28
Park Jimin
Eu sabia dos riscos e ao analisar o comportamento do alfa, um envolvimento não iria dar certo e ainda sim, o queria perto.
Passei o curto caminho até a casa dos Kwon's, pensando onde havíamos chegado e se estava muito alto, minha queda poderia ser dolorosa.
Mas ao contrário do comportamento regressivo de todas as vezes anteriores, o CEO parecia querer se aproximar.
– O quê está pensando? Não vai descer? - De repente já havíamos chegado ao lugar e eu estava preso no mundo da lua sem prestar atenção.
- Eu... - Não conseguia pensar no que dizer, então tentei desprender o cinto de segurança. Apertei e soquei o botão da trava, mas nada fazia com que o cinto se soltasse.
Quando menos imagino, Jungkook está sobre mim, cruzando a distância de fora do carro para o meio adentro e assim retirando-me sem esforço.
- Não preciso ser carregado. - Digo para que ele me coloque no chão.
- Você precisa se esforçar o mínimo possível, não quer ficar internado, quer? - A pergunta me soou mais como uma ameaça, o quê me fez aceitar a condição.
De cara já estávamos à porta, sendo recebidos pelos Kwon's, exceto pelos recém-casados que estavam em lua de mel.
A família era grande mesmo, Kwon Dara possuía outros quatro filhos mais velhos, e Dahyun era a única ômega e a caçula também. Já poderia adivinhar que a mesma nunca teve de se esforçar para nada.
Não era do tipo que julgava, mas tinha tomado para mim as dificuldades e o cansaço extra que Jungkook encontrava pela ômega.
- Sejam bem vindos. - A Sra. Kwon nos atendia. - Por favor entrem, já preparamos um quarto para vocês.
- Obrigado, mas não queremos incomodar mais, só viemos pegar Jin e agradecer. - Agradeci, mas também estava inquieto para sairmos dali.
Carregado por Jungkook, senti-me envergonhado e incapaz.
Desde muito tempo não dependia de ninguém pra nada, de repente não ter controle de meu corpo, me marcava pela impotência.
O pior de tudo, eram os olhares preocupados e penosos, diferentemente do que percebi em kwon Dara.
- E então? Quantos meses? - A ômega perguntou em meu ouvido.
Jungkook me deixou sentado na sala para tomar um momento com ela, pois diante da insistência do Sr. Kwon, devíamos ficar pelo menos para o almoço.
A senhora da família me vinha entrevistando, até chegarmos a pergunta que me fez engasgar.
- Não, não estou grávido. - Apressei-me em dizer.
- Que pena, quem sabe no próximo casamento tenhamos melhores notícias. - A ômega dizia, como se já desejasse ser a madrinha.
- Não, acho que entendeu errado...
- Sim, eu e Jimin por agora focamos em Jin, sabe como é, o trabalho e as poucas horas em casa. É melhor deixar o planejamento do bebê mais para frente. - Jungkook disse se sentando ao meu lado e me interrompendo novamente.
Parece que a figura de pai de família e esposo perfeito era para ser mantida, e eu apenas atrapalhava. Virei o rosto, para não cuspir o restante da água que me acabavam de servir.
Jungkook era um duas caras, e eu talvez só fosse mais um pião em seu jogo.
[ ... ]
Terminamos o almoço, e nada dos outros quatro filhos do casal chegar com Jin.
- Algo não está certo... - Acabei deixando escapar em voz alta.
- O quê foi Jimin? Não se sente bem? - Jungkook perguntava-me.
- Não sei, me sinto angustiado. - Dizia com um aperto estranho no coração.
Como se por culpa de minhas palavras, pelas janelas da sala de jantar, pude notar lá fora a grande tempestade que havia se instalado na ilha. Nos levantamos todos da mesa de jantar, e de imediato Dara leu a preocupação em meu olhar.
- ligarei para eles, verá que estão bem. Nada fica muito longe, é uma ilha pequena. - Ela assegura, mas também vejo preocupação em seu olhar.
Senti meu coração apertar um pouco mais, e sem controle algum, algumas lágrimas já começavam a escorrer pelo meu rosto.
Jungkook me tomou em seus braços, acariciando o topo de minha cabeça e me mantendo contra seu peito.
- Eles vão chegar bem. - Ele sussurrou em meu ouvido.
- Ele é tão pequeno alfa, pode ficar doente e deve estar assustado com os trovões. - Falo, já embargado pelo choro.
- Não vai acontecer, acredite em mim. - Jungkook afasta minha cabeça de seu peito e olha nos meus olhos. - Ele vai chegar aqui, todos bem.
Ouvi-lo me conforta, mas não diminui o sentimento de angústia e preocupação.
Eu só esperava que Jin voltasse pra nós, do contrário não saberia como viver sem meu pequeno filhote.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro