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𓏲  . METANOIA . .៹♡
CAPÍTULO VINTE E NOVE
─── A MORTE DE ÉDEN

ISSO É MENTAL. — Maia continuou repetindo.

Ela fechava os olhos quase instintivamente toda vez que passavam por alguém que ainda não tinham visto, eles preocuparam em se manterem escondidos por horas que voltaram para Hogwarts, e agora que tinham que sair da Sala Precisa, era praticamente impossível para eles não os reconheceriam. Cabelos loiros, quase brancos, acompanhados por um rapaz de cabelos cor de azeviche, olhos verde-esmeralda e uma cicatriz de relâmpago adornando a testa. Quem eles estavam tentando enganar?

Atravessaram os corredores de cabeça baixa, tentando não fazer mais barulho do que o habitual ou fazer contato visual com alguém em quem não confiavam, pois o menor sinal de suspeita poderia levar à descoberta.

— Foi você quem insistiu em vir comigo. — Harry suspirou. — Pare de dizer isso.

Maia deu-lhe um olhar de soslaio. — Você sabe por que eu odeio tarefas em grupo? Porque eu sei que ninguém vai fazer um trabalho melhor do que eu. Eu prefiro fazer isso sozinha do que fazer com pessoas em cujas habilidades eu não confio. — ela sussurrou com raiva em A voz dela. — Então, sim, você me agradece mais tarde por querer salvá-lo.

— Nada vai acontecer. — o Grifinório a assegurou. — Eles estão chamando todos os alunos para nos encontrar, mas se nós apenas mantivermos nossas cabeças abaixadas eles nem vão perceber. — Harry revirou os olhos sabendo que o olhar de Maia ainda estava nele. — Eu não vou agir. Eu sei o que está em perigo se falharmos. Não se preocupe.

Quando chegaram ao Salão Principal, Maia não pôde deixar de engolir em seco, e ao lado dela, Harry soltou um grande suspiro. Era agora ou nunca. A sonserina deu uma última olhada no garoto, que retribuiu o gesto, e então se afastou dele. Os alunos estavam começando a ser separados por casas, e enquanto Harry achava um pouco mais fácil encontrar uma gravata da Grifinória, a tarefa de Maia de encontrar uma roupa da Sonserina tinha sido um pouco mais difícil.

No entanto, alguém gritou que eles estavam na Sala Precisa, e que se todos pedissem com força suficiente, certamente o castelo os ajudaria. Foi assim que Maia acabou com uma túnica preta e uma gravata verde e branca no pescoço.

Ela olhou em volta procurando um rosto familiar. Não que ela esperasse ver todos aqueles que um dia foram seus companheiros ali ao seu redor, recebendo-a de braços abertos, especialmente depois de tudo o que aconteceu, mas ela confessou a si mesma que olhos familiares teriam desacelerado o ritmo em que seu coração estava indo.

Um sentimento de desgosto percorreu seu estômago quando viu os irmãos Carrow parados onde a mesa que ela havia esmagado meses antes estava. Ela engoliu em seco quando viu Snape aparecer, pois só podia significar uma coisa: isso era sério, a busca por Harry e Maia era mais séria do que eles esperavam.

De repente, uma mão deslizou na dela. O primeiro instinto de Maia foi se afastar, para o caso de ter sido um erro, mas quando sentiu a dureza e o calor da pele, conseguiu reconhecê-la. Ela olhou para a direita sorrateiramente, e os olhos gentis de Eden olharam para ela.

Ela sentiu seu coração saltar do peito por momentos. — Eu senti sua falta. — ele murmurou.

A sonserina estava prestes a devolver as palavras à amiga, mas a voz de Snape ressoou. — Chegou ao meu conhecimento que no início desta noite Harry Potter foi avistado em Hogsmeade. Agora, se alguém, aluno ou funcionário, tentar ajudar o Sr. Potter, serão punidos de maneira consistente com a gravidade de sua transgressão. Além disso, qualquer pessoa que tenha conhecimento desses eventos que não se apresentar será tratada como igualmente culpada. — o agora diretor estava andando pela lacuna deixada pelos alunos das diferentes casas. Eles pareciam tão confusos com a aparência de Harry Potter quanto assustados com as consequências que isso poderia trazer. — Se alguém aqui tem algum conhecimento dos movimentos do Sr. Potter esta noite, eu os convido a dar um passo à frente agora.

