15
Jeon Jungkook
Depois de sairmos do apartamento, eu já havia pressentindo que o dia não iria bem com base em Jimin. Mas nunca imaginei a magnitude da frase "não iria bem".
Já havíamos passado pela empresa causando um alvoroço, depois a grande bagunça de Jin e por fim, os acionistas mais importantes da empresa tinham visto a cena de meu secretário e eu... Certamente a cereja do bolo.
Tentamos manter o assunto o mais formal possível na sala de reuniões central, mas quem disse que Jin estava de acordo? Pois é, não estava.
Aquele pestinha só não enforcava-me de tanto puxar a gravata, porque depois de muito, em fim Jimin conseguiu o conter.
[...]
Terminando a reunião, nos despedimos e decidimos explicar a situação, e apesar de alguns deles se mostrarem indiferentes e compreensivos por serem pais, outros deram risadas dizendo coisas por nossas costas.
Deixamos a sala e voltamos ao escritório. Jimin se encarregou de dar o almoço a Jin.
Olhando a dedicação dele com o filhotinho birrento, mais uma vez uma ponta de inveja passou por mim.
Queria ter sido criado por uma omma, como o que Jimin estava sendo para Jin.
Talvez a minha personalidade chata e desenfreada venha por minha criação, mas era meu jeito e nunca tive alguém com quem bater de frente para me mudar.
Diferente dos últimos dias, eles estavam sendo incrivelmente desafiadores, mas só os vencia ao lado de Jimin.
— Seu almoço está quase chegando. - Jimin disse a mim, enquanto limpava a boca do pequeno ômega.
— Certo. - Respondi ainda perdido em meus pensamentos.
Eram muitas recordações infelizes da minha infância, e demonstrações de afeto me disparavam elas.
De repente volto a mim e o secretário está tão perto que me assusto.
— Que isso Jimin?
— A Srta. Kim está no escritório. - Ele disse voltando a olhar Jin, como se divertisse por eu estar sem foco.
— Claro. Srta. Kim... - Enfatizei seu sobrenome. - Tem alguma ideia para lidar com a mídia? - Perguntei olhando pela janela, vendo a multidão de jornalistas tomar a frente do prédio.
— Nem a mais mínima ideia.
— Não pode ser... - Disse em um murmúrio tentando pensar em algo.
De um lado a outro, sem ideias, e também enxergar uma mísera luz no fim daquele túnel, desisti encarando Jin que dormia no colo do meu secretário.
— Ótima hora pra uma soneca... - Resmunguei.
Jimin então me olhou, parando de balançar o pequeno e focando em mim.
— E se dissermos a verdade? - A pergunta dele me confunde.
— Que verdade? Nem mesmo nós sabemos qual é mesmo a verdade.
— Quer uma prova de paternidade?
— Do quê esta falando, sabe que não podemos ir fazer o teste de DNA tão cedo. - Digo sentando-me em minha cadeira.
— Não. Vêm, olha isso. - O ômega pediu me fazendo levantar.
Segui até Jimin, e olhei para onde ele me apontou.
Atrás de uma das orelhas de Jin, uma pinta rosada em formato de meia lua, deixava claro que aquele monstrinho só podia ter meu sangue.
Não era qualquer marca, aquela era quase uma marca registrada em nossa família. Meu pai e meu tio também as tinham, assim como eu e meu primo, Yoongi.
— Eu não... - Estava começando a ficar atônito.
Todas as preocupações do trabalho, sobre os jornalistas e sobre o que mais poderia recair em má publicidade, tudo deixou de importar ao me da conta da marca.
A criança era minha, e a pior coisa que poderia surgir na vida de Jin, era eu.
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