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+EXTRA

𓏲  . METANOIA . .៹♡
EXTRA
─── NATAL

ERAM CERCA DE duas horas quando começou a nevar em Londres, em Hampstead para ser mais preciso. Maia pensou que ver a neve cair pela janela, pousando em seu jardim e cobrindo-o de branco brilhante, fazendo com que o cachorro do sr. pouco tempo, pelo menos, Maia só pedia um pouco.

Mas isso não aconteceu. A cabeça do bebê estava quase grudada no vidro, forçada a assistir o espetáculo lá fora por Maia, que a segurava no colo, balançando-a suavemente na tentativa de acalmá-la, mas nada parecia fazê-la. Maia suspirou pela enésima vez em quinze minutos, imaginando por que Ginny estava demorando tanto no andar de cima para abandonar aquela criaturinha faminta com uma capacidade pulmonar admirável. No final, Maia desistiu, nem sua melhor voz de bebê conseguiu chamar a atenção do bebê, que ainda estava com o rosto molhado e vermelho porque as lágrimas não paravam.

— Você é um bebê chorão, sabia disso? — Maia sussurrou, balançando-a no berço desta vez. — Molly diz que todos os filhos dela choraram muito quando eram crianças. Você com certeza puxou o pior de sua mãe. Você não gosta da neve? Espero que você não me peça quando for mais velha para levá-la para fazer um boneco de neve. — o bebê ficou em silêncio por alguns momentos, concentrando-se na voz sussurrante de Maia, que levantou uma sobrancelha quando suas palavras pareciam ter efeito, então ela continuou. — Teddy também não estava chorando muito. Na verdade, você o fez querer ir para a casa de seus avós porque você não o deixa fazer a lição de casa. Sim, querida, todos nós ficamos com fome em algum momento, mas eu não não sei o que sua mãe está fazendo lá em cima por tanto tempo. — Maia disse a última frase um pouco mais alto.

Maia passou as mãos pelo rosto, tentando clarear a cabeça. Tinha dezenas de pergaminhos para corrigir, que se acumulavam dia após dia em sua mesa - quase parecia que se multiplicavam - aulas para preparar quando acabassem as férias de Natal, e só de pensar na quantidade de dever de casa que tinha que fazer antes que ela voltasse para Hogwarts a fez querer sair na neve com roupas acanhadas para pegar um bom resfriado e ficar longe de tudo. Cissy começou a chorar de novo, abrindo bem a boca, e Maia se esforçou para não perder a paciência. Ela era apenas um bebê. Seu bebê.

Às vezes ainda lhe parecia incrível como sua vida havia mudado tanto em questão de anos. Ela tinha um emprego fixo, que amava e que a preenchia; ela morava em um bairro mais do que afastado em Londres, longe de qualquer coisa que pudesse machucar Teddy e Amelia; ela tinha uma família - composta por uma menina um tanto rabugenta, sua namorada, que conseguia contrabalançar seus humores com uma personalidade alegre e avassaladora, seu afilhado, um menino tímido e muito inteligente, e um bebê de meses de idade e ansioso para ser ouvido - para apoiar e contar. Ela tinha tudo, realmente, e às vezes ela não podia acreditar o quão sortuda ela tinha sido.

Tudo havia mudado tanto desde Hogwarts que era incrível que não fosse apenas um sonho. Ela ainda tinha pesadelos com Voldemort; de Bellatrix, cujos finais variaram de sua tortura até sua morte naquela batalha em 2 de maio; de Yaxley, cuja vida ela havia terminado exatamente dez anos atrás. Seus olhos azuis a assombravam, e provavelmente nunca iriam parar.

Ela se lembrou daqueles que haviam caído ao longo do caminho. Sua mãe, Éden. Ela pensou especialmente no último. A morte de sua mãe tinha sido de uma doença que ela carregava consigo por anos, uma doença que acabou com sua vida e teria sido impossível de curar. Mas ela ainda estava torturada pela perda de seu melhor amigo diante de seus olhos. Ela muitas vezes acordava à noite, ainda com as mãos cheias de sangue, olhando para aqueles olhos sem vida e desejando que ela pudesse ter feito algo sobre isso, desejando que ela pudesse ter trocado sua vida pela de Éden.

Maia estava distraída por tanto tempo que não percebeu que Gina já havia descido, que ela estava no mesmo quarto que ela, que Amelia havia parado de chorar e que a ruiva estava passando as mãos na frente dos olhos, causando ela para sair de seus pensamentos. — Você estava dizendo? — Maia balançou a cabeça, esfregando um pouco as têmporas.

— Nada, só que estou aqui agora. Você está bem?

Maia assentiu com um pequeno sorriso. — Sim, eu estou bem. Eu só estava pensando. — Gina não parecia acreditar muito, mas ela também não podia fazer nenhuma pergunta, porque Maia rapidamente mudou de assunto. — O que você estava fazendo lá em cima por tanto tempo? Sua filha aqui embaixo morrendo de fome.

