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26-Halloween🎃

Paloma.
O dia de ontem foi tão corrido! Assim que cheguei do acampamento, soube que minha mãe iria fazer um comercial pela cidade e ela me convidou para ir.

Mal cheguei em casa e o Charles me cumprimentou, dizendo que precisávamos ir. Charles foi nosso motorista por bastante tempo, mas eu falei para minha mãe deixá-lo com ela e eu ficar com meu carro, caso precisasse. Charles é um senhorzinho muito simpático e calvo, mas muito vaidoso. Ele usa uma boina para disfarçar a falta de cabelo e tem uma barba preta bem cuidada, que ele retoca a cada semana para não aceitar os cabelos brancos aparecendo.

Charles me olha com uma cara confusa, já que nota que minha vestimenta não está apropriada.
— Veio da guerra, menina?

Eu rio descontroladamente da sua piada. Que saudades do Charles.
— Ai, Charles, eu fui acampar com as meninas e esqueci completamente do comercial da minha mãe.
Eu faço um gesto com as mãos, colocando-as sob minha testa enquanto falo.

Ele faz um sinal com a mão para que eu me apresse rápido e não demore. Balanço a cabeça e vou rapidamente em direção ao banheiro.

Assim que entro, esqueço um pouco da noção do tempo e começo a admirar minhas fotos com a minha mulher.
"Que saudades dela."

— Vamos, Paloma, 5 minutos! — Charles exclama com a voz arrastada devido à idade.

"Ah, tadinho, fiz o Charles gritar. Vou me apressar logo para não dar dor de cabeça no coitado."
Charles e o namorado da minha mãe foram figuras paternas muito importantes na minha vida.

Depois do banho, coloco uma roupa social e ajeito meu cabelo com um rabo de cavalo embutido. Apesar de ser simples, dá uma enorme diferença no visual. Olho no relógio e fico orgulhosa por ter conseguido me arrumar dentro do limite. Desço as escadas e vejo que Charles está jogando um jogo da velha. Limpo a garganta para chamar sua atenção e ele logo larga o jogo, me dando um sorriso.
— Está magnífica, madame.

Eu agradeço pelo elogio, mas balanço a cabeça em negação porque Charles sempre me zoa por eu não gostar do apelido "madame."

O caminho foi rápido e, graças a Deus, estava sem trânsito. Assim que chegamos à enorme entrada da empresa, fiquei chocada ao reconhecer o local. Só havia uma empresa com árvores de cerejeiras e corvos ao redor. Ai, meu Deus! Não acredito que minha mãe vai fazer um comercial para a marca Devil. Essa marca é literalmente uma das mais famosas e populares entre os adolescentes. Com o marketing e o público certo, atingiram as expectativas e ganharam 5 estrelas em todos os sites de avaliações. A estrutura da empresa é moderna e sofisticada, e enquanto estamos passeando, Charles me explica que o tema da campanha é "Florescer nas tempestades" e "Valorizar as fases da vida", através do novo perfume, que tem uma fragrância para cada humor do dia. Por exemplo, para o sentimento da tristeza, é um perfume mais adocicado, com aromas de lavanda.

— Uau, minha mãe se superou dessa vez.
— Ela achou a ideia interessante e você sabe como sua mãe gosta de ideias mirabolantes.
— Claro, eu sou filha dela.

Antes que pudéssemos conversar mais, vejo minha mãe, com um sobretudo rosé para combinar com o cenário, seu cabelo alisado com pequenas ondas de Babyliss, uma presilha de estrela média para decorar o cabelo e uma amostra do perfume. O perfume é simplesmente sensacional e lindo. Ele é preto, e o frasco parece ser lapidado como diamantes, com a logo "D" da marca na cor dourada. A maior jogada de marketing, porque sabem que a maioria das pessoas compram o perfume pela embalagem.

Depois de vê-la, mandei um beijo de longe e me sentei com meu padrasto e Charles para assistir ao comercial dela.
Minha mãe sorri como nunca quando nos olha de relance enquanto estamos assistindo.