Suspiros. Sussurros. Maia quase podia adivinhar quais passos foram ouvidos em seguida. Se Snape não o amaldiçoasse, ela mesma o faria. Ele não poderia esconder seu enorme desejo de destaque e ficar quieto algum dia?

— Parece que, apesar de suas estratégias defensivas exaustivas, você ainda tem um pequeno problema de segurança, direto. — Harry cuspiu.

Todos os alunos se viraram quando a porta do Salão Principal se abriu, fazendo com que Maia se esquecesse de fingir por um momento e se deixasse levar. Ela abriu a boca quando viu Granger e Weasley aparecerem, de mãos dadas, junto com outras pessoas que ela sabia que compunham a Ordem da Fênix.

Eden deu-lhe um olhar confuso, ao qual ela respondeu com um encolher de ombros. — Um pouco atrevida, o escolhido. — murmurou a sonserina.

Maia não estava mais ouvindo Harry. Seu olhar viajou direto para Snape, que observava a cena com um gesto impassível, mas Maia sabia que ele estava se esforçando muito para esconder e não machucar Harry, que estava sempre fazendo o possível para atrapalhar seus planos. A raiva era evidente em seu rosto branco, suas narinas estavam inchadas e seus lábios entreabertos.

— Como você se atreve a ficar onde ele estava? — gritou Harry, furioso como nunca antes. — Conte a eles o que aconteceu naquela noite! Diga a eles como você olhou nos olhos dele, um homem que confiou em você, e o matou. Conte a eles.

A sonserina sabia que Snape não aguentaria essa humilhação por muito mais tempo, e ela sabia que era sua hora de agir. Ela saiu da fila em que estava alinhada e pôde ouvir mais suspiros e gritos, que foram ofuscados pela tensão do momento em que a deixariam orgulhosa em outro instante.

— Não se atreva. — Maia advertiu, sua varinha apontada na direção de Snape, que estava olhando para ela em aparente confusão. — Se você quiser machucá-lo, será sobre o meu cadáver.

— Com prazer. — intrometeu-se Alecto e Amycus. — Sua traidora imunda.

— Você não vai prejudicar meus alunos! — McGonagall correu para ajudá-los.

— Tem certeza, professora? — Maia sorriu. — Eu poderia levar os dois com os olhos fechados.

Isso só alimentou o fogo que queimou dentro dos dois Comensais da Morte. Eles haviam sido ultrapassados por uma adolescente, por uma garota que acabaria sendo uma traidora de sua causa, e eles precisavam vê-la pagar pelo que havia feito com as próprias mãos. Antes que os dois irmãos pudessem lançar feitiços sobre ela, Snape ergueu sua varinha e McGonagall decidiu proteger os três.

Harry e Maia ficaram ao lado dela, cientes de que era uma luta que não poderia ser deles, mas sempre alertas caso a chefe da Grifinória precisasse de ajuda. Finalmente Snape desviou um feitiço que estava indo para ele, mas acabou acertando os dois Comensais da Morte, que caíram no chão como dois pesos mortos. Os três, junto com os outros alunos, observaram atentamente enquanto Snape parecia lançar um feitiço. Aplausos só foram ouvidos quando o agora diretor escapou pela janela, quebrando o vidro e deixando seus dois aliados caídos ali.

No entanto, a alegria do momento durou pouco. Maia começou a notar um conhecido formigamento na palma da mão, e tudo parecia acontecer em câmera lenta. Seus olhos foram para Harry, a fim de verificar se a mesma coisa estava acontecendo com ela - embora com a leve esperança de que o menino estivesse seguro, pois suporia algo muito diferente do que a menina tinha em mente. Ela viu o grifinório cair no chão, encostado na escada, seu olhar perdido e um olhar de confusão no rosto que não passou despercebido por ninguém presente.

Sua cabeça começou a girar, e sua mente começou a perceber o que estava acontecendo: Voldemort os havia encontrado. Como ela previra, a voz do Lorde das Trevas começou a ser ouvida por toda a sala, não apenas em suas cabeças.

— Eu sei que muitos de vocês vão querer lutar. Alguns de vocês podem até pensar que lutar é sábio. Mas isso é loucura. Dê-me Harry Potter e Maia Malfoy. Faça isso e ninguém será prejudicado. Dê-os para mim e eu deixarei Hogwarts intocada. Dê-os para mim e você será recompensado. Você tem uma hora.

O pânico começou a se espalhar. Houve vários gritos na sala, que os mais velhos se encarregaram de acalmar. A multidão começou a observar atentamente cada movimento dos dois indesejáveis, reconsiderando seriamente se era a melhor coisa a lutar ou se, ao contrário, deveriam salvar suas vidas em troca das dos dois adolescentes.

O primeiro a se aproximar foi o Éden. Os olhos de Maia se arregalaram um pouco - a dúvida impertinente mas inevitável de que alguém iria querer se afastar dela estalou em seu coração - mas o garoto simplesmente a levantou do chão, limpou sua capa e devolveu a varinha que havia sido deixada para ela. caído após a perda de equilíbrio. — Se você quer pegá-la, você vai ter que me pegar também.

Após o gesto do sonserino - que Maia apreciou muito - os próximos a se aproximarem foram os membros da Ordem e Gina, protegendo os dois alunos com seus corpos. Para surpresa de ambos, ninguém os apontou publicamente, mas puderam ver nos olhos de muitos o medo e o desejo que tinham de deixar aquele lugar.

— Por favor, Sr. Filch, escolte aqueles estudantes que não são maiores de idade e também aqueles que não desejam lutar esta noite para suas Salas Comunais. Ah, também os Sonserinos. O resto de vocês, se puder, me siga. — a professora anunciou aos alunos. Então ela olhou para os dois recém-chegados. — É bom ver vocês dois novamente. Façam o que precisarem fazer.

O coração de Maia batia forte contra o peito, tanto que parecia que ia vazar de sua boca a qualquer momento. Ela estava convencida de que Eden podia sentir seu coração martelando contra seu próprio peito no instante em que ele a apertou em seus braços. Maia lutou para retribuir a demonstração de afeto, mas Eden a levantou e seus próprios nervos não permitiram que ela se expressasse com clareza. — Sempre tão oportuno, Maia.

A loira sorriu através das lágrimas que ameaçavam escapar e agarrou seu rosto. — Estou tão feliz que você está bem. Você não sabe quantas vezes eu pensei em você, como você seria, enquanto eu estava fora.

— Depois que eu soube o que aconteceu com você, eu esperava o pior. Mas você é a pessoa mais forte que eu conheço, uma parte de mim sempre soube que você estava bem. — Eden a abraçou mais uma vez. — É ótimo ter você de volta.

O rosto de Maia mudou. — Você sabe alguma coisa de Draco? Você sabe se ele...

— Ele está bem. Ele voltou depois da Páscoa, só sem você. Eu só sabia que algo tinha mudado no momento em que vi o rosto dele. Isso não é culpa sua, Maia.

— Ele está aqui, não é? Ele vai lutar.

— Maia...

— Nós temos que ir. — Ron se aproximou dos dois, o copo de Lufa-Lufa em suas mãos.

Eden entendeu imediatamente e olhou para Maia. — Vá você. Eu vou procurá-lo. Tudo vai ficar bem, Maia. Confie em mim. — o sonserino beijou a cabeça dela e saiu correndo.

— Vá em frente e destrua. Use uma presa da câmara; Potter vai abri-la. Eu vou te procurar assim que terminar o que tenho que fazer. — Maia disse, nem se importando com o que os outros três tinham. dizer.

Harry e Hermione assentiram, mais para si mesmos do que para Maia, e saíram da sala de jantar, enquanto Ron ficou mais para trás, seu olhar azul examinando o cinza do sonserino.

