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32- Las Vegas

Geovanna.

O lugar está barulhento e não consigo ouvir a voz do meu namorado. Aviso para as meninas que vou me afastar para achar um lugar mais calmo. Também peço para elas não exagerarem na bebida e, em seguida, me tiro. 

Apesar de a viagem ser só de meninas, eu fiquei com saudades dele. Estávamos há algumas semanas sem nos ver porque ele teve que viajar para uma reunião de negócios em Dubai, e eu não consegui ir junto, pois estava ajudando a organizar essa viagem com a Rebeka.

Quando o Gustavo retornou de viagem, perguntei para Paloma se estava tudo bem ele vir, e ela disse que sim, que não via problema. Então, quando avisei isso para ele, ele trocou o voo para New York pelo de Las vegas.  Ele me ligou para saber o número do quarto do hotel, para que pudesse trocar de roupa e me encontrar no evento.

Mas, como imaginei que ele estava cansado, apenas sugeri que eu ia para o hotel para ficar com ele. Como reservamos dois dias para o show, amanhã ele viria com a gente. Assim que desligo a ligação, mando uma mensagem no grupo das meninas avisando que vou embora. Como elas estão um pouco bêbadas, provavelmente não notarão minha ausência, mas aviso apenas por desencargo de consciência .

Decido pegar uma última bebida e, enquanto caminho para sair,  escuto uma voz familiar chamando o meu nome e puxando meu braço.

— Oi, Geo.

Olho para a ruiva à minha frente. A voz dela me  parece familiar, e  fico alguns segundos tentando lembrar. Quando a menina decide dizer seu nome, falo mais rápido:

— Vanessa! Quase nem te reconheci, mulher! você mudou tanto! — Digo, incrédula, enquanto a abraço.

A mulher que está acompanhando Vanessa me encara gentilmente. Vanessa sorri para ela e decide apresentá- la:

— Essa é a Jéssica, minha namorada.

Eu abro a boca em formato de "O" e chamo as duas  para se sentarem no banco que  havia na entrada do evento.

— Bem que eu sentia um cheiro de couro! Venham, Vamos nos sentar. Quero ouvir todos os babados.

Assim que  me sento, peço licença e mando uma mensagem para o meu namorado avisando que eu tinha fofoca e que, consequentemente, iria me atrasar um pouco. Quando termino de enviar a mensagem, deixo Vanessa falar.

— Meus pais eram conservadores pra caralho, e eu saí da Boulevard porque decidi morar com a minha tia aqui em  Vegas. Minha tia é o oposto deles e me ajudou a me entender melhor. Ela sempre me perguntava se eu gostava de garotos ou garotas e se eu já me perguntei sobre isso. Ela me ajudou muito na questão da sexualidade, é bem melhor quando temos apoio.

— Ai, que tudo! Meus parabéns, vocês formam um belo casal. — Falo emocionada.

—E você e as meninas? Como estão? — Vanessa pergunta, enquanto faz cafuné na Jéssica.

— Bom, eu estou namorando há quatro anos, com um homem, e ele é dono de um hotel.  Mencia e Rebeka estão juntas há seis anos, são donas de uma boate e também estão noivas. Isadora conheceu uma menina  incrível chamada Sarah, e elas estão namorando a três anos e Paloma...  bem, ela ainda está triste pela forma como ela e a Samantha terminaram e está por aí, bebendo.

No mesmo instante que falo isso, Vanessa começa a tossir freneticamente e depois limpa a garganta:

—  Pera, a Paloma está aqui? — Vanessa aponta ao redor.

— Sim, por quê?— respondo, franzindo a sobrancelha.

— Amor, é essa Paloma? — Jéssica pergunta, confusa, enquanto olha nos olhos de Vanessa.

A expressão delas não parece nada boa, e eu decido chamar sua atenção.

— Como assim? — retruco, confusa.

— Geo, eu te chamei porque eu e minha namorada estávamos procurando a Samantha.

Eu juro que quase tive um treco quando Vanessa me jogou essa bomba. Essa piranha só pode estar maluca! Agora quem está chocada sou eu.

— O quê? A Samantha está aqui? — pergunto, surpresa, tentando confirmar se eu realmente ouvi aquilo.

Somos interrompidas quando o quarteto elegante  chega e dá para notar que estão bastante bêbadas. Minhas amigas estavam rindo como se estivessem ganhando na loteria e mencionando algo sobre aposta.

—  Geo, você não vai acreditar! — Sarah comenta, incrédula.

— Eu ganhei, caralho! — Beka sorri, convencida.

Jéssica se assusta com a movimentação delas, e eu a tranquilizo, enquanto Vanessa começa a rir.

— Jéssica, fica tranquila. Essas meninas são as que eu mencionei recentemente.

— Vanessa, você mudou o cabelo! — Mencia diz, animada.

— Gente, alguém pode me dizer que caralho tá acontecendo? Vocês não estão falando nada com nada. Cadê a Paloma?

As meninas começam a se olhar e como se quisessem segurar uma gargalhada . Antes que eu pudesse dar um esporro nelas, elas apontam para a Paloma beijando uma mulher.

— Puta que pariu, fodeu tudo. — coloco a mão na cabeça, enquanto Vanessa e Jéssica riem de nervoso.

Elas param de rir quando nosso grupo encara as duas:

— Bom, gente... Parece que achamos a Samantha. — Vanessa comenta, enquanto bebe uma cerveja.

— A Samantha, sempre aprontando.  — Jéssica retruca, enquanto brinda a cerveja com Vanessa.

— O quê? — Isa olha para as meninas se beijando e depois encara Vanessa.

— Como assim aquela menina é a Samantha? — Sarah indaga.

— Não acredito que aquela lindeza é a Samantha.

— Rebeka! — Mencía  repreende Beka, enquanto dá um peteleco na testa dela, que logo levanta os braços em rendição.

— A Beka quis dizer que a Samantha mudou muito, ela está irreconhecível. — Falo, ainda em choque.

— Muitos anos de academia e terapia. — Vanessa acrescenta.

Eu não se bebi demais e estou sonhando, mas isso não parece ser real.

— O que fazemos agora? — Isa comenta, pensativa.

— Como assim? — Jéssica retruca.

— Digo, será que a Paloma reconheceu a Samantha ?  Paloma não mudou nada em comparação à Samantha. — Isa fala com a voz embargada.

— Jesus, elas parecem muito bêbadas. O aue é engraçado, porque parece igual à primeira vez. — comento, melancólica, enquanto me lembro.

— O que aconteceu na primeira vez? — Jéssica  pergunta, enquanto faz carinho no braço de Vanessa.

— Elas encheram o cu de cachaça, se beijaram e depois não lembraram de nada. — Beka sorri ao lembrar.

— Isso é possível? — Jéssica indaga.

— Eu achava que não, até um dia isso acontecer comigo. — Beka acrescenta.

— Paloma não é muito de beber, mas quando bebe, parece que quer ficar em coma alcoólico. — Retruco, colocando a mão na cabeça.

— E é bem provável que o esquecimento aconteça de novo. Elas têm química até bêbadas. — Mencia chora de felicidade.

— Elas passaram três anos separadas e se encontraram como se fosse a primeira vez. — Falo com dificuldade, enquanto enxugo minhas lágrimas.

É como se elas estivessem no mundo delas, ninguém seria capaz de interrompê-las, apesar de estarem bastante alteradas.

Depois de muita conversa, chegamos ao consenso de levá-las para o hotel. Como eu e Jéssica não estávamos tão alteradas, fomos as únicas que conseguimos pensar com um pouco de clareza. Eu não poderia ir embora e deixar a Paloma sozinha, bêbada daquele jeito.

Então concordei com a Jéssica que levaria Samantha para o hotel  onde estamos hospedadas e que, caso ela não quisesse  dormir com a Paloma, ficaria com a Sarah e a isa.

Jéssica me agradeceu, e eu pedi para ela esperar um pouco enquanto chamava Paloma e Samantha. Eu me ofereci  também para levar Jéssica e Vanessa, mas Jéssica recusou gentilmente e me deu o número dela, para eu ligasse caso precisasse.

Quando samantha e Paloma separam as bocas, pego na mão das duas e as puxo em direção à entrada. Samantha fica um pouco desconfortável, e eu me desculpo imediatamente.

— Linda, não precisa se sentir assim. Essa é a minha amiga. — Paloma fala, sorrindo para Samantha.

— Para onde estamos indo? — Samantha me pergunta, confusa.

—  Para o Hotel que ela está. — Balanço a cabeça em direção a Paloma, e Samantha fica quieta.

Peço para Jéssica ficar de olho nas meninas e aviso que, se alguém for vomitar, a hora é agora, porque não vou deixar ninguém vomitar na van.  Jéssica ri do meu comentário repentino e concorda .

Pego a Van, coloco todas lá e depois me despeço de Jéssica e Vanessa.

Acredito que essa noite vai dar o que falar.

Enquanto dirijo,  aciono o sistema de controle e ligo para o Gustavo. Espero que ele ainda esteja acordado. Ele atende no primeiro toque.

— Amor, eu tenho um babado para te contar, mas preciso que você me faça um favor, primeiro.

— Claro, vida. Pode falar.

— Me espera na entrada do hotel e estaciona a Van enquanto eu subo com as meninas?

— Claro madame, ao seu dispor.

Rio ao notar o seu comentário sarcástico e acrescento:

— Obrigada, você é o melhor namorado de todos.

Chego rápido ao  hotel, o trânsito de madrugada parece ser  bem melhor do que o do dia. Meu namorado está me esperando na entrada do hotel e, quando estaciono, entrego as chaves para ele e lhe dou um beijo. Ele me ajuda a levantar as meninas da van e parece confuso ao ver Samantha de mãos dada com Paloma.

— Quem é essa? — ele olha para mim, com os olhos arregalados.

Faço um sinal de que depois conversaremos e sorrio fraco. Ele se retira com a van até a garagem, que fica  do outro lado,  então demoraria bastante para  subir com elas e depois voltar. 

Caminhamos até a  recepção, cumprimento as recepcionistas e sigo em direção ao elevador.  Abro a porta do quarto das meninas e me despeço delas.  Só entro no quarto com Paloma e Samantha porque elas estão mais bêbadas.

— Meninas, se comportem. Tem um remédio para evitar dor de cabeça na cozinha e água no frigobar. — Reviro os olhos ao perceber que estou falando igual a uma mãe.

Samantha agradece, e Paloma balança a cabeça.

— Tomem banho gelado para evitar a ressaca amanhã e, caso você.— faço uma pausa enquanto Aponto para a Samantha —  não queira dormir na mesma cama, tem um colchão ótimo atrás do guarda-roupa.

A Samantha parece um boneco de posto; só balança a cabeça e sorri. E Paloma parece que está muda. Enfim, acho que estou fazendo hora aqui.

— Beijos, meninas, se cuidem. — Falo ao me retirar e vejo o meu namorado sair do elevador.

— Uau, na mesma hora. — Comento, impressionada.

Ele me puxa pela cintura para entrarmos no quarto, e aviso que assim que eu tomar um banho conto a fofoca para ele. Quando acabo, ele está me esperando  na porta, com uma toalha na mão. Agradeço e comento, animada:

— É hoje que o teto desse hotel vai virar de cabeça para baixo.

Paloma.

