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Gente cuidado pra não pula cap... vi em outras fics minhas que a galera ta pulando cap, não sei como se o cap é numero... tem que ser muito cegueta.
[...]
Pensei que o episódio do abraço havia sido mera loucura do meu chefe. Talvez até mesmo um uso excessivo de drogas, e que aquilo nunca voltaria a acontecer. Mas já é o 4º dia. Todos os dias, em horários diferentes, ele me chama pede um abraço e ficávamos em silêncio até ele me empurrar.
Ok, isso era a coisa mais estranha que estava ocorrendo em minha pacata vida. No dia em que saí com a bolacha, refleti muito e vi que não valia a pena contar para ela sobre esta cena. Do jeito que ela é seria capaz de ficar me provocando pelo resto da vida, ou pior, provocar de algum jeito meu chefe.
Meus outros amigos estavam reclamando do meu sumiço, da minha falta de consideração, da falta de amor que eu não estava dando a eles e mais um bando de coisa que no fim, era só drama. Um bando de babacas ricos! Eu e Uraraka somos os mais pobres do grupo. Por enquanto. Afinal, eu ainda serei um puta fotógrafo do caraio, que vai ser muito famoso.
Meus amigos putos que deviam vim até mim, não ao contrário! Eu sou humilde e trabalho como secretário para um cara completamente doido com manias estranhas. Agora ele tem uma nova mania de gosta de carinho, se eu não fizer carinho igual àquela vez, ele reclama e pisa no meu pé! Por qual motivo ele simplesmente não pega minha mão e bota em sua cabeça? Inferno de ser vivo.
Aqueles abraços não estão fazendo nada bem para o meu psicológico, estou cansado de pensar em outras coisas para simplesmente não ficar duro no meio daquela exploração afetiva! Eu preciso urgente transar! Tenho que entrar em contato com algum contatinho meu, um dos meus amigos coloridos que nessas horas acabam sempre me salvando.
Estava tão preso em meus pensamentos, que nem mesmo percebi que já não estava mais sozinho na sala. Escutei inúmeras batidas na porta do meu chefe, me forçando a encarar a porta e dar de cara com aquele ser maravilhoso, que melhor, só morto. Bakugou batia na porta. A pessoa nem pergunta para o SECRETÁRIO se pode entrar, adoro esse comportamento dele.
─ ABRE ESSA PORRA! ─ ele gritou. Sério que ele não sabe dar umas 4 batidas e meia? Oh, mania escrota do meu chefe viu... acho que até entendo ele por não fazer.
Eu fiquei encarando o ser irritado bater na porta incessantemente. Era tão engraçado que eu estava quase filmando, só não o fiz por morrer de medo que ele me processasse por usar sua imagem. Para minha sorte, acabei lembrando que a sala onde eu estava possuía câmeras, depois salvaria aquelas imagens custe o que custar!
Mas como o barulho já estava me dando nos nervos, eu me levantei, fui até ele e gentilmente puxei a droga da mão que não parava de bater. Fiz 4 batidas e meia, fiquei encarando aquela coisa loira, recebendo um olhar de ódio por ter tocado nele. Logo, um barulho de tranca foi ouvido. Sim, aquela porta só pode ser aberta pela mesa do meu chefe ou pelo lado de dentro mesmo... vai entender.
─ Viu? 4 batidas e meia ─ falei como se ele fosse retardado, voltando para minha mesa.
─Seu bostinha ─falou irritado entrando pela porta e a batendo com força.
Voltei para minha mesa, e logo em seguida, um dos telefones tocou. Sim, haviam dois telefones. Um que era usado por todos e um que era SOMENTE para a mãe de Kirishima. Sim, ele tinha um número só para ela, já que a mesma vivia ligando procurando pelo filho. Meu chefe nunca dava bola para a mãe e sobrava pra eu conversar com ela. Acabamos virando amigos por conta disso. Sério, é estranho ser amigo da mãe do meu chefe, mais estranho ainda é ficarmos fofocando quase o dia todo... Eu parecia uma menininha falando com a melhor amiga.
─Boa tarde, minha flor favorita ─falei com um sorriso ouvindo uma risada gostosa do outro lado da linha.
─Oh, querido, como sempre tão amoroso e educado comigo, boa tarde ─ me respondeu com uma voz gentil. ─Como anda meu quase filho preferido? Já que meu filho original não liga para a existência dessa senhora aqui.
─Ah, não diga isso, minha flor... sabe como seu filho é bem ocupado ─ e completamente estranho com suas manias, eu nem havia comentado com ela sobre o incidente do abraço.
─Diga para ele que se ele não me atender, você quem será convidado para a ação de graças, não ele! Eu vou procurar no google como adotar um adulto, assim você vira meu filho de vez! ─falou em um tom divertido, me fazendo rir ─E querido, precisamos sair mais! Sabe que adoro suas histórias gays, quem dera meu filho fosse um, para namorar você. Eu seria uma mãe muito feliz, mas não, eu tenho um filho babaca que só pensa em trabalho e transar com meninas burras e idiotas! Eu vou começar a rezar para pedir que meu filho vire gay, isso sim.
