1-Minha vida
Olá, meu nome é Paloma. Eu tenho 18 anos e hoje vou te contar um pouco sobre a minha vida. Espero que gostem.
Bom, depois do acidente do meu pai, tudo mudou, mas graças à terapia e à companhia da minha mãe, ficou mais suportável aguentar tudo. Eu também sou muito grata pela companhia da minha melhor amiga, que está comigo desde o fundamental.
Flashback on:
Confesso que tive algumas dificuldades para encontrar uma escola que eu gostasse e que não tivesse tanta gente esnobe.
Só que nesse meio é impossível não ter esnobes. Eu fiquei em dúvida entre Las Encinas e a Boulevard, mas acabei optando pela Boulevard.
Las Encinas parecia legal, só que a galera de lá é da pesada, e no off eu sempre acabo sabendo de alguns babados porque sigo algumas pessoas de lá e elas contam tudo.
Nunca vou esquecer quando uma menina falou que estavam fazendo uma boca de fumo atrás da escola e, quando a diretora descobriu, só faltou morrer do coração. Em Las Encinas acontece cada babado que os pais têm que pagar uma grana alta para manter a mensalidade e para abafar algumas merdas que os filhos fazem.
Eu não sou muito de ir para festas, mas a festa do povo de lá é sensacional.
Enfim, chega de falar das escolas alheias. Vou resumir o que aconteceu no meu primeiro ano do ensino médio na Boulevard.
O uniforme é preto e branco com o nome da escola. Pode-se usar a blusa com uma saia preta rodada ou uma calça preta que a escola oferece com o combo. Eu optei por usar a camisa que tem uma manga pequena e uma saia porque achei a saia uma gracinha. A escola é grande.
Só de olhar a entrada eu já fiquei encantada. Tem um letreiro enorme com o nome da escola, tem vaga de estacionamento para alunos, tem uma grama bem cuidada e a entrada estava bem cheia. Eu fiquei admirando enquanto esperava minha amiga para a gente entrar juntas na escola.
Saio dos meus devaneios quando sinto que alguém tampou meus olhos.
— Toc toc! — minha amiga fala entre risos.
— Bom dia para você também. Acordou animada, é? — viro na direção dela enquanto tiro suas mãos dos meus olhos.
— Claro, ouvi falar que a Boulevard só tem pedaços de mal caminho — ela sussurra.
— Pior que eu não pude deixar de notar algumas pessoas bonitinhas que passavam com seus determinados grupos.
Decido botar pilha na imaginação fértil dela enquanto caminhamos para a entrada .
Até que avisto uma menina branca de cabelos loiros, com o uniforme composto por uma saia. Suas mãos estavam ocupadas: na mão direita, carregava uma bolsa rosa com um laço grande e, na mão esquerda, um cigarro. Eu arregalei os olhos quando vi.
Já que são muitos alunos, havia dois inspetores na porta para averiguar se a vestimenta estava correta e entre outras coisas. Como eram muitos alunos, alguns passaram despercebidos.
Mas a menina com o cigarro não passou despercebida. A inspetora olhou para ela com cara fechada e fez um sinal para que ela jogasse o cigarro no lixo. E a menina ainda riu da cara dela.
— Ah, que isso, Valéria? Virou minha mãe agora? A menina parecia incrédula.
— Eu só sigo as regras, moça. A mulher cortou a sua brincadeira.
— Que absurdo! Um cigarro não faz mal a ninguém.
Ela debochava enquanto ouvia alguns murmúrios atrás dela; o pessoal estava indignado porque ela estava atrapalhando a entrada com esse show.
— Bora, Madison! Ou joga esse cigarro no lixo ou eu chamo a diretora para te dar uma ocorrência. — A mulher fala sem paciência.
— Tudo bem, Valéria, você já foi mais legal.
Ela joga o cigarro no lixo que tinha ao lado da inspetora. Enquanto Madison se retira, ela sussurra algumas palavras:
— Tem que tomar um suco de maracujá, tá muito rabugenta.
— Madison, vai logo para a sua sala antes que eu perca a paciência! — A coordenadora, que estava procurando brechas para entrar na escola, a adverte.
E logo a fila anda rapidamente e vejo os lindos corredores acadêmicos. É, para o primeiro dia tudo parece normal.
Flashback off:
Acordo e faço minha higiene matinal, mas parece que tudo continua a mesma merda de sempre: escola, música, TikTok e skate. Já tô entediada só de pensar, e o dia mal começou — reviro os olhos. Visto meu uniforme e, quando acabo, escuto uma buzina.
— Vamos, piranhaaaaa! — disse Geo, impaciente porque eu estava atrasada.
Decido olhar o relógio e, quando vejo que são 7:15, vou correndo pegar meu café e entro no carro da Geo.
— Porra, até que enfim! Achei que ia casar! Tá pior que noiva em casamento. Mas vamos falar do que interessa — disse ela animada. — Vai ter uma festa nesse final de semana e não aceito um não como resposta! — ela fala sorrindo.
— E eu tenho escolha se eu disser não? Bom, já que você vai me dar carona, eu vou sim — falo animada. — A noite é uma criança, baby.
✨ Chegando na escola ✨
— Vocês viram a festa que vai ter? Estão falando que vai ter um pessoal de fora, ou seja, a festa não é só para o povo do 2º ano do ensino médio — disse Isabela, passando o recado muito animada. Todos começam a ficar animados; ela sempre divulgava as melhores festas.
Eu e Geo nos olhamos e eu logo me apresso nas palavras: — Se comporta, Geo. Não vou ficar de babá se você estiver dando PT — falo, rindo enquanto vejo ela fazendo careta.
— Se manca! Eu que fico de babá com você! E vamos logo para a aula. Tá quase na hora do segundo tempo — ela me puxa em direção à sala.
✨ Na aula ✨
Espero a professora acabar de explicar a matéria e, assim que ela termina a explicação e passa o dever no quadro, eu coloco meu fone para copiar e acabo não escutando a frase mais escrota que alguém poderia ouvir.
— Já sabem que eu vou causar nessa festa, né? O pai vai arrasar o coração das novinhas! — disse Luca, se achando.
— Só se for de susto — disse minha amiga, rindo da cara dele.
Isabela e metade da sala dizem em coro: "Se manca, mlk."
Alexia (professora): Ei, ei! Não quero saber de conversas paralelas! E senhor Luca, quero ver seu caderno já que você está falando demais — ela ordena.
Luca entrega o caderno e a professora já começa a falar:
— Nossa! Para arrasar nas festas precisa arrasar nas notas também, porque isso tá um horror. Se continuar assim, vou ter que te dar uma advertência — disse Alexia.
✨ INTERVALO ✨
Depois da professora olhar os cadernos, eu e Geo vamos para a biblioteca pegar o Wi-Fi e também porque lá é um lugar calmo.
Eu e Geo entramos nas redes sociais e eu me deparo com um perfil que nunca vi antes. Era uma garota linda e eu literalmente fiquei sem palavras para tamanha perfeição. Eu quero aquela mulher para mim — penso emocionada.
— Porra! Tá quase babando. Viu alguma comida aí? — disse Geo antes de pegar o celular da minha mão e soltar uma risada.
— Me dá!
Ela olha para mim e fala rindo:
— Muito bom gosto. Se eu gostasse de mulher, eu pegava!
— Sua talarica! — brinco. — Será que eu mando mensagem para ela? — pergunto receosa.
— Calma, gata! Faz o que seu coração mandar. Só por favor tenta não criar muitas expectativas. Você mal viu ela e já quer casar — ela me aconselha calmamente.
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