Capítulo 2
Acordou lentamente, a luz incomodando levemente seus olhos, sentiu uma leve dor em seu abdômen e se lembrou do corte que levou.
Como que para confirmar seu estado, fez a menção de levar a mão para o ferimento, mas foi impedido gentilmente por uma mão.
- Não encoste, pode abrir os seus pontos. - Recomendou.
- Yami? Onde... Ah sim, eu estou na sua casa. - Lembrou-se com certa timidez.
- Sim, isso. Eu te trouxe para cá depois do hospital, não podia deixar você sozinho em casa.
William tentou se levantar e o amigo o ajudou para que ele pudesse sentar de forma confortável em sua cama.
Quando melhor acomodado, o detetive estendeu um copo de água e um comprimido. Era um anti-inflamatório que também auxiliaria na dor.
- Obrigado. - Ainda estava sem jeito, mas precisava agradecer ao outro. - O-obrigado por ter me salvado.
- Não precisa agradecer, fico contente que eu tenha podido lhe ajudar. Não me perdoaria nunca se algo tivesse acontecido contigo.
O bibliotecário fechou os olhos, um pouco feliz pelo que ouviu.
- Você não foi à biblioteca hoje...
- Não, eu precisei ir a uma reunião de última hora na delegacia. Eu estava indo à biblioteca com a esperança de que ainda estivesse aberta, quando eu te encontrei...
Um silêncio levemente incomodo se instalou e Vangeance começou a ficar ansioso.
- Obrigada mais uma vez pela ajuda, eu preciso ir agora.
- Já está tarde, por que não fica aqui hoje? Amanhã cedo eu te levo de carro para casa. - Queria muito que ele aceitasse, mas não insistiria, se ele realmente quisesse ir, daria uma carona.
- Tudo bem...
- Ótimo, vou pegar algumas cobertas para eu dormir no chão.
- O quê? Claro que não, deixa que eu durmo no chão! A casa é sua, eu não posso fazer isso!
- De modo algum eu vou deixar você dormir no chão Will e sem discussão. - O repreendeu e viu o outro ficar amuado.
- Se quiser, podemos dividir a cama. - Sussurrou. - Quero dizer, ela é bem grande, não faz sentido você dormir desconfortável no chão por minha causa.
Yami ficou constrangido, sua mente viajou por diversos cenários com os dois juntos na cama, mas não se permitiu explorar nenhum deles.
- Certo! - Recebeu um sorriso tão lindo do outro, que sentiu seu interior formigar, é como se houvessem borboletas em seu estômago.
- Está com fome? Eu fiz uma sopa, o médico recomendou comidas leves.
William agradeceu e viu Yami sair do quarto, voltando alguns minutos depois com uma bandeja e dois pratos de sopa.
Comeram juntos, conversaram amenidades. Sukehiro contou que logo seria seu exame e que ele estava nervoso.
Vangeance disse que tinha certeza que ele passaria e que quando acontecesse, que os dois poderiam comemorar juntos.
Yami ficou feliz, era sua chance de ver o homem em outro ambiente que não apenas a biblioteca.
Arrumaram-se para dormir e o detetive garantiu ao outro que se sentisse algum desconforto ou algo parecido, que deveria lhe acordar imediatamente.
A noite passou tranquila. No dia seguinte, como uma forma de agradecer ao outro por toda a ajuda, William quis fazer um delicioso café da manhã para eles.
Fez um café forte, torradas e ovos mexidos. Yami acordou com o cheiro delicioso que vinha da cozinha.
Apreciou William arrumando a mesa, sentiu seu coração mais uma vez se aquecer com aquele homem, que há algum tempo fazia surgir em si fortes sentimentos.
- Bom dia!
- Bom dia! Fiz nosso café, espero que não se importe.
- De forma alguma, sinta-se em casa!
- Foi a forma que encontrei de lhe agradecer, já estou bem melhor.
- Fico feliz Will.
Juntos fizeram o desejum e Will não queria admitir, mas a muito tempo não se sentia tão confortável com a presença de alguém.
Antes, apenas Julius fazia parte de sua vida, como um amigo importante. Mas agora, queria muito que Yami fizesse parte também, mas no fundo desejava que não apenas como um amigo.
William tomou mais um comprimido e Yami pediu que ele ficasse com a medicação para se cuidar devidamente.
Pegou o carro e levou o bibliotecário até o apartamento dele.
Acompanhou-o até a sua porta, se pudesse escolher, o outro não teria saído de sua casa tão cedo, mas não tinha coragem para pedir isso ao outro.