— Se é mais difícil para você segurar uma garrafa do que ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas, talvez eu devesse repensar o que estou fazendo com você. — Gina fez uma careta e mostrou a língua para ela, e Maia assentiu, murmurando algo como touché. — Ah! Nem pense em subir agora.

— Por que, é um presente? — Maia sorriu amplamente e engasgou depois de alguns momentos, segurando a mão no peito dramaticamente. — É um presente. É uma pena que você tenha um bebê em seus braços e não possa me impedir. Olha, estou prestes a subir...

— Maia! Estou falando sério. É um pacote que minha mãe me enviou e você não pode vê-lo em nenhuma circunstância. Eu juro que não vou falar com você por uma semana se você subir e ver.

— De novo não. — Maia reclamou baixinho. — Tudo bem, eu não vou. Bem, agora que ela parou de chorar eu posso finalmente dar uma olhada nas redações dos alunos da sexta série. Ha! — Maia de repente soltou, rindo. — Uma lembrança engraçada me veio à mente - lembra quando estávamos em Hogwarts e eu tive que ir para Poções para substituir Slughorn? Você estava na aula e teve que preparar Amortentia.

As orelhas de Gina adquiriram um tom avermelhado de vergonha, e o sorriso de Maia se alargou. — Quando você me envergonhou na frente de toda a minha classe, você quer dizer?

— Foi engraçado. Eu fiz você admitir que era louca por mim. Mas ei, você também teve seus momentos, hein? E quando estávamos na casa de Bill e Fleur depois que voltamos da mansão? Eu estava naquela cama e a primeira coisa que você faz é gritar para todo mundo que eu sou sua namorada. Pelo amor de Merlin, Gina, coloque suas prioridades em ordem.

— Eu tenho um bebê em minhas mãos, caso contrário eu não hesitaria em tirar esse sorriso do seu rosto, Malfoy. — a voz de Gina caiu para um sussurro, mas em um tom gentil, não querendo chatear Amelia, mas querendo parecer intimidante.

Maya deu de ombros. — Que pena.

Revisar redações não era tão divertido quanto irritar a ruiva, mas ela tinha que admitir que não eram ruins também. O que você quer dizer com a maneira de derrotar um bicho-papão é gritar 'Ripistulus' para ele? Você aprendeu isso no terceiro ano, Merlin. Um dos pergaminhos estava enrolado de um jeito estranho e amassado, e Maia franziu a testa ao ver que havia algumas gotas no final do papel. Sinto muito, Professora Malfoy, mas não tenho ideia de como resolver isso, então estou dando a você contando sobre minhas férias em Amsterdã. Sim, essas são lágrimas no final. Eu estava tão frustrado, não seja duro comigo, Feliz Natal! Ela assinou no final do papel, e como Maia abafou uma risadinha, ela decidiu não dar a ela uma nota muito ruim.

— O bebê está dormindo. — Ginny se encostou no batente da porta. Por alguns segundos, ela apenas apreciou como Maia parecia estar se concentrando no decoro, o cabelo preso em um rabo de cavalo e os óculos muito baixos na ponta do nariz.

Maia levantou a cabeça e bufou um pouco. — Este bebê deveria estar dormindo. Você sabe como foi difícil hoje? Eu levantei às seis porque o maldito cachorro do Foster não parava de latir, provavelmente porque ele estava com frio, ou com fome, ou o que eu não sei. Você não parou. E claro, isso fez Cissy começar a chorar também, então fiquei com ela até as oito no sofá, assistindo a um programa de TV lixo que só passa porque pessoas desesperadas assistem a essa hora do dia. — O que você está fazendo?

Gina decidiu que já tinha o suficiente. Ela empurrou os livros e enrolou os pergaminhos para longe da mesa de Maia, que a olhava com os lábios entreabertos e olhos surpresos. A ruiva estava sentada em seu colo, envolvendo os braços em volta do pescoço com um sorriso malicioso nos lábios. — O bebê está dormindo. — Ginny apenas repetiu, traçando um padrão com os dedos na nuca de Maia.

— De repente estou acordada. — Maia murmurou, grogue. Suas mãos encontraram as coxas de Ginny, viajando perigosamente pela parte inferior de suas costas e terminando em sua bunda, puxando-a para mais perto dela. Sua mão direita escorregou sob o suéter de Ginny, que gemeu com o toque frio da mão de Maia em sua pele quente e instintivamente se aproximou dela. — Bem acordada, muito obrigada.

Maia cobriu a boca de Gina com a sua, ansiosa para finalmente ficar sozinha com ela. Ginny ofegou contra os lábios, não esperando o contato repentino e urgente, mas retribuiu o beijo com a mesma intensidade. Suas mãos encontraram o cabelo de Maia novamente, soltando o rabo de cavalo que ela havia puxado e puxando suavemente o cabelo para liberar a adrenalina que ela estava sentindo. A loira rosnou levemente, o que só acendeu ainda mais o fogo dentro de Ginny.