Comecei rir feito uma foca, meu deus, tive que tapar a boca para não chamar tanta atenção. Era só o que me faltava, gente do céu, a senhorita Kirishima ─ senhorita mesmo, pois é viúva e sempre sai com uns boys um mais lindo que o outro. Devia se a única mulher rica que gostaria que o filho fosse gay e ainda por cima namorasse um simples secretário.
─Não ria de um sonho meu ─ falou rindo também, acho que nem ela aguentou minha risada de foca. ─Eu só liguei para dar o aviso para o meu filho inútil, até parece que essa empresa de bosta não me pertence... todo meu dinheiro foi investido nessa merda e ele ousa fica me ignorando! E vamos sair Izu─chan, estou morrendo de saudades!
─Vamos sim, minha flor, pode deixar que darei o recado ─falei com um sorriso.
─Vou indo então, beijos queridos ─falou fazendo um estalo como se fosse o barulho de um beijo.
─Beijos, minha flor hahaha ─ dei uma risada e logo desligando.
Voltei minha atenção para a mesa eu precisava levar alguns papéis para que Kirishima assinasse, para falar a verdade, eram documentos sérios que o mesmo precisava ler, mas ele me fazia ler tudo e ver quais valiam a pena, como se eu entendesse alguma coisa de negócios, ou algo do gênero. Acabei pegando o jeito com o tempo ainda mais porque eu conseguia achar as letras miúdas. Desde então, ele só assina se eu aprovar é uma responsabilidade gigante, me deixando um tanto nervoso e fazendo de tudo para não o desapontar.
Havia 5 contratos, sendo apenas 2 considerados, por mim, como algo que valiam a pena investir. Achei cada barbaridade nos outros três que até mesmo grifei as letras miúdas e certos trechos que poucas pessoas notariam assim caso ele quisesse, poderia ver que tipo de pessoal trabalhava naquela empresa. Eu sempre fazia isso, mesmo que ele não me pedisse para lhe mostrar. No fim, ele sempre lia e ficava surpreso com o que eu destacava.
Recebi uma mensagem no celular ao som de dois sabres de luz de batendo. Sim, esse era meu toque de celular quando Kirishima me mandava um SMS. Já que eu não posso usar o wifi e o 3g por ele achar que eu ia conversar com meus amigos ─e ia mesmo─ ele me mandava SMS quando queria mandar recados.
Ele havia me pedido para trazer seu tão famoso café com leite de fresco e uma bebida quente para Bakugou também. Seria errado eu levar veneno para o loiro? Me levantei da mesa indo até um corredor próximo de onde eu me sentava ali atrás havia uma cozinha. Isso mesmo, uma cozinha, já que muitas vezes eu tinha que preparar algo para o meu chefe... além de secretário, eu preciso também saber cozinhar e preparar bebidas ─ cu de vida ─.
Ele havia comprado tudo para que fosse uma cozinha completa, até mesmo aquelas máquinas caríssimas de café. Tinha até copos e guarda copos próprios para café me sentia numa cafeteria onde eu era o único funcionário. Próxima a cozinha havia também um banheiro simples e um armário onde eu guardava as minhas coisas. Era uma espécie de vestiário/banheiro em tamanho para 1 pessoa.
Enquanto eu tinha aquele cubículo de banheiro, meu chefe possuía um cômodo enorme na sala dele que ele chamava de banheiro ─ do tamanho da minha casa, aposto ─ no qual eu nunca tive permissão de entrar. Deveria ter uma banheira e uma guarda-roupa─ não duvido nada ─ ainda mais vindo dele.
Por sorte, eu era amigo do primo do Bakugou, cujo trabalhava para ele como secretário. Pois é, eu conhecia o secretário dele... acabamos nos encontrando em uma reunião e ficando muito amigos. Ele já até sabia minha sexualidade, afinal, antes de começar uma amizade firme eu sempre contava para ver se a pessoa era digna de ter minha ilustre presença bem viada.
Ele se chama Hanta Sero e queria, assim como eu fazer outro curso, mas não tinha dinheiro e por conta disso acabou pedindo para que o primo lhe contratasse para que ele pudesse ter uma grana para pagar seus cursos de criação de games, era o sonho dele. Sero é um pouco maior que eu, possuí cabelos morenos e olhos bem escuros e sempre com um sorriso no rosto.
Mesmo não tendo experiência nem nada do tipo ─ assim como eu─ ele foi contratado. Afinal, Bakugou sofreria mais ainda que meu chefe para arrumar alguém para lhe aturar. Sero era o único que conseguia o suportar e fazer um trabalho, na medida do possível, de agrado do loirinho. Então contávamos todas as manias de nossas chefes para que quando um fosse visitar o outro estivéssemos preparados para não fazer nada de errado.
Eu sabia todas as manias ridículas de Kirishima, porém também sabia algumas de Bakugou, pelo menos as referente a comida e bebida ─ mesmo para Sero ─nossos chefes ligavam muito pelo jeito que eram servidos quando visitavam algum cliente. Perdi a conta de quantas pessoas meu chefe humilhou por entregar seu café com o leite errado.