Eu não sei o porque a Adele decidiu cantar logo Skyfall. Essa música me descreve perfeitamente quando uma pessoa tenta se aproximar de  mim depois que  eu me envolvi Samantha.

Mesmo bêbada, eu me junto à multidão e canto com precisão o refrão  com o qual mais me identifico. Minhas lágrimas decidem participar também.

" Você pode  ter meu número, você pode pegar meu nome, mas você nunca terá meu coração"

Chorei e cantei essa música com tanta intensidade que, quando me dei conta, uma menina estava me abraçando enquanto cantava também. 

Quando a música acaba, ela afasta o abraço e me olha:

— Ei, você está bem?

Eu começo a encará-la enquanto choro  ainda mais ao lembrar do perfume que Samantha usava. Porra, há quanto tempo eu não sentia esse  mesmo cheiro?

A menina fica quieta e me puxa para mais um abraço, e eu choro nos braços de uma desconhecida que, incrivelmente, me faz sentir confortável para isso. Ela faz carinho nas minhas costas enquanto continuo chorando. Deve ser a bebida.

Quando ela percebe que estou mais calma, me olha novamente e pergunta se há algo que possa fazer para que eu me sinta feliz.

— Um beijo faria com que eu me sentisse melhor. — Falo, sem hesitar.

A menina dos olhos de oceano sorri incrédula enquanto se inclina na altura do meu ouvido.

— Você tem certeza?  — ela sussurra.

Uma simples frase fez o meu corpo se arrepiar instantaneamente. Seu cheiro já me deixava inebriada, e  sua voz parecia me conduzir para o mau caminho. Faz três anos que eu não me sinto assim. 

Isso com certeza deve ser culpa do álcool. Eu só sei que de nada sei.

Esse simples ato dela fez com que eu esquecesse o meu nome e desaprendesse a falar, então apenas balanço a cabeça, como se estivesse paralisada.

A menina dos olhos cor de oceano parece me analisar novamente. Ela, curiosamente, gostava de contato visual. E, então, quando termina de me analisar, balança a cabeça em negação.

— Você não me respondeu, apenas balançou a cabeça.  — Ela cruza os braços.

— Sim. Eu tenho certeza. Agora, você poderia me beijar, por favor ? — minha voz sai baixa, como se fosse uma súplica.

A mulher parece satisfeita e se aproxima, colocando uma mão na minha cintura e a outra na minha bochecha. Sua boca tem um delicioso gosto de vinho tinto. Ela me beija com maestria enquanto suas mãos apertam possessivamente minha cintura. Esse singelo toque despertou um fogo que há muito estava apagado.

O beijo,que minutos antes era calmo e lento, se tornou feroz e cheio de desejo. Era como se eu estivesse flutuando nas nuvens, os lábios dela são incríveis, macios e convidativos. Eu não queria parar.  Era como se, a cada vez que eu beijasse sua boca, me tornasse  viciada por mais.

Se só com um beijo eu já fiquei assim, com certeza, se tiver oportunidade, vou querer explorar mais possibilidades.

Estamos em um ritmo legal, ela beija bem pra caralho e, por mais que me falte ar, eu não queria parar. E, pelo visto, ela também não.

Até que somos interrompidas  quando escuto a voz da minha amiga enquanto ela cutuca meu ombro.  Murmuro enquanto separamos nossas bocas.

Fico confusa quando ela puxa a mim e à menina dos olhos de oceano. Como não perguntei o nome dela, vou  chamá- la de oceano.  Estou tão bêbada que começo a rir dessa piada.

A oceano faz uma pergunta para minha amiga, e eu a tranquilizo, avisando que conhecia a menina que estava nos puxando.

Somos colocadas na Van, e Geo avisa que vamos para o hotel. A Oceano descansa sua cabeça em meu ombros enquanto Geo dirige.

Estou com um sono do caralho, mas não quero dormir na Van. A oceano, pelo contrário, dorme igual um anjo.

A van para, e eu acordo a Oceano, que está um pouco sonolenta. Subimos para o nosso quarto, e a Geo entra e faz um aviso que eu não entendo, porque estou bêbada pra caralho e com sono.

Depois, ela se retira. Fecho a porta e olho para a Oceano, que está em pé.

— Você entendeu o que ela disse? — pergunto.

— Não. — Ela fala sem jeito, e, do nada, começamos a rir.

— Oceano, vou tomar banho e já volto.

Acho que falei tudo embolado porque ela continua paralisada, com uma cara de quem não entendeu nada.

— Você me chamou de quê?

— Oceano, ué.

— Por que me chamou assim?

— Eu não sei o seu nome e criei esse apelido por causa da cor dos seus olhos.

Ela sorri sem mostrar os dentes. Depois, nos olhamos sem falar nada e gargalhamos juntas.

— Eu estou muito bêbada para te dizer o meu nome, mas você não acha perigoso tomar banho nesse estado? — ela fala embolada, enquanto está sentada na cama.

— Eu tô bem. — finjo, gaguejando. Ao
terminar de falar, quase derrubo o centro de mesa que está à minha frente.

— Viu, eu vou te ajudar a tomar banho.

— Nós duas vamos cair do chuveiro, péssima ideia.

— E se você cair sozinha e eu não estiver lá para ajudar ?

— Oceano, eu acho que isso é desculpa para me ver pelada.

A mulher, com os olhos de oceano, gagueja, enquanto sua pele fica avermelhada.

— Mentira. Você pode tomar banho de roupa, se quiser. — Ela fala com dificuldade, e eu apenas fico rindo da cara dela.

— Vou aceitar a sua ajuda, porque eu só quero tomar banho e ir dormir. — falo, enquanto caminho, e ela vem atrás de mim.

