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𓏲  . METANOIA . .៹♡
CAPÍTULO TRINTA E TRÊS
─── GINNY E MAIA

SEIS MESES DEPOIS

EI, BABY. Sou eu, Maia, caso você não tenha mais meu número guardado. Bem, eu não sei quem mais te chamaria de baby - talvez sua mãe? Se você ainda se lembra de mim depois de quase quatro longos meses de mim, ou se você ainda quer me ver, estou bem na sua casa. Então, sim, você deve descer em cerca de... Cinco minutos? Ah, e não se preocupe com o barulho, tenho uma surpresinha para você. Bem, duas surpresas.

Assim que o sinal ficou verde novamente, Maia jogou o telefone no banco do passageiro e ligou o carro. Ela tentou se lembrar dos movimentos que tinha que fazer cada vez que pressionava o pedal correspondente. Ela se lembrou de como ficara confusa nos primeiros dias e ficou emocionada ao saber que, depois de alguns meses, poderia se considerar sortuda por ter uma carteira de motorista.

Ela virou na saída seguinte, cross country, longe de Ottery St. Catchpole. Apesar do fato de Bellatrix e outros Comensais da Morte terem destruído a Toca, depois da guerra os Weasleys foram trabalhar e conseguiram consertar parte do que já foi sua casa. Maia supôs que foi difícil para eles, pois o lugar trouxe muitas lembranças de coisas que se foram, mas eles superaram a situação e, com a ajuda de moradores e heróis de guerra, conseguiram formar uma nova casa.

Não era como antes, é claro. Era muito mais modesto, com menos pisos, pois decidiram alargar a base da fundação para torná-la mais resistente. Agora que as crianças eram mais velhas, não dividiam mais um quarto, tinham até se dado ao luxo de estabelecer quartos para convidados, já que Harry e Hermione costumavam ser vistos lá mais do que de costume, o primeiro por ser companheiro de Ronald, e o segundo por ser sua namorada.

Eles também moravam perto do bairro de Luna Lovegood, então Maia tinha visitado algum dia. Era verdade que ainda havia rancores do passado sem esquecer, mas aos poucos a sonserina foi mostrando que não era como as outras e que suas intenções eram boas.

Assim que ela vislumbrou o edifício peculiar, um pequeno sorriso cruzou seus lábios. Ela não estava lá há meses, ao mesmo tempo que não via Gina, então voltar para um lugar como este sempre foi especial para ela. Ela entrou no terreno dos Weasley e parou o carro a poucos metros do jardim, onde Arthur e um de seus filhos pareciam desinfetar o jardim dos gnomos.

— Caramba. — Arthur Weasley meditou quando viu o veículo perto dele. Arthur era um grande fã de artefatos trouxas, ele próprio tinha um carro, mas seus filhos o destruíram. — Isso é um Audi? Eu li tudo sobre eles!

O pai da família ainda estava de boca aberta como no primeiro momento. Ron cumprimentou Maia por trás de seu pai, ciente de que não ia mais fazer suas tarefas, e então continuou.

— É. Você quer dar uma olhada lá dentro?

Sem esperar a resposta do Sr. Weasley, Maia abriu as portas do carro e acenou para ele entrar. — Você dirige com magia? Parece impecável.

— Não, eu realmente dirijo. — Maia riu.

— Você faz? — Arthur enfiou a cabeça para fora da janela. — Como funciona? Eu sempre quis ter um desse para mim, mas com Molly e as crianças não deu.

— Bem, a primeira coisa que você deve fazer é ajustar os retrovisores. Você aperta o cinto, solta o freio de mão e liga o motor. — Maia indicou como a chave deveria ser girada, e o homem também, maravilhado com o som do carro. — Então tudo que você tem que fazer é praticar e conhecer as regras da estrada. Eu poderia levá-la para um passeio algum dia, se você quiser.

