Confira se tu leu o cap 7 :v

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No fim, fomos até uma lanchonete comer alguns lanches, não estávamos muito animados para ir até o bar até porque, nem era sexta-feira, para curtir a vida adoidado. A bolacha estava tão animada quanto a hiena, eu ainda não tinha dado um apelido pra morena então meio que o duas caras me ajudou com isso.

Também acabei convidando uma outra amiga, uma amiga de infância que eu conhecia a mais tempo que Todoroki, a mesma vivia competindo com o duas caras quando éramos pequenos pra ver quem ganhava mais minha atenção, pra falar a verdade eles ainda faziam isso. Mina não era lá uma pessoa que gostava de perder, ela me chamava de um apelido estranho que ela tirou do desenho do My little pony, pelo que me lembro era um jacaré na quão ela era dona, no caso o personagem que eu chamava era um pônei rosa que tinha um jacaré de estimação.

Pegamos uma mesa um tanto afastada, já que nossos assuntos eram um tanto pesados demais, além do fato que poderíamos conversar mais à vontade, estando longe de todo aquele pessoal. Escolhemos nossos lanches e bebidas e ficamos esperando a garçonete trazer eles, não comentamos nada de diferente até nossa comida chegar, não queríamos dar o deslize de comentar algo bem na hora que a garçonete chegar .

─Então meu brotinho, quais as novidades? ─ perguntou a bolacha dando um gole em seu milk shake de chocolate.

─Eu terminei com o Hitoshi ─ respondi por fim vendo as três garotas praticamente se engasgarem.

─A quanto tempo? Como assim, não comentou nada para mim! ─Pinkie pie me olhou indignada, eu tinha realmente esquecido de falar para ela, merda.

─Eu terminei faz uma semana, eu só não contei nada pois queria ver se eu realmente ia conseguir ficar sem voltar dessa vez. Digamos que o Shoto me ameaçou, dizendo que se eu não terminasse, nossa amizade acabava ─ falei e fiquei esperando uma reação da rosada que logo veio.

─Devia ter voltado, me poupava o trabalho de se livrar do Garble ─ aquele apelido era horrível, eu tive que pesquisar no google para saber que era um dragão vermelho do desenho my little pony. ─Brincadeiras a parte, eu estava pensando em fazer a mesma coisa. Na real fui eu que dei a ideia pro duas caras, íamos os dois falar, mas pelo jeito ele deve ter tido um motivo pra te falar antes.

─Estavam planejando isso nas minhas costas? ─ comentei um tanto irritado, porra como assim, ninguém me falou nada diretamente.

─Estamos cansados de ver ele te machucar, sempre, já dissemos isso várias vezes. Fico feliz que tenha finalmente cortado relações com aquele cara, horrendo ─ a coisa rosa pegou minhas mãos e as apertou abrindo um sorriso ─Saiba que sempre estarei aqui para lhe ajudar meu jacarezinho, aquele homem nunca mais vai tocar em você ouviu bem Gummy?

─Céus você precisa de uns apelidos novos rosa, My Little Pony só tem nome difícil ─ a cara de bolacha comentou, mas ela fica dando nome de flor pros outros, não tem lá muita moral.

─Eu acabei de entrar nesse negócio de apelido, não tenho tanta intimidade─ Momo era meio nova no grupinho, acho que era a primeira vez que ela saia com as garotas, mas já se enturmou muito rápido e fácil até pareciam amigas de longa data.

Ficamos rindo e conversando, era bom sair com elas me faziam esquecer um pouco do Hitoshi. Era um tanto difícil ficar longe do mesmo, eu sei que era pro meu bem-estar emocional, mental e até mesmo físico se bobear. Mas passei tantos anos correndo atrás do mesmo, que era difícil lidar com aquela separação, claro se eu pudesse chamar disso já que nunca tivemos nada.

Depois do café eu fui pra casa, o caminho era diferente do das meninas, então eu meio que fui sozinho. Estava pensando novamente na minha antiga relação com Hitoshi, percebendo todas as coisas ruins, Mina havia comentado que aquilo era uma boa coisa a se fazer para que eu ficasse apenas com coisas ruins na cabeça quando me lembrasse da praga.

Quando eu cheguei próximo ao meu prédio eu paralisei, até voltei um pouco para trás para que ficasse escondido na esquina, afinal, o muro era alto e conseguia me esconder completamente. No meu andar apoiado na muretinha estava Hitoshi encarando a porta com certa raiva.

Maldita hora que comprei aquele apartamento onde não tem porteiro muito menos tem como impedir alguém de entrar, era um prédio de três andares onde qualquer um podia andar pelo corredor do andar. Só não podia entrar na casa. A dona era uma senhora muito boazinha, minha vizinha, um amor de pessoa.

Eu já havia comentado para a mesma que precisávamos mais de segurança, já que qualquer um poderia entrar naquele lugar. Escutei de todos que era um tanto exagero, que ninguém entrava lá e tudo mais. Mas depois de quase um mês que eu falei na reunião sobre segurança um ladrão tentou roubar o prédio. Então agora todos estavam juntando uma grana para que pudesse instalar um portão e câmeras em cada andar e claro um belo alarme para espantar todos.

