma vez minha vó me contou quando a interroguei sobre o que aconteceria se eu me apaixonasse antes de encontrar meu verdadeiro companheiro.

-Hugo uma vez minha avó me contou que as vezes podemos ficar confusos e pensar que amamos alguém que não seja nosso companheiro destinado pela Lua. -Começo a falar as palavras sábias de minha avó. -Você nutre sentimentos pela Poliana, mas primeiro você tem que distinguir e separar quais são estes sentimentos. -Continuo falando ainda segurando sua mão. -Vocês tem uma amizade linda e não acho que você a ame desse jeito que pensa. -Digo o que penso. -Você tem que separar atração e carinho de amor, minha avó afirmou que só podemos amar de verdade nosso companheiro. -Repito as palavras de minha avó e ignoro que em breve  encontrarei meu companheiro e que não penso em seguir os conselhos dela.

-Mas podemos ficar juntos se quisermos, não é impossível de duas espécies diferentes ficarem juntas. -Hugo fala com um olhar distante.

-Hugo os únicos que eu sei que são de espécies diferente e que se completam são o rei dos vampiros e a suprema alfa. -Falo me referindo a Benjamim Augustus e sua rainha Eloisa. -Porem eles foram destinados e é outra história. -Afirmo. -Você ainda vai encontrar sua companheira e Poliana está noiva, você não pode se enganar e nutrir sentimentos por alguém que jamais irá te completar, pois mesmo que você rejeite sua companheira você jamais vai se sentir completo. -Falo lembrando da minha avó. Solto a mão de Hugo e o analiso esperando alguma reação sua.

A verdade é que Poliana pode chegar a amar Hugo de verdade e se sentir completa ao seu lado pois ela é uma bruxa, mas Hugo mesmo que rejeite sua companheira jamais se sentirá completo ao lado de Poliana. Eu me preocupo com a felicidade de Poliana e não quero que ela se case sem receber amor de alguém que apenas está enganando a si próprio, mas não desejo que ela se iluda com alguém que jamais se sentirá completo de verdade ao lado dela.

Hugo respira fundo e me fita de um jeito indecifrável.

-Você está certa, não posso ser egoísta desse jeito. -Hugo fala e vejo tristeza em seu olhar. -Não quero perder a amizade de Poliana, será que ela vai me perdoar? -Pergunta Hugo e passa os dedos em seus cabelos ruivos com alguns cachos.

-Vai atras dela. -Ian fala me surpreendo por suas palavras e o olho torcendo para que ele não fale algo estupido como: "Va cara e tente algo". Fico em silêncio esperando Ian continuar e os olho. -Não perca a amizade dela, peça desculpas e passem uma borracha nesse beijo. -Ian fala de um jeito que nunca esperei que ele falasse. Escondo minha surpresa pelas palavras de Ian.

-Vocês estão certos, vou atras dela e vou pedir desculpas por ver coisas onde não tem. -Hugo fala decidido se levantando. Sorrio para ele alegre em saber que eles ainda têm muita amizade pela frente e não vai ser um beijo que vai estragar isto.

Hugo some em um piscar de olhos e deduzo que ele foi ao encontro de Poliana. Olho para Ian que já está sentado de um jeito folgado com a costa apoiada e olhando o teto com pinturas estranhas.

Aproximo dele e me sento do mesmo jeito e olho o teto.

-Eles ainda vão nos agradecer. -Falo num sussurro para Ian querendo puxar assunto pois algo nele me diz que tem alguma coisa lhe perturbando.

-Talvez. -Diz ele. -Será que a gente não atrapalhou o que podia virar uma história de amor? -Ian pergunta e pelo seu tom de voz deduzo que ele esteja se sentindo mau pois não acreditou em suas próprias palavras que disse de um jeito confiante para Hugo.

  -Ian você ficaria com alguém mesmo sabendo que esse alguém não se sente completo ao seu lado? -Pergunto ainda olhando o teto sem vontade e coragem de olhá-lo nos olhos no momento.

-Sim. -Responde ele mais rápido do que havia previsto. -Pode me considerar egoísta, mas só de me sentir feliz ao lado da pessoa irei ficar bem. -Afirma ele. -Não importa que eu não complete a pessoa. -Diz ele num sussurro amargo e frio.

Engulo em seco e pelo o tom amargo e frio de Ian um calafrio percorre meu corpo.

-Você é um vampiro estranho. -Falo e sento direito. Ian senta direito também e me olha.

-Sou estranho? -Pergunta ele e sorri como se estivesse esquecido o assunto de momentos antes como um típico bipolar que é.

-Sim. -Respondo e sorrio para ele.

-Faz quanto tempo que não se alimenta direito? -Pergunta ele ficando sério e noto que ele percebeu que minha fraqueza foi por não alimentar minha loba direito.