Um grito agudo interrompeu a conversa. Os dois se viraram para uma janela do primeiro andar, onde Gina, um lenço enrolado no pescoço e um sorriso enorme no rosto, os cumprimentou. Isso tocou profundamente Maia, que a cumprimentou de volta. Fazia meses que não via aquele rosto sorridente, e vê-la depois de tanto tempo continuava despertando nela sensações insuspeitadas.

Arthur percebeu que era hora de ir. — Ela tem estado muito feliz ultimamente, e acho que devemos isso a você. Cuide da nossa garotinha, sim?

— Eu irei agradece-lo.

Quando a porta da Toca se abriu, o coração de Maia saltou de alegria. A ruiva continuava exatamente como ela se lembrava, com aquelas sardas engraçadas ao redor do nariz e nas bochechas, grandes olhos castanhos e longos cabelos ruivos. Talvez um pouco mais alta, mas Maia não detectou instantaneamente, enquanto Gina se lançava sobre ela como se tivesse sentido tanto a falta da loira quanto ela.

Mal sabia ela que Gina adormecia todas as noites pensando nela.

— Eu senti tanto a sua falta. — murmurou a ruiva contra seu ouvido. Um arrepio percorreu a espinha de Maia. — O que é aquilo?

Maia relutantemente se separou do abraço - ela nunca mais queria se separar dela - e olhou para onde Gina estava olhando. — Ah, essa é a primeira surpresa. Preste atenção porque provavelmente é a primeira vez que você vê alguém com carteira de motorista! — Maia balançou os braços no ar como se fosse realmente uma façanha.

— Você pode dirigir?! Quando isso aconteceu?

Maia foi para o banco do passageiro, pedindo a Ginny que a seguisse. Então ela abriu a porta para ela entrar e se abrigar do frio. — Isso, minha linda, explicarei durante a nossa viagem. As surpresas não terminaram.

Gina sorriu e a sonserina fez o mesmo. Ela voltou para o banco do motorista e esfregou as mãos. — Sério, desde quando você tem um carro? O que eu perdi?

— Você está longe há muito tempo. — Maia sorriu, se desculpando. — Eu tirei a licença no mês passado. Este verão eu estava trabalhando em Londres, você se lembra? E eu não poderia simplesmente aparecer no meio do nada com tantos trouxas assistindo. Então eu pensei que a coisa mais prática seria adotar seus tradições e costumes. Então me informei e aqui estou.

— Sua mãe gosta?

Maya sorriu. — Ah, por favor, ela nem sabe. Toda vez que ela vem eu digo que é o carro do meu vizinho. Ela me mataria se soubesse que eu confio tanto nos trouxas. — Maia ajustou os retrovisores e ligou o aquecedor do carro. — Ah, coloque o cinto de segurança. — a loira gesticulou de volta para Ginny saber onde estava. — Não importa.

A garota se encostou no banco, a centímetros da coxa de Gina, cujas orelhas ficaram profundamente vermelhas com a proximidade, e engasgou quando levantou a cabeça para ver que o rosto de Malfoy estava mais perto do que ela esperava. Ela se amaldiçoou, por tanto tempo sentira falta de beijá-la, e agora que tinha a chance, estava totalmente anulada pelo efeito da garota sobre ela.

— Você está bem? — Maia perguntou a ela quando ela havia colocado o cinto e viu que ela tinha um olhar vazio no rosto.

Ginny se inclinou para frente, incapaz de controlar seus instintos, e bateu seus lábios contra os dela. Ela sentiu aquele tremor característico no estômago, capaz de fazer suas pernas tremerem em questão de segundos. Foi incrível como depois de compartilhar tantos beijos, Maia continuou a ter esse efeito sobre ela.

Maia sorriu contra os lábios da grifinória. Isso era tudo que ela precisava, e ela ficou muito tempo sem ele para perder um segundo, então ela aprofundou o beijo, pegando Gina pela bochecha e inclinando a cabeça um pouco mais até que a ruiva teve que se separar de vergonha e falta de ar.

— Eles provavelmente estão atrás das janelas assistindo. — Gina nem queria se afastar de uma divertida Maia.

— Fofo. — foi tudo o que a loira disse.

Gina ficou chocada ao descobrir que Maia não estava dirigindo mal. Não era porque desconfiasse das habilidades da namorada, mas Maia era uma garota puro-sangue, criada no seio de uma das famílias mais ricas e importantes do mundo bruxo, e a imagem da jovem vestida com roupas trouxas e dirigindo um carro era surreal demais para ser verdade.

A viagem foi agradável para a jovem grifinória. O assento era confortável, ela podia ver pela janela a paisagem nevada da Inglaterra e não estava frio; para não mencionar a companhia mais do que agradável que ela tinha à sua direita. Maia estava narrando coisas que fazia para fazer o carro funcionar, ou até mesmo o rádio, que também tocava músicas de cantores trouxas - Gina descobriu com gratidão que o grupo que sua mãe tanto gostava não estava no ar - mas Gina não conseguiu manter os muitos detalhes que Maia lhe contou.

— Como está tudo em Hogwarts? — Maia perguntou sem tirar os olhos da estrada.

Gina não sabia bem o que responder. Qual era a resposta que Maia esperava? Será que ela queria a verdade comovente, a verdade em que Gina pudesse narrar como alguns alunos ainda não conseguiam sair de seus quartos desacompanhados, como eles mal confiavam uns nos outros, como as paredes de Hogwarts ainda não foram completamente reparadas após a guerra que ocorreu há apenas seis meses antes?

Ou talvez ela quisesse uma verdade mais sutil? Talvez ela se contentasse em saber que os corredores não falavam nada além de Harry Potter e Maia Malfoy, os salvadores de Hogwarts e do mundo mágico, como as quatro casas de Hogwarts pareciam mais difusas do que nunca, como ela estava aprimorando suas habilidades graças a todas as tardes e noites que passaram juntas.

— Eu acho que é muito cedo para dizer. — ela finalmente escolheu responder.

— Você gosta de lá?

Mais uma vez, Gina não sabia o que responder. Sim, ela supôs que gostava de estar de volta. Voltar para Hogwarts costumava ser um sinal de prosperidade, de que as coisas estavam indo bem. Além disso, agora ela tinha Hermione sempre ao seu lado, que havia voltado para terminá-lo no ano passado, e graças ao que aconteceu em maio, agora muitas pessoas pareciam querer falar com ela, e isso, de uma forma ou de outra, a fez sentir-se menos sozinha.

Mas a realidade era que acontecera demais para fingir que era um ano novo normal e seguir com suas vidas como se nada tivesse acontecido. Ela andava pelo castelo e imaginava as cenas que tinha visto acontecerem, e tinha que sentar para não ficar tonta. Ela viu uma coluna quebrada e instantaneamente soube quem a havia causado. Ela tinha muitas lembranças de coisas que queria esquecer para sempre.

— Seria melhor se você estivesse lá. — Ginny esboçou um pequeno sorriso para esconder tudo o que estava passando por sua cabeça.

Maia caiu na armadilha e abandonou o assunto. — Eu gostaria de poder fazer isso, de verdade, mas agora tenho que cuidar de Teddy. Eu adoraria ter uma vida normal e retomar meu último ano lá, mas não posso fazer isso agora. Eu realmente sei o que quero fazer da minha vida, então isso meio que flui comigo.

Gina assentiu enquanto olhava pela janela. — Ron me disse que ele e Harry foram visitá-la outro dia com Teddy. Ele disse que sua casa parece bem decorada - isso é muito vindo de Ron, que provavelmente não saberia a diferença entre vermelho e carmesim.

A loira riu agradavelmente nos ouvidos de Gina. — Você é cruel. Mas sim, eles vieram. Eles estavam de folga e Harry levou algo para Teddy, então eles ficaram para uma xícara de chá. Acho que está indo bem para eles.

— Droga, mulher, você fala mais com meu próprio irmão do que comigo.