Fazia muito tempo desde que elas tiveram tempo para si mesmas. Entre Amelia constantemente precisando da atenção de ambas, o trabalho de Maia negando a ela o horário que ela deveria estar em casa e ultimamente os Weasleys em sua casa o tempo todo para os preparativos do casamento, Ginny sentiu que estava vendo mais o cachorro ensanguentado dos vizinhos do que sua namorada. Mas agora ela tinha a oportunidade e estava pronta para agarrá-la.

Maia parecia especialmente disposta a aceitar, porque ela se levantou da cadeira com Gina enrolada em sua cintura e a puxou para cima da mesa de madeira, apenas quebrando o contato de seus lábios para desfazer o suéter com G de Gina que Molly havia tricotado para ela há apenas uma semana. — Foda-se. — Gina gemeu, sentindo o frio em sua pele que foi rapidamente aquecido pelos lábios de Maia traçando um caminho de beijos de seu pescoço até sua barriga. — Você vai ter que fazer isso rapidamente, ou Amelia...

— Eu vou tomar meu tempo com você. Sim, eu vou foder você sem sentido, mas pouco a pouco.

— Maia. — Gina sussurrou, suas pupilas claramente dilatadas. — Não seja assim.

— Cala a boca, sim? — seus lábios encontraram a pele da ruiva novamente, visivelmente excitada. Enquanto os dedos de Maia percorriam suas coxas, evitando a saia de Gina, que a irritava agora por estar no caminho, a Weasley revirou os olhos e rezou para que Amelia ficasse quieta, que ela não chorasse de novo, que ela não chorasse.

A campainha tocou. Ginny soltou um grunhido exasperado, perguntando-se quem diabos era a essa hora. Maia, no entanto, parecia imperturbável: seus lábios ainda estavam grudados na pele da parceira, que se contorcia de prazer mas, ao mesmo tempo, uma pontada de culpa na nuca caso fosse algo urgente. — Maia, a porta.

— Deixe soar.

— Maia, imagine que são meus pais. Se eles entrarem por aparição, teremos uma cena constrangedora.

A loira bufou cansada, descansando a cabeça na curva do pescoço de Ginny, dando um beijo suave em sua clavícula depois de endireitar a saia e passar o suéter. — Se são seus pais, eu vou dizer a eles, provavelmente quando eu estiver bêbada, que eles impediram Amelia de ter um irmão.

Ginny riu, dando-lhe um tapinha no braço. — Vá ver quem é. Vou fazer um chá, está muito frio.

Maia a ergueu no ar, agarrando sua cintura, dando-lhe um longo beijo nos lábios enquanto a deixava no chão e a abraçando gentilmente em seguida. — Eu te amo. E estou terminando totalmente o que comecei esta noite.

A loira piscou para ela quando ela saiu do escritório, mas não se virou para ver Gina corando profundamente. Era incrível que a Malfoy continuasse a ter esse efeito nela depois de todos esses anos. Foi mágico ver como seus sentimentos não mudaram nem um pouco; na verdade, eles se tornaram mais fortes. Elas haviam passado pelos piores momentos juntos: as mortes de Fred, Eden e Narcissa, os aniversários de suas mortes todos os anos, os pesadelos todas as noites, as histórias que corriam sobre suas famílias nos becos. Mas nada jamais foi suficiente para quebrá-los, pois sempre encontraram refúgio uma na outra. E em Teddy e na pequena Cissy.

Um som estridente soou de trás da porta novamente, e Maia gritou: — Chegando! — ela abriu a porta rapidamente, esperando encontrar Arthur e Molly do outro lado, mas a visão era muito diferente, e ela poderia jurar que seu coração parou naquele exato momento. — Draco?

O menino estava irreconhecível, mas era difícil para uma irmã esquecer seu próprio sangue. Ele estava vestido com roupas puramente trouxas, seu cabelo loiro como o dela, mais comprido, completamente despenteado pelo vento e um pouco molhado da neve caindo em seu rosto, nem um pouco penteado como costumava ser dez anos atrás. Dez anos atrás.

Draco limpou a garganta, como se esse silêncio constrangedor fosse a única coisa que ele esperava da situação e tinha ensaiado para se preparar. Talvez ele tivesse. — Maia. — foi a única coisa que saiu de seus lábios, suspirando. — Olá.

— Maia, quem era? — Gina veio atrás dela, aparecendo no corredor, mas seu pequeno sorriso congelou em seus lábios quando viu o par de irmãos olhando um para o outro. — Oh. — ela disse apenas, virando-se rapidamente e se ocupando em atender às necessidades da pequena Cissy.

Draco soltou um pequeno suspiro ao ver Gina sair de cena. Ele olhou para sua irmã, que parecia mais pálida do que nunca, como se ela tivesse visto um fantasma. — Maia, eu sei que isso é estranho. Acredite, eu sei que é a última coisa que eu mereço. Mas eu ainda senti a necessidade de voltar. Eu tinha que te ver de novo, mesmo que fosse a última vez, mesmo que você decida que não quer saber de mim.