— Sinto muito. — sussurrou Maia, fechando os olhos. — Eu vou quebrar o coração dela esta noite.

— Ela pode parecer jovem e inocente, mas ela sabe mais do que nós sabemos. Apenas faça o que você tem que fazer; ela vai entender em breve.

— Boa sorte. — Maia murmurou por entre os dentes, e quando Ron entendeu a referência ele piscou para ela.

Maia se sentiu incrivelmente mal por ser forçada a virar as costas para Gina agora, mas ela também sentiu que tinha algo para priorizar agora, e isso era Draco. Ela não viu a ruiva em nenhum lugar por onde passou, então a pressão em seu peito diminuiu, sentindo-se menos culpada do que se ela tivesse que olhar nos olhos dela e dizer a verdade.

Porque a verdade é que ela havia brincado com os sentimentos e expectativas de Gina Weasley como se fossem um brinquedo de criança. Não havia tal futuro que ela prometera tanto naquela noite na praia; não havia todos aqueles momentos que elas imaginaram em suas cabeças, cuidando de Teddy, ensinando a ele o que era magia, Quadribol e a história de seus pais. Não havia futuro em que Maia Malfoy ainda estivesse viva, em que as duas garotas pudessem ficar juntas por toda a eternidade.

Oh, quantas vezes ela desejou este momento para que ela pudesse finalmente salvar seu irmão de todas as dificuldades que ele suportou. Mais de uma vez ela pensou em dar sua vida feliz por ele, porque nada a ligava a este mundo se Draco não estivesse lá, mas ela não esperava encontrar outra razão para continuar agarrada à vida. Porque ter Draco e Gina em sua vida não era compatível; para um ela queria viver uma vida longa, mas para o outro ela estava disposta a morrer naquela mesma noite.

Ela pensou em todos aqueles momentos que Bellatrix lhe disse para reprimir seus sentimentos e como ela conseguiu isso inúmeras vezes, mas agora havia apenas uma dor profunda em seu coração que ele não conseguia esconder. Seu peito estava inchado, à beira de soluçar e derramar lágrimas, e ela estava terrivelmente cansada. Ela não sabia se poderia aguentar aquela faceta de ser uma pessoa forte que nunca mais quebrava, não quando tudo ao seu redor era tão desastroso.

Ela saiu para o pátio não sem dificuldade, quando encontrou enormes figuras desaparecendo de suas posições como guardas do castelo e pousando ao lado dela. Ela continuou correndo até encontrar Minerva McGonagall, que estava comandando os cavaleiros de pedra para proteger Hogwarts, e Molly Weasley.

— Malfoy! — a professora gritou quando a viu aparecer. No entanto, Maia levantou sua varinha e começou a imitar os feitiços de proteção. O chão do pátio retumbou alto enquanto a sonserina articulava seus feitiços, e rugidos altos soaram quando os raios vermelhos de sua varinha tornaram o manto invisível de defesa do castelo mais poderoso. Com isso, Minerva engoliu em seco. — Eu pensei que estava sendo muito claro quando disse a Filch para levar os sonserinos para as masmorras.

— Sem chance, professora. — Maia ofegou em meio ao barulho. — Depois da guerra, você pode me colocar em detenção quando quiser, mas agora eu vou ficar.

Definitivamente não era a resposta que a chefe da Grifinória esperava. Ela sorriu levemente com as declarações da jovem, e trocou um olhar conhecedor com a matriarca Weasley.

— Por que você está fazendo isso? — queria conhecer Molly, embora ela já soubesse a resposta.

— Amor, Sra. Weasley. — Maia parecia até feliz em poder dizer isso. — Eu não sei quanto tempo isso vai funcionar, professora, eu diria cerca de meia hora a mais, o que eu suponho que é mais do que você planejou. Há mais alguma coisa que eu possa fazer?

— Continue viva, senhorita Malfoy. Eu quero ver você nessas detenções que você mencionou antes. — sorriu McGonagall.

Maia assentiu com um pequeno sorriso que tentou ser um sorriso, mas não teve sucesso. Ela sabia que tinha perdido algum de seu precioso tempo ajudando as duas mulheres, mas era de alguma forma reconfortante saber que tinha sido por uma boa causa. Se Draco estivesse no castelo, isso só teria dado tempo para ele estar seguro.

O tempo parou.

Maia sentiu-se fraca; aqui o ardor em seu peito voltou novamente. Doeu como nunca antes, mas longe de lamentar essa dor, quase a fez feliz. Sua conexão com Voldemort estava ficando mais forte porque havia cada vez menos objetos com uma parte de sua alma. Se seus cálculos não falhassem – e a garota realmente esperava que não – restavam apenas três seres ligados ao Lorde das Trevas: sua cobra, Harry Potter e ela mesma.

A dor recorrente no peito se espalhou para sua cabeça e, como parecia explodir de dor, ela começou a ouvir uma voz sussurrando em sua cabeça: Não faça isso, ou eles vão morrer. Era Voldemort, que já havia descoberto suas verdadeiras intenções horas atrás e estava tentando ameaçar matar sua família. No entanto, ela sabia que planejava fazê-lo mais cedo ou mais tarde, e aquele sussurro constante em língua de cobra em sua mente não a impediria de desenvolver o plano que estava em sua mente há muito tempo.

— Maia! — uma voz gritou por ela. No entanto, seus esforços para identificá-lo foram em vão, um zumbido ocupou seus ouvidos e ela parecia perder a visão progressivamente. — Você está bem? Você está ferida?

Era Neville Longbottom. Ela negou que estivesse gravemente ferida, então o menino, cuja voz não tremia mais ao falar com ela, a ajudou a se levantar.

— Ah, nunca estive melhor, Longbottom. — disse ela, encostando-se na parede e concentrando-se em respirar e não ver pontos pretos. — Você sabe por acaso onde Snape está?

— Ouvi dizer que ele está na Torre de Astronomia, mas estive muito ocupado para verificar. Por quê?

Maia sorriu levemente. — Porque no momento em que eu o encontrar, esta guerra está mais perto do fim. — Maia respirou fundo. Ela há muito sonhava em acabar com o sofrimento, mas agora que estava prestes a conseguir o que queria, foi quando as coisas ficaram mais difíceis para ela. — Ah, e Neville? Eu acredito que você é um ótimo filho, amigo e um verdadeiro Grifinório. Foi um prazer compartilhar esse ano horrível com você.

— Malfoy? Parece que você está se despedindo.

— Poderia muito bem fazer isso em paz, certo? Vamos nos ver novamente, tenho certeza. Tome cuidado.

Ela se permitiu alguns momentos, fechando os olhos com força para conter as lágrimas. Quem teria pensado meses atrás que dizer adeus a Neville Longbottom a afetaria dessa maneira?

Ela respirou fundo com o mesmo objetivo em sua cabeça: encontrar Draco. Ela assumiu que pela dor que sentiu minutos atrás, a taça da Lufa-Lufa foi destruída, então eles estavam mais perto de terminar tudo. Ela andou pelos corredores com mais pressa do que calma, contra a corrente dos alunos que lutavam para manter a calma e reforçar posições que provavelmente seriam atacadas com mais frequência.

Onde quer que ela fosse, ele via membros da Ordem, como Kingsley - que parecia estar em todos os lugares - ou os gêmeos Weasley, assim como muitos outros que ela não conhecia pessoalmente, mas não havia sinal de Remus ou Tonks. Uma nova preocupação se somava às muitas que ela já tinha: onde estaria Teddy? Maia se confortou ao pensar que ela estaria na casa de sua tia Andrômeda, longe de toda aquela confusão, acenando com os bracinhos roliços em sua ânsia de ver seus pais novamente.

Seu mundo parou mais uma vez.

Olhos cinzentos colidiram com olhos cinzentos.

As pernas de Maia se moviam o mais rápido que podiam, quase sem permissão. Draco estava atordoado, como se estivesse vendo um fantasma. Blaise e Crabbe se viraram para ver o que estava segurando seu amigo, e observaram enquanto o sonserino se aproximava lentamente de sua irmã.

— Draco. — a garota soltou com um suspiro.