— Droga, mulher. — retrucou Maia. — Ninguém teve o privilégio que você está tendo agora, andando no meu carro.

— Você está indo bem, a propósito. Você aprende rápido.

— Eu aprendo, não é? — Maia respondeu instantaneamente, e Gina corou novamente.

— Cale-se!

A conversa caiu em uma cama de riso. Elas compartilharam um silêncio agradável até chegarem ao seu destino, acariciando suavemente a mão quando não era perigoso para Maia ou beijando quando as luzes estavam vermelhas. Ginny estava olhando para ela e ela parecia muito mais velha do que alguns meses atrás.

E foi que muitas coisas realmente aconteceram desde a última vez que ela a viu. Foi uma surpresa recente que Maia tenha tido tempo para aprender a dirigir, mas ela também disse a ela em várias cartas que ela havia se mudado recentemente para um bairro trouxa agradável, e foi convidada para ver sua nova casa sempre que quisesse. Ela não disse a ela, no entanto, como Narcissa ficou sozinha com a partida de sua filha, ou o corte de cabelo que ela fez, ou o jeito que suas maçãs do rosto se destacavam toda vez que ela ria.

— Como você está indo? — foi a vez de Gina fazer perguntas.

Maia suspirou. — Tem dias que é pior, tem dias que é melhor. Tento me manter ocupada com o trabalho, com Teddy, mas no final do dia estou sozinha e tudo volta.

Ginny virou-se para a loira, preocupada, tentando evitar que o cinto apertasse seu pescoço.

— Você está tendo problemas para dormir ou comer?

— Às vezes a ansiedade me consome. — a loira confessou em voz baixa. — Tem dias que eu esqueço de comer porque não estou com fome, mas ter Teddy lá ajuda porque ele cuida de mim, ele só não sabe. Ele dorme no quarto ao lado do meu, e quando está chorando é quando eu o amo mais, honestamente, é a hora do dia que eu não tenho tempo para pensar em nada. Mas quando ele está dormindo... Os demônios voltam. De repente é aquela noite e tudo está se repetindo na minha cabeça, apenas com pequenas reviravoltas que não aconteceram na noite passada. — Maia passou a mão pelo rosto cansada. — O dia em que eu não chorar até dormir é um bom dia.

As últimas palavras fizeram o coração de Ginny partir aos poucos. Ela a observava atentamente, ciente de que seus olhos não veriam os olhos de Maia se voltarem para ela e derramar lágrimas. Simplesmente porque Maia não era assim; ela odiava se sentir fraca porque sentia que era ela quem deveria permanecer forte pelos outros. Mas ela sofreu, e a ruiva sofreu com ela.

— Você já pensou em voltar para casa, ficar com sua mãe? Talvez ela alivie sua dor.

Maia negou. — Eu não posso voltar para a Mansão. Há muitas memórias para eu estar sã lá. Eu precisava ir porque meus níveis de ansiedade lá iriam chocar você. — Maia tentou rir para segurar as lágrimas e aliviar as lágrimas de Ginny. — Onde estou é onde preciso estar.

— E uma psicóloga? McGonagall está nos incentivando a visitar uma, ela está estudando para trazê-los para o castelo.

A loira riu sem humor. — E como eu diria a eles o que está acontecendo dentro do meu coração? Como eu diria a eles que alguém chamado Voldemort tentou me matar, minha tia matou meu melhor amigo, eu voltei dos mortos? Olá, eu sou uma bruxa e você vai perder a cabeça completamente. — Maia parou suas palavras e apertou a mandíbula, ciente de que suas palavras machucavam a garota ao seu lado e que não era Ginny a culpa por sua dor. — Desculpe, Gin. Eu só preciso de tempo.

— Eu posso te dar isso. — a ruiva a tranquilizou, acariciando sua bochecha. Percebendo o clima, então ela disse: — Dirija para casa.

— O que?