A garota soltou um suspiro trêmulo. Ela não sabia se deveria se sentir com sorte ou se deveria ficar profundamente zangada. Ela não sabia se lhe dava um abraço ou um tapa por deixá-la sozinha por todo esse tempo. Então ela não fez nenhum dos dois. Ela continuou olhando para ele, como se não acreditasse que fosse uma coisa real, porque quais eram as chances de Draco ter decidido voltar para a Inglaterra depois de fugir uma década atrás?

— Fala alguma coisa por favor.

— E-Eu não entendo. — Maia murmurou, seus olhos umedecendo.

Draco se aproximou um pouco mais dela, tentando segurar suas mãos, mas entendendo seus limites. — Eu vou tentar explicar tudo para você. Eu só quero falar com você. Se você decidir mais tarde que esta será a última vez, eu vou embora e vou respeitar isso.

Finalmente Maia acenou com a cabeça brevemente. Ela não sabia o que a fez fazer isso, se era a memória iminente de seu irmão em sua cabeça, o frio que ela sentia lá fora, ou a necessidade de que este momento se tornasse real, mas ela o fez, convidando-o a entrar. Ela fechou a porta atrás dela, e viu que Draco estava olhando para a casa dela com olhos curiosos, como se estivesse surpreso. Ele não comentou se viu Gina observando maliciosamente do quarto da pequena Amelia.

— É muito diferente de como as coisas eram em casa. — Draco meditou, virando-se para olhar para ela pela primeira vez. — Acho que isso é um reflexo de como você sempre foi.

— Não era um lugar onde eu tinha permissão para ser eu mesma, certamente. — Maia quase cuspiu, mas mordeu a língua quando Draco desviou o olhar, lembrando a si mesma que ele era o menos culpado de todos. — Mas sim. — a garota finalmente admitiu. — Você gostaria de um pouco de chá? Gina... Acabou de fazer.

Maia ponderou um pouco, porque em nenhum momento ela teve a chance de contar ao irmão que estava namorando Ginevra Weasley. Maia supôs que seu irmão teria adivinhado, especialmente naquela noite na enfermaria quando as viu juntas, mas ele nunca recebeu uma confirmação oficial dela. Ainda assim, Draco não pareceu surpreso quando Gina apareceu com dois copos, um para cada um deles, levando a presença da Weasley ali naturalmente. — Obrigado. — Draco acenou na direção da ruiva, que acenou de volta e desapareceu novamente.

— Acho que nunca consegui te contar. — Maia limpou a garganta. — Mas esta é a minha vida. Gina é minha namorada.

— Você é gay. — Draco disse em voz alta, mas ele não perguntou, apenas declarou.

— Na verdade, sim, eu sou.

Draco sorriu levemente, assentindo novamente. — Eu sei. Mãe e pai... Eles sabiam?

Maia se mexeu um pouco no sofá, desconfortável. Mas não no tópico de conversa de sua atração por mulheres, mas na menção de seus pais. — Mamãe sabia. Eu contei a ela logo após a Batalha de Hogwarts, e ela disse que sempre presumiu isso. Se papai sabia... Certamente não foi por minha causa. Ele pode apodrecer onde quer que esteja.

— Acho que está tudo bem. — Draco assentiu. — Ele teria feito questão de tornar sua vida miserável. Ainda mais. — acrescentou rapidamente. A loira desviou o olhar, sentindo-se um pouco encarada. — Maia, eu não vim aqui para julgá-la. Na verdade. — Draco vasculhou as coisas dentro de sua mochila, e tirou um jornal meio amassado. — Eu te encontrei por causa disso. O Profeta anunciou cerca de sete meses atrás que você estava noiva. — ele mostrou-lhe o papel e apontou para uma fotografia em uma das páginas. — A propósito, parabéns. Passei todo esse tempo debatendo se deveria sair e encontrá-la, onde quer que você estivesse, ou se deveria deixá-la em paz, depois de todo esse tempo longe de você. Mas não passou um dia sequer que eu não pensei em você, imaginando como você estaria, se você se lembraria de mim tanto quanto eu me lembrava de você. Se você ainda acordasse todas as noites, coberta de suor, imaginando o que teria acontecido se tivéssemos fugido, como você propôs, ou se tivéssemos morrido naquela noite.

Maia tentou esconder o tremor em suas mãos se escondendo atrás da caneca que Gina tinha colocado na frente dela, bebendo lentamente. — Lembro-me de tudo todos os dias, Draco. Mas você... Você decidiu ir embora naquele dia. Você deixou minha mãe e eu à nossa sorte, fugindo como o covarde que se chamava de pai. Você sabia que a mãe morreu? Ela morreu com eu ao lado dela, com um funeral solitário, sem ninguém para reconhecê-la por quem ela realmente era. Ela te amava tanto que provavelmente morreu te perdoando por tudo.

O coração da garota deu um salto inevitável quando ela ouviu Draco fungar pelo nariz, de cabeça baixa, incapaz de olhá-la no rosto. — Eu sei. E não há um dia em que eu não me arrependa. Eu sei que é muito egoísta, mas ficar longe de tudo isso é o que eu precisava. Eu estava sentindo há meses que isso não era deveria ser o meu lugar. Eu estava sofrendo muito, todos os dias, sendo forçado a situações que me causavam dor e arrependimento o tempo todo. Tentei canalizar tudo o que sentia para dizer a mim mesmo que estava fazendo isso para proteger você e nossa família, mas tudo estava ficando muito pesado. Eu precisava sair daqui, ir para algum lugar onde ninguém me reconhecesse. Eu precisava ser capaz de me olhar no espelho e não me arrepender de estar vivo. — a voz de Draco tremeu, como se estivesse escondendo algo muito mais importante, e Maia olhou para ele de verdade. — Depois que você deixou a mansão com eles naquele dia, as coisas mudaram. Eles começaram a te chamar de traidora, Bellatrix passou os dias dela pensando no que ela fez de errado com você, imaginando onde você estaria para que ela pudesse te matar com a mãe ao seu lado. Foi um inferno. Eu nem sabia se você estava viva, se era tudo por nada. Maia, eu... Eu tentei... Sabe... Cheguei a um ponto onde eu pensei que estaria melhor morto do que vivo. Mas não consegui, mamãe me viu antes que qualquer coisa acontecesse. E a partir de então mal consegui olhá-la no rosto. Descobri no final da batalha que Voldemort estava morto, e você estava viva e com a mãe. Então eu decidi logo que isso é o que te faria mais feliz, para afastá-la de mim, de todos os problemas, lágrimas e preocupações que causei a você naqueles meses, e deixá-la viver em silêncio. E, por mais egoísta que pareça, acho que foi melhor para mim. Eu fui capaz de me encontrar durante todos esses anos. Aceitei todos os problemas que tive, até fui a um centro por alguns meses para tentar me recuperar. As coisas melhoraram um pouco na França, mas ainda faço terapia.

Lágrimas escorriam silenciosamente pelo rosto de Maia. A menina não sabia como reagir quando um irmão, seu único irmão, que ela pensava ser sua alma gêmea, lhe disse que havia tentado morrer. — Draco, eu... Eu não sabia nada sobre isso. Por que você não me contou antes?

Draco olhou para ela rapidamente, sua mandíbula apertada. — Pela mesma razão que você não me disse o que estava fazendo para destruir Voldemort. Eu queria mantê-la longe de toda aquela escuridão. Eu queria protegê-la de tudo isso. Eu pensei que com o tempo tudo passaria, que com você ao meu lado seria mais suportável, mas as coisas aconteceram de forma diferente do que eu pensava. Por isso saí sem dizer nada. Dizer que ia para a França significaria ter que contar tudo o que estava acontecendo comigo, e eu não queria ver você sofrer mais. Nem você nem a mamãe. — o menino abaixou a cabeça novamente, balançando o cabelo. — Eu me arrependo todos os dias por não estar com ela. Quando ela morreu, eu estava no centro. É apenas para bruxos, você não acreditaria quantos de nós temos os efeitos de tudo isso, para que o papel chegue lá. Estava na primeira página, mas em uma parte muito pequena, no canto, e partiu meu coração pensar que era isso que a sociedade mágica pensava de nossa mãe. Que ela só merecia aquele pedaço de papel, que ninguém notaria. Eu queria sair de lá, mas estava progredindo e eles não me deixaram. E, além disso, voltar significaria ter que contar tudo, de novo, e eu senti que não estava pronto.

Maia pegou sua mão quase instintivamente, e Draco a apertou quase instantaneamente. — E agora? Agora você está pronto?

— Moro na França há dez anos. Em Nantes, especificamente. É uma cidade onde quase não chegam notícias de Voldemort, então não sou muito conhecido. Eu tentei encontrar um novo significado para tudo, fazer algo de que eu pudesse me orgulhar. Comecei a trabalhar para o Ministério da Magia francês como tradutor nas relações com os países anglo-saxões, e há um ano recebi um cargo permanente no Departamento de Relações Internacionais. — Maia sorriu um pouco para ele, e Draco fez o mesmo. — Moro na França há dez anos. — repetiu ele, mais devagar. — É hora de ir para casa. Se você quiser.

A garota sabia que deveria ser mais cautelosa, que usar o coração na manga não era uma coisa certa, e se ela aprendeu alguma coisa durante todos esses anos de vida foi que as pessoas causavam mais danos quanto mais perto ela se aproximava delas. E foram dez anos, uma década sem ver os olhos do irmão, tão cinzentos quanto os seus, mas não havia tempo suficiente no mundo para fazê-la esquecer que a vida que tinha agora começava com um desejo profundo de lhe dar uma vida melhor. Agora que Draco estava ali, na frente dela, sua mente não conseguia imaginar outra vida sem ele.

— Eu gostaria que você tivesse me contado tudo isso antes. Nós poderíamos ter procurado ajuda juntos.

Maia mordeu a bochecha por dentro ao perceber o quão hipócrita ela estava soando, mas ela estava grata por Draco não comentar sobre isso. — Eu tinha dezoito anos. Eu achava que sabia tudo e que poderia consertar minha própria vida. Eu pensava em tudo, menos em fazer você carregar tudo isso. Eu só queria ficar bem, e encontrei isso longe de Hogwarts, longe da mansão. Mas nunca longe de você, Maia. Lembrei de você todos os dias que passaram, imaginando se algum dia teria coragem de realmente sair pelo mundo e te encontrar, e ser capaz de te contar tudo isso e fazer as pazes por todos os anos que perdi com você.

Os olhos da garota doíam de tanto chorar. Draco tinha lágrimas silenciosas escorrendo por suas bochechas também, mas um pequeno sorriso enfeitou seus lábios, pois a mera imagem de sua irmã, tão bonita como sempre, na frente dele, era o suficiente para saber que tudo ficaria bem. — Ah, Draco. As coisas mudaram muito. Levaria anos para te contar tudo o que aconteceu na minha vida desde que você partiu.

— Eu tenho todo o tempo do mundo. Eu quero te dar todo o tempo que me resta nesta vida, e finalmente poder provar a você que eu serei o irmão que você merece. Eu quero estar lá para você, desta vez sem dúvidas, sem promessas falhadas, sem fugir.

— Nós podemos... Podemos tentar. Pode ser um pouco difícil no começo, mas... Você é meu irmão, Draco. Saber que você esteve errado por tanto tempo e descobrir agora me quebra a se eu sou quem eu sou agora, é porque eu queria que você tivesse uma boa vida no passado. Eu sempre quis que você fosse feliz. Comigo.

O menino passou a mão hesitante sobre os ombros de sua irmã, massageando-os suavemente, e Maia desatou a chorar em seus braços. Draco não perdeu tempo em puxá-la em seus braços, beijando seu cabelo docemente e acariciando sua cabeça. Ele fechou os olhos enquanto descansava a cabeça no ombro de sua irmã, mais lágrimas deslizando por seu rosto, e ele a puxou ainda mais forte em seus braços. Ele estava em casa.

— Isso é tudo que eu preciso, Maia. Ouvir isso já é mais do que eu pensei que merecia, então você não sabe o quão feliz eu estou agora. — Draco fungou e enxugou suas lágrimas, ainda sorrindo. Então ele tirou outra coisa de sua mochila: uma folha do Profeta, e, a julgar pelo jornal, era relativamente novo: — Mas nem tudo são coisas tristes. Eu vi este artigo há quinze dias no jornal, quando eu estava já em Londres. Eu não sabia onde você morava, e honestamente não sabia a quem pedir ajuda. Olha, é você. Eu não sabia que você era professora em Hogwarts agora. Eu sempre te conheci de longe, irmã.

Maia olhou para as imagens em movimento. Era ela nas salas de aula, sorrindo e conversando com os alunos, vestida com seu casaco cinza e com seus longos cabelos loiros soltos. — Mas como você me encontrou?

— Olhe para o nome do autor do artigo. — Draco apontou o dedo para o pé da página. — Foi fácil encontrar Luna Lovegood. Achei que ela ainda estaria escrevendo para o jornal de seu pai, mas desde que Voldemort caiu e houve uma mudança no Ministério e, portanto, no Profeta, ela diz que se sente mais confortável escrevendo para eles.

— Você falou com Luna? — Maia ficou incrivelmente surpresa. E agradavelmente também.

Draco assentiu. — Ela também escreveu algumas páginas atrás - olhe, eu tenho aqui também - que havia uma competição de Nargles, ou algo assim, e que ela estaria participando, então eu fui. Não é difícil encontrá-la. Ela me reconheceu imediatamente, como se os anos não tivessem passado. Ela parecia um pouco relutante em me dar seu endereço, mas ela me fez prometer que não lhe faria nenhum mal. Não fique zangado com ela, não é culpa dela, acho que fui muito insistente.

— Acho que estou mais surpresa que você foi capaz de falar com ela por sua própria vontade.

O menino deu de ombros. — Faz muitos anos desde nossos anos de Hogwarts. Esse Draco Malfoy não existe mais. Eu estou olhando no espelho há meses e estou feliz com o que vejo. E eu quero te mostrar isso, e para você poder vê-lo.

— Draco, eu não acho que você esteja ciente de que eu sempre te vi como você é. É por isso que eu pude arriscar tudo por você. Você sabe... Você sabe alguma coisa sobre os outros?

— Daphne encontrou uma garota em Edimburgo, acho que ela disse que é por isso que ela morava lá. — Maia sorriu largamente para a história de vida da Greengrass. — Eu acho que todos nós precisávamos sair um pouco de Hogwarts para realmente nos encontrarmos. Bem, todos, exceto você.

Maia detectou um pouco de humor nas palavras de seu irmão, então ela revirou os olhos. — Foi uma ocasião que eu não poderia recusar. McGonagall entrou em contato comigo, e eu aceitei o emprego depois de pensar um pouco. De qualquer forma, minha vida é onde Gina estiver. Eu teria ido a qualquer lugar do mundo se ela me pedisse.

— Eu nunca cheguei a te dizer, mas... Estou orgulhoso de você. Que você sempre escolheu seu próprio caminho, que você não teve medo de ser quem você realmente era. Você sempre foi tão corajosa. E isso tudo aqui mostra. — Draco apontou ao redor dele. — Você fez uma vida para si mesma. Estou tão feliz que você conseguiu encontrar calma e paz apesar de tudo que você passou. Eu não me importo com quem, Maia.

Um barulho soou na cozinha, e ambos se levantaram como se fossem ativados por uma mola. — Nada aconteceu! — Gina gritou da sala com o nariz entupido. Como se ela estivesse chorando. Maia sabia que ela os estava espionando, mas decidiu não repreendê-la, caso contrário a loira provavelmente teria feito o mesmo, principalmente para garantir que ninguém a machucasse.

Um choro de bebê começou a soar enquanto Gina limpava o vidro da cozinha. Maia foi até o quarto da menininha, que provavelmente teria se assustado com o som de copos caindo no chão. Draco a seguiu, hesitante, como se soubesse que tinha que ser cauteloso. A imagem o assustou, tanto que ele quase sentiu sua alma cair a seus pés. Maia estava segurando uma pequena criatura, colocando uma chupeta entre seus lábios para impedi-la de chorar, e Draco soltou um suspiro que não sabia que estava segurando.

— É? Eu não sabia, eu não...

Maia e Gina trocaram um olhar molhado, mas cúmplice. Draco viu o jeito que elas se olharam, mas o bebê ainda estava soluçando, então ele percebeu que ela precisava de toda a sua atenção. — Eu acho que isso não fez o Profeta para privacidade. — Maia sorriu, aproximando-se dele. — É nossa filha. Nós estávamos envolvidos na pesquisa do Ministério, e coincidentemente a magia funcionou. Gina deu à luz, mas... Eu acho que se você der uma boa olhada nela você pode ver com quem ela se parece.

Draco olhou para sua irmã, então para o bebê. O bebê retornou seu olhar com curiosidade, e Draco quase podia se ver refletido naqueles grandes olhos cinzas. Inevitavelmente ele sorriu, como se a garotinha o tivesse reconhecido, porque ela parou de chorar quase instantaneamente. — Ela parece gostar de você. Ela nem para de chorar comigo, e eu a alimento. — Ginny comentou.

— Você quer segurá-la?

— Ah, eu... Eu não sei se... E se eu a deixar cair?

— Se você pegar sua vassoura com mais força do que sua sobrinha, eu vou te matar.

Sua sobrinha. Quando a cabecinha dela entrou em contato com o braço dele, com o suéter, parecia um sinal da vida de que tudo ia ficar bem. Draco sorriu novamente, completamente hipnotizado pelo olhar da garotinha. — Olá. — ele sussurrou em voz baixa. Seu dedo tocou a ponta de seu nariz, e os lábios da menina se contraíram. — Eu sou Draco. Eu sou seu tio. Embora eu ache que você já conheceu muitos desses. — Draco comentou com humor, dirigindo-se especificamente a Ginny. — Você é tão pequena. Qual é o nome dela?

— Ela tem cinco meses. Gina teve que desistir do Quadribol para se concentrar em ter uma boa gravidez, mas ela voltou para o time mais forte do que nunca. — Maia admitiu com um sorriso carinhoso. — O nome dela é Amelia. Amelia Narcissa Malfoy. — o mundo de Draco parou instantaneamente, e ele levantou a cabeça com os lábios entreabertos. — Eu a chamo de Cissy desde que a vi. Acho que vou continuar chamando-a de Cissy pelo resto da minha vida.

— Olá, Cissy. — Draco sussurrou. A garotinha parou de chorar, fascinada pela voz baixa do tio. — Você sabe que ela se parece com você, não é? Mamãe costumava ter essa foto em sua mesa de cabeceira quando éramos pequenos, e parece com você quando bebê. É como ver você de novo.

— Todo mundo diz isso. — Ginny interrompeu com um pequeno sorriso. Não a incomodou nem um pouco; na verdade, ela quase o preferia. Maia era uma beleza. — Mas tenho certeza que ela herdou meus genes da Grifinória.

— Ha! Você gostaria. — Maia se gabou. — Eu sabia desde o momento em que a vi que ela seria uma Sonserina. Daqui a onze anos eu vou lembrá-la.

Houve um silêncio, mas nada constrangedor. Draco estava olhando para a garotinha como se ela tivesse colocado as estrelas no céu, com tanta adoração que Maia achou que ele iria babar. — Sabe, eu nunca me vi como um pai. Nunca pensei que seria um bom pai. Sempre pensei que acabaria sendo como os nossos, que acabaria projetando meus problemas e minhas inseguranças no meu hipotético. Eu não queria ser esse tipo de pessoa. Eu não estive com ninguém esse tempo todo. — Draco levantou a cabeça, seus olhos úmidos, mas um grande sorriso no rosto. — Encontrei a calma em mim mesmo e aprendi a ser feliz assim. Não estou procurando por nada, por enquanto. Acho que vou me contentar em ser um tio. — Amelia pegou o dedo grande de Draco entre seus pequenos dedos, que mostrou a língua para ela.