O diretor do set dá algumas coordenadas para os funcionários e depois se dirige à minha mãe.
— Tudo certo, Diana?
— Sim.
— Podemos começar?
Minha mãe apenas gesticula as mãos, fazendo um sinal de sim, e o diretor dá o sinal necessário para começar o comercial.

— Olá, pessoal! Vocês não acharam que eu ia ficar de fora dessa, né? Conheçam o perfume que vai mudar a vida de vocês. — minha mãe fala ao fundo, enquanto aparecem cenas do perfume sozinho e ela o segura. — A Coleção do Sentimento é a forma de vocês expressarem sentimentos através do faro. Este perfume que estou mostrando é o Diamante Carbonado, que exala sensualidade e tem um toque amadeirado e agradável. Eu super recomendo. Comprem já o seu, produto ilimitado, e vocês não vão se arrepender!

Assim que minha mãe termina, todos aplaudem e colocam o comercial no ar. Não demorou muito para o comercial ser um sucesso. Foi top 1 em todas as redes sociais.
"Clarice More, sócia da empresa Timothy More, aparece em um comercial de perfumes e seu visual está de tirar o fôlego."

— Olha, mãe, o que estão falando de você!
Minha mãe sorri quando olha para a tela.

— Ainda bem que minha mulher está muito bem acompanhada. — meu padrasto, Júnior, fala enquanto puxa a cintura da minha mãe.

Rimos da sua brincadeira e depois ele termina sua fala.

— Vamos jantar hoje? O restaurante fica por conta da Loma, já que ela está mais familiarizada com aqui.
— Claro, tem um lugar por aqui que tem uma comida japonesa de tirar o fôlego.
— Opa, tô dentro.

O restaurante é de um chef famoso chamado Marcos, que ganhou um programa de culinária bem conhecido em Nova York. Sua comida parece ser esculpida pelos deuses, e o lugar é bem estruturado e elegante. Luzes avermelhadas, idênticas às da China, e um dragão chinês decorando o teto. Na parede, há folhas da árvore do sabão.

Eu estava curiosa para saber o porquê desse nome, então deslizei meus olhos para o lindo quadro preto ao lado da árvore. Lá, encontrei a informação que precisava: as sementes dessa árvore produzem uma espuma semelhante à do sabão quando friccionadas na água, devido à presença de saponinas. Isso lhe dá o apelido popular e destaca seu uso potencial como uma fonte natural de detergente.

Enquanto caminhávamos para os nossos assentos, vimos cada decoração rica em detalhes e histórias. Também notei um quadro do Chef com sua família. Ele é descendente de chineses e colocou agradecimentos à sua falecida bisavó.

— Uau, Loma, você arrasou na escolha do local. — minha mãe elogia enquanto degusta seu temaki.
— E na escolha da comida também. — meu padrasto retruca.
— Não sou fã de comida japonesa, mas essa aqui está um arraso. Obrigada pelo convite, senhores.
— Que nada, Charles! Você é da família e sempre bem-vindo. — meu padrasto fala enquanto toca o braço de Charles.
— Me perdoem por ter sido em cima da hora. Se não, a gente convidava sua família. — minha mãe fala enquanto limpa a boca com o pano.

Minha mãe considera o Charles como se fosse um pai para ela, e eu o considero como se fosse meu avô. Depois de muita conversa, nos retiramos do local. Minha mãe me pergunta se eu quero ir para Los Angeles com eles, e eu recuso gentilmente, acrescentando que prometo que, assim que perder o medo de avião, irei visitá-los.

Minha mãe sorri um pouco triste e depois nos abraçamos e nos despedimos. Charles me leva para casa e eu apenas tomo outro banho antes de me deitar. Quando vejo meu celular, não tinha nenhuma mensagem de Samantha. Fiquei um pouco preocupada e mandei um áudio pedindo desculpas por não ter mandado mensagem para ela e explicando a correria da noite. Perguntei se ela estava bem. Imagino que, pelo horário, ela já deve estar dormindo, então faço o mesmo.

Como esqueci de fechar as cortinas, acordei mais cedo do que o planejado, por causa da luz do sol esquentando minha pele. Olhei o relógio e eram 5:30 da manhã. Tentei dormir novamente, mas o sono não veio. Levantei e decidi que o meu dia começaria às 5:30.