— Você me ouviu. Esta noite é tudo sobre nós. Você me mostra sua nova casa, assistimos a um filme graças a essa TV ou qualquer que seja o nome, comemos pipoca, bebemos um pouco de vinho. Além disso, é hora de conhecer Teddy de verdade, não é?

Maia olhou para ela, sem saber o que dizer. — Mas eu me preparei hoje para você. Eu queria que seu primeiro dia de volta fosse especial.

Adorável, apenas estar com você, sem fazer nada, é a coisa mais especial que já aconteceu comigo. Então dirija para casa e nós jogaremos cobertores em nós.

Maia ficou arrasada. Ela tinha esse plano surpresa em mente para Gina há muito tempo, mas a ideia de voltar para casa para suas pessoas favoritas no mundo era tentadora demais. Então, com os olhos cheios de lágrimas e um sorriso agradecido, Maia se virou e foi para casa.

Gina não tinha criado uma imagem mental de como seria a casa de sua namorada, mas ela certamente não esperava que fosse assim. Ficava em um bairro chique, com luzes de Natal nas árvores e casas unifamiliares perfeitamente alinhadas. A neve cobria a maior parte da calçada, então a ruiva teve o cuidado de não tropeçar. Ela olhou mais uma vez para a vizinhança ao seu redor, e se perguntou se Maia, uma bruxa puro-sangue, não se sentiria profundamente sozinha neste lugar trouxa.

Quando ela entrou em sua nova casa, uma onda de calor atingiu seu rosto e ela ficou imensamente grata. Cheirava bem, como quando sua mãe assava biscoitos, e de perfume de mulher. A escada os recebeu na casa, os brinquedos de Teddy na porta. Maia mostrou-lhe a sala, muito maior do que ela imaginara, com apenas um sofá e uma poltrona, mas o que era necessário para as pessoas que ali moravam.

— Estou aqui! — Maia gritou. Gina franziu a testa e a loira deu a ela um olhar conciliador.

Narcissa Malfoy apareceu do quarto de Teddy com o garotinho na mão, o cabelo dele - naquele momento - castanho desgrenhado e um rubor avermelhado no rosto causado pelo calor da casa e pelo sonho do qual ele acabara de acordar. A matriarca beijou a bochecha da filha, que fez uma careta para o menino, e então notou a presença da Weasley.

— Oh, olá. Eu não sabia que estávamos recebendo visitas. Você poderia ter me contado.

Para sua surpresa, o desconforto que Ginny sentiu no início gradualmente evaporou. Ela não sentiu nenhum olhar de repulsa ou ódio vindo de Narcissa, o que foi bastante reconfortante. Ela sabia sobre o relacionamento delas ou ela apenas achava que elas eram amigas? Qualquer que fosse a resposta, Gina achava que o fato de não tê-la olhado com desgosto já era um grande avanço.

— Eu tentei fazer biscoitos - eu tenho muito tempo livre, sabe. — ela disse, a última frase dirigida exclusivamente a Gina. — Eu acho que eles cheiram bem, não é?

— É... Gina está dando a primeira mordida. — Maia se acomodou, e as três riram.

— Eu tenho que ir agora. — disse Narcissa, colocando Teddy nos braços de Maia. O bebê riu. — Estou visitando a mãe de Eden, ela tem sido imprudente esses dias e ela está precisando de uma amiga.

— Isso é bom, mãe. — Maia murmurou, beijando a cabeça de Teddy. — Você virá amanhã de novo, sim?

— Sim, querida! — ela gritou, enquanto Maia entrava na sala com Teddy. Eram apenas as duas agora. Narcisa se aproximou de Gina. — Ela precisa de você agora. Por favor, seja gentil com ela. Cuidem uma da outra.

— Eu farei, Sra. Malfoy. Obrigada.

A mulher desapareceu atrás da escuridão da porta e Gina se repreendeu: a mãe da sua namorada, famosa por detestar trouxas e traidores do sangue, fala com você de boas maneiras e isso é tudo que você pode dizer a ela. Muito bem, Gina.

