Obs: Esta introdução é só para contextualizar certos acontecimentos, não irá interferir tanto na história.
Recomendo a leitura do prólogo para aqueles que gostam de uma fofoca. Mas quem quiser pode pular para o capítulo 1.

Depois do trágico acidente de Maurício, um empresário multimilionário e um dos mais influentes de Nova York, que morreu em uma queda de avião, naquele dia ele tinha o objetivo de ver sua esposa Clarice e sua filha, Paloma.

Segundo as informações, sua filha estava com uma febre alta e resmungando que estava com saudades do pai. Só que, nesse momento, o pai estava acabando de fazer uma viagem de negócios, mas como a preocupação maior era a sua família, ele deixou Timothy, seu braço direito, cuidar dos negócios e reservou um voo naquele mesmo dia.

O avião aparentava estar em bom estado, e o que levou ao acidente foi uma turbulência causada por uma tempestade com raios.

Infelizmente, o dono da companhia aérea não pôde comparecer à entrevista, então conversamos por telefone. Aqui está o relato:

"Embora os pilotos sejam treinados para lidar com condições meteorológicas adversas e as aeronaves sejam projetadas para resistir a muitas dessas forças, tempestades severas ainda representam um risco significativo. Por isso, as companhias aéreas monitoram cuidadosamente as previsões do tempo e podem alterar rotas ou cancelar voos. Perdemos o contato com o avião 424 e imediatamente mandei reforços. Chegamos tarde."

A jornalista limpa as lágrimas depois que o dono fala. Prontamente, ela logo retorna a fala.

Seu objetivo de ver a família foi interrompido e, sendo assim, deixou uma herança para sua esposa e filha.

E aquele dia ficou marcado, o dia que um avião caiu e deixou 20 mortos. Um deles era o pai de Paloma.

Clarice ficou devastada por virar mãe solteira, sua filha só tinha 6 anos de idade. Depois do velório, Clarice estava decidida a mudar de cidade. Ela e sua filha se mudaram para Manhattan, uma cidade de Nova York.

Paloma e sua mãe fizeram terapia para aceitar melhor os estágios do luto.
Paloma se mudou para uma escola que tinha várias crianças ricas e mimadas com seus grupos, e dentre tantas essas pessoas, ela encontrou uma menininha que parecia tímida e que estava brincando sozinha e com uma cara não muito boa. Ela logo decidiu se aproximar.

Paloma perguntou o nome da menina e a menina logo endireitou sua expressão e respondeu a Paloma com entusiasmo. A menina se chama Geovana. Paloma perguntou por que ela não estava brincando com as outras crianças.

Geovana falou que as outras crianças eram muito esnobes e que ficavam disputando quem tem mais riquezas entre si. Paloma abominava esse ato, pois se essas crianças têm o que têm é porque os pais trabalharam muito para isso.

"Minha mãe sempre fala que é deselegante falar sobre nossos patrimônios. Ela e meu pai trabalham bastante para me dar conforto e ela me disse que eu não posso me exibir por aí, já que nem todos tiveram a mesma sorte."

Paloma falou rapidamente, sem gaguejar, para a outra menina. Assim que ela mudou de escola, sua mãe sempre dizia para ela a maneira correta de se comportar.

Geovana ficou mais alegre e falou que os pais dela também falavam aquilo, e foi aí que surgiu uma longa amizade.

Paloma e Geovana não se desgrudaram por anos. Geovana disse que Paloma poderia chamá-la de Geo, já que só seus pais a chamavam por esse apelido e agora ela compartilhou com Paloma porque ela também é importante na vida dela.

Elas sempre viviam juntas, uma na casa da outra. Geovana até chorou quando Paloma iria mudar de escola, já que o tempo pareceu passar tão rápido. A escola delas não tinha ensino médio.

Paloma tranquilizou a amiga e disse que era só elas entrarem juntas na nova escola, e mesmo que não desse para elas estudarem na mesma escola, elas continuariam amigas.
Geovana conversou com seus pais e eles concordaram em matriculá-la na mesma escola que Paloma.

Os pais de Geo adoravam a outra menina, e a mãe de Paloma adorava Geovana e a família dela. Apesar da terapia, a companhia de Geovana ajudou bastante Paloma a não ficar tão triste sem o pai.

A mãe de Paloma é perita criminal e subchefe das empresas de seu ex-marido. Clarice deixou que Timothy fosse chefe da empresa porque não estava com cabeça para administrar nada e ele era mais experiente que ela. No começo, Clarice quis abandonar o trabalho para ficar perto de Paloma, mas isso a deixava um pouco triste. Clarice ama sua profissão, mas amava mais sua filha.

Conforme Paloma foi crescendo, ela foi vendo como sua mãe estava e logo a encorajou a ir atrás dos seus sonhos. Clarice agradeceu e começou a trabalhar. Clarice começou viajando a trabalho com pouca frequência, pois odiava aviões e odiava deixar Paloma sozinha.

Nesse meio período em que Clarice viajava, os pais de Geo cuidavam de Paloma, e Clarice sempre agradecia e dava uma quantia de dinheiro para os pais de Geo.

Eles sempre recusavam a quantia e diziam que faziam isso porque gostavam de Paloma.

Nesses anos de viagem a trabalho, Clarice conheceu um rapaz gentil que a tratava bem. Clarice ficou com um certo receio de apresentá-lo para Paloma porque, no começo, achou que não duraria.

Paloma sempre foi esperta e conhecia a mãe como ninguém. Antes que Clarice pudesse apresentar o rapaz, Paloma apoiou e disse que fazia anos desde a morte do pai que não via a mãe feliz. Então, a mãe se apressou e, no outro dia, Paloma conheceu o rapaz, que se chama Júnio.

Ele tratou Paloma bem e explicou que gostava muito da mãe dela, que a respeitava muito e que não estava tentando substituir o pai de Paloma.

Clarice e Júnio se conheceram quando Paloma tinha 8 anos, e agora Paloma tem 14.

Todo aniversário de Paloma, ela lembrava de seu pai. Tinha vários porta-retratos com fotos deles. Júnio foi como um pai para ela, e sem perceber, já o chamava de pai. Júnio era seu segundo pai.

Assim que Paloma e Geo entraram no ensino médio, não aproveitaram muitas festas como os outros, mesmo seus pais dizendo que poderiam aproveitar com moderação.

Paloma e Geo eram uma dupla até conhecerem Rebeka e Isabela.

Os pais de Paloma e Geo gostaram das outras duas, que encorajaram as meninas a saírem mais.

Os pais não se importavam com as festas; todos eles já foram adolescentes, afinal. A única coisa que pediam era moderação.