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32

Park Jimin

[Dia seguinte]

Os raios de sol invadindo a janela do quarto, me faziam pensar que devia ter sido um delírio a tempestade da qual me lembrava.

A minha frente, Jin tinha as mãozinhas revirando minha blusa e procurando pelo mesmo da vez anterior.

- Não bastou ver que daquela vez não tinha? - Questionei o filhote abaixando minha blusa e rindo.

Ele não gostou e voltou a subi-lá.

- Pare Jin - Repreendia o menor.

- Eu quelo! - Gritou com um biquinho emburrado.

Atrás de mim, estava Jungkook, dormindo de verdade pela primeira vez naquela semana.

Tinha consciência que pela demanda no trabalho e por me cuidar nas últimas horas que estive doente, ele acabou acumulando muito cansaço. Além disso, estávamos na casa dos Kwon's como convidados, se Jin começasse a chorar tão cedo pela manhã, atrapalharia o sono de todos.

- Eu quelo! - Ele voltou a gritar, já ameaçando começar o berreiro.

Não havia dúvida de que era filho de Jeon Jungkook, assim como o pai, ele havia ganho a guerra.

Subi um pouco a blusa, expondo o peito esquerdo e deixando que Jin se aninhasse em meus braços. O filhote mais do que depressa agarrou meu peito, começando a sugar como se dali realmente saísse algo.

Provavelmente Jin estava acostumado a mamar e haviam interrompido sua rotina quando o deixaram com Jungkook.

Acariciando seus fios de cabelos, tão negros e lisos como o do pai, Jin dormiu mamando, assim como eu adormeci em seguida.

[ ... ]

- Ei... ei... - Uma voz feminina me chamava do profundo sono.

Estremeci um pouco sentindo um ar gelado selando minha pele e abri vagarosamente os olhos.

Focando a vista, Kwon Dara estava a minha frente, mais precisamente do meu lado.

- Desculpa te acordar, mas seu alfa me disse para lhe dar este remédio sem atrasar o horário. - A ômega falava e eu demorei um pouco até compreender.

Estava prestes a sentar-me na cama, quando percebi que Jin ainda dormia junto a mim,sugando meu peito.

- Oh, me desculpe. - Dizia já procurando a forma de estar apresentável.

A senhora ri, como se minha desculpa fosse desnecessária.

- Não tem problema, fui mãe de cinco, um atrás do outro. Mal saia um do peito, e já tinha outros dois para mamar. Sei como é acordar e dormir amamentando. - A senhora dizia como se compartilhássemos da mesma experiência.

Não devia fazer muito tempo desde que Jungkook saiu, pois pela intensidade do sol percebia fazer pouco menos de uma hora e meia que havia voltado a dormir.

- Obrigado. - Me inclinei de lado, para tomar o comprimido com um pouco d'água. - Onde está Jungkook?

- Ele e Ji-yong foram ao heliporto para checar se é possível levar vocês para a cidade.

Era uma ótima notícia, tinha perdido meu celular na tempestade do dia anterior e não fazia ideia do quê se passava na cabeça de Taehyung.

De tudo, eu não havia contado nenhuma fração de minha situação atual a Taehyung. Devido a sua grande vocação para me julgar, evitava discutir com o ômega.

- Se estiver com fome, troque de roupa e desça, o café da manhã te espera. - A senhora disse ansiosamente e se retirou.

Olhei para Jin, comecei com algumas cosquinhas leves para acordá-lo.

- Bom dia meu amor! - O abracei. - Acorda dorminhoco.

- Pala má! - Ele gritou manhoso, mas com um sorriso de quem estava gostando de ser mimado.

- Vamos comer e encontrar o papai? - Disse o tirando do foco do peito.

Todavia, Jin ainda tinha a boca próxima ao meu mamilo, e se o pestinha decidisse morder eu não tinha certeza de que encontraria pomada na ilha.

[ ... ]

Brincando e entretendo Jin, levantamos, escovamos os dentes e trocamos as roupas. Sem chilique, sem choro e sem demora, já descíamos as escadas dos Kwon's.

A ponto de chegar ao último degrau da escadaria, Jungkook adentra a sala e vêm até nosso encontro.

- Como dormiram? - A pergunta me surpreende, mas é bom vê-lo de tão bom humor.

- Muito bem. - Digo sem poder esconder o sorriso que levo.

- Ótimo. - Ele sobe um degrau e puxou minha cintura, nos aproximando.

Sem se importar em sermos apenas convidados dos Kwon's, Jungkook me beija descaradamente em frente a todos.

Me separando depois de recobrar a consciência, digo firme:

- Eu só não te mordo agora porquê...

Ele me interrompe sussurrando em meu ouvido:

- Porque pode usar essa boquinha para coisas melhores Jimin.

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