Dei bom dia para minha namorada e depois preparei o café da manhã enquanto assistia à minha série favorita de crimes reais.
Meu celular vibra com uma notificação que julgo ser de Samantha. Ela me manda uma mensagem informando que acordou e ficou feliz por eu ter tirado um tempo para passar com a minha família. Conversamos sobre mais algumas coisas e eu combinei com a minha garota que, depois da escola, ela passaria aqui para a gente se arrumar juntas. Confesso que fiquei bastante puta porque o Halloween não caiu no final de semana.

Minha dona❤️
— Bom dia, amor, dormiu bem? — pergunto.
— Bom dia, vida, dormi sim, e você? — ela responde.
— Dormi bem também. Te espero na escola, minha gatinha :) — ela digita.
             ***
— Bom dia, galera! — falo animada olhando para a minha namorada.
— Bom dia, meu raio de sol! — Samantha me cumprimenta com um beijo.

— Por que o Halloween caiu na terça-feira, cara!? — Isa fala indignada.
— Me pergunto a mesma coisa. Somos adolescentes responsáveis, então não exagerem na bebida, porque amanhã temos aula. — Rebeka nos lembra.

— Verdade, e se faltar muito, eles ligam para nossos pais. — diz Mencia, finalizando a fala da sua namorada.

— Vem cá, acabou a erva de vocês duas e por isso estão com o cérebro funcionando? — Isa pergunta, confusa.

— Cara, o dia mal começou e você já está falando merda. — Beka ri, desacreditada.

— Convenhamos que é um milagre Rebeka falar coisas responsáveis. — Geo retruca.

— Tadinha da minha namorada, ela só quis ser responsável. — Mencia faz carinho no cabelo de Rebeka, enquanto ela faz biquinho.

— Vocês são tão fofas juntas. — falo encantada.

E antes que pudéssemos falar mais, o intervalo toca, e podemos ouvir alguns resmungos no corredor. Acabamos nos despedindo das meninas e seguimos em direção à sala.
Mal me sentei na cadeira e a professora chega.

— Bom dia, turma! — a professora nos cumprimenta e todos respondem.
— Bom, gente, como as provas finais já estão chegando, eu vou passar essa revisão do conteúdo. Espero que anotem tudo, porque vai ser importante. — diz nossa professora de Ciências.

— Amor, você já passou na matéria dela?— Samantha me pergunta.
— Sim, vida, passei em quase todas já, só faltam 5 pontos para eu passar em História. — respondo enquanto reviro os olhos.

— Tô na mesma, amor, aquele professor é um porre. — ela retruca, rindo.
Logo depois de conversarmos, ficamos copiando a revisão, e quando a professora termina de corrigir, o sinal toca. Geo vai à frente com Gustavo e eu espero minha namorada arrumar a mochila. Assim que ela arruma, entrelaço nossas mãos até chegarmos às meninas.

O dia está passando estranhamente rápido e eu, com certeza, estou contando os segundos para ver minha namorada com a fantasia dela. Retorno minha atenção para Samantha, que me olha fixamente.

-— No que está pensando, querida?
— Nada, amor.

Conforme fomos andando, escutamos várias pessoas falando sobre a festa de hoje do Patrick. Todos estavam aparentemente ansiosos.
Encontramos as meninas na parte de fora, perto da árvore em que costumávamos ficar antes de trocarmos de lugar.
— Ué, hoje trocaram de lugar? — pergunto curiosa enquanto me sento na grama com a minha namorada.

— A piranha da Madison sentou na nossa mesa para fazer o clube dos fumantes. — Beka bufa de raiva ao contar.

— Tomara que aquela puta se engasgue com aquela merda de cigarro. — Mencia completa.

— Vocês parecem duas crianças mimadas brigando por lugar. — Geo ri enquanto adverte.

— Eu era assim no 5° ano. — Gustavo ri enquanto faz cafuné no cabelo de Geo.

— Para elas ficarem putas desse jeito, a Madison deve ter lançado um bafo de cigarro nelas. — Samantha coloca pilha.

— Como você sabe? — Mencia fala descontraída.

— Digamos que a Madison gosta de irritar as pessoas. — Minha namorada responde.

— Tá, foda-se a Madison, vamos falar de algo bom hoje. Vamos falar sobre a festa. — Isa fala sorridente.

— A decoração de hoje deve estar foda, né — Mencia pergunta curiosa.

— Sim, o Patrick sempre arrasa nas festas.— Samantha fala.

— Como tá você e a Sarah, Isa? — Pergunto.

— Estamos indo bem até. Depois da escola, vamos sair para nos conhecermos melhor. — Isa esboça um sorriso.

— Que bom, ela parece ser uma menina legal. — Gustavo avisa.

— Ela me trata bem e parece ter se dado bem com vocês. — Isa fala orgulhosa.

— Isso aí, sem explanar muito, mas naquele dia do churrasco ela estava te olhando com uma cara tão apaixonada, e os olhos dela brilharam toda vez que ela ouvia seu nome. — Minha namorada fala empolgada.

Rimos quando notamos que Isa está com a pele mais vermelha que um tomate.
— A Samantha quase mata a Isa com essa informação bombástica. — Gustavo ri.

Todos riem, e Isa parece olhar confusa para um ponto fixo. Eu e Samantha começamos a nos olhar confusas, e o pessoal começa a perceber o clima. Mencia toma a iniciativa da conversa.
— Isa, tá tudo bem?
— É que a Sarah parece ser muito boa, mas tô sentindo que o problema sou eu.

— Ah, não vem com essa palhaçada de que o problema está em você. — Beka fala enquanto gesticula as mãos.

— Está gostando de outra pessoa? — Geo pergunta confusa.

Eu e Samantha ficamos quietas enquanto ouvimos o desenrolar da conversa.
— Não, gente! Eu não estou falando nesse sentido, é que ela parece boa demais para mim, tenho medo de machucar ela. — Isa fala reflexiva, enquanto coloca a mão em seus joelhos.

— Para com isso, Isadora. Você não vai machucar ninguém, e você sabe disso. Você só está fugindo porque sabe que ela despertou o amor em você, e você tem medo dela te machucar. — Falo tentando confortá-la.

— Amar é uma escolha e não uma necessidade, mas se você não se arriscar, nunca vai saber se a escolha foi boa ou não. — Minha namorada fala enquanto toca o ombro dela.

— Obrigada, gente, de verdade. Eu amo vocês.

O bom do nosso grupo é que falamos de vários assuntos diferentes e cada coisa vai complementando a outra.

— O melhor dessa festa é que a gente vai tirar muitas fotos. — Geo retruca para quebrar o clima.

— Amor, eu não tenho certeza se algumas pessoas vão ficar preocupadas com as fotos. — Gustavo ri, enquanto aponta em direção a Mencía e Rebeka.

— Por que vocês acham que toda hora eu e a Mencía vamos nos pegar!? — Beka diz fingindo-se ofendida.

— Porque é isso que vocês sempre fazem! — Isa fala, o que todos nós queríamos falar.

— Que mentirosos! — Mencia defende ela e a namorada.

O sinal toca, informando que devemos voltar para a aula.
— Logo quando a conversa estava boa.— Gustavo resmunga.
— Porra, esse intervalo não dá para nada. — Resmungo enquanto me levanto para me despedir das meninas.

Nos despedimos e cada um vai para sua sala, exceto eu e minha namorada, que fomos beber um pouco d'água como desculpa para matar aula, mas vimos de relance a inspetora descendo as escadas e fomos para aula antes que ela nos visse.

Quando chegamos na aula, não vimos o professor, e ele com certeza deve estar no banheiro e nem vai notar que chegamos atrasadas.

Sentamos nas cadeiras enquanto ríamos de algumas coisas ou situações que lembramos, até que o professor chega e avisa que vai fazer a chamada. Sorrio enquanto olho para a minha namorada, que lança uma pérola.
— Ufa, salvas pelo intestino do professor.
— Ai, amor, você é uma figura.

E por sorte, a aula foi curta porque o professor estava com uma terrível tosse e dor de cabeça. Optaram por nos liberar cedo, porque poderia ser uma possível virose.

Esperei minha namorada arrumar a mochila, entrelaçamos as nossas mãos, e, no meio do caminho, o celular dela vibra. Ela me explica que não vai dar para a gente ir embora porque vai ter que fazer um favor para o Diego, e que, assim que ela acabar, ela vai na minha casa.
Eu faço um biquinho, fingindo drama, e ela logo ri da minha atitude e me dá um beijo. A risada da minha namorada é o meu som favorito. Nos despedimos e eu vou para a minha casa.

— Não esquece, gatinha, passa na minha casa para a gente se arrumar juntas. — Falo enquanto solto uma piscada para minha namorada.

— Pode deixar que eu passo na sua casa, vida. — Samantha fala rindo.

Acabo chegando em casa e resolvo dormir um pouco antes de Samantha chegar. Alguns minutos depois, meu sono parece ir embora porque sinto que alguém está me acordando. Só que, mesmo sonolenta, meu subconsciente me lembra que estou sozinha em casa.
Eu praticamente dou um pulo no sofá quando lembro disso, e quando reconheço a pessoa que está na minha frente, eu automaticamente olho para ela com os olhos arregalados e com a mão no coração.

— Calma, amor, é só eu. — Samantha fala rindo quando vê meu rosto assustado.

— Como você entrou aqui, amor? — Pergunto confusa.

— Eu te chamei e você não me atendeu, então entrei com a chave que você me deu. — Ela me explica tentando conter o riso.

Fico rindo só de lembrar que me esqueci desse humilde detalhe e que quase deixei minha mulher viúva porque quase tive um ataque do coração.

— Aaah, entendi. Vamos nos arrumar então, minha princesa. — Falo sorrindo e vamos diretamente para o banho.

Depois de tomarmos banho e nos elogiarmos, chamamos o Uber e fomos para a festa. Quando chegamos no local, ficamos hipnotizadas pela decoração.

— Puta que pariu, ele arrasa! — falo impressionada.

— Se tá assim aqui fora, imagina lá dentro, amor — responde Samantha.

As festas do Patrick mudam de local conforme o tema, e dessa vez a festa está localizada em uma mansão branca, com várias janelas pretas, uma porta preto e branco e uma escada imponente na entrada. As janelas estão decoradas com três tentáculos de lula, enormes, na cor verde. A decoração parece que estão se movendo, dando um toque de realismo. Ao lado dos tentáculos, há uma fusão de luzes vermelhas e amarelas, criando um contraste impressionante. Na entrada, há duas caveiras, que são três vezes maiores que minha namorada — inclusive, faço piada com isso. A escada é decorada com luzes brancas ao longo dos degraus e abóboras, e toda a casa tem aquele ar característico do Halloween.

Ao chegarmos na portaria, um segurança pergunta nossos nomes e nos guia até a festa. Lá dentro, a decoração está ainda mais detalhada e tenebrosa; ele com certeza pensou nos mínimos detalhes. No teto, teias de aranha pretas cobrem toda a entrada, com LEDs amarelos para combinar com o ambiente, além de uma enorme aranha presa nas teias. Nas paredes, mais aranhas e um boneco sem cabeça, vestido de garçom, segura uma bandeja com bebidas. Ao lado dele, há uma placa pendurada na porta preta, escrita com sangue falso: "Entre se tiver coragem". Eu e minha namorada ficamos incrédulas com tamanha criatividade.

— O Patrick sempre se supera.

— Ele realmente não está para brincadeira, amor — retruco, enquanto dou um gole na bebida.

Quando entramos, Patrick nos cumprimenta e nos oferece outra bebida na seringa. Logo aceitamos, e ele aponta para a mesa onde estão nossos amigos. Agradecemos e ele vai cumprimentar mais pessoas.

— Oi, gente! — cumprimento todos.

— Meu Deus, vocês estão um arraso! — minha namorada fala, se referindo à fantasia de Menbeka: anjo normal e anjo da morte.

— Oi, meninas! — Beka nos cumprimenta.

— Vocês também estão um arraso com a fantasia do Chucky e da Tiffany.

— Ah, obrigada! E cadê o resto do pessoal? — pergunta minha namorada, confusa.

— Estão bebendo ou dançando — responde Beka.

— Bom, eu e Paloma vamos ver um pouquinho mais da festa. Tchau, meninas! — Samantha me puxa.

Ao nosso redor, só vemos gente se drogando, bêbada e se pegando. Enquanto olhamos as fantasias e mais alguns detalhes das pessoas, eu cutuco minha namorada e direciono o olhar dela para um garoto que está beijando uma menina de cabelos ruivos.

— Esse é o Guilherme, do bloco C, e ele está traindo a Jéssica, do bloco B, com a Laura da nossa sala.

— Ué, que Laura? — minha namorada pergunta, curiosa, enquanto arqueia a sobrancelha.

— A Laura certinha — respondo, rindo ao me lembrar.

— Amor, mentira! — minha namorada balança a cabeça, incrédula.

— Tô dizendo, logo ela, que sempre levantava a pauta de que mulheres não deveriam ficar com homens comprometidos.

— E a Laura, será que ela não veio? — pergunto curiosa.

— Isso eu não sei, amor. Mas vamos no banheiro rapidinho? Tenho que retocar o batom — Samantha aponta para a direção do banheiro, e eu apenas concordo.

Quando chegamos ao banheiro, ela rapidamente me puxa para a cabine mais próxima e me dá um beijo de tirar o fôlego. Eu a olho confusa.

— Ué, você não ia retocar o batom?

Minha namorada ri maliciosamente e, logo em seguida, fala: — Amor, você nunca aprende.

Eu apenas devolvo o sorriso, e, quando vejo que ela abaixou a guarda, faço um movimento brusco, seguro seus braços para trás e a empurro um pouco contra a parede, sussurrando em seu ouvido:
— Você é terrível, Samantha.

Samantha apenas me olha com aquele brilho nos olhos que eu conheço bem e responde a provocação no mesmo tom:

— Amor, acho que você está vendo série policial demais, parece até que ia me prender.

— Quer que eu te prenda? — pergunto, sugestiva.

— Amor, você não era assim não. Cadê a minha namorada fofa? — ela sorri de canto, mostrando que está gostando da brincadeira.

Apesar de nós duas vivermos nos provocando, com certeza falamos cada besteira que, às vezes, nem dá para levar a sério. E sempre caímos na risada.

Até que somos interrompidas por um barulho alto de vômito e choro. Minha namorada me olha preocupada e sussurra para mim:
— Nossa, amor, alguém parece estar bastante mal. Vamos ver se podemos ajudar em algo?

— Claro, vida, parece que a bebida desceu queimando.

Ao sairmos da cabine, notamos uma menina ajoelhada no vaso. Minha namorada pergunta gentilmente se ela está bem e a ajuda a segurar o cabelo. Eu corro para pegar um pano para a menina limpar a boca.

— O-obrigada — a menina fala com dificuldade enquanto limpa a boca. Logo reconhecemos a voz: é a Jéssica, a namorada do menino que vimos beijando a Larissa da nossa sala.

Depois de limpar a boca, a Jéssica vai até a pia, lava as mãos, tira uma escova de dentes da bolsa, pega pasta de dente no armário e escova os dentes. Eu só consigo olhar para minha namorada, que parece indignada.

Não sei se deveria indagar sobre a vida dela, mas achei uma sacanagem a namorada do cara vomitando daquele jeito e ele se atracando com a Larissa.

— Onde está seu namorado, Jéssica?

— Ele disse que ia pegar água com gás para me ajudar a não vomitar.

— Olha, acredite se quiser, mas ele não está pegando a água. Vimos ele mais cedo beijando a Larissa da nossa sala. Você merece mais.

Jéssica parece chocada, mas não surpresa. Ela fica em silêncio por alguns segundos, até que conclui:
— Eu já estava desconfiada mesmo. Obrigada por me contarem. Não acredito que eu recusei o Eduardo só porque estava namorando esse traste.

— Aproveite a noite, mulher — rebato.

Ela agradece novamente e sai de lá.

— Senhor, o que foi isso? — minha namorada parece chocada.

— Porque isso só acontece com a gente?

— Psé, não deu tempo nem de descobrir qual seria sua próxima resposta.

— Você adora, né?

— Com certeza. Agora, vamos ver se as meninas precisam de algo — ela entrelaça nossas mãos ao finalizar a frase.

— Eita, que o povo está animado, amor — falo, rindo ao ver o pessoal todo doidão.

Observamos todos os nossos amigos e vemos que está tudo na paz. Devido à música alta, minha mulher sussurra no meu ouvido. Esse simples ato já me faz arrepiar inteira.

— Vamos tomar alguma coisa? — Samantha me pergunta.

— Claro, amor, e depois vamos tirar algumas fotos — falo, animada.

***
— Boa noite, vou querer 2 copos de energético com vodka — Samantha fala, fazendo o pedido.

Enquanto nossos copos chegam, aproveitamos para dar uma olhada no local, e lá no meio da festa, tem literalmente um labirinto.

— Além de todas as festas do Patrick serem Open Bar, ele sempre arrasa nas decorações! — Samantha fala, antes de dar um gole na bebida.

— Verdade, amor! — dou um gole na minha bebida.

— Eu já volto, amor, vou no banheiro — Samantha fala, e eu vou junto.

— Gostosuras ou travessuras? — Apareço atrás dela, seguro sua cintura com uma mão e coloco seu cabelo atrás da orelha para sussurrar no ouvido dela.

— Uau, você está se superando.

— Quero ver se você tem alguma palavra melhor.

Minha namorada arqueia a sobrancelha, adorando o desafio, e vira-se para mim, fazendo carinho na minha bochecha.

— Eu quero sentir a gostosura do seu beijo e as travessuras, eu só te mostro depois da meia-noite.

— Você sempre tem a resposta certa, amor — falo, segurando seu braço.

Enquanto falávamos, meu olhar deslizava pelo corpo de Samantha e, mais uma vez, reparei no decote dela. Ao invés de
"Chucky" escrito no coração, estava o meu nome. Que mulher, meus amigos... — pensei.
— Está gostando da vista? - minha namorada provocou, com um sorriso travesso.

— E se eu estiver gostando, vai fazer o quê? — respondi, provocando também.
— Isso! — Ela me puxa pela nuca e me beijou ardentemente. O beijo começou com um toque de segundas intenções, mas logo se tornou mais calmo e lento.
Consequentemente, ela separou nossas bocas, buscando ar.

— Adoro seu jeitinho mandona — falei sorrindo.

— E eu adoro você! — Ela me deu um selinho e puxou minha mão para voltarmos à festa.

— Vamos no labirinto, amor? - perguntei, puxando-a até lá. A decoração estava impecável e, de vez em quando, tomávamos sustos porque o Patrick colocou alguns personagens para correr atrás da gente. Quando chegamos ao final, o prêmio era uma abóbora cheia de doces.

— Eu adoro as festas dele! — Samantha exclamou, animada.

— Sim, amor. Agora que tal dançarmos agora? — perguntei, com um sorriso.
— Você me manda. — Ela respondeu, com aquele sorriso que eu tanto amo.

— Gostei disso.— Eu disse, surpresa.
— Não se empolgue muito, querida. — Ela provocou, enquanto dava leves batidas no meu peito.

— Você que começou. — Respondi, rindo, enquanto caminhávamos para fora do labirinto.

Chegamos à pista de dança, e foi como se eu tivesse um déjà vu. Me lembrei da primeira vez que nos encontramos, do quão radiante estava seu sorriso e do contraste com a luz que iluminava seus olhos cor de oceano. Eles pareciam me puxar para um abismo — seus olhos, tão profundos e convidativos, que me tiravam da realidade, dando vida a todas as minhas fantasias.

Dançar com ela é incrível. Passar cada momento com ela é incrível. Demonstrar meu amor por ela é incrível.
Eu acho tudo incrível porque, aos poucos, estou conhecendo uma Samantha diferente - uma Samantha fora das redes sociais. E isso está sendo bom demais.

Nossa conexão transborda intensidade, e é tão incrível ver que nosso relacionamento é construído sobre a base da reciprocidade.

Apesar da noite mágica, percebi que algo estava perturbando minha namorada.

Perguntei se estava tudo bem, e ela comentou que sim, que eram apenas problemas de família. Eu a beijei na testa e disse:
— Você pode contar comigo para tudo, amor.

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