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𓏲  . METANOIA . .៹♡
CAPÍTULO VINTE E QUATRO
─── A OVELHA NEGRA

MAIA MANTEVE A cabeça baixa durante toda a viagem, assim como nos dias que se seguiram ao evento. Ela gostaria de dizer o contrário, mas não se sentia corajosa o suficiente para enfrentar aqueles olhares estranhos que continuava recebendo. Neville e Eden tiveram que intervir quando as duas garotas separaram os lábios. Gina não pôde evitar aquele pequeno sorriso que cruzou seu rosto, mas ele desapareceu tão rápido quanto apareceu quando ela percebeu o que tinha acontecido. Maia, por sua vez, manteve o cenho franzido durante e após o beijo, sabendo que o que acabara de fazer poderia ser classificado como o ato mais corajoso do mundo ou o mais estúpido.

Neville agarrou Ginny pelo braço, forçando-a a segui-lo e não dando tempo para ela se despedir de Maia, que ainda estava atordoada. Ela não entendia o que tinha acabado de passar por sua cabeça; mais especificamente, por que ela não conseguiu manter a cabeça fria, como teria feito em qualquer outra situação. Eden apareceu ao lado dela, muito menos pálido do que na noite anterior e com a varinha - já recuperado - apontando para quem ousasse olhar para a amiga.

— Vocês não tem outro lugar para estarem? Aqueles que querem dizer alguma coisa para a minha amiga, eles vão ter que mexer comigo também.

Pouco a pouco a multidão começou a evaporar, não sem olhar para o sonserino. Eden agarrou a mão dela, ainda encarando os olhares dos poucos que restavam ao redor, e a forçou a entrar em um compartimento.

— Que diabos foi aquilo?

Maia buscou apoio nos olhos escuros de Éden, que a encaravam como se uma criança tivesse acabado de fazer besteira. — Eu não sei. Eu tinha que fazer alguma coisa, ela estava indo embora.

— Tudo bem, está feito. Não podemos fazer nada sobre isso agora. Ninguém vai dizer uma palavra.

Maia o encarou, mas depois se censurou que não era culpa dele. — Como você sabe disso?

— Porque sua namorada é popular em Hogwarts. Eles parecem gostar dela e não se atreveriam a arruinar a vida dela. Todos na família dela ficariam indignados se descobrissem que ela está com uma Malfoy.

A sonserina cobriu o rosto com as mãos e gemeu. — Eu sou estúpida, não sou? Eu continuo fodendo as coisas.

— Não diga isso. Vá para casa e aproveite essas férias como uma saída para sua mente. Mantenha suas coisas juntas; não podemos falhar agora.

Maia assentiu, agradecendo. Eden retribuiu o gesto e saiu da sala, tentando dar lugar ao amigo. Longe de ficar parada, Maia foi até o final do trem - embora tenha perdido o equilíbrio algumas vezes, tanto pelas pessoas batendo em seu ombro quanto quando o trem começou a andar - com a intenção de se debruçar na janela e fumar um cigarro afinal.

— Aqui vai a ovelha negra dos Malfoys. Estar com uma Weasley? Que desgraça. Você é uma vergonha para as famílias bruxas de sangue puro. — um menino da mesma casa murmurou quando ela passou por ele. Os jovens que o acompanhavam riram com vontade.

— A única coisa preta que você vai ver é o seu olho no espelho quando eu te foder. Não fale sobre ela, seu idiota.

Ela se interrompeu quando se viu sacar sua varinha e apontá-la para o garoto que havia falado. Ele não tinha mais de quatorze anos e parecia genuinamente assustado ao ver a madeira roçar em seu peito. Outros alunos se levantaram de seus assentos, e Maia guardou sua varinha quando viu Neville balançar a cabeça lentamente.

Ela começou a respirar mais rápido assim que saiu de lá. Ela afrouxou a gravata em volta do pescoço - era um ato que ela tinha feito de acordo com seu irmão, realmente e se dirigiu para o último carro. Uma vez lá, ela finalmente conseguiu acender o artefato trouxa em sua boca e exalou grandes quantidades de fumaça.

— Então é por isso que você não queria se casar comigo. — riu uma voz atrás dela. Blaise Zabini encostou-se nas grades que impediram um grande impacto.

— Ou qualquer menino, na verdade. Nada pessoal.

O menino sorriu. — Não posso culpá-la. Acho que sempre soube, no entanto.

— Sério? — Maia perguntou, um traço de um sorriso brincalhão em seus lábios.

— Você não estava exatamente encantando os caras ao longo dos anos. O que realmente te denunciou foi o Torneio Tribruxo. Todo mundo esperava que as garotas babassem por Durmstrang, e os garotos fizessem o mesmo com Beauxbatons. Mas acho que no momento em que vi você e Fleur Delacour saindo do Baile de Inverno percebi que não se aplicava a você.

Maia bufou e cobriu o rosto mais uma vez. — Isso foi uma grande surpresa, foi?

— Todo mundo estava atrás da princesa do Baile e acabou que ela estava com você o tempo todo. Vocês dois se deram bem?

— Ah, não, não realmente. Você vê, essa foi a primeira vez que eu tive uma queda por alguém. Ela estava me dando a atenção que eu queria por tanto tempo, então eu fiquei emocionada, para dizer o mínimo. Íamos para a Sala Precisa, conversávamos e ríamos pra caramba. Em um momento eu me vi tão hipnotizada por ela que criei coragem e a beijei.

Blaise não pôde evitar a risada que escapou de seus lábios. — Você tinha quatorze anos, pelo amor de Deus.

— Eu tinha! — Maia riu também. — Eu simplesmente não podia acreditar que ela estava realmente falando comigo de todo mundo, ela escolheu passar esse tempo comigo. Então algo dentro de mim disse 'bem, foda-se', e eu a beijei, mas depois dei um passo para trás e percebi que estava errada. Ela era três anos mais velha que eu e tinha que ser responsável, mesmo que eu não quisesse que ela fosse. Ela disse que gostaria que fôssemos apenas amigas. E isso é praticamente toda a história.

— Por que você não tentou de novo quando ficou mais velha?

