Lembranças
Flask Back de Cinco anos trás...
Estava em meu quarto brincando com meu coelhinho no qual eu era apaixonada, presente dado pelo meu pai quando completei cinco anos. Mas comecei a ouvir umas vozes estranhas vindo da cozinha, levantei abraçada ao senhor peludo e caminho até onde vinha o som.
Era meus pais em suas raras brigas, fiquei um tanto assustada, não era de presenciar isso. Papai faz sinal pra mamãe quando nota minha presença na cozinha.
Amélia: Filha! O que faz fora do quarto? --- ela se à próxima sorrindo docemente para mim e me pega em seu colo.
Broken: Ouvi você e o papai brigando.
Amélia: Não! Claro que não, eu e seu pai só estamos conversando.
Bruno: É isso mesmo princesa --- sorri ele vindo até mim e bagunçando meus cabelos.
Meus pais sempre foram ótimos comigo, me dando carinho e afeto, só que mesmo assim me sentia sozinha por ser um tanto diferente das outras meninas da minha idade, eu via o mundo d um outro jeito, era estranho além d sentir dores em minhas costas como se algo tivesse as rasgando, mamãe se assustava com certas coisas que eu falava sem nexo, além de algumas penas aparecerem em minha cama quando acordava.
As vezes eu tinha pesadelos horríveis com um lugar nebuloso, quente e cheio de dor que me fazia gritar e chorar durante a noite, os médicos diziam que era terror noturno, mas era tão real. Em outros sonhos eu estava num campo cheio de flores de todos os tipos, árvores de cristais, Lagos de Ouro e muita cantoria, era muito lindo.
Mesmo não querendo eu era capaz de ver sombras ao lado das pessoas, sombras muitas vezes ruins, o que me levou a frequentar uma terapeuta por alguns meses.
Amélia: Está um dia lindo la fora, por que não leva o senhor peludo para passear?
Abro um largo sorriso animadamente.
Broken: Tá bom!
Mama me coloca no chão, corro para a porta e saio pisando na grama fria com meus pés descalços, deitei ali e fiquei olhando o céu azul com suas nuvens formando formas abstratas, mas um barulho chama minha atenção, levantei um pouco meu corpo e olhei em volta, a rua estava com pouco movimento, comecei a me assustar, abracei meu coelhinho e voltei a olhar as nuvens, mas o barulho novamente veio a encher meus ouvidos, levantei mais rápido desta vez, estava com medo e curiosa ao mesmo tempo.
Ouvi algo como se os galhos fossem quebrados, poderiam ter vindo detrás da casa, mamãe sempre diz para não ir lá no bosque que é muito perigoso, mesmo assim eu bem que gostava de ir.
Fui até a parte arborizada detrás de minha casa, fui cautelosa até que avistei um de meus amigos "imaginários" como disse a terapeuta, ele era alto e vestia Preto como se vivesse em luto eterno.
Corri até o mesmo alegremente com um sorriso aberto estampado no meu rosto, ele por sua vez nada falava, apenas colocou uma flor em meu cabelo como sempre fazia quando nos encontrávamos.
Broken: Oooi senhor esguio! --- ele acenou --- Você me assustou hoje, eu pensei que era algum lobo.
Apenas ficou me olhando, então ele se sentou no chão e me chamou, sentei em seu colo e o mesmo começou a trançar meu cabelo de forma delicada. O Senhor Esguio me tratava como uma filha, o que me fazia pensar se ele teria uma.
Broken: Senhor esguio..o senhor tem filha? Porque seria legal conhece-la. --- digo mexendo nas orelhas do meu coelhinho
Um silêncio fúnebre tomou conta do recinto, ele parou o que estava fazendo e me empurrou de leve, logo se levantou com uma expressão de tristeza.
Broken: O que foi? Ela não pode vir?
Ele afirmou com a cabeça, tentáculos saíram de suas costas me pegando pela cintura, ele fez com que parecesse que eu estava voando. Eu ria e me divertia das brincadeiras que fazíamos..até que..
Senhor Esguio me convidou para andar com ele.
Broken: Eu não posso, mamãe pode ficar preocupada
Ele fez parecer triste. Então ouvi quando finalmente falou.
Sr.Esguio: Ela nem vai saber! Vou te levar para conhecê minha filha, ela vai ficar feliz em te ver.
Afirmo q quero, o mesmo se anima e me abraça. Em seu colo sou levada para uma cabana
escondida no centro da floresta, ele me põe no chão e entra primeiro, fico um tanto assustada olhando as tábuas nas janelas e uma tinta vermelha nas madeiras com um cheiro ferroso.
Sr.Esguio: Você não vem..Broken? --- ele diz aparecendo no vão da porta.
Engulo a seco e entro...
DIAS ATUAIS.
Abro meus olhos lentamente, eu estava no quarto de hóspedes do Pup, meu pescoço doía um pouco pela má postura, espreguicei dando uma estalada nele, o que eu não entendia era por que dessas lembranças depois de tanto tempo.
Olho para a cama ainda sonolenta, sendo que esse estado passou assim que não o vi deitado ali. Pulei da poltrona derrubando o pote de nutella no chão, não liguei e sai correndo do quarto esbarrando em alguém, acabei caindo de bunda.
Liu: Pra que a pressa? Tá com diarreia. --- diz ele ríspido secando os cabelos úmidos.
Ele estava diferente, sua feição era fria, seus olhos estava num Verde opaco com um brilho vermelho sangue, a atmosfera ao redor dele era maligna, Liu estava me dando medo.
Broken: Não, eu só...pensei que tinha sumido.
Homicidal passa por mim como se não fosse nada, mas eu o puxo pelo cachecol fazendo parar, me levanto rapidamente.
Broken: O que te fez mudar tanto?
Liu: A vida --- diz debochado --- Ela muda as pessoas.
Broken: Nem todas! Você não era assim.
Liu: Você não conheceu o Liu de verdade, aquele era a parte humana em mim, e não há volta.
Broken: Eu sei que ainda ha humanidade em você! --- ele gargalha me olhando com desdém --- E vai ser por bem ou por mal.
Liu: Rá que medo. Faça o que você quiser eu não me importo. Pro seu bem docinho eu sugiro que corra para bem longe.
O solto nesse momento, aquilo doeu, mas eu não podia me deixar levar ele não sabe o que fala..mas..e se esse for o Liu de verdade?
Broken: Como pode dizer isso?! Então você não me ama mais?
Percebo hesitação de sua parte, seu sorriso cai, ele fica pensativo, posso sentir a parte humana dele em algum lugar ali dentro, só preciso faze-la sair
Liu: Amar também significa deixar ir, gracinha --- ele pisca pra mim em deboche.
Dou um tapa em sua cara e saio andando a passos largos a procura do Pup para me levar até o Splendor...mas ao abrir a porta vejo o...
Broken: Sr..Esguio... --- sussurro amedrontada.
Sr.Esguio: A quanto tempo..Broken.
Iria correr para chamar o Liu, mas ele enrola um tentáculo na minha cintura e outro no meu maxilar tapando minha boca.
Sr.Esguio: Vamos dar um passeio como nos velhos tempos. --- sou traga pra fora da casa enquanto me debatia e tentava fugir
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro