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𓏲  . METANOIA . .៹♡
CAPÍTULO TRINTA E QUATRO
─── A ESCOLHA CERTA É O AMOR

TRÊS ANOS DEPOIS

NARCISSA MALFOY FALECEU no aniversário de 20 anos de Gina Weasley. A notícia havia se espalhado rapidamente no mundo bruxo, mas Maia já sabia da doença que atormentava sua mãe desde o fim da guerra bruxa que havia ocorrido há pouco mais de três anos.

A princípio, a jovem Malfoy não tinha entendido a razão da origem da doença de sua mãe recém- redimida. Narcissa sempre foi saudável, tomando seu chá todas as manhãs e todas as tardes e tentando evitar a fumaça dos cigarros que seu marido e outros amigos próximos fumavam sempre que se reuniam. Ela gostava de passear no jardim de manhã cedo e pedia aos elfos os pratos que se adequassem à sua dieta o máximo possível.

No entanto, à medida que Maia crescia e amadurecia, consolidando aos poucos o trauma que aquela guerra lhe causara, ela entendia tudo. Narcissa ficou com ela até o fim, até mesmo desafiando seu marido e tudo para ir contra ele. Quando Voldemort caiu para Harry Potter, Lucius Malfoy escapou, não se importando com o destino de seus filhos ou de sua esposa; ele simplesmente desapareceu dos terrenos de Hogwarts e ninguém mais ouviu falar dele. Draco, por outro lado, decidiu emigrar para a França. Lá ninguém sabia seu sobrenome, lá ele poderia ser uma nova pessoa de uma vez por todas, e embora o fizesse com um pouco mais de cuidado que seu pai, Narcissa se sentiu, mais uma vez, profundamente sozinha e abandonada.

Mas como Narcissa fez com ela, Maia ficou com a mãe até o fim. Tinham compartilhado longas tardes juntas, acompanhadas de conversas que pareciam não ter fim, mas que fortaleciam o vínculo que unia mãe e filha. Claro, a jovem Malfoy não tinha esquecido da noite para o dia todo o dano e trauma causado por seus pais, mas ela aprendeu a perdoar pacientemente sua mãe, que a partir de agora era a mãe que ela sempre quis ser, mas nunca poderia ser.

Narcissa morreu de dor e tristeza, de solidão e abandono, não tolerando o vazio que aquela vida infernal havia deixado em seu coração. Não havia mais ninguém ao seu redor, nenhuma daquelas pessoas que uma vez viveram com ela em qualquer circunstância. Ela mesma havia tirado a vida de sua própria irmã Bellatrix em um pensamento fugaz de que ela havia assassinado sua única filha. Ela mal se lembrava dos rostos de seus pais, que haviam morrido há muito tempo, mas de quem, ela pensou, deixara orgulhosos. Ela nunca retomou o relacionamento rompido com Andrômeda, embora pensasse em fazê-lo. Ela tinha ouvido que seu marido e sua filha haviam sido assassinados, e nada a teria trazido de volta à vida tanto que ela teve que ver sua irmã mesmo pela última vez.

Maia estava vestida inteiramente de preto, com um vestido e sapatos que havia sido presenteado por sua mãe recentemente falecida. Ela se olhou no espelho algumas vezes antes de sair de casa, perguntando-se se usar essas roupas era apropriado. Quando ela chegou ao velório de sua mãe, uma dor profunda tomou conta de seu coração: ela estava sozinha.

— É uma pena, mãe. Você estava lá para todos, e então todos falham com você. Nós dois sabíamos que você não era perfeita, mas você se saiu tão bem quanto pôde no ambiente que foi escolhido para nós. Você mereceu redenção depois o que você fez por mim, por nós, e você conseguiu. Você me conhecia bem, mesmo quando eu era criança. Você sabia que eu não pertencia àquele lugar e me apoiou mesmo quando eu achava que não havia uma maneira curiosa de demonstrar amor, e acho que fui eu que consegui isso depois de você. Já se passaram três anos sendo quem realmente somos, e espero que você saiba - onde quer que esteja - que foi o melhor. Nós duas cometemos erros, mas o que importa é que tentamos corrigi-los e aprendemos a tomar novas decisões. Você ficou comigo até o meu fim, assim como eu fiquei com você. Tenho apenas 21 anos e ainda tenho muito a aprender, mas espero poder deixá-la orgulhosa a partir de agora, mãe.

Maia não derramou nenhuma lágrima. Ela pensou que em todos aqueles momentos com sua mãe, os momentos da verdade, ela já havia derramado muitos. Como quando ela confessou que seu coração agora pertencia a mais nova dos Weasleys, ou quando ela trouxe Teddy para a Mansão e o apresentou como afilhado - ele parecia muito com Tonks, e Maia pensou que sua mãe poderia ter reconhecido o rosto de Teddy, poderia vi a irmã Andrômeda no rosto da criança - ou como quando ela confessou tudo o que viveu naqueles momentos em 2 de maio de 1998, quando uma parte de sua existência chegou ao fim e parecia ter nascido de novo.

A jovem ouviu ruídos atrás dela e pequenos passos, mas não desviou o olhar da fotografia magistral de sua mãe até que alguém puxou seu vestido. — Tia Maia? — Teddy estava olhando para ela com aqueles enormes olhos cor de mel. Maia sacudiu seu cabelo castanho e o pegou no colo. — O que você está fazendo?

Maia tirou os óculos escuros e os deixou no cabelo. — Estou dizendo adeus, querido. — ela deu um beijo na bochecha dele, tentando transmitir que, apesar de quebrar o silêncio, ela não estava com raiva. Então ele apontou para o retrato prostrado no púlpito. — Você vê a foto? Ela era minha mãe. Ela estava doente, não estava se sentindo bem, e agora ela está descansando.

Os olhos curiosos de Teddy cruzaram a sala para a fotografia de sua tia-avó. Seu cabelo loiro estava penteado para um lado, o brilho travesso e gentil em seus olhos azuis acompanhando um pequeno sorriso em seus lábios. — Ela é bonita. Você parece ela.

Maia sorriu maliciosamente para as tentativas de seu afilhado de falar corretamente. — Eu? Isso significa que eu sou bonita também?

— É claro! — Teddy gaguejou, se debatendo nos braços de Maia. Seu coração inchou ao ver o menino, que de repente parou de se mover. — Minha mamãe também está descansando?

— Ela está. — assentiu Maia, acenando com o menino em seus braços na esperança de mantê-lo feliz. — Ela era corajosa e leal, e a esperança da família. Assim como você. Mas você não tem nada com que se preocupar, você tem a mim.

— Você me tem. — o garotinho repetiu, quase sem saber o que isso significava.

O coração de Maia disparou novamente, e parecia que seus olhos iam ficar molhados dessa vez. — Parece que você vai ser o único a cuidar de mim agora, não é?

— Mas eu não sei! — Teddy exclamou, jogando os braços no ar e encolhendo os ombros.

— Eu cuido de você e você cuida de mim. Combinado? — a loira estendeu a mão para o menino pegar.

— Sim! — e Teddy apertou a mão dela o mais forte que pôde.

Maia puxou o afilhado de seus braços quando ouviu alguém fungando na porta.

Gina Weasley se sentiu especialmente mal com a morte de sua sogra. Era seu aniversário e havia uma grande festa na nova Toca, para a qual, claro, a família e os amigos foram convidados. Ginny sabia que Maia não era muito sociável, mas mesmo assim a loira aceitou o convite de Molly e Arthur porque era aniversário de sua namorada e ela sabia que ficaria especialmente animada se todos juntos aproveitassem seu aniversário - não é seu aniversário de 20 anos todo ano.

Mas é claro que Maia havia concordado em ir sem saber que sua mãe ia morrer na mesma manhã em que, 20 anos atrás, Gina havia nascido. Teddy ia com ela para todos os lugares - literalmente, onde quer que Maia fosse, ela era perseguida pelo pequeno Lupin - mas enquanto Maia decidiu se despedir de sua mãe sozinha, Gina aceitou a tarefa de cuidar do pequeno.

Teddy estava mais do que acostumado a ver a ruiva - afinal, ela e Maia passavam muito tempo juntas - mas diante da demora da madrinha ele largou os braços de tia Ginny e penetrou no silêncio do adeus que Maia tanto ansiava.

Parecia a Ginny que aquele dia estava amaldiçoado e que, aconteça o que acontecer, nada de bom iria acontecer.

— Olha, Teddy. Tia Ginny é um pouco intrometida, não é?

— Curiosa! — Teddy apontou para a ruiva, que estava enxugando as lágrimas.

— Desculpe, Maia. Ele só queria chegar até você e eu não consegui... — Gina começou a soluçar novamente. — Eu sinto muito. Eu não posso imaginar o que você está sentindo agora.

Maia deu-lhe um breve olhar, seus olhos cinza tão impassíveis quanto no primeiro dia. Gina não sabia se ficava com raiva de Maia por não sentir ou se a admirava pela grande habilidade que teria para esconder aquela imensa dor. A Sonserina tinha acabado de ser deixada sozinha naquele mundo e a primeira coisa que ela fez foi confortar a Grifinória; com esse pensamento na cabeça, Ginny abraçou Maia.

— Está tudo bem, Gin. Ela está bem agora, cuidando de mim. Acho que ela gostou de você, sabe? Começou a te ver como uma pessoa, mas não como uma traidora ou uma grifinória. Ela sabia o quão teimosa eu sou e você me colocou em lugar sempre que você tinha que ver. Vi o quão feliz você me faz. Isso é tudo que ela sempre quis.

Ginny a beijou com todo o amor que ela podia derramar em um beijo. — Ela te amava tanto, tanto. Eu prometo.

Maia sorriu para a ruiva, que retribuiu em meio às lágrimas. A Malfoy pegou Teddy novamente, ganhando um gritinho entusiasmado do garotinho, e colocou a mão livre em volta da cintura de Gina. — Vamos para casa, sim? Eu tenho que trocar de roupa e temos uma festa para ir.

A ruiva balançou a cabeça furiosamente. — Não há necessidade de irmos. Podemos ter algo nosso, algo pequeno, adiar esta celebração para outro dia...

— Absurdo. — interferiu Maia. O rosto de Ginny ainda estava triste como sempre. — Ouça-me, Gina. Isso não é culpa sua, ok? Não há nada que você tenha que se desculpar. Nós estamos indo para a Toca, sua família vai ver Teddy - olhe para ele, todo crescido - e você fica para se divertir e limpar sua mente. Não estou estragando seu aniversário, estarei ao seu lado.

— Eu quero que você tenha o seu tempo, Maia. Depois de tudo o que aconteceu.

— Exatamente por isso que eu quero ir. Com tudo o que aconteceu eu aprendi que preciso dar mais valor a quem ainda está comigo. E eu sei que não sou quem seus pais queriam que você ficasse, mas eles te amam, e eu te amo, então eu vou. Terei tempo para sofrer pelo resto da minha vida, mas não sei quanto tempo me resta com você. — Maia aproveitou a luz vermelha do semáforo para entrelaçar os dedos com os de Ginny. — Posso prometer que ficarei triste amanhã se é isso que você quer que eu faça. Mas, como hoje, vamos tentar nos divertir. Eu sei que minha mãe gostaria que eu me sentisse assim, e eu consegui que você me ajudasse, não é?

Teddy assistiu à cena do banco de trás, sem entender toda a conversa, mas sabendo quando agir. — Presente. — o garoto sussurrou com um sorriso malicioso.

— Oh, obrigada, pequeno. — Maia piscou no espelho para o menino de três anos, que riu. — Teddy está certo: você nem viu meu presente. Bem, nosso presente. Ele me ajudou a escolher.

Gina olhou boquiaberta para o banco de trás e Teddy cobriu a boca para não derramar nada, como tia Maia havia ensinado a ele. — Ei! Você não precisava.

— Feliz aniversário, Gina!

Depois disso, na Toca, foram só risadas, gritos e aplausos. Teddy entrou na confusão sem saber muito bem o que estava acontecendo, mas assim que viu balões, guirlandas e um bolo enorme na mesa principal, ele começou a chutar para que Maia soltasse sua mão para que ele pudesse navegar pelo quarto.

Maia engolia em seco sempre que um parente ou amigo da família se aproximava de Ginny para parabenizá-la ou dizer o quanto ela havia crescido desde a última vez que a viram. A Malfoy pensou no quanto um cigarro no bolso a atraía, mas teve que engolir a ansiedade que isso lhe causava estar ali cercada por tantas pessoas que mal conhecia. Para Gina.

Porque de agora em diante ela estaria sozinha neste mundo, mas sozinha com Gina e Teddy, e ela tinha que se esforçar para ser uma boa pessoa; uma boa companheira e uma boa madrinha. Era a única coisa que daria sentido à sua vida a partir daquele momento. Ela não precisava mais se preocupar em ser uma boa filha, pois sua mãe se foi e ela tinha a consciência tranquila de que havia feito tudo o que lhe seria pedido, ainda mais.

Ainda assim, ela não conseguia evitar aqueles pensamentos intrusivos que lhe vinham de vez em quando, repreendendo o quão pouco se sentia culpada pelos últimos dias de sua mãe, ou se culpando por querer virar a página tão rapidamente. A verdade era que Maia havia presumido que sua mãe não duraria muito mais e estava se acostumando com a ideia há meses, mas Narcissa havia sido mais forte do que qualquer um esperaria e morreu naquela mesma manhã, sua mão fria entrelaçada com o calor de sua filha, que olhou nos olhos da morte que acabou levando sua mãe embora há pouco mais de três anos.

Ela não podia deixar de pensar em Lucius ou Draco, este último mais do que seu pai. Ela se perguntou se ele sabia que sua mãe havia falecido, se ele sabia que ela havia adoecido. Ela não o via há muito tempo, não tinha notícias dele. Se havia algo que a entristecia mais do que a morte iminente de Narcissa, era a separação que existia entre os quatro membros do clã Malfoy. Destinados à grandeza, os gêmeos Malfoy ficaram com o coração partido por causa um do outro.

Maia tomou um gole de uísque novamente quando sentiu uma presença atrás dela. Ela se encolheu quando Fleur a pegou de surpresa e colocou a mão em seu ombro. — Eu ouvi a notícia. — seu sotaque havia melhorado muito, não havia dúvida. Maia sorriu desconfortavelmente. — Eu sinto muito, Maia. Se você precisar de alguma coisa, por favor me avise.

— Obrigada, Fleur. — ela ergueu o copo em gratidão e bebeu novamente.

— Como você está indo?

— O pior ainda está por vir. É aniversário de Gina e eu não quero estragar tudo. Mas... Sim. Acho que vou me sentir mais triste com o passar do tempo, mas acontece com todo mundo, não é? — Fleur assentiu e olhou para ela com algo que Maia não conseguia decifrar, mas era bom que não fosse pena. — Vic se parece tanto com você. Ela vai ser tão bonita quanto sua mãe.

Fleur riu levemente. — Ela é um anjo, o melhor bebê com quem já lidei. Teddy já despertou seus instintos maternos?

Maia lutou para não cuspir o conteúdo de sua boca de volta no copo. Fleur riu abertamente desta vez, chamando a atenção de alguns dos convidados. — Merlin, Fleur. Eu tive que criar Teddy desde que eu tinha dezoito anos, e eu tenho vinte e um agora. Eu posso garantir que eu já tive o suficiente deles.

— Tudo bem por aqui? — ima voz feminina os interrompeu.

A sonserina se virou para ver Molly Weasley examinando a cena, seus olhos viajando de Fleur para Maia. — Tudo bem, Molly. — respondeu Fleur.

— Se importa se eu roubar Maia por um momento, querida? Acho que Teddy queria ver a bebê Victoire.

— Toda sua. — a veela piscou para Maia no momento em que Molly não estava olhando para ela.

A matriarca Weasley conduziu a jovem Malfoy pela multidão, sendo capaz de sentir os nervos da loira ao entrar em contato com tanta gente. Finalmente, ela decidiu que seria melhor ir para um lugar onde ninguém pudesse sussurrar e escutar a conversa. No entanto, nenhuma delas notou o olhar atento que a Weasley mais jovem estava dando a eles.

— Ginny me contou sobre sua mãe. Sinto muito por sua perda, querida. Eu sei que não éramos exatamente conhecidas, mas nenhuma criança deveria ficar sem sua mãe tão jovem. Eu queria falar com você em particular porque há coisas que eu notei e queria falar com você sobre eles. Eu sei que você cuida de Teddy desde os dezoito anos - uma criança, pelo amor de Deus - com a ajuda de Andrômeda e Harry. Ele é um menino doce e carinhoso. Ele está crescendo para ser como seus pais, e isso é graças a você. Tonks confidenciou a você esta tarefa, talvez você fosse muito jovem, mas você está sendo totalmente capaz de fazê-lo. — Molly ofereceu-lhe uma bebida, mas ela recusou educadamente como já havia bebido antes. — Ginny passa muito tempo com você e Teddy em sua casa.

— A magia me causou muitos problemas, Sra. Weasley. Eu quero que Teddy cresça em um ambiente saudável, não um onde as pessoas olhem para ele pensando que ele é filho de dois membros falecidos da Ordem. Eu também quero que ele aprenda que os trouxas podem ser como nós.

— Ele pode mostrar sinais de magia.

— Eu sei, é por isso que eu tento explicar as coisas para ele de uma forma que ele possa entender. Ele sabe que irá para Hogwarts quando crescer, e ele me observa, curioso, quando eu uso minha varinha. Além disso, Harry também vem com frequência. Ele também é seu afilhado e cuida dele.

— Ele cuida? — perguntou Molly retoricamente. — Eu pensei que ele estava muito ocupado esses dias, você sabe, treinando para a coisa de Auror.

Maia olhou para trás quando ouviu a voz de Harry. Ele usava uma camisa branca e calça preta, elegante, e o cabelo mais domado que Maia já tinha visto no Grifinório. Teddy estava prostrado sobre as pernas, e toda vez que Harry o aproximava do chão, o garotinho caía na gargalhada.

Maia sorriu um pouco. — Ele é uma ótima companhia para Teddy. Poderíamos ter brigas nos tempos de Hogwarts, mas ele quer o melhor para Teddy, e isso faz dele um bom padrinho.

Molly olhou para a loira pensativa. — Eu poderia estar errada sobre você o tempo todo.

— Por que?

— Às vezes o passado não nos deixa viver o nosso presente. Às vezes ele te condena e te arruína por dentro. Eu costumava pensar que todo mundo tinha uma escolha, mas você, querida... Eu me lembro da primeira vez que Gina nos contou sobre você. Você também mandou uma carta, eu ainda me lembro. Merlin, nós pensamos que ela tinha enlouquecido, conversando com uma Malfoy, não é? Mas você cuidou dela, mesmo quando achávamos que o melhor para Gina era ficar longe de você. Você viu a luz em minha filha, você a valorizou e a protegeu. E trabalhando com Harry e Dumbledore para derrubar Voldemort. Eu vi você olhar para seu irmão, para sua mãe. Sua mãe morreu, e você ainda tinha força suficiente em seu corpo para vir aqui apenas para fazer minha filha feliz. Porque eu vi o jeito que você olha para ela, e para o pequeno Teddy. Seu amor é poderoso, você salvou muitas vidas aqui. Você usava revolução e rebelião em seus olhos e não sabíamos o fogo que queimava dentro de você: o amor.

Maia abriu a boca, mas nenhum som saiu dela. — Eu... Eu não sei o que dizer, Sra. Weasley.

— Ginny e eu conversamos muito - você sabe, ela pode ter vinte anos, mas ela ainda é minha garotinha - e eu a vejo feliz. Ela me diz como gostaria de poder ajudá-la mais com Teddy, como seus olhos brilham toda vez que ele liga sua tia Ginny. Ela irradia felicidade, e fogo, e amor puro e genuíno. Eu quero isso para minha filha. Depois de tudo que ela passou, você dá a ela a paz que ela merece. Então eu rezo para que seja você e ninguém mais que fique com ela, querida. — os olhos de Molly pareceram lacrimejarem, e embora Maia tivesse se emocionada com o gesto de Molly, ela sabia que não chorava por nada. — Os meninos já te amam - Ron e George literalmente falam sobre visitar você e Teddy sem parar - mas achei que seria bom se os pais lhe dissessem isso. Por favor, saiba que você pode contar conosco durante esses tempos difíceis. Você é família.

A matriarca Weasley não conhecia profundamente o caráter d- Malfoy, mas ela sabia o quão pouco ela estava acostumada ao contato físico, então ela simplesmente pegou sua mão e apertou calorosamente. Maia lhe deu um pequeno sorriso, desta vez mais real do que antes, que foi paralisado quando uma pequena força colidiu com sua perna.

— Ajuda! — o garotinho gritou. Ele se escondeu atrás das pernas de Maia, que olhou em volta procurando a fonte do medo de Teddy. — Dragão.

Charlie saiu da barraca que eles montaram para o aniversário de Ginny com algo nas mãos. Molly lançou-lhe um olhar fulminante quando viu o pequeno dragão nas mãos de seu filho, brilhando timidamente, o que provavelmente teria causado medo em Teddy. — Charles Weasley! O que eu te disse sobre mostrar a Teddy essas... Coisas?!

— Mas ele insistiu!

— Ele tem três anos!

Maia pegou Teddy nos braços, um pouco mais calma. — Não há nada a temer, pequeno. Charlie trabalha com eles, eles nunca fariam mal a você. Nós os vimos em filmes, não é?

— Mas fogo...

— Está tudo bem. Você pode até montar um, quando for mais velho. Tio Harry já viu um cara a cara, certo, Potter? — Maia riu quando Harry rosnou. — Mas só se você for corajoso o suficiente.

— Eu sou corajoso, tia Maia.

— Claro que sim. Você ficaria mais feliz se dermos alguns presentes de aniversário para a tia Ginny?

Todos ao seu redor comemoraram a ideia da jovem Malfoy para agradar Teddy, que aplaudiu. Assim, todos os familiares e amigos mais próximos se reuniram dentro da tenda. Os olhos de Teddy se arregalaram quando ele viu a pilha de presentes para a jovem Weasley e teve que ouvir uma breve repreensão de Maia para não sair de seus braços e correr para abrir cada um dos pacotes.

A tarde passou assim. Gina tinha recebido vários itens de brincadeira da loja de George, onde Ron frequentemente ajudava por causa do grande fluxo de pessoas que vinham de todos os lugares para comprar alguma coisa. George tentou explicar em palavras fáceis o que era cada coisa para que Teddy pudesse entender - era óbvio que o ruivo estava tentando incutir suas tradições no pequeno Lupin. Charlie trouxera várias coisas da Romênia, principalmente sobre dragões - Arthur era o que mais se interessava por esses acessórios. Ron, Harry e Hermione tinham levantado dinheiro para que pudessem comprar roupas de Gina e itens de Quadribol, especialmente itens de colecionador que não encontrariam em nenhum outro lugar.

O último presente foi especialmente ótimo. Estava perfeitamente embrulhado, ainda veio com um laço dourado que chamou a atenção de Teddy. O garotinho foi até Ginny e pegou sua mão, pronto para arrastá-la em direção ao presente. — Nosso. — o menino meditou.

— Você deixaria a tia Ginny abrir, diabinho? — Maia o pegou do chão e o colocou nos ombros, sabendo que o menino estava ansioso demais para que a ruiva descobrisse qual era o presente deles. As pernas curtas de Teddy batiam em seu peito. — Feliz aniversário, Gina.

Ginny desfez todo o papel que estava em volta da caixa, e quando a abriu, ela engasgou. Ela estava segurando a nova Firebolt, o modelo mais recente do mercado. Todos os participantes se aglomeraram ao redor da ruiva, querendo dar uma olhada na vassoura. — Oh meu Deus. Você não precisava. Isso deve ter lhe custado uma fortuna!

— Não seja boba, Gina. Hoje é seu dia especial e eu queria comprar uma para você, você nem tem carteira de motorista. — explicou Maia, e todos riram. — Você gosta disso?

— Eu gosto disso? Eu amo isso! — Gina correu para abraçar Maia, que riu de sua perda de equilíbrio com a força da ruiva. Gina depositou beijos curtos e rápidos em todo o espaço que conseguiu cobrir no rosto de Malfoy, que, aos olhos de todos, parecia mais feliz naqueles breves segundos do que em toda a noite.

Teddy se abaixou, ainda nos ombros da loira, para pegar a cabeça de Gina e dar um beijo. Ginny fez beicinho com carinho ao gesto de Teddy. — Nada pra mim? — Maia comentou, divertida. Teddy bateu as palmas das mãos nas bochechas da Malfoy, que grunhiu, o que pareceu ao garoto a coisa mais engraçada do mundo. — Maldito garoto. — ela meditou enquanto colocava Teddy no chão, que rapidamente escapou, rindo.

— Vamos todos! A pista de dança está esperando por vocês! — uma voz gritou, e todos eles correram para frente com seus melhores movimentos.

Maia, por outro lado, preferia ficar em uma das mesas, alheia a tudo, observando como os olhos de Ginny se estreitavam cada vez que ela ria.

— Coisa estranha, o amor. — Harry falou atrás dela, ciente do jeito que Maia olhava para a jovem Weasley. — Você morreu por amor, viveu novamente por amor, curando-se graças a ele.

— Você me diz. — respondeu Maia. — Tonks estava certo.

— Sobre o que?

— Morrer. — respondeu a loira. — Não dói. O que dói mais é o que você pode deixar para trás. Eu com certeza não estava pronto para deixar isso para trás.

— É por isso que você voltou? — Harry perguntou, sentando-se ao lado dela.

— Quando Voldemort me matou, minha mente e minha alma vagaram... Em algum lugar. Dumbledore estava lá. Ele disse que eu poderia ficar lá ou voltar. Perguntei por que eu tinha a opção quando os outros não conseguiam decidir. A vida não terminaria ali, naquela noite. Eu tinha negócios aqui. Ainda tenho. — ela sorriu ansiosamente, observando como Ginny movia Teddy, dando uma gargalhada.

— Foi a horcrux dentro de nós que nos deixou realmente viver. Não é irônico?

— Irônico mesmo, Harry.

O menino sorriu. — Você me chamou de Harry.

Maia olhou para ele enigmaticamente. — É surpreendente para mim que você ainda não saiba que eu gosto de você. Você é um bom rapaz, Harry. Um pouco imprudente, mas ainda assim.

O Potter riu. — É surpreendente que eu possa dizer a mesma coisa sobre você. Talvez não fôssemos tão diferentes quanto pensávamos que éramos. — o garoto de olhos verdes tomou um gole de sua bebida. — Como estão as coisas em Hogwarts?

— É como eu me lembro. Eu gostaria de poder voltar no tempo e viver novamente meus anos de Hogwarts. Às vezes eu sinto muita falta. As crianças não sabem o que estão perdendo. Tenho certeza que McGonagall sente falta de vocês três, sempre causando problema. — a sonserina e o grifinório compartilharam uma risada. — Ela ainda está guardando o lugar para você, sabe. No caso de você mudar de ideia.

— Talvez em alguns anos.

— Não dói mais, certo? Sua cicatriz.

Harry tocou sua testa e balançou a cabeça. — Não. A sua?

— Nem um pouco. Talvez tudo esteja bem, finalmente.

— O que está bem? — uma voz entrou na conversa, e Harry pigarreou e se levantou da cadeira.

Ginny assistiu a cena com uma sobrancelha erguida em diversão. Ela deu uma breve olhada no lugar que o menino havia deixado, e preferiu sentar no colo da namorada de qualquer maneira. — Você acabou de interromper uma conversa, m'lady.

— Oh, eu tenho? O que é tão interessante sobre Harry? Talvez eu devesse ir...

Maia apertou a cintura de Gina e sussurrou. — Fique.

Elas ficaram em silêncio por um tempo - o mais quieto possível - curtindo a companhia uma da outra, a cabeça de Ginny apoiada no cabelo loiro de Maia, e o cabelo loiro de Maia descansando no peito da Weasley. — Eu vi você mais cedo com minha mãe. Tudo bem?

— Quando eu digo que você é intrometida, eu quero dizer isso. — Ginny riu contra o cabelo da namorada. — Tudo bem. Aprecie ela agora enquanto você ainda pode, Gin. Ela realmente te ama. Ela está bem com sua pequena e preciosa filha namorando uma Malfoy, então ela deve realmente te amar.

— Você é a melhor coisa que já me aconteceu. — Gina olhou para ela diretamente nos olhos. — Mesmo quando acordamos de madrugada devido a pesadelos, quando vemos os rostos e gritamos os nomes daqueles que perdemos, eu olho para você e sou muito grata por ser você que está ao meu lado e que acalma meu coração do jeito que você faz.

— Eu te amo. — a loira murmurou contra os lábios da ruiva. — Eu vou aceitar o trabalho.

— Você vai? — quase gritou Gina. — Isso é ótimo!

— Mas não serei professora imediatamente. Meu primeiro ano será apenas prática. McGonagall diz que será bom ter um rosto jovem e revigorante por lá. — sorriu Maia. — Ela entendeu minha situação com Teddy e diz que não é necessário que eu fique as noites e os fins de semana no castelo. Então, assim que eu terminar minhas aulas, estarei em casa.

— Acho uma ótima ideia, Maia. Você vai adorar.

— Ser professora de DADA? Eu não sei. Voltar para Hogwarts? Tenho certeza disso. — ambas as meninas riram.

Gina colocou a mão na bochecha de Maia e a beijou profundamente. Ficaram assim por um curto período de tempo, curtindo a si mesmas e a tranquilidade que davam uma a outra. Gina olhou para Maia. — Você parece cansada.

— Eu estou.

— E triste.

Maia abriu os olhos e suspirou. — Eles todos se foram. Você não sabe quantas vezes eu desejei, quando tinha dezesseis anos, poder simplesmente fugir e deixá-los para trás. E agora eu tenho minha própria vida, não posso deixar de me perguntar o que aconteceria se eles estavam aqui.

— Não se preocupe com isso, amor. As coisas vão mudar, o tempo vai passar. Você vai se curar de tudo. Você vai dar a Teddy tudo o que você queria. E você não está sozinha, você tem todos nós.

— Eu sei. Obrigada por ser uma família. — Maia beijou sua bochecha e trouxe a garota para si. — Mas ei, eu tenho outra surpresa para você. Bem, não é realmente uma surpresa, já que você tem que fazer todo o trabalho e eu vou ficar apenas observando você.

Gina franziu as sobrancelhas, um sorriso ainda puxando seus lábios. — O que é isso?

— Nós vamos para os testes das Harpias de Holyhead. — Maia sussurrou, seus lábios perto do rosto de Gina, que arregalou os olhos. — Não me olhe assim.

— Mas elas são tão boas! Não tenho chance de entrar no time.

— Você diz isso todo ano. Você é boa, Gin. E agora você tem a vassoura com você. O que você tem a perder?

— E se elas disserem não?

— Então é a perda delas. Mas realmente, você sabe o quão boa você é. Todos nós sabemos, confie um pouco mais em si mesma e eu prometo que você não vai se arrepender. Você apenas tem que seguir em frente e acertar. Estarei nas arquibancadas torcendo por você. Vamos, Gin, vamos fazer isso. Já estamos orgulhosos de você, mas pense como seria legal Teddy ter uma tia que joga Quadribol no melhor time feminino e uma madrinha ensinando em Hogwarts?

Maia olhou para ela atentamente. Gina fez beicinho novamente. — Está bem, está bem! — e a loira a girou. — Coloque-me no chão! Estou ficando tonta com todo o uísque de fogo que bebi. — Gina suspirou e jogou os braços em volta do pescoço de Maia. — Teddy já deve estar cansado. Você deveria estar em casa com o bebê.

— Oh, quão boa namorada eu sou? — Maia sussurrou no ouvido de seu amante. — Harry concordou em cuidar de Teddy esta noite, e você vem comigo. Então, acho que somos só nós duas.

Gina tinha um sorriso malicioso no rosto. — Boa namorada? Você é impertinente.

— Ah, eu posso ser. — Maia apertou os quadris de Gina e olhou para ela com profundo carinho. — Está ficando tarde, não é?

A ruiva sorriu e bufou, pegando o jogo da Malfoy. — Definitivamente é. Deixe-me dizer adeus e então eu sou todo sua.

Maia gradualmente soltou sua mão, não querendo se separar da jovem Grifinória por mais um segundo. Ela mordeu o lábio quando viu Gina se virar para ela e lhe enviar um sorriso de paquera. Maia havia notado o estado embriagado da mais nova, embora fosse verdade que Gina costumava ser astuta e provocadora, sabendo do poder que ela tinha sobre a sonserina.

Uma sensação estranha tomou conta de seu corpo completamente. Ela não sabia se era devido ao álcool que ela havia ingerido, ou talvez os sentimentos confusos em seu peito, ou simplesmente porque Gina era incrivelmente atraente, mas ela se viu encarando a ruiva. Ela a via se movendo de um lugar para outro, com aquele sorriso brilhante no rosto, compartilhando momentos com seus parentes e convidados, agradecendo pelos presentes e pela companhia, talvez contando uma anedota estranha para facilitar a conversa e ser educada.

— Você está ferrada. — Hermione Granger riu atrás dela, cobrindo a boca com a mão. — Eu vejo o jeito que você olha para ela.

— Ela tem alguma coisa. — Maia começou. — Ela é cativante, você não pode simplesmente tirar os olhos dela. Ela é completamente sedutora.

— O amor funciona de maneiras misteriosas. Quem diria que uma Malfoy poderia amar uma Weasley desse jeito?

Maia nem estava olhando para Hermione, que entendeu. A loira parecia completamente apaixonada pela ruiva. — Estou ferrado. E totalmente apaixonado por ela.

— O casamento já passou pela sua cabeça? — a grifinória perguntou, muito curioso.

A sonserina se virou para ela, uma careta no rosto. — Você acabou de arruinar o momento, Granger. Ainda somos crianças, mas acredite, essa garota vai se casar comigo. Talvez não hoje, ou amanhã, mas um dia ela será a primeira e última coisa que eu vejo todos os dias.

— Estou muito feliz por vocês duas. Eu nunca imaginei que isso aconteceria, mas a verdade é que vocês são boas uma para a outra. Você sabe como mantê-la no chão e ela traz o melhor de você. — Hermione se interrompeu quando viu Gina avançar na direção delas. — Vá buscar sua garota, Malfoy.

— Sempre um prazer falar com você, Granger.

Ginny estendeu a mão para fazer contato com Maia, que lhe deu um pequeno sorriso antes de desaparecer e aparecer em sua casa, a quilômetros de distância da Toca. Rindo, a loira agarrou Gina, que tropeçou por motivos que Maia nunca descobriu completamente.

— Você está bem aí?

— Só um pouco embriagada. Vai passar. É engraçado, sabe?

— O que é engraçado, Gin?

— Cada pessoa com quem conversei hoje me disse a mesma coisa.

— E o que seria isso, linda? — Maia ainda tomava cuidado com a Weasley, com medo de que ela caísse.

— Que eu deveria ver o jeito que você olha para mim. — Ginny abraçou Maia, olhando para ela. — Como você olha para mim?

— Como se você fosse a única coisa que está me mantendo viva. — Maia confessou, sussurrando. — Você me salva todos os dias de todas as maneiras possíveis. Eu sei que não somos perfeitas, somos duas crianças quebradas, mas você ainda leva seu tempo, pegando cada pedaço de mim e cuidando dele até que esteja pronto para funcionar novamente. Você fica ao meu lado, mesmo quando eu acordo no meio da noite gritando o nome de Éden. Mesmo quando estávamos passando pelo inferno, foi você quem me puxou dele, pegando minha mão a cada maldito segundo. Serei eternamente grata por sua existência, Gin.

Lágrimas caíram dos olhos de uma Gina renovada, que estava sorrindo apesar de tudo. — Droga, você está muito fofa hoje.

— Estou apaixonada por você.

O coração das duas garotas parou no mesmo instante pelo mesmo motivo. — Seria estranho se você não estivesse, porque eu também estou apaixonada por você.

Naquela noite, Maia escolheu o amor infinitas vezes.

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