Ela seguiu os passos de Maia e se jogou no sofá ao lado dela. Maia estava com Teddy no colo, embalando-o de volta para dormir, mas parecia não haver maneira de fazê-lo. Gina olhava a cena completamente deslumbrada: era surpreendentemente bom ver Maia cercada de crianças. Ele trouxe seu lado mais afetuoso, mas maduro, ao mesmo tempo. Ela pensou pela enésima vez naquele dia que não parecia ter a idade que tinha.

— Ele te ama.

— Bem, sou eu que o alimento, não sou? — Maia brincou. Ela esfregou seus narizes e o garotinho riu novamente. — É disso que eu estava falando. Este é um dos momentos em que posso relaxar e viver, só porque ele está comigo.

— Sinto muito sua falta em Hogwarts, mas estou feliz que você está cuidando dele. Ninguém poderia fazer isso do jeito que você faz. Se ele crescer para ser apenas metade do que você é, então ele terá sorte .

Os olhos de Maia estavam fixos nela. — Eu acho que isso é uma coisa muito legal de se dizer. Obrigada, linda. — Maia se levantou com a criança nos braços e olhou para Gina novamente. — Você quer segurá-lo? Eu posso nos trazer algo para comer.

O coração de Gina se apaixonou pela segunda vez no instante em que as mãozinhas de Teddy procuraram acariciar seu rosto quando Maia o colocou em seu colo. Ela não conseguiu evitar o arrulho que ela deu a ele, nem as cócegas que ela fez naquela barriga gordinha. Maia, segurando a bandeja de biscoitos frescos, olhava a cena com profunda ternura.

— Não posso dizer que ele tem mau gosto, ele gosta de você também.

— Você acha? Ele é apenas um bebê. Ele vai amar qualquer um que faça cócegas nele e o faça rir.

Maia franziu a testa em diversão. — Ai. Obrigada.

Passaram uma noite agradável, rodeadas pela companhia de Teddy, que ora exigia um biscoito e ora que o deixavam sozinho com seus brinquedos. As duas meninas conversavam sobre tudo o que passava pela cabeça delas: a família, o futuro, como conseguiram assimilar tudo o que havia acontecido. Maia não quis perguntar muito mais, mas Gina até falou sobre Fred e como o assunto estava sendo discutido em casa.

Maia também falou de seu pai e como ela não tinha notícias dele desde aquele dia fatídico. Ela expôs suas dúvidas a sua namorada: ele realmente a amou? O que mudou que ele considerou abandonar sua família? Eram perguntas para as quais ela não sabia as respostas, e provavelmente nunca saberia, mas podia dizer que era mais feliz sem Lucius em sua vida.

As coisas haviam mudado muito. Seu relacionamento com a mãe havia mudado muito. Eles conversavam mais sobre qualquer assunto, abertamente, ela até confessou meses atrás seu relacionamento com a mais nova dos Weasleys. Narcissa não havia emitido nenhum tipo de reação, alegando que sentia suas preferências desde jovem e que já havia normalizado isso há muito tempo.

— Você está com sono? — Maia perguntou quando viu Gina se apoiar nela repetidamente.

— Só um pouco. Mas continue falando, estou ouvindo você, eu juro. — ela prometeu com um bocejo.

— Vamos lá. Vamos colocar Teddy para dormir e então vamos encerrar a noite.

E assim elas fizeram. Gina estava com muito sono para notar o quarto de Maia, então ela se lembrou de fazer isso na manhã seguinte. Vestindo o pijama de Maia que era um pouco grande demais para ela, ela se escondeu nos cobertores e procurou o calor extra que a loira estava emanando. Ela encontrou os olhos de Ginny no escuro, arregalados e cheios de expectativa, e a beijou uma última vez naquela noite. Agora ela tinha tudo o que sempre quis com ela.

A mais nova se aconchegou no corpo de Maia, que a envolveu com os braços e fechou os olhos.

— Maia?

— Sim, bebê?

— Não se preocupe, ok? Vamos lutar contra os demônios juntas.

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