O menino parecia mais pálido do que o normal. — Você está viva.

— Me desculpe. Eu sinto muito, muito. — Maia repetiu, as lágrimas ameaçando escapar mais uma vez. — Eu não queria que isso acontecesse, eu só queria que você estivesse seguro.

Maia sentiu que, apesar da curta distância física, estava muito longe do irmão, cujo olhar ainda não conseguira decifrar. — Você realmente foi com eles? Por quê?

— É uma longa história, Draco. Mas eu prometo que tudo que fiz foi para mantê-lo seguro. Você sabe o que eu sou, você sabe desde que mamãe me disse, eu sei que você sabe. E você também sabe que eu tenho que morrer para destruir ele de uma vez por todas.

— Mas por que você quer fazer isso? Se você mantiver viva a horcrux em você, o Lorde das Trevas viverá, e não teremos que nos preocupar com mais nada.

— Porque, Draco, eu não quero viver em um mundo onde você está se sacrificando por mim. Você me manteve viva por anos, eu queria que você tivesse uma vida real, uma na qual você não eu quero que você morra. — Maia enxugou as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. — E isso não pode acontecer enquanto eu estiver aqui.

Draco piscou e duas novas lágrimas caíram de seus olhos. — Você não tinha o direito de fazer isso. Você nem pediu minha opinião, nós poderíamos ter descoberto algo. Juntos. Mas você decidiu ir embora e sem mim. Você realmente pensou que eu seria mais feliz em um mundo onde eu não tinha que ser um Comensal da Morte, mas ter que me lembrar que eu sou a razão pela qual você estaria morta? Eu levaria essa marca um milhão de vezes se isso significasse ter você comigo.

Sua irmã o pegou pelas bochechas. — Muita gente ficará melhor assim. Por favor, não pense em mim como egoísta. Eu só queria que você ficasse bem. Por favor.

Estupefaça! — alguém gritou atrás deles, quebrando o momento que estavam compartilhando.

Crabbe estava levantando sua varinha na direção do final do corredor, de onde o trio da Grifinória veio correndo. Harry fez o possível para defendê-los do ataque, e foi Hermione quem devolveu o feitiço.

— Não! Deixe-os em paz! — Maia intercedeu, levantando as mãos. — Eles não vão te machucar.

— Você é tudo que eu tenho, Maia. — a voz de Draco tremeu. — Por favor, não vá esta noite. Se você for, ele vai te matar. Por favor.

Draco envolveu sua irmã em um abraço pelo que parecia ser a primeira vez em muito tempo. Eles olharam nos olhos um do outro novamente depois disso. — Eu te encontro à meia-noite aqui, ok? Tudo vai ficar bem. Agora vá embora. Você sabe que não pode ser visto comigo, ou ele vai ficar com raiva.

Um pouco mais aliviado com a promessa de sua irmã, Draco assentiu, e com o mesmo gesto ele se dirigiu a Blaise e Crabbe no mesmo momento em que Harry, Ron e Hermione chegaram.

— Está feito, certo?

— Snape está morto.

O rosto de Maia caiu. — O que?

Harry assentiu rapidamente, nervoso. — Ele o matou. Bem, sua cobra. Ele estava trabalhando com Dumbledore todo esse tempo. Ele estava apaixonado por minha mãe, ele estava tentando me proteger todo esse tempo.

Maia achou que não era um bom momento para confessar que sabia de tudo e fazia parte desse mesmo plano há quase dois anos. No entanto, todo o seu plano desmoronou. Snape sabia quem ela era, o que ela era, e ela sabia que ele teria sido a única pessoa com coragem de matar a horcrux dentro dela... Sem recorrer à ignorância de Lord Voldemort. A única opção que restava era se entregar, junto com Harry, para que Voldemort pudesse matá-los.

Um estrondo interrompeu seus pensamentos. Rony cobriu Hermione com seu próprio corpo quando um pedaço da coluna caiu ao lado deles. Harry olhou em volta, confuso, mas Maia entendeu tudo instantaneamente. — Eles estão aqui. Os Comensais da Morte entraram no castelo. Segure-os com a Ordem enquanto eu vou procurar o Éden.