Então lá fui eu preparar aquele café com leite e um cappuccino para a praga. Ele gostava da bebida mais fraca e bem doce, com uma colher de café de leite condensado e chantili... era estranho imaginar que aquele homem bruto gostava de coisas doces. Sero me falou que nunca agradara 100% o primo e tinha certeza de que eu conseguiria, afinal, se eu conseguia fazer o café com leite de Kirishima sem que o mesmo jogasse em mim eu devia ser um tipo de gênio.
Depois de preparar e colocar no corpo térmico, coloquei no suporte ─ pra não fica carregando um em cada mão ─ e voltei para a mesa, pegando os papeis que Kirishima precisava assinar. Coloquei os papéis embaixo ─ sei lá porque já que eu ainda tinha uma mão livre, sou idiota ─ do meu braço para que pudesse bater na porta, se eu chutasse a mesma, certamente tomaria uma bronca.
Logo entrei vendo o Bakugou jogado na poltrona de frente para a mesa de Kirishima. Me aproximei da mesa depositando ali os papéis e entreguei seu café. Indo em seguida entregar o cappuccino da coisa que me olhou torto, achando talvez que eu pudesse ter feito algo nojento com sua bebida. Eu adoraria fazer isso, mas não podia. Em seguida, voltei para a mesa do meu chefe para lhe falar dos recados.
─Sua mãe ligou, quer a versão dela ou a minha? ─ falei pegando os papéis e separando os arquivos que eram para assinar. ─ E assina esses dois aqui.
─Sabe que sempre prefiro sua versão ─ falando com um tom meio irritado, as vezes que ele preferiu a versão da mãe, nunca acabaram bem. ─Esses outros documentos são para o que, se não para assinar?
─Eu grifei algumas coisas caso queira ver ─ entreguei os outros documentos e ele logo começou a fazer caretas pelas frases que eu tinha grifado. ─Sua mãe falou que é melhor atender ela, ou ela vai começar a usar magia negra contra o senhor.
─Porra, isso é sério? ─ olhou para mim. ─Se isso foi a sua versão, a da minha mãe deve ter sido bem pior e que porra de empresa mandou esses contratos? Trabalho escravo? Estão achando que sou o que, caralho?
─Eu sabia que o senhor ia achar interessante ─falei segurando o riso pelo jeito que ele olhava com raiva os documentos, e talvez pelas palavras que falei sobre sua adorada mãe. ─Eu vou indo voltar ao meu trabalho, qualquer coisa é só mandar mensagem.
Quando eu estava para ir embora, senti meu pulso ser segurado, o que me fez estranhar e, MUITO, a situação. Olhei para trás e vi Bakugou me encarando com um olhar curioso. Reparei que Kirishima também ficou surpreso com aquilo, claro que não tanto como eu, ÓBVIO.
─Como sabia que eu gostava de cappuccino? E como conseguiu fazer essa merda tão gostosa? ─ sem desviar o olhar da minha cara.
─ Hanta me contou ─falei sem rodeios, meu novo amigo secretario do tio demônio falou que eu poderia falar isso caso o primo perguntasse, até porque seria no mínimo estranho eu saber dessa informação sozinho, eu ia parecer um stalker! ─Oras, fazendo.
─Me traga outro ─ me respondeu ainda me encarando.
─Ele tem trabalho para fazer ─ Kirishima respondeu a praga incomodado, coisa que não entendi, afinal, não teria problema em fazer outra bebida. ─E não tenho culpa se você é fresco
OLHA QUEM FALA!
─Qual é, seu puto, sabe como é difícil eu gostar de uma bebida ─Bakugou falou irritado... aquilo estava ficando um tanto estranho.
─Não vai me atrapalhar, senhor Kirishima, faço a bebida bem rápido ─tentando evitar uma briga entre os dois... ainda mais porque depois sobra tudo para mim! ─Para falar a verdade, eu fiz mais do que o normal, já que não sabia quanto o seu convidado gostaria de beber.
─Traz tudo! ─ completamente animado, gente... que isso.
─Okay ─ respondi seguindo em direção a porta.
Quando eu achava que meu dia não podia ficar mais estranho, aquilo aconteceu. Depois que eu entreguei uns 4 copos para Bakugou voltei aos meus afazeres. Minha amiga cara de bolacha não veio me visitar, já que lhe informei sobre a visita do demônio e não era lá uma boa ideia ela aparecer já que a ela poderia acabar se encrencando.
E como se tudo não pudesse ficar mais estranho, antes de ir embora, Bakugou havia perguntado se eu não gostaria de trabalhar para ele, como secretário ─ obvio o que mais ia ser? ─ e esquecer o ruivinho de merda para o qual eu trabalho... foram as palavras dele, não as minhas e que ele daria Hanta no meu lugar, para que Kirishima não ficasse sem ninguém, duvido que o coitado aguentaria o Kirishima.
Bakugou me fez o convite e partiu sem sequer esperar uma resposta. Ouvi algo como ─pense nessa proposta─ ou algo do gênero. Logo após isso, meu chefe me chamou em sua sala e ele não parecia nada contente...
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