Capitulo 10
— Sally… — Havia alguém me chamando e a voz me parecia familiar. — Acorda amor.
— Dany? — Levantei bruscamente da cama o chamando, porém quem estava deitado ao meu lado era Adam. Ele acordou assustado olhando todo o quarto, mas logo fixou seu olhar em mim.
— Está melhor? — Seu rosto cansado me fez pensar, será que ele realmente se importava?
Minhas pernas doíam com menos intensidade e eu podia movê-las, porém não conseguia andar. A ficha caiu, eu estava presa e nem ao menos poderia andar.
— Você me trocou? — Falei ao perceber que estava com apenas uma blusa.
— Eu achei melhor te dar um banho. — Adam se afastou evitando me olhar. — Eu só queria que você..
— Tudo bem. — O interrompi fazendo ele se calar.
Isso era o mínimo para se preocupar, já havia acontecido tanto que eu não tinha nem motivo para se importar. Eu estava à mercê dele e ele poderia fazer o que quisesse que eu não poderia me defender.
— Sente algo? — Adam parecia preocupado e isso me deixava confusa pois como um indivíduo que sequestra uma pessoa, a mantém presa e tortura pode ser preocupar?
Eu me sentia cansada e machucada, meu corpo pedia descanso e minha mente parecia quebrada. Quanto mais posso aguentar? Preciso de calma, calma e paciência se eu ainda quiser sair viva dessa situação.
— Sally…— Adam me tocou no ombro. Me senti nervosa com sua aproximação e me encolhi, percebendo isso ele se afastou rapidamente. — Eu quero me desculpar. Não queria te machucar eu… Eu so...
— Tudo bem Adam. — Ele me olhou surpreso. — Você só foi um pouco rude.
Ele ficou calado ainda em pé ao lado da cama, ainda estava surpreso pois talvez esperasse que eu fosse agir de forma nervosa e exaltada.
— Você me perdoa? — Eu assenti fingindo um falso sorriso.
Ele pareceu aliviado e deu um leve sorriso. Era a primeira vez que o vi sorrir de uma forma serena e sem maldade estampada em seu rosto. Em circunstâncias normais ele seria um bom rapaz e até mesmo simpático.
— Você deve estar com fome, o que prefere comer?
Pensei por alguns instantes procurando algo que eu realmente quisesse comer.
— Eu não tenho preferência. — Respondi.
— Certeza? — Eu assenti. — Então já trago pra você.
— Eu não quero comer aqui sozinha, me leve para a sala. — Pedi com a voz chorosa.
— Está bem, eu vou só arrumar tudo e volto pra te pegar.
Adam saiu do quarto e eu comecei a pensar numa forma de escapar, eu estava machucada e fraca não iria poder fazer muito. O mais sensato a se fazer era entrar no jogo e agir conforme ele queria. Vou aceitar tudo que ele quer e ganhar confiança dele, quando eu estiver forte para me defender e ele tiver baixado a guarda eu revido. Eu poderia desistir e aceitar, mas não vou me render facilmente. Eu não havia nascido para desistir tão fácil assim de minha vida e liberdade, iria ao menos tentar.
Ele realmente não sabe oque o aguarda.
O quarto estava quase escuro e um pouco frio por causa do tempo. A chuva caía com força lá fora e eu me perguntava. Eles sentem minha falta? Estão procurando por mim?
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