Quando ela chega, eu já estou nua e  fico rindo porque ela realmente estava falando sério em me ajudar. Apesar da ajuda ser meio desajeitada, é valida. A Oceano não está olhando para o meu corpo, e sim para os meus olhos. Como ela também está bêbada, eu a puxo mais para a água, uma ação que quase deu errado, porque a gente poderia cair feio. Ficamos brincando de guerrinha de água no banho gelado. Engraçado, porque eu ainda me sinto quente. Vou quase engatinhando para o quarto  devido ao meu cansaço e sou surpreendida com uma pergunta inusitada.

— Por que você estava chorando lá?

— É que a música me fez lembrar de uma ex que eu não superei. — falo rapidamente.

Apesar de ser sincera, eu fiquei com medo de magoá-la, porque ela se calou rapidamente; afinal, tem  gente que bebe e fica sensível, assim como eu. Quando eu penso em dizer alguma coisa, ela faz outra pergunta. Pelo visto, ela gosta de perguntar e falar.

— Por que me beijou?

— O seu perfume me lembra o dela. — falo sem pensar.

— Olha, eu até ficaria ofendida por achar que estou sendo tapa-buraco, mas eu fiz a mesma coisa: o seu perfume também me lembra o dela. — A oceano fala, enquanto seca o cabelo e pega um pijama do meu guarda-roupa.

— Estamos fodidas. — falo, enquanto rio.

—  Essa situação é complicada, porque você beija bem pra caralho. — A oceano fala, sem jeito.

— Você também, mas deve ser a bebida falando mais alto. — falo com dificuldade, quando vejo a Oceano se aproximar para deitar na cama.

— Eu estou bastante bêbada, mas garanto que não é a bebida. Você tem que aceitar que beija bem. — Ela fala, enquanto se vira para mim.

Eu reviro os olhos, e ela, sugere de forma divertida.

— Posso te beijar para ter certeza  de que não é a bebida?

Minha mente estava respondendo que ela poderia fazer o que quisesse se sussurrasse com essa voz sedutora no meu ouvido novamente, mas eu  apenas concedi a permissão e a puxei para um beijo. Foi um beijo rápido, porque eu não queria ficar com mais fogo do que eu já estou.

— E então? — pergunto, entrando na brincadeira .

— Não era a bebida. — ela sorri.

Eu balanço a cabeça e acabo bocejando sem querer, e a Oceano começa a me encarar com um olhar mais intenso, como se pudesse ler todos os meus pensamentos mais impulsivos e impuros existentes.

Ela se aproxima, eliminando toda a distância entre nós, e coloca um fio de cabelo atrás da orelha; prendo um pouco de respiração com esse toque. Até que ela ri da minha postura e coloca sua mão em meu pescoço enquanto sussurra.

— Calma, querida. O que acontece em Vegas, fica em Las vegas.

[...]

Ai, que dor de cabeça do caralho! Puta que pariu, eu nunca mais vou beber na vida. Ainda sou acordada a essa hora da manhã... Pego o celular que está debaixo do travesseiro, meia sonolenta.

— Alô?

Eu afasto um pouco o celular do ouvido quando escuto um gritinho do outro lado da linha.

— Fala tudo, puta! Como foi a noite? Dormiu bem?

— Oh, Geo... Que porra você está falando?

— Onde foi que você escondeu ela, Loma?

— Do quê...?— faço uma pausa enquanto olho ao redor do quarto, e meus olhos se repousam na mulher que está dormindo igual a princesa na minha cama.

Coloco a mão na cabeça e falo em um tom mais baixo com a minha  amiga:

— Caralho... Por que ninguém me impediu?

— Primeiro, você é uma mocinha bem grande. E segundo, isso é para você aprender a não beber como se fosse o último dia.

— Obrigada pelo conselho.

— Eu te avisei ontem que aí tinha remédio, mas parece que você não prestou atenção porque estava ocupada com os seus pensamentos.

— Vai se foder. Onde está o remédio?

— Tá na boca da menina que tá dormindo ao seu lado— Geo responde, gargalhando. 

Quando ameaço desligar, ela me avisa que o remédio está no armário da cozinha.

— Paloma, ainda acho que você tá muito mal-humorada. Vai tirar as teias de aranha.

Antes que eu pudesse responder vários palavrões, Geo desliga na minha cara. Resmungo, mas levanto  para pegar o remédio, deixando-o próximo ao abajur, caso a mulher acorde antes e não sinta dor. Decido dormir de novo, já que  ainda são 7 horas da manhã.

Acordo com alguns sussurros e, quando abro os olhos, me assusto ao ver que minhas amigas estão conversando com a mulher com quem dormi ontem. Só que, agora que minha  dor de cabeça diminuiu, não sei... Ela me parece familiar demais. A moça  me olha sem jeito.

— O que tá acontecendo? — pergunto, sonolenta.

— Bom dia para você também, Loma. — Isa retruca.

— Acho que vocês têm muito o que conversar. — Mencia aponta para a mulher.

E eu começo a reparar nos detalhes dela que ontem  não tinha notado. Talvez fosse pelo excesso de álcool, mas agora vejo que essa mulher  parece ter o corpo esculpido pelos Deuses gregos. Ainda consigo sentir  seu perfume amadeirado a centímetros de distância.  Meu pijama ficou um pouco curto nela, mas realçou seus braços fortes e sua barriga definida, como se estivesse pegando pesado na academia. Seu cabelo está em estilo chanel, com um tom de rosa claro nas pontas, e, sem contar, seu rosto parece iluminar o ambiente. Eu com certeza navegaria pelos seus olhos de oceano, suas iris estão  de um azul escuro  que, curiosamente, me lembra um mar profundo.

Fico parada, raciocinando tudo, apenas encarando a Oceano. Ela faz um sinal com a cabeça, e as meninas se retiram.