— Não deixe Voldemort entrar em sua mente. Ele vai fazer tudo o que puder para pegar você.

Maia se lembrou daquelas palavras enquanto corria para o lado oposto dos três amigos. Hogwarts não era mais segura, as colunas começaram a tremer, os tijolos voaram de um lado para o outro enquanto os Comensais da Morte destruíam tudo em seu caminho. Ela teve que sacar sua varinha e lutar ao lado de vários alunos em várias ocasiões, incluindo alguns deles cobrindo as costas de McGonagall ou Slughorn, que lhe deram um olhar de gratidão e tristeza infinita.

Seu coração apertava cada vez que via um ferimento ou, pior ainda, quando via um corpo caído no chão, embora não soubesse quem era a vítima. Uma grande fúria a percorria cada vez que pensava em toda aquela barbárie.

Um calafrio percorreu sua espinha quando ela ouviu um grito. — Minha querida sobrinha!

Bellatrix Lestrange estava bem atrás dela quando Maia decidiu se virar. O sorriso que tanto caracterizara sua infância, cheio de terror e desejo de sangue, foi apresentado a ela. Ela esperava um feitiço, talvez uma maldição, mas só encontrou aquele sorriso, e Maia pensou que teria preferido um crucio ao silêncio.

— Maia!

Eden correu para ajudá-la à sua direita e, quando percebeu a presença do Comensal da Morte, ergueu a varinha. — Expulsar...

Bellatrix parou o feitiço simples com um aceno de sua varinha. Maia assistiu horrorizada enquanto a varinha de Eden voava pelo ar, assim como ele momentos depois. O menino caiu no chão com um baque, nenhuma palavra saiu de seus lábios.

— Éden...

A loira correu para o lado do amigo, que estava deitado no chão. Seus lábios começaram a tremer quando ela viu o sangue escorrendo de sua orelha, boca e peito. Um grande corte correu de seu ombro esquerdo até seu estômago, e a mente de Maia relampejou memórias de quando isso aconteceu com ela.

Suas mãos tremiam.

Novamente, manchada de sangue, mas desta vez não era dela.

Ela olhou para cima, onde o sorriso de Bellatrix só o fez aumentar. — Opa. — e desapareceu.

O uniforme de Eden estava se enchendo de sangue enquanto Maia lutava para tapar o ferimento da melhor maneira que sabia. Os olhos do menino estavam abertos, mas a loira não sabia para onde eles estavam indo.

— Maia.

— Shh. — ela insistiu. — Não fale. Eu limpo isso e depois vamos para Madame Pomfrey, ok?

— Eu... Sinto muito. Sinto muito por... Ter pressionado você a... Ajudar Draco.

Maia quebrou naquele instante. Ela soluçou como uma garotinha, chorou como nunca havia chorado. Ela sabia que tinha que permanecer forte por Eden, mas não podia evitar os espasmos que tomaram conta de seu peito, ou a dor profunda que sentia em seu coração. Seu melhor amigo estava morrendo e ela não podia fazer nada a respeito.

— Não, não. Isso não é culpa sua. Você foi tão gentil comigo, mesmo quando eu não merecia, mesmo quando eu merecia ser deixada sozinha, você estava sempre ao meu lado. Fique comigo, por favor. Vou pedir ajuda.

Os olhos semicerrados de Eden vislumbraram uma criatura branca emergindo da varinha de Maia. — Você sabe como... Lançar um patrono. Você fez bem. Continue lutando. Estou tão... Orgulhoso de você.

Maia se agarrou ao peito de Eden como se sua vida dependesse disso. Ela queria protegê-lo, ela queria salvá-lo, ela queria curar aquela ferida que estava tirando sua vida pouco a pouco diante de seus olhos. Havia tantos sentimentos dentro dela que era difícil para ela pensar direito.

De repente, a respiração de Eden parou de bater no pescoço dela. Uma Maia desconcertada rapidamente se separou dele e acariciou seu rosto. — Não, não. Vamos. Acorde. Acorde, Eden. Não, por favor. Por favor. — assim que ela percebeu que ele havia fechado os olhos para sempre, o ar deixou seu peito.