Só que ainda não tinham instalado a droga do portão que era o mais importante, o alarme e a câmera já estavam instalados pelo menos, mas o portão não, então qualquer um podia entrar quando quisesse. O dinheiro pro portão ainda não era o suficiente já que queríamos um portão de última linha, onde seria apenas possível entrar com a digital caso fosse morador. Enquanto as visitas apertaram o número do apartamento, fazendo assim, com que uma campanha eletrônica tocasse na casa correspondente e mostrasse em uma tela quem estava querendo lhe visitar. Só que era muito caro tudo isso, mas também era super seguro e tinha seu próprio mecanismo de alarme que avisa a polícia caso houvesse invasão.

Eu praticamente corri sem chamar atenção, correndo sem fazer barulho foi difícil já que eu sou um tanto desajeitado. Então eu liguei rapidamente para Todoroki eu estava morrendo de medo e não sabia para quem ligar, só que o puto não me atendia, ótimo aquilo só podia ser brincadeira. Depois de uns 20 toques, já que eu não desistiria tão fácil, ele finalmente atendeu.

─Acho bom você ter um motivo plausível para atrapalhar minha transa!!─olha a informação desnecessária, não queria imaginar ele e o Denki transando credo.

─Hitoshi está na frente do meu apartamento ─ falei escutando a linha ficar muda ─Shoto, você ainda está aí?

─Onde você está?! Ele te ameaçou, ele te machucou? ─ eu escutei o tom de voz mudar para um desesperado, até mesmo escutei a voz do loiro perguntando sobre mim.

─Eu estava próximo de casa, mas quando o vi sai correndo para o mercadinho do final da rua ─ falei um pouco baixo, eu estava escondido atrás de uma prateleira com medo, eu nem sei como estava conseguindo controlar minhas mãos tremendo, a vontade enorme que eu tinha de chorar e de gritar.

─Espere aí, em 10 minutos eu chego! ─ comentou logo desligando o celular na minha cara.

Eu fiquei lá atrás esperando, até que um funcionário perguntou se eu estava passando bem e se precisava de ajuda. Comentei que de fato estava mal, mas tinha pedido que um amigo viesse me buscar, assim o funcionário me deixou sozinho. Depois do tempo estipulado eu vi um carro parar na frente do mercadinho e buzinar, vi que era o carro do duas caras e corri até ele e logo entrei no banco de trás dando de cara com um Denki assustado.

─Oh céus, eu morri de preocupação achando que algo podia ter lhe acontecido ─ Denki me abraçou forte, eu logo correspondi eu estava tremendo e estava morrendo de medo. Ele nunca fez isso.

─Eu nunca fiquei uma semana sem falar com ele, mas não esperava que ele fosse até a minha casa ─comentei um tanto desesperado.

─Olhe seus e-mails, veja se ele mandou algo ─logo peguei meu celular e fui checar a caixa de mensagens, onde ficavam os Spam, já que havia colocado os e-mails dele como Spam. Fiquei pasmo quando vi que havia pelo menos 30 e-mails .Denki estava ao meu lado e ficou surpreso também com aquilo, ele nunca era de correr atrás era preciso poucas palavras para que eu acabasse voltando correndo para ele.

Fui lendo um a um junto ao loiro, a cada novo e-mail sentia meu corpo ficar tenso, eu sentia minha visão embaçada já que percebi que já estava chorando. Hitoshi no primeiro e-mail fez o que sempre fazia, comento coisas humilhantes alegando que eu nunca encontraria ninguém que me suportasse ou amasse, que ele estava fazendo um favor a mim, estando ao meu lado.

Já os demais, eram todos um tanto desesperados exigindo que eu respondesse suas ligações e e-mail. Eu nunca o vi daquele jeito, mas também eu nunca havia sumido por tanto tempo, geralmente eu sumia por um tempo, mas não bloqueava ele de tudo, mas Shoto pegou meu celular e o fez por mim, ele sabia que eu não conseguiria deletá-lo de minha vida.

Durante essa semana que me afastei, eu tentei ficar o mais ocupado possível, para que não voltasse a pensar nele, Shoto e Denki conversavam comigo, sempre que possível e tentavam me animar ou até iniciar um novo tipo de diálogo. Até mesmo no trabalho, eu foquei ao extremo, tudo para que a vontade de conversar com o rapaz não voltasse.

Era horrível aquela sensação, o desejo de voltar para os braços da pessoa amada, mesmo que essa de fato não amasse nada. Só que eu estava tão destruído, tão dependente dos carinhos dele, que me humilhava até não suportar mais, só que agora as coisas eram diferentes.

Era como se eu fosse um drogado viciado, tentando se livrar do vício, com a ajuda dos familiares e dos amigos, que aos poucos ia progredindo, estava tão orgulhoso do meu resultado, mas vê-lo ali na frente da minha casa me desestabilizou, completamente.

Mas o que me deixou com mais medo foi o último, senti Denki apertar minha mão, como se mostrasse que estaria ao meu lado.

ꞋꞋEu cansei desse seu joguinho, não vai sair da minha vida tão cedo, Midoriya, você me pertence e sempre vai me pertencer. Um brinquedo não tem poder de escolher seu dono.

Se não voltar pra mim por bem, vai voltar por mal, vou fazer você se arrepender do dia que resolveu fazer essa palhaçada. ꞋꞋ

Minhas mãos começaram a soar, de puro nervosismo, eu sentia meus olhos se encherem de lágrimas, novamente com mais intensidade, senti o loiro me abraçar e dizer que tudo ficaria bem e que ninguém me machucaria. Mas eu sabia que as coisas não seriam daquele jeito, eu estava com medo, medo do que aquele monstro poderia fazer comigo caso conseguisse me pegar. Meus dias estavam contados.