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Jeon JungKook

- Os exames não mostraram nada demais, pode ficar tranquilo Sr. Jeon, seu ômega, apenas está com a imunidade baixa e por isso a virose conseguiu atacá-lo mais forte. - O doutor confirmava, enquanto assinava alguns papéis na prancheta.

Recebi algumas prescrições, e cuidados, mas ainda estava inquieto, pois Jimin não havia voltado a consciência.

- Obrigada doutor.

- Fiquem por esta noite, ele provavelmente terá alta pela manhã. - Terminou ele de dizer, se retirando para outro chamado.

Liguei para os Kwon's explicando que passaríamos a noite ali, e além do que eu esperava, eles se ofereceram para cuidar de Jin.

- Obrigado, mas não quero incomodá-los. - Dizia sinceramente, sabia como Jin não era flor de se cheirar.

- Tem certeza, seu esposo precisa descansar, podemos cuidar dele até que voltem. - A Sra. Kwon insistia.

Olhei com o cenho franzido para Jimin e imaginei que não teria como cuidá-lo se Jin precisasse de minha vigia. Então ponderando tudo, aceitei a ajuda dos Kwon's.

- Logo pela manhã, prometo que irei buscá-lo. Obrigado mesmo - Encerramos a chamada e voltei minha atenção completa a ele.

Parecia estar em um pesadelo, seu corpo tremia apesar das medicações e me perguntei se a agulha em sua veia não o machucava.

Peguei-me então no fraga, porque eu me importava tanto?

Era consciente de que Jimin fazia muito por mim e pelo monstrinho, mas não era exatamente gratidão no meu peito.

[ ... ]

O relógio digital do celular apontando cinco horas da madrugada, me fez perceber que já havia passado um bom tempo.

Olhei para o rosto do ômega, agora mais sereno e desejei que ele despertasse logo, não gostava de vê-lo quieto.

Queria seu sorriso, sua cara de poucos amigos me repreendendo por fazer algo errado e até mesmo sua cara corada de vergonha por minhas brincadeiras.

Só queria vê-lo bem.

Como um desejo realizado, este último abre os olhos e me mostra um leve sorriso.

Acaricio sua mão e retiro os cabelos de seus olhos os colocando alinhados para o lado.

- Como se sente?

- Como se um trator passasse em cima de mim - Ele responde tentando se sentar.

- Espera, eu te ajudo. - Digo ajeitando os travesseiros atrás dele.

- Obrigado.

Fico em silêncio, apreciando seu rosto tomar cor e a palidez sumir, até o enrubescer chegar.

- Por que me olha assim? - Ele pergunta puxando a coberta até cobrir o nariz.

- Você me deu um susto, sabia?

- Você me assusta o tempo todo, era justo chegar a minha vez. - Ele como sempre, com a resposta na ponta da língua.

- Tem razão, mas ... - Parei por um segundo, não conseguindo brincar com tudo. - Não faz isso de novo. - Pedi segurando em sua mão.

O monitor então entregou os sentimentos de Jimin, sua pressão e batimentos por um minuto se levavam rapidamente, fazendo com que o aparelho apitasse de repente.

- Como desliga isso? - Ele perguntou envergonhado.

- Desligar pra quê, gostei desse aparelho. - Disse aproveitando a distração, para lhe arrancar um beijo.

Sem pressa, sem impedimento ou qualquer sentimento em contra, tomei sua boca sentindo que Jimin queria tanto quanto eu. Alguns minutos depois, sem fôlego para continuar, soltei Jimin, vendo-o tão ofegante quanto eu.

Quando nos afastamos, como uma espécie de déjà vu, lá estava novamente a plateia nos observando.

- Desculpe a interrupção. - O médico prosseguiu, sem graça pela situação. - Sr. Jeon, por favor assine estes papéis, o senhor receberá alta.

O médico se retirou, juntamente com outras três enfermeiras boquiabertas paradas na porta.

- Bom, eles já foram. Agora vamos... - Fui interrompido em seguida.

- Vamos sair do hospital, eu quero ver Jin. - Ele foi firme, não me deixando espaço.

- Certo. - Levantei-me da cadeira para assinar os papéis.

- Espera. - Ele pediu, me chamando para mais perto, com um gesto de mãos. - Obrigado por passar esta noite cuidando de mim.

- Fique sabendo que não é de graça.

- Bom, eu não gosto de dever a ninguém ... - Ele parece levar em consideração. - Vêm aqui.

Me aproximo mais, estando a poucos centímetros de distância.

- Como vai me pagar? - Perguntei próximo ao seu ouvido, o percebendo arrepiar.

- Assim.

Sua resposta, veio seguida de um beijo totalmente livre, foi o melhor pagamento que recebi em minha vida!

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