Ignoro uma parte minha que quer que eu pergunte como que ele sabe disto. Lembro que ele convive com Hugo tempo suficiente para perceber isto.

-Você percebeu. -Falo num sussurro um pouco sem graça me sentindo exposta após ele quebrar uma parte da armadura que visto.

A cada dia que passa a amizade minha e de Ian se transforma de um jeito que confio nele literalmente.

-Vamos. -Ian fala se levantando e estende sua mão direita em minha direção. O olho sem entender.

-Para onde? -Pergunto com receio de onde ele quer ir.

-Caçar. -Responde ele ainda com sua mão estendida deixando evidente que ele espera que eu pega sua mão.

-Ian está tarde, isso não é importante. -Falo não querendo sair a este horário do colégio escondendo a vontade que estou de libertar minha loba e sentir o vento ao correr.

-Para de ser frescurenta, faz quanto tempo que não deixa sua loba livre? -Pergunta Ian e respiro fundo não acreditando que estou cedendo a um pedido de Ian. -E isso é importante. -Afirma ele.

-Ok. -Falo nem acreditando que estou aceitando ir caçar com Ian. Pego sua mão gélida e levanto. -Não devemos avisar Hugo e Poliana? -Pergunto preocupada.

-Rose vamos, eles vão ficar bem. -Ian fala e seguimos até a porta para sair da biblioteca.

-Tá. -Falo deixando evidente que estou concordando com essa maluquice. Solto a mão de Ian e sigo em silêncio pelo enorme corredor a procura da passagem que eu e Poliana saímos desse colégio.

Ian me segue em silêncio. Após andar um pouco pelos corredores acho a porta escondida. Paro na frente da porta que dá para o fundo do colégio. Olho para os dois lado para ver se não tem ninguém. Como não vejo ninguém no corredor além de Ian abro a porta e saio. Ian passa pela porta logo em seguida me acompanhando e fecho a porta.

-Por aqui. -Falo e sigo até o muro. Pulo o muro rapidamente e logo após que piso na grama Ian aparece ao meu lado.

-Isso é tão empolgante, nunca fiz isso com uma loba. -Ian fala irônico insinuando coisas com um olhar malicioso e dou um soco em seu braço deixando evidente que não gosto desses comentários. -Tá bom, parei. -Fala ele passando a mão no lugar onde bati. Reviro os olhos sabendo que ele não vai mudar.

Sigo para o meio da floresta e Ian me acompanha. Paro ao lado de uma árvore grande e um pouco velha. Coloco a mão na árvore e sinto minha loba se agitar por enfim saber que irá poder correr um pouco e nem mesmo a escuridão me incomoda.

-Porque não se alimenta no colégio? -Ian pergunta me tirando de meus pensamentos. O olho.

-Porque gosto de carne fresca, a carne do colégio não é do jeito que agrada minha loba. -Falo a verdade como se fossemos amigos a séculos.

-Você é uma loba estranha. -Ian comenta e reviro os olhos. Ele apenas ri de meu ato e respiro fundo nem acreditando que sou amiga de um vampiro e que irei mostrar minha loba para ele.

Tiro a camiseta jeans que estava usando ficando apenas com a regata branca e o short que achei no meu antigo closet de casa. Tiro o coturno ficando descalça e deixo ao lado da árvore, coloco a camiseta jeans sobre o coturno.

Tenho que colocar fogo no meu antigo closet ou comprar coisas novas quando voltar para casa. -Faço uma anotação mental.

-Vamos? -Chamo Ian e o olho. Ele tira sua camiseta ficando apenas de bermuda e tento não ficar reparando nele sem camisa. Olho para o outro lado para não me distrair em seu corpo.

-Pode olhar, eu sou muito gato. -Fala ele de um jeito convencido de sempre e tira o tênis. Ele se aproxima e deixa suas coisas ao lado de meu coturno e camiseta.

-Vampiro idiota. -Falo irritada.

-Vamos lá loba. -Ian falo sorrindo e começa a correr em sua velocidade sobrenatural.

Rapidamente começo a correr seguindo teu cheiro. Em um piscar de olhos as árvores viram borrões devido à velocidade e quando percebo Ian está correndo ao meu lado. Ian acelera mais ficando a minha frente e minha loba se agita mais querendo sair.

Desvio de algumas árvores e quando percebo estamos próximos de um córrego. Ian pula o córrego parando do outro lado e ele me espera por um momento. Corro mais rápido e pulo sentindo o vento gélido da noite em meu rosto. Fecho os olhos e liberto minha loba. Quando paro do outro lado já estou em minha forma de loba.

Ian olha minha loba de um jeito como se estivesse hipnotizado e após alguns segundos imóvel ele se recompõe e começa a correr em uma direção que desconheço e o sigo.

Minha loba e eu nos tornamos uma só apenas, o vento em nossos cabelos deixa uma sensação maravilhosa.

Olho para Lua no céu que está a brilhar e algo grita: -Sinta. Retorno a atenção para as árvores e a natureza ao meu redor. Minha loba e eu nos tornamos uma só e sentimos a mesma coisa desde o vento em nossos pelos, o cheiro das coisas ao nosso redor e etc.

Sinto um cheiro que chama a atenção de minha loba e Ian percebe. Começo a correr atrás do cheiro. Quando chego ao lugar percebo que estou em uma fazenda que cria vários animais. Paro um pouco longe de um rebanho de cabras e Ian para ao meu lado em silêncio como se soubesse o que minha loba e eu pensamos.

Em um piscar de olhos corro até o rabanho e minha loba abocanha o pescoço de uma cabra. Não me importo com as outras cabras que se assustam. Minha loba arrasta a cabra de volta para floresta e se alimenta rapidamente sem se importar com Ian olhando. Após minha loba já estar alimentada o suficiente assumo o controlo com um pouco de sacrifício.

Fecho os olhos e assim que abro os olhos na estou na minha forma humana. Percebo que ainda estou abaixada. Fico em pé e me afasto do que sobrou da cabra.

-Seria mais divertido se fossem ovelhas. -Ian brinca me lembrando do lobo e as ovelhas. Lhe mostro o dedo do meio. Por um momento seus olhos vagueiam pelo meu corpo e percebo que estou com sangue pelo corpo.

-E você? -Pergunto me referindo se ele não vai se alimentar. Lembro que ele é vampiro. -Desculpa, eu esqueci que era... -Falo e sorrio para ele.

-Um vampiro. -Termina ele minha frase. -Prefiro sangue humano. -Fala ele e sorri. -Agora vamos. -Diz ele e olha a fazenda. -Acordamos alguém. -Diz ele o óbvio.

-Uma corrida de volta? -Pergunto animada me sentindo mais forte. Antes que ele responda algo ele começa a correr na frente roubando.

Sem pensar duas vezes começo a correr de volta para o colégio pelo mesmo caminho que viemos. Passo apenas na árvore que deixei minhas coisas antes de Ian. Retorno a correr e Ian me acompanha logo depois que pega suas coisas.

Corro e rapidamente desvio de algumas árvores. Quando noto já estou na frente de Ian e rio já me sentindo vitoriosa. Aproximo do lago que passai e o pulo rapidamente. Sem esperar Ian continuo correndo até o colégio.

Noto que já estou próxima do muro do colégio. Paro na frente do muro e o pulo rapidamente pisando na grama.

-Ganhei. -Falo assim que Ian para ao meu lado.

-Você roubo. -Ian resmunga como um típico mau perdedor.

-Aceite. -Falo e sorrio para ele. Coloco a camiseta jeans numa tentativa de esconder o sangue em minha blusa branca e Ian coloca sua camiseta. Coloco o coturno rapidamente e Ian seu tênis.

-Agora temos que entrar. -Ian fala e apenas concordo com a cabeça.

Começo a seguir pelo caminho que saímos e Ian me acompanha em silêncio.


[...]


-Rose você deveria escovar o dente também ao invés de só tomar banho. -Poliana resmunga deitada em sua cama assim que saio do banheiro.

Neste momento estou no quarto meu e de Poliana no colégio. Depois de alimentar minha loba e voltar para o bendito colégio, vim direto para meu quarto para um banho e Ian foi para o seu. Ainda não perguntei para Poliana sobre o que ela falou com Hugo pois quando cheguei no quarto Poliana me obrigou a tomar um banho antes.

-Não estou com mau hálito e nem com carne nos dente. -Falo para que ela pare de me evitar e sigo até minha cama ainda de toalha. Sento na minha cama virada para Poliana e tiro a toalha de meu cabelo. Pego um pente sobre o criado mudo ao lado de minha cama e começo a desembaraçar meu cabelo pois tive que lavá-lo pois estava um ninho de passarinho. -Então você falou com Hugo? -Pergunto ainda tentando desembaraçar meu cabelo e a fito torcendo para que ela responda.

Poliana respira fundo e senta na cama. Ela me fita com seus olhos azuis e aguardo ela responder.

-Sim. -Responde ela e me olha parecendo estar cansada. -Foi estranho dar o meu primeiro beijo justo em Hugo, mas ele não foi culpado porque também quis. -Poliana assume e a olho surpresa. Sem acusa-lá ou fazer alguma piada ou comentário permaneço em silêncio e termino de desembaraçar meu cabelo. Deposito o pente sobre o criado mudo ao lado de minha cama e ignoro meu celular com o visor da tela ligado anunciando uma nova mensagem.

Olho Poliana para tentar descobrir algo.