— Você realmente não se lembra de mim, Paloma? — Ela comenta, encostada com a cabeça na parede, cruzando os braços.

Ao mencionar meu nome desse jeito, uma lembrança que nunca poderia esquecer vem à tona. Só uma pessoa me fazia sentir arrepios ao dizer o meu nome. Mas isso não seria possível. Balanço a cabeça em negação, me encolho e começo a chorar em posição fetal.

Sim, eu ignorei tudo à minha volta. Inclusive ela. Porque eu não sei se estou sonhando. Não sei como estou me sentindo.

— Paloma. Por favor, olha para mim. — Sua voz soa preocupada enquanto toca o meu braço.

Quando levanto a cabeça, ela enxuga minhas lágrimas, e eu tomo coragem para falar:

— Samantha?

Ela sorri ao ouvir seu nome.

— Você continua a mesma. — Samantha fala com os olhos marejados, fazendo carinho na minha bochecha.

— Pera... A gente dormiu juntas? — Pergunto, envergonhada.

— Eu não me lembro disso.  Só consigo me lembrar do beijo. — Samantha  sorri novamente.

Agora sabemos quem somos, mas ainda parece estranho, como se ainda fôssemos duas desconhecidas. Apenas nos olhamos em silêncio, esperando que alguma de nós tome a iniciativa.

— Você fez piercing e tatuagem. — Toco em seu braço, tentando adivinhar o significado delas, até que meus olhos vagam por uma em especial.

— Essa tatuagem é o ano que você nasceu. — Ela fala em um susurro quase inaudível,
me fazendo corar instantaneamente.

— Você fez o quê? — pergunto, incrédula, tentando esconder um sorriso.

—  Loma, mesmo distantes, eu não parava de pensar em você. — Ela confessa, entrelaçando nossas mãos.

— O que suas namoradas acharam disso? — Tento disfarçar o ciúmes ao pensar nisso.

— Namoradas? — Samantha franze a testa.

— Você ficou três anos fora, Samantha. — falo cruzando os braços igual uma criança.

Samantha desvia o olhar e me pergunta com uma voz fraca:

— Você ficou com alguém nesse tempo que eu estive fora?

— Por quê? Você ficou? — Retruco na mesma moeda.

Isso é ridículo. Duas orgulhosas que  não admitem estar  com ciúmes por querer saber mais. Ou talvez estivéssemos com medo da resposta. Eu não quero que Samantha me conte que ficou com outra pessoa nesse tempo, mas também não quero que ela minta.

— Não, Paloma. Eu não fiquei com ninguém nesse tempo.

Ela comenta, como se pudesse ler os meus pensamentos.

— Você nem me deu parabéns. — falo, emburrada, ao lembrar o que estava reprimindo.

— Certo, você está com raiva ou com ciúmes de mim? — Samantha pergunta, convencida, enquanto apoia a cabeça na minha perna e as aperta.

— Os dois! — Respondo sem pensar.

— Eu sei que ontem eu estava bêbada, mas agora me lembro que você disse que, se eu aparecesse, me pediria em casamento.

Ao ouvir isso, meu coração parece querer sair do peito, e eu prendo uma risada envergonhada,  porque quase esqueço que ainda estou puta com ela.

— Samantha, eu estava bêbada. E as noites foram feitas principalmente para se dizer coisas que não poderiam ser ditas no dia seguinte.  — Respondo com indiferença.

Dou um ênfase no final, esperando que ela entenda a referência.

— Uau, você ainda gosta de Arctic Monkeys. — ela diz, animada.

Agora, nós duas sorrimos. É como se ela nunca tivesse ido embora. Sei que, para alguns, três anos não são muito, mas, para mim, são. E ela ter se lembrado desse detalhe significa muito para mim.

— Já que você mencionou essa...eu poderia me arrastar de volta para você? — ela acrescenta, me puxando mais para si.

Estamos a centímetros de distância, e ela ajeita a blusa. Fazendo com que eu consiga ter uma visão mais privilegiada de seus seios fartos, e eu apenas balanço a cabeça e me afasto, tentando manter a postura.

Porra, ela não sabe, mas é o meu ponto fraco. Mas não vou ceder tão rápido. Só estou curiosa para saber o que ela tem feito nesses anos.

— Me desculpa. — Samantha murmura, chamando a minha atenção de volta para si.

— Pelo quê?

Samantha demora alguns segundos para falar novamente. Acho que está tentando achar as palavras certas, então apenas espero atentamente.

—  Por ter estragado tudo. Sei que fui embora para cuidar da minha saúde mental, mas, mesmo assim, eu deveria ter te mandado mensagem ou, sei lá, perguntado se você estava bem.

Samantha fala enquanto mantemos  contato visual. Pode parecer clichê, mas eu quase não presto atenção na conversa. Apenas quero mergulhar no abismo dos seus olhos e fiquei feliz porque, depois de tanto tempo,  ainda me sinto imersa em suas íris.  Só paro de encará-la quando ela desvia o olhar, e então decido responder.

— E Por que não fez isso?

— Eu tive medo.

— Porque sentiu medo, meu amor?

Assim que essas palavras saem da minha boca, Samantha sorri esperançosa e endireita a postura, sentando- se ao meu lado. Eu apenas coloco a mão na minha cabeça. Não é segredo para ninguém que o meu ponto fraco sempre será Samantha Evans, e eu fiquei literalmente três anos sem vê-la ou sentir o seu toque. Saber que ela está aqui, abrindo o seu coração para mim, me levou de volta a adolescência.

— Fiquei com receio de te enviar mensagem porque não queria descobrir que você estava com outra pessoa.

Suas mãos, que estavam sobre o meu cabelo, deslizam até as minhas costas, fazendo um carinho reconfortante.

— Mas eu não fiquei com ninguém, Samantha.