Ela ficou com ele por mais algum tempo, compensando o tempo que ele não pôde ficar com ela. Ela o abraçou calmamente, tentando fazê-lo sair com a maior paz possível. Ela não se importava com os alunos correndo aqui e ali, ela só se importava em ficar um pouco mais com Éden.

Mas Éden estava morto. O menino que ela mais amava junto com seu próprio irmão em sua vida estava morto, e era tudo culpa dela. Foi ela quem o expôs a tanto perigo, foi ela quem se rebelou contra tudo e todos. E agora ela estava sozinha, com o sangue de seu melhor amigo em suas roupas e em seu rosto e um sentimento de tristeza irreparável em seu coração.

Ela se levantou e as lágrimas não estavam mais saindo. Ela se virou quando viu Madame Pomfrey e duas outras enfermeiras chegarem, alertadas pelo Patrono e horrorizadas com o que estava diante delas. Maia sabia que se ela desse uma última olhada no corpo de Éden, ela nunca iria querer se separar dele.

Apenas raiva vivia em seu corpo. Ela se cansou de chorar, suas lágrimas foram em vão porque só denotavam tristeza, não curavam nem salvavam vidas. Ela ouviu vozes ao fundo, como se não estivessem falando com ela, mas uma figura familiar se aproximou aos poucos, e segurou seu rosto entre as mãos ao vê-la ensanguentada e com um olhar perdido.

— Maia? Você pode me ouvir? Ei, você está bem? — Tonks afastou as mechas suadas da testa, e foi aí que a loira conseguiu focar seu olhar no de sua prima. — De onde está vindo esse sangue?

— Ele está morto. — murmurou Maia; nem ela mesma se ouviu.

— Quem, querida? Diga-me.

— Ela o matou. Bellatrix matou Eden. Ela o matou na minha frente e eu não fiz nada.

Tonks começou a se preocupar. O rosto de sua prima estava começando a esfriar, sua voz não passava de um sussurro e seus olhos a olhavam, mas não a viam.

Maia sentiu aquele formigamento familiar na palma da mão, mas dessa vez foi diferente. Não havia dor precedendo isso, nenhuma queimação em seu peito, apenas um formigamento. Ela olhou para as palmas de suas mãos, cobertas de sangue seco, e viu Tonks se afastar dela.

— Maia, o que está acontecendo?

— O que?

A garota de cabelos escuros - naquela noite - apontou para os olhos dele. — Seus olhos estão vermelhos... — ela se interrompeu quando sentiu um tremor no chão onde eles estavam. A pedra começou a rachar e uma brisa que se tornou violenta sacudiu suas roupas. Ela levantou a voz: — O que está acontecendo?!

Maia estava confusa, mas principalmente furiosa. Ela tinha visto o rosto de Bellatrix, seu sorriso sarcástico, sua expressão zombeteira, seu movimento de pulso, seu feitiço não-verbal com o qual ela fez Eden sangrar até a morte na frente dela. Aqueles olhos castanhos sem vida ficariam para sempre na mente da loira, que não conseguia pensar em nada além de vingança.

— Tonks! O que é isso?

— Arthur! Eu não sei o que está acontecendo. Os olhos de Maia ficaram vermelhos e então...

Um grito aterrorizante gelou seu sangue. O que começou com um suspiro suave de ar se transformou em uma nevasca repentina, o leve tremor agora fazendo até as colunas vibrarem no chão. Todos que passavam olhavam com espanto, mal lembrando o que estava acontecendo ao seu redor. O grito ensurdecedor veio da garganta de Maia, assim como o vento, bem como o que poderia ser classificado como um terremoto para todos ao redor. Seus punhos estavam cerrados e seu rosto estava olhando para o telhado do castelo.

De repente, ela ficou em silêncio. Ela olhou para Tonks, que mudou de posição, estranha e surpresa: os olhos de sua prima ainda estavam vermelhos.

— Bellatrix o matou, então ela vai pagar por isso.

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