- Obrigado mais uma vez Yami! - foi grato de novo enquanto segurava a porta de sua casa, sem realmente querer entrar e deixar o outro ir embora.
- Não precisa me agradecer, já disse, estou feliz que você esteja bem.
- Antes de você fazer o seu teste você pode passar na biblioteca?
- Hum, o teste é meio cedo, mas lá abre cedo não é mesmo? Posso ir sim. - Sorriu, de uma forma convencida que William estava acostumado a ver e que gostava muito. Imediatamente ficou vermelho de vergonha.
Não resistiu ao ver o rosto avermelhado, levou a mão erguendo levemente o queixo alheio e antes que pudesse ser indagado pelo gesto, selou rapidamente as bocas.
- Até quinta então. - E partiu, deixando um atordoado William para trás.
Os dias passaram se arrastando para o bibliotecário, desde o dia em que Yami o beijara, eles não haviam mais se falado. Estava nervoso, hoje era o dia da prova para sargento do detetive. Teoricamente ele iria na biblioteca antes de ir para sua prova.
Não sabia mesmo se ele iria, na verdade todas as suas convicções sobre Yami haviam sido abaladas quando fora beijado. Quer dizer, na verdade ele estava tão nervoso, que não conseguia raciocinar com coerência.
Foi tirado de seus pensamentos quando o detetive veio até a sua bancada trajando um bonito uniforme do departamento de polícia, ele estava deslumbrante.
Sentiu seu corpo todo tremer de nervosismo, mas tentou fortemente agir com naturalidade.
- Bom dia! - Mostrou um pequeno sorriso.
- Bom dia Will!
- Que horas é a sua prova? Está nervoso?
- Daqui a uma hora. Estou um pouco nervoso sim. - confessou baixinho.
- Nossa, você não deveria ter vindo então. - Preocupou-se.
- Tá tudo bem, eu disse que viria, não disse, eu estou de carro, chego rapidinho.
- Sendo assim... - Disse e abaixou-se um tanto para pegar um pequeno embrulho em sua bolsa.
- Eu fiz este amuleto para te dar sorte! - estendeu a mão com o amuleto de pano bordado a mão. De tudo que o detetive pensou que William poderia querer falar com ele, com certeza o presentear com um amuleto não chegou a se quer passar pela sua mente.
- Will, você quem fez? - Quis confirmar e o viu assentir. - Muito obrigado, vou levar comigo.
- Fico feliz. - Estava contente, Yami parecia ter gostado de seu presente.
- Sabe o que me daria sorte também para fazer a prova? - debruçou-se sobre a bancada.
- O quê? - Perguntou inocente.
Sukehiro não respondeu, apenas selou os lábios no bibliotecário.
Sorriu quando viu ele ficar vermelho de vergonha e começou a se afastar. Tinha uma prova para prestar.
- Se eu passar vamos comemorar certo? - Perguntou já na porta e apenas viu Vangeance assentir com certa timidez. Jogou um beijo para o ar e foi embora.
É claro que Yami Sukehiro passaria na prova, Julius mesmo fez questão de contar ao amigo e o convidou para comemorar. O agora sargento, educadamente recusou, com a desculpa que já tinha um compromisso com outra pessoa.
William ficou feliz pelo amigo, saíram juntos e no restaurante que estavam celebrando a promoção, Sukehiro pediu oficialmente o bibliotecário em namoro, que timidamente aceitou.
Eles eram muito diferentes, mas era isso que equilibrava a vida dos dois.
Yami era impulsivo e gostava de se aventurar de vez enquando.
William era um tanto tímido, mas muito gentil e normalmente aceitava as aventuras do namorado. Gostava do mundo que o outro mostrava ele.
Estavam a alguns meses namorando, Yami esperava a biblioteca se esvaziar, estava impaciente, queria logo que aquelas pessoas fossem embora para que ele e o namorado fossem para casa, curtir o resto do sábado.
Viu o namorado pegar alguns livros e seguir para uma sessão mais afastada para guardá-los. Imediatamente foi coberto por uma ideia nem um pouco casta.
Olhou ao redor para ter certeza de que eles estavam sozinhos e foi atrás do bibliotecário.
Abraçou-o por trás, uma mão foi em sua cintura e a outra cobriu a mão que estava guardando o último livro na prateleira. Deixou uma mordida seguido de um leve chupão em sua nuca, que fez William suspirar.
- O que está fazendo Yami? - lançou a pergunta retórica.
- Exatamente o que parece. - Sussurrou e começou a passar a mão por debaixo na camisa do namorado, encontrando um dos mamilos, tendo-o entre os dedos.
- Hum, você sabe que estamos em um lugar público não sabe?