— Eu honestamente pensei que você acabaria casado. Você sabe, com algum sangue-puro. — Maia acenou para si mesma.

Draco balançou a cabeça com o nariz enrugado. — Acho que essa é a imagem que sempre se esperava de mim, por isso a abominava profundamente. Há anos venho aprendendo a fazer o que realmente quero fazer e pretendo manter as coisas assim. Mas enfim, falando em casamentos, quando é o seu?

— Uh, janeiro. — Maia respondeu. — 20 de janeiro. — Gina gentilmente cutucou Maia nas costelas, tirando vantagem da contínua atenção extasiada de Draco ao bebê, e o loiro resmungou com uma carranca. — Er... Bem, eu não lhe disse nada, você sabe. Mas você pode vir... Eu gostaria que você viesse, é claro. Se você ainda estiver na Inglaterra, é claro, sim.

Draco sorriu. — Isso é menos de um mês! Claro, eu adoraria vir. Eu teria que comprar um terno, mas acho que esse é o menor dos meus problemas, sim.

— Bem, se serve de consolo, Harry tem que comprar um também. Ele está tão ocupado com a coisa de Auror que mal tem tempo de encontrar um. — Ginny comentou, juntando-se à conversa novamente.

— Potter? — Draco perguntou, surpreso. — Pode ser um pouco difícil, mas... Se ele for seu amigo, com certeza. Claro, eu vou.

— Você tem algum lugar para ficar até então?

Draco estava surpreso que Ginny o estivesse tratando com tanta naturalidade. — Ah, sim, sim. Estou em um hotel agora, mas amanhã eu estava planejando ir para a mansão. Eu pretendia reformar um pouco, dar um pouco de vida, você sabe. Toda a vida que foi perdido no momento em que nós quatro o deixamos. Eu gostaria de trazer de volta o pouco que resta de nós. Dê um toque mais de mim, sabe? Eu gostaria que você viesse comigo, se você sentir vontade isso, é claro.

— Claro. — Maia assentiu com um pequeno sorriso. — Deve estar uma bagunça, mas assim posso aproveitar para pegar algumas coisas que deixei lá quando mamãe morreu. Não ousei voltar desde então.

Draco acenou de volta, devolvendo o pequeno bebê nos braços de Ginny. De repente, ele balançou a cabeça, uma careta no rosto. — Ouça, isso pode parecer loucura para você, mas... Bem, quando você se casa... Eles levam você até o altar, você sabe. Minha mãe não podia fazer isso comigo, e meu pai não podia fazer isso comigo. você... E bem, imagino que Arthur será o único a andar com você. Seria muito louco se eu o acompanhasse?

Maia congelou, abrindo a boca várias vezes e fechando porque nada coerente estava saindo dela. — Bem, Harry seria aquele que...

Harry não vai se importar. — Ginny interrompeu com um sorriso sincero. — Além disso, eles já ensaiaram, e Maia de salto já é quase mais alta que ele. Tenho certeza que com você ao lado dela ela vai ficar melhor para as fotos.

Draco soltou uma risada nervosa enquanto esfregava o pescoço.

De repente Maia o abraçou novamente. Gina tentou não invadir o momento de privacidade entre os dois irmãos, mas seu lábio inferior tremeu, as lágrimas ameaçando derramar, e ela segurou a filha com um pouco mais de amor, como se lembrando a si mesma que ela nunca seria separada dela.

— Eu adoraria que você fizesse isso. — Maia murmurou contra seu ombro, emocionada. Ela se afastou dele, enxugando as lágrimas. — Você vai ficar conosco para o Ano Novo, não vai?

— Ah, bem, eu não sei - eu não quero interromper nada. Eu estava planejando gastá-lo trabalhando, realmente, e tenho certeza que você já tem planos.

— Não seja bobo. — Gina balançou a cabeça. — Vamos passar com minha família, mas você está mais do que convidado. Haverá muita comida e bebida. Na verdade, vou avisá-los agora para evitar que você mude de ideia. — Gina deixou um beijo na bochecha de Maia e partiu para o apartamento novamente, depois de largar a garotinha no berço.

— Você pode dizer que ela é uma Weasley. — Draco comentou, e Maia não detectou malícia em sua voz.

— Ah, sim, ela pode ser muito insistente. E ela sempre acaba conseguindo o que quer.

— Bem, ela quer você. Isso é certo. E ela te faz feliz. Então eu estou feliz que ela sempre consegue o que ela quer. — Draco entrelaçou seus dedos com os de sua irmã, dando-lhe um sorriso brilhante. — Feliz Natal atrasado, Maia.

— Feliz Natal, Draco.




FIM

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