16
Park Jimin
Encontrar a pinta atrás da orelha de Jin, assim como a quê meu chefe tinha, foi uma prova definitivamente indiscutível para o CEO. Mas como eu sabia sobre a pinta atrás da orelha de meu chefe? Isso é uma memória engraçada de se lembrar.
Em uma de nossas viagens a trabalho, nos hóspedamos por pouco tempo em um orfanato desalojado, e bastou uma noite, para quê Jungkook contraísse piolhos do travesseiro deixado lá.
Quando nos voltamos, passei uma semana me certificando de quê todos os piolhos haviam morrido.
Algo que vou gravar pra sempre em minha mente, o dia em quê meu CEO pareceu um mero mortal como eu.
Mas voltando minha situação ali, Jungkook já estava quieto e pensativo até demais. Balancei minha mão diante de seu nariz, afim de chamar sua atenção.
— Ei? Tudo bem?
— Claro que não. Só tira ele da minha frente Jimin. - Sua voz ríspida, e seus passos se foram rápido cruzando o escritório.
Vi meu chefe sair por aquela porta, com os olhos nublados, como se não enxergasse seu caminho depois de descobrir sobre a marcar de nascença.
[...]
Ele não voltou, passaram-se horas, éramos apenas eu e Jin.
Qual seria a loucura que estava passando por sua mente?
Antes que eu pudesse imaginar qualquer coisa, mensagens e e-mails chegavam em meu celular, se acumulando nas notificações.
Eu tinha assinatura de vários jornais e revistas para sempre estar por dentro de tudo, mas ver a cara de Jungkook estampado nas fotos juntas das manchetes, aquilo parecia um pesadelo.
Toquei em um vídeo e peguei Jin no colo para assistir, só não esperava que ele fosse assumir toda a bomba publicamente.
Em um dos vídeos, ele parou diante de todos e apontou para a tela uma foto em seu celular. A minha foto e a de Jin adormecidos na cama dele.
Além disso, expunha ser o pai do filhote e assumia não saber sobre sua existência, mas que o assumiria depois de um teste final de DNA.
— Burrice. - Murmurei vendo e ouvindo aquilo.
Quando eu disse pra contar a verdade, não era exatamente toda a verdade, ele só precisava dizer que era o pai e não que duvidava da paternidade.
Olhei para Jin.
— Seu appa é louco, mas ele vai te amar, vou garantir isso. - O aperto e beijo sua cabecinha.
[De volta para o apartamento...]
— Senhor! - Bato na porta.
Surpreendentemente ele abre em seguida, e não parece muito animado em ver o filhote.
— Entra, temos que conversar. - Soava como mais uma ordem, mas com ele tão pra baixo não quis mexer.
Entrei, deixei Jin no quarto, agora em sua caminha montada ao lado da cama do CEO no quarto. O cobri, e voltei para a sala, me sentando no sofá, ao lado do alfa.
— Você me prometeu que me ajudaria, e acredite, não estou querendo jogar nada pra cima de você. - ele parecia mesmo sério, como se muito consciente de tudo. - Quero deixá-lo com você.
— O quê?! - A pergunta saiu mais alta do quê planejei.
— Quero passar a guarda diretamente para você Jimin, não sirvo para ser pai. A melhor coisa que poderia fazer por este filhote é não deixá-lo ser criado por mim ou por minha família. - A explicação, é quase como uma súplica.
— Tem noção do quê esta me pedindo?
— Sim, nunca estive tão certo em uma decisão em minha vida, como estou agora.
— E loucura senhor... - Murmúrio não querendo acreditar.
— Escuta. - Ele chama minha atenção de volta. - Vou te dar a guarda dele, quero que o cuide como tem feito até agora, esta dispensado do posto de secretário e não se preocupe, será pago semanalmente pelo trabalho.
— Eu não quero estar com Jin por dinheiro, esse garoto não merece isso. Jin é seu Jungkook, não devia pelo menos tentar ser um pai pra ele?
— Pra que tentar, quando já se sabe a resposta? Sei que não presto pra isso.
— Como sabe?
— Porquê já tenho exemplos demais na vida, não quero isso pra ele também.
— Tem certeza?
— Tenho - A afirmação do alfa me fez engolir em seco.
— Esta bem, eu aceito a guarda dele, mas saiba que as coisas não vão mudar Jungkook, vou morar com Jin aqui. - Imponho a condição, e o vejo franzir o cenho
Devia estar nervoso com minha insistência.
— Não diga que não avisei, eu não sou bom pra vocês, Jimin.
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