- Você já está fechando a biblioteca, todo mundo já foi embora... - Desabotoou a calça jeans do bibliotecário.
- Hum, Yami! - Gemeu quando sentiu seu membro ser tocado. - Mas e se alguém aparecer?
- Estamos longe o suficiente, ninguém vai chegar e se chegar, não vai dar para nos ver.
Não sabia se havia convencido o seu namorado, claro que ele não continuaria se o outro não quisesse.
Uau! Sim, ele foi convencido!
Tão logo Will raciocinou que onde eles estavam era em um lugar mais escondido, ele tratou de se entregar e rebolou os quadris para atiçar o namorado.
-Will, não me provoque. - Avisou e apenas viu o sorriso safado do namorado.
Tão diferente da timidez que no início do namoro ele tinha.
William rebolava o quadril enquanto era masturbado e tinha os lábios atacado pelo homem.
Em segundo já não havia mais roupa entre eles, os toques quentes eram sentidos, mas William precisava de mais.
Fez Sukehiro sentar no chão enquanto se acomodou em seu colo.
O corpo do sargento era forte e musculoso, ele aproveitou para arranhar-lhe os braços enquanto era beijado e de uma forma gostosa esfregava as duas ereções.
- Amor, eu amo quando você rebola assim, mas fica de pé um pouquinho.
Mergulhado nas sensações, mal raciocinou o que o outro pediu, apenas fez o que ele quis e assim que se levantou, tampou a boca para que um gemido mais alto não saísse.
Estava sendo chupado. Olhou para baixou e viu o olhar de luxúria que lhe era direcionado e como se desse conta da cena em que estavam ficou vermelho e desviou o olhar.
- Ainda fica envergonhado Will? Mesmo depois de já termos feito isso tantas vezes. - Brincou e logo voltou sua boca para as bolas dele.
Não conseguia achar um apoio decente, sentia que iria derreter. Apoiou as mãos nas prateleiras dos livros, empurrando sem querer alguns que caíram do outro lado.
Logo que Yami ouviu o barulho dos livros, sorriu internamente e quis enlouquecer cada vez mais seu namorado.
- Senta em mim Will. - Pediu e William já ia lhe indagar quando sentiu a língua em sua entrada e entendeu o que ele quis dizer.
Yami deitou no chão, conduzindo para que o namorado sentasse em seu rosto e ele pudesse beijar aquela entradinha da forma que achasse melhor.
William achou que fosse ficar rouco de tanto gemer, achou que não poderia sentir mais prazer, mas sentiu que Sukehiro começava a lhe masturbar lentamente.
- Não, Yami! Assim eu vou gozar logo! - pediu quase que em desespero.
- Não quer gozar amor? - Provocou.
- Quero, mas quero com você dentro de mim.
Decidiu que não iria mais torturar o namorado daquela forma.
Gentilmente tirou o namorado de cima de si, pegou em sua carteira um preservativo e estava pronto para receber o outro.
William nem precisou de convite, sentou lentamente no namorado que gemeu forte e deixou uma mordida em seu ombro.
O movimento cadenciado era prazeroso, mas logo ambos precisavam de mais.
Mudaram de posição e agora os joelhos de Will estavam apoiados nos ombros do mais velho.
- Yami, estou quase, não para!
Amava ver seu namorado tão entregue, obviamente não negou o que o outro queria.
O orgasmo foi intenso e arrebatador, estavam ofegantes e se abraçavam enquanto recuperavam o fôlego.
Yami sentiu um beijo em sua bochecha e sorriu para o namorado.
- Eu te amo Yami!
- Também te amo Will! - Beijou-o.
Passado alguns momentos, se arrumaram como puderam, estavam suados e um pouco ofegantes, mas nada de mais.
Andavam de mãos dadas em direção a recepção quando viram um Julius completamente vermelho na recepção.
- Vocês sabiam que dava para ouvir vocês lá das escadas? Eu só subi porque fiquei com medo de alguém encontrar vocês.
Yami gargalhou com a fala do amigo e rapidamente puxou William para um abraço que agora estava roxo de vergonha.
Os três amigos depois do momento vergonhoso saíram juntos da biblioteca. William morrendo de vergonha enquanto Julius e Yami iam se alfinetando e brincando um com o outro sobre a situação constrangedora que o delegado presenciou.
Notas:
Ahhhhh!!!! Heheheh!
Que legal! To feliz de ter terminado mais uma fic desse casal lindo!
Dessa vez o lemon foi Hot hot kkkkk...
Mas também tivemos vários momentos fofos...
Por favor, me digam se gostaram e tal!!!
Kissus Kissus!
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