-Eu falei com ele. -Conto para Poliana. Poliana me fita curiosa e já sei que ela quer que eu fale algo. -Você sente algo por ele? -Pergunto antes que eu conte o que falei para Hugo.

-Não! -Responde ela rápido e faz uma cara de criança que não quer comer legumes. Respiro fundo aliviada em saber que não estraguei "o início de uma história de amor". -Quer dizer eu gosto dele. -Continua ela e engulo em seco preocupada com o que vem à seguir. -Como amigo. -Conclui ela e retorno a respirar com tranquilidade em saber que não impedi nada.

-Então tudo bem entre vocês? -Pergunto e pego meu pijama de pizza dobrado ao meu lado na cama.

-Acho que sim. -Poliana responde.

Ainda bem que a amizade deles irá continuar a mesma. -Penso enquanto levanto e sigo até o banheiro. Entro no banheiro e visto meu pijama de pizza para dormir. Penduro minha toalha no suporte para toalha e saio do banheiro vestindo meu pijama preferido.

Sigo de volta para minha cama e sento com as pernas cruzadas olhando Poliana que brinca com uma pequena chama sobre sua mão. Eu sei que é perigoso irritar uma bruxa, mas acho que não vou conseguir me conter.

-Então como foi beijar Hugo? -Pergunto irônica somente para irritar Poliana já sabendo que isso não afetou a amizade deles.

Antes que eu possa me defender Poliana lança seu travesseiro em meu rosto e rio contente em saber que a irritei. Jogo seu travesseiro de volta.

-Já não basta Ian, agora você também vai ficar assim. -Resmunga Poliana e percebo que a amizade minha com Ian realmente me mudou, mas também mudou a Poliana.

-Desculpe, não consegui evitar. -Digo e sorrio para ela.

-Eu poderia colorir seu cabelo de rosa por isso. -Ameaça ela e sorri.

-Nem pense nisso. -Retruco e a olho com um olhar sério. Ela apenas ri e quando vejo rio com ela.

Desligo o abajur em cima da grande cômoda preta que fica entre a cama minha e de Poliana e me deito para dormir. Poliana também deita e fica olhando o teto.

-Posso te contar uma coisa? -Poliana pergunta.

-Sim. -Respondo olhando o teto no escuro como se eu estivesse vendo algo além da escuridão.

-Foi estranho beijar Hugo, mas acho que quis apenas para saber como que seria beija-lo. -Confessa ela um pouco sem jeito e não a culpo pois Hugo é bonito. -Rose. -Poliana me chama.

-Que? -Pergunto ainda olhando o teto escuro.

-Você deixou Ian ver sua loba? -Poliana pergunta curiosa. Digamos que apenas meus pais, meu irmão e Poliana já viram minha loba, sempre evito deixar minha loba sair em frente dos outros porque não gosto.

-Sim. -Digo a verdade.

-Aposto que ele ficou olhando hipnotizado assim como eu na primeira vez. -Poliana comenta e lembro que Ian ficou olhando minha loba como se estivesse hipnotizado assim como Poliana.

Nunca entendi o porque de minha loba chamar a atenção a esse ponto, mas talvez seja porque não me transformo com rotina.

O barulho irritante do meu celular anuncia outra mensagem. Respiro fundo um pouco irritada e pego meu celular sobre criado mudo ao lado de minha cama.

Desbloqueio a tela e vejo diversas mensagens de minha mãe ainda reclamando do que eu e Poliana fez com Melissa. Ignoro todas as mensagens de minha mãe e vejo apenas as duas únicas mensagens de Rafael me lembrando que a cerimônia será daqui a um mês.

Após ver as mensagens de Rafael desligo o celular para não receber mais nenhuma mensagem de minha mãe e deixo o celular sobre o criado mudo no mesmo lugar de antes.

Respiro fundo um pouco irritada de a bendita cerimônia estar chegando. Sei que Rafael está radiante em encontrar sua companheira, mas só de lembrar que depois poderei encontrar meu companheiro meu estômago embrulha.

-Está pensando na cerimônia? -Poliana pergunta preocupada.

-Sim. -Digo a verdade. -Não quero encontrar meu companheiro, não quero ser submissa ao companheiro igual às outras lobas. -Falo um pouco frustada.

-Pelo menos você pode rejeitar seu companheiro, mesmo que sinta algo faltando em você, mas e eu que tenho que seguir as tradições de bruxas e não posso fugir do casamento pois minha família pode ser exilada e sempre humilhada pelos outros bruxos. -Poliana fala um pouco triste e sinto pena dela por um breve momento.

As tradições de lobos e bruxos são diferentes, mas se parecem em alguns aspectos.

-Tradições estupidas. -Falo desejando por um momento ter nascido humana.

-Boa noite Rose, vou dormir. -Poliana fala bocejando se rendendo ao sono.

-Boa noite Poliana. -Falo e fecho os olhos esperando o sono.

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