— O medo me privou de algumas coisas. Me desculpa mesmo. — Sua voz  é calma e serena enquanto ela faz carinho no meu braço.

—Eu senti sua falta, querida. — A puxo para um abraço inesperado.

O ódio não vai durar para sempre, e eu não sei o que será de nós depois desses dias, mas eu não poderia me fingir de durona enquanto Samantha estava sendo sincera e abrindo o seu coração para mim. Talvez seja hora de colocar a conversa em dia.

— O que você quer saber? — Samantha pergunta, separando o abraço.

— Como você sabe ?

— Eu conheço muito bem a minha futura esposa. — Ela finaliza enquanto pisca para mim.

Eu apenas sorrio, tentando conter a emoção e o fogo que parece me consumir por dentro. A voz de Samantha e seu sorriso são, com certeza, o meu fim.

Não importa o que Samantha faça, se ela fizer esse gesto para mim, rapidamente estarei à sua mercê. Samantha Evans me têm na palma da mão, e ela sabe disso.

— Eu sei que você ganha uma boa nota gravando vídeos para o youtube, mas quando você parou, não investiu em nada? — Pergunto, curiosa, enquanto me deito na cama.

— Bom, eu invisto em Resorts, e o meu maior trunfo foi uma ONG que apoia o público LGBTQIAP+.

Os olhos de Samantha brilham quando ela fala  sobre algo que gosta, e automaticamente os meus também.

— Arrasou! Mas essa ONG é a mesma que você tinha divulgado no Youtube ou é outra?

— É essa. Estou impressionada por você ter lembrado.

Ela faz piada com a minha memória de peixe.

— Eu não esqueço nada sobre você.

— Quer comer alguma coisa? — Samantha se levanta em um pulo, tentando mudar de assunto.

Eu apenas tento me controlar para não dizer 
" você ", então pergunto se Samantha está com fome. Ela balança a cabeça no momento em que liga para o serviço de quarto.

— Pede para mim macarrão ao molho branco e um vinho tinto. O resto você escolhe. — comento.

O pedido não demora muito. As horas parecem voar. Quando olho o relógio, já são 19h. Eu e Samantha almoçamos o que a Geo trouxe do café e conversamos a tarde toda. Já estava na hora da janta, Samantha coloca a comida na mesa enquanto dá uma gorjeta para a senhora que entrega a comida.

— Que horas são, Loma? —Ela pergunta, com as mãos na cintura.

— 19:05 agora.

— Preciso de um banho. Pode comer agora, se quiser.

— Não, eu prefiro esperar você.

— Tá bom, madame. Como desejar. Aliás, você se importa se eu pegar outra roupa sua?

— Não, pode usar o que você quiser.

Levanto-me para beber água e ouço algumas risadas de Samantha. Quando chego perto, ela ri ainda mais, e meu rosto cora instantaneamente.

— Nossa, Loma. Pretendia usar isso em alguma ocasião especial? — Ela gargalha, balançando uma lingerie de um lado para o outro.

Eu nunca vi essa Lingerie vermelha na minha vida. Com certeza as meninas colocaram na minha mala sem que eu visse . Apesar de ser da Victoria's Secret, uma marca que gosto bastante, ela é toda de renda, literalmente transparente. Não tem quase tecido; o material parece ter sido substituído por laços pretos. É linda, mas eu não usaria.  Porém, decido entrar na brincadeira.

— Claro. Pena que não achei uma oportunidade.

— Eu até pediria emprestado, mas tenho certeza de que ficaria apertado. — Samantha debocha, guardando a lingerie no lugar e pegando outra roupa. — Bom, eu vou tomar banho.

Saudades de quando Samantha mencionava a palavra "banho" e eu já corria atrás dela feito um bicho-papão para me juntar a ela. Agora, apenas concordo e espero  que termine.

Eu sinto saudades de nós e ainda acho que estou sonhando com  tudo isso. Estou adorando o novo estilo de vida de Samantha. Ela parece muito mais disposta e continua divertida.

E isso faz meu coração bater ainda mais forte, o que é estranho, porque, mesmo depois de tanto tempo,  ele ainda queima por ela. Minha euforia fica mais evidente perto dela, e eu perco todos os sentidos ao ouvir  sua voz. A ideia de perguntar  sobre nós ainda me aterroriza. Não quero falar nenhuma besteira nem criar expectativas. Sim, estou com raiva por ela ter cortado o contato, mas até entendo.

Samantha me mostrou o contato da psicóloga e disse que progrediu bastante na terapia. Eu apenas comemorei e  sorri para ela.

Quero nosso contato de volta. Quero me aconchegar em seus braços e sentir o calor do seu corpo. Mergulhar na intensidade dos seus olhos.

Eu quero a Minha Samantha. Mas não sei que palavras usar... ou se eu realmente poderia dizer isso. 

Nos encontramos novamente. Mas e agora? O que vai ser depois de Las Vegas? Será que ela vai sumir de novo?

Vamos ser amigas?

Não... Essa última opção eu não aceitaria nem fodendo.

Meus pensamentos  afloram quando sinto o perfume amadeirado  com petálas de lavanda invadindo minhas narinas. Acho que Samantha vasculhou tanto o meu guarda- roupa acabou encontrando o perfume que ela usava, o mesmo que comprei para nunca esquecer seu cheiro.

— Loma, você tá bem? — Samantha me olha apreensiva, enquanto penteia seus cabelos loiros.

— Sim, por que a pergunta?

— É que você ainda faz essa cara quando está pensando em algo. — ela tenta imitar a minha expressão enquanto eu a repreendo revirando os olhos. — Você está bastante Estressada, querida.

A corto instantaneamente enquanto eu pego as minhas roupas e vou em direção ao banheiro.:

— Vou tomar banho.

