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*18*

Estou dando passos calmos e lento por essa rua desconhecida, o vento gélido bate suavemente na minha pele. A rua está muito clara graças a lua que está cheia e surpreendentemente iluminosa. desde que lara chegou pude finalmente sair.

Finalmente pude sentir um momento de paz, estou um pouco longe da casa agora.

Árvores invadem a minha visão, aburtos e flores de mais cores que eu mau podia contar. Talvez uma espécie de pracinha? Avisto um banco entre as flores não excito em ir até ele.

Fecho os olhos e repiro bem fundo, embora esteja frio e eu esteja sem blusa de frio, não me dou ao luxo de voltar ainda.

Soluços e leves tons de uma voz começou a se espalhar por aquele local , oque me faz abrir os olhos a procura de tal origem.

Me levanto e começo a andar por ali, até o som ir se aumentando gradualmente.

E percebir que havia um garoto chorando encostando em uma árvore, ele chorava baixo, mas era muito evidente que estava sofrendo arduamente por algo. A sua mão direita havia uma garrafa de bebida quase vazia e seu olhar estava longe.

Silenciosamente me sentei ao seu lado também encostando na grande árvore.

- essa árvore irá almadiço-lo por está bebendo embaixo dela.- falo apenas por sentir vontade de ajuda-lo de alguma forma.

O mesmo sem muito ânimo olhou para mim com seu pá de olhos âmbar e sua pele bronzeada levemente avermelhada por está chorando. Seu estado era crítico, seu cabelo ia até seu ombro porém muito embaraçado e com vestígio de folhas das árvores. Sua roupa era clara mas estava completamente suja e rasgada.

-isso é inútil!- falou jogando a garrafa para longe com desprezo. -oque faz aqui tarde da noite?- falou quebrando o silêncio que havia se istalado em alguns minutos entre nós.

-apenas tomando um ar.- falo fitando o céu mas logo percebo o mesmo vagando longe, acho que nem ouviu a minha resposta.- e você?-decido quebrar o silêncio.

-eu?.... tentado fugir dessa realidade, a qual eu recuso acreditar.- falou fitando o céu também.- não sei oque se passa com você, mas posso sentir a sua dor de longe. -falo olhando as minhas mãos.

Ao ouvir as minhas palavras ele se lavanta com difículdade , mas ainda posso ver as lagrimas escorerem pelo seu rosto.- acho melhor você ir embora.-falou seco e começou a andar mancando.

- você esta machucado?-falo me levantando e limpando meu simples vestido. - Estou bem.-falou  seco e de costas.

Observei o mesmo mancando com difículdade até parar e escorar em outra árvore, demonstrando falta de forças para continuar.

Sem pensar duas vezes vou em sua direção, e pego seu braço passando por cima de meu ombro.- aonde você mora?- pergunto.- não preciso de ajuda.-insisti o mesmo com tamanha ignorância.

-vamos, irei ajudá-lo a chegar lá. Você não conseguirá nesse estado.- falo me recusando a deixá-lo ali.-você não vai desistir não é?- falou e finalmente olhou para mim. Seus olhos carregavam muita dor.

-você e gentil como ela, sempre ajudando as pessoas mesmo sendo desconhecida. e graças a isso ela morreu.- falou com suas palavras carregadas de ódio é arrependimento.

- eu moro logo ali.- falou apontando com a cabeça para uma casa Branca e cinza, as luzes estavam apagadas mas a sua modernidade como todas as outras casas dessa rua, não deixava de destacar.

- não tem ninguém em casa? - pergunto ao chegar na porta.- não...-respondeu baixo ainda se aponhando em meus ombros.

observo o mesmo colocar a sua digital sobre a fechadura da porta e a mesma o reconhecer e automaticamente abrir.

O levo ate seu sofá preto. e as luzes automaticamente ligam.- pode me ajudar a me banhar?- perguntou de cabeça baixa. Arregalei os olhos no mesmo instante e sentir a minhas bochechas se aquecer.- não se preocupe não ficarei totalmente nu.-falou antes que eu pudesse respoder.

-aonde fica o banheiro?- pergunto ajundo o mesmo levantar.- segunda porta.- respondeu sem ânimo.

O forte cheiro de bebida se misturava com seu suor, não deixando o ambiente nada agradavel. Seu corpo estava magro deixando claro que não se alimentava a dias.

O ajudei o mesmo entra na banheira e a tira a apenas a blusa. Ficando apenas com a sua bermuda suja ou oque restava dela.

Comecei a tirar os vestígios de sujeira que havia em seu cabelo, e então suavemente comecei a lava-lo. O mesmo permanecia quieto e sem se mecher, água escura escorria pela banheira e entrava no pequeno ralo da banheira. - Oque aconteceu para você ficar nesse estado ?- pergunto quebrando o silêncio em que apenas o barulho da agua e o cheiro do xampu dominava.

- minha mãe foi assasinada.- respondeu apertando os punhos.- não poderei descansar enquanto não vinga-la.-completou sua frase com muito ódio.

Quem sou eu para juga-lo? Sei a dor que ele está sentido. Algo que não passa nunca.

Permaneci em silêncio enquanto o enchia de espuma do sabonete de baunilha.

-pode sair, eu término.- falou.

Apenas concordei e sair, eu procurava a cozinha na casa e felizmente não era tão grande oque me fez rapidamente encontrar ... procuro algo nos armários para fazer, decido fazer apenas um arroz doce.

Após terminar coloco em uma tigela e espero o mesmo sair do banheiro.

- você ainda está aqui?- perguntou surpreso com a minha presença na sala ainda. Ele já havia trocado de roupa e ainda secava o cabelo com uma toalha branca que estava sobre seu ombro- eu fiz arroz doce para você.- falo levantando Abro um leve sorriso sem mostrar os dentes.

O mesmo se aproxima ainda mancado, apenas entrego a tigela quente em suas mãos e o mesmo começa a comer como se fosse a melhor coisa que ja havia comido.

-acho que ja posso ir embora agora.-falo olhando para o mesmo que termina de comer.

-meu nome é Gabriel..... qual é o seu?- ele me surpreende após eu colocar a mão na maçaneta da porta.- Eliza.-falo olhando para o mesmo que parece conter a informação.

-certo.... obrigado, Eliza.- falou forçando um sorriso. Retribuo o sorriso e saio em seguida.

Eu não sei oque deu em mim, apenas sentir uma vontade enorme de ajuda-lo embora estava sendo rude comigo

-AONDE VOCÊ ESTAVA?- um grito percorre os meus ouvidos me assustando após abrir a porta, Dylan parecia furioso comigo.

- estava tomando uma ar.-falei não querendo falar oque realmente ocorreu.-tomando um ar?- falou de recusando acreditar em mim.

-eu falei que ela estava bem...- lara fala sentada no sofá mascando seu chiclete e mechendo no celular.- não precisa desse drama Dylan.-falou revirando os olhos.

-são três horas da manhã agora, Eliza tinha saído desde as onze da noite. e foi apenas tomar um ar. irônico não?- falou com seu sorriso sarcástico no rosto, era incrível como ele conseguia mudar de humor em segundos.

-bem eu fui....

Os olhos de lara pareou juntos com os meus com aquela cena interrompendo a minha fala.

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