Enquanto a água gelada cai sob minha pele bronzeada, eu começo a refletir e confesso que me sinto um pouco perdida. Acho que estou tratando a Samantha mal e eu queria dizer que eu sinto muito por isso mas é porque eu me sinto perdida, não quero que ela vá embora novamente mas não sei eu posso ter expectativas. Me sinto covarde por não ser sincera e dizer como eu me sinto. Quer saber? Foda se, vou arriscar.

Ou é tudo ou nada. Eu não sei quando ela vai embora então eu tenho que arriscar. Sempre fomos sinceras uma com a outra. Eu só tenho que agir e parar de pensar. Enquanto seco o meu cabelo, falo algumas palavras motivacionais para o espelho.
"você é forte"
"você consegue"
"Para de ser medrosa"

Quando eu caio na real, eu já estou rindo para o espelho e pensando no quão maluca eu estou ficando, com certeza eu deveria contratar uma psicóloga. Enfim, estou muito cansada e vou me deitar.

Samantha, tira os olhos do celular e me fita com os olhos até eu me aproximar da cama:

— Senti saudades do seu perfume, Loma.

— Obrigada, eu também senti do seu. — falo envergonhada.

— Por favor, você está agindo estranho. Me fala o que é que está te incomodando. — Samantha me puxa mais para si.

Toda vez que eu ficava pensativa, ela me puxava para o seu colo e me encarava até eu dizer, eu nunca conseguia ficar sem falar. Era como se ela soubesse a palavra e o gesto mágico para me fazer falar.

— Estou com medo, Samantha.

— Do que meu amor? — seus olhos esboçavam confusão.

—  De nós. Sempre tentei imaginar como seria quando finalmente te visse de novo. E nada aconteceu como eu imaginava. Estamos cara a cara e eu quase não consigo te dar um oi ou acreditar que é real. Às vezes acho que estou sonhando me pergunto quanto tempo isso vai  durar. — Desabafo, enquanto Samantha me puxa para um abraço caloroso.

— Eu super errei muito em ter ido embora sem te dar noticias. — Ela suspira. — Mas também me sinto confusa em relação a nós. Sei que ainda tenho muito coisa para te contar sobre esses anos, mas a verdade é que não quero ir embora.

Samantha faz uma pausa, e suas palavras têm um peso absurdo. Ela sempre parece saber exatamente o que eu sinto, mesmo sem que eu diga nada. Eu apenas escuto, porque sei que ela ainda tem mais a dizer.

— Eu quero ficar com você, Paloma. Só você. Mas também sei que não posso voltar como se nada tivesse acontecido. Se quiser me dar uma chance, eu iria amar.  Mas, se preferir que eu vá embora, eu aceito. Você tem um poder surreal sobre mim. — em um ato impulsivo, ela beija minha testa.

Palavras comoventes que bagunçam meu coração.

Samantha não quer ir embora. E eu não quero que ela vá.

Ela fica sexy demais quando fala algo sério. Sua postura fica mais ereta, me  dando uma visão  ainda mais ampla de seus seios fartos. Seu olhar me queima por inteiro. Suas palavras são sinceras e ela parece inquieta, esperando a minha resposta, já que  estou a encarando simultaneamente analisando 
aquela cara de cachorro pidão. Nada me deixa com mais tesão do que uma mulher que faz tudo por mim e está arrependida. Não me contive, a puxei- a  para um beijo.

Eu ansiei  pelo seu toque quente como fogo e contei os segundos para  me entregar ao seu carinho e paixão. Seus braços bem definidos, agora me seguram com força me colocando para me sentar em seu colo. Eu a obedeço imediatamente, no momento em que peço passagem para a minha língua explorar a sua boca e coloco a minha mão em seu pescoço. Ela se inclina  para trás e eu apenas sorrio para ela quando ela desliza suas mãos bobas até os meus seios, fazendo eu me  sentir como se estivesse tomando choque . Sentir o toque dela depois de tanto tempo foi libertador. 

Quando eu e Samantha discutíamos na adolescência, o que era um pouco raro, sempre conversávamos e deixávamos os assuntos inacabados para resolver na cama. É  como se voltássemos aos tempos da adolescência.

Porque eu quero mais, quero todas as sensações que ela puder me oferecer. Nosso beijo está cada vez mais intenso e as mãos bobas de Samantha não conseguem se controlar, me fazendo arfar em casa instante. Eu  guio suas mãos para o meu pescoço que ela enforca levemente, enquanto morde os meus lábios, o  que me causa arrepios instantaneamente . E depois, com certeza, não é só o meu coração que está pulsando.

Eu puxo Samantha mais para mim a medida que rebolo lentamente em seu colo. Minhas mãos, que estavam em seu pescoço, começam a deslizar atrevidamente para debaixo de sua blusa e finalmente posso tocar e admirar seus lindos seios. Eu os apertos e escuto gemidos de aprovação saindo dos lábios de Samantha. Separo nossas bocas e me aproximo do seu ouvido, apertando ainda mais forte.

— Posso?

— Deve.

Com a confirmação que eu tanto esperava, sem demora, já abocanhei o seu seio esquerdo enquanto estimulava o direito. Intercalei entre os dois, apertando  e distribuindo mordidas. Samantha apenas segurava meu cabelo para eu não parar e, de vez enquanto o apertava. Confesso que ela me sufocava com esse ato, mas eu estava adorando.  Seus gemidos eram como uma doce melodia da qual eu nunca me cansaria.  Depois de abocanhar seus peitos, Samantha me puxou para baixo. Claro que eu iria, mas antes queria perturbá- la um pouco  mais, então balancei a cabeça em negação e  voltei a abocanhar seus belos bustos.

— Não acredito que você vai me deixar na vontade. — ela disse com dificuldade, conforme eu mordia com mais força. 

Minhas mãos vão deslizando sobre  sua barriga e, quando chegaram perto de sua virilha, subiam novamente ao mesmo tempo que, eu  sorria gentilmente. Mesmo sem  olhar nos olhos de Samantha, podia ouvir o som de sua risada e seus  murmúrios repletos de  palavrões. Até que ela agarrou meu pescoço, fazendo- me olhar para ela, devolvendo toda a provocação que  havia feito antes. Seus dedos estavam cada vez mais perto da minha região íntima, que pulsava a cada toque.

Samantha me tirou de seu colo, puxou- me mais para cima e colocou um travesseiro sob minha nuca. Em seguida, sentou-se em meu colo e abocanhou meus seios, enquanto suas mãos continuavam deslizando agora para minhas pernas. Ela as arranhou suavemente antes de  apertá-las. Continuava me provocando e brincando com seus dedos; nem precisou realmente me tocar  para que eu me sentisse como se tivesse descoberto outro mar no mundo, que fica localizado bem no meio das minhas pernas . 

Como assim ela me faz arfar e chegar ao ápice somente com esses gestos intencionais?

Apesar de Samantha continuar me provocando, eu sabia o que ela realmente queria. E fico rindo, desacreditada, em pensar que era exatamente isso.

—  Eu não vou implorar para você me foder.

— Pois deveria.

Samantha retruca enquanto pressiona seu dedo indicador no meu clitóris, aparentemente inchado, arrancando- me um gemido instantâneo  e alguns xingamentos.

— Viu, só? O que está te impedindo de um bom orgasmo?

Samantha pergunta com um tom sarcástico, enquanto tira seu dedo  se abaixa para  passar a língua por cima da calcinha.

— Isso é sacanagem.— Retruco eufórica.

Mesmo tendo dois ar condicionados no quarto, esse lugar parece quente demais. É ainda mais irônico porque antes eu comecei provocando Samantha, e agora ela inverteu o jogo, o que  a deixa 100% mais sexy, porque eu amo quando ela assume o controle. Seus cabelos entram em contraste com o brilho da lua, e seus lábios, que antes estavam ressecados, agora estão mais avermelhados. Suas curvas, estão  mais à mostra, e sua mão parece me enlouquecer a cada segundo, enquanto seus olhos me olham como se eu fosse o último diamante do mundo. E também como se quisesse me devorar viva. 

Como Samantha sabe que eu não vou ceder, ela sorri, atrevida, e começa a fazer movimentos circulares na minha região íntima. Depois, se inclina mais para frente, distribuindo beijos pelo meu pescoço, até chegar próximo aos meus peitos.  Seus movimentos são precisos fazendo- me  sentir como se eu estivesse no paraíso. Ela parece conhecer o meu corpo como ninguém, aumentando a pressão e intercalando beijos e mordidas no meu pescoço.

Meus olhos se reviram, e meu peito pulsa freneticamente quando, finalmente, ela volta sua atenção para eles. Sem demora, chego ao ápice enquanto profiro gemidos baixos. Samantha se deita ao me lado e me  puxa para um beijo que me faz fechar as pernas.

Ela  afasta minhas pernas  e encaixa  o joelho contra minha intimidade. Para me provocar  ainda mais, segura meu quadril  e  o move para frente e para trás, estimulando minha região sensível. Pelo sorriso em seu rosto,  parece se divertir com meus gemidos. Em seguida, intensifica o atrito e sussurra no meu ouvido:

— Você não sabe o quanto eu senti saudades de ouvir isso.

Eu não estava em condições de falar, pois só sentia um calor incontrolável me consumindo por inteiro; não aguentava mais esperar. Queria que Samantha me fizesse sua. Sem cerimônia, inclinei-me para trás, guiando a mão dela até minha calcinha, e ela balançou a cabeça.

— Por  favor, Samantha.

— Pronto, agora sim.

— Palhaça. — reviro os olhos.

Samantha está tirando a minha calcinha com a boca, e tudo o que ela fazia despertava um tesão absurdo em mim . Ela jogava a peça íntima  de lado e, em seguida, voltava para beijar minha região que já se encontra em um estado de calamidade. Intercalava beijos com movimentos circulares, avançando e recuando.  Minhas pernas tremiam, e ela as segurava firmemente.  Minhas mãos agarravam seus cabelos, suplicando que não parasse.

Quando tentei formular palavras entre os gemidos, Samantha interrompeu-me e, antes que eu pudesse reclamar, penetrou-me sem aviso prévio com dois dedos. Sem encontrar um lugar para me apoiar, ela me segurou com as próprias mãos. Seus dedos, como um bumerangue, iam e voltavam, a medida que ela mordiscava meu pescoço. Conhecendo perfeitamente meu ponto fraco, transformou o quarto — antes silencioso e calmo—  num ambiente ardente,  preenchido pelos sons de nossos gemidos e pelo ritmo cada vez mais intenso de seus toques.

Sucessivamente, Samantha abocanha meu seio e, a cada estocada, sugava com mais força,  fazendo-me delirar. Puta que pariu, se isso for um sonho, eu nem quero acordar.
Cansei de resistir ao irresistível; com um gemido prolongado e pernas trêmulas, alcancei ao ápice e recebi um sorriso e um beijo dela que continuava a estimular minha área sensível.

— Você quer me matar, só pode. — falei com dificuldade.

— Eu senti muita saudades disso.— Ela comenta, sorridente, fazendo um carinho em minha testa.

— Eu percebi. — Ri, enquanto olho em seus olhos.

— Seu corpo é uma obra de arte que eu nunca me cansaria de tocar.  — Ela sorriu, assim que  apalpa meus seios.

— Ah, é? Que tal me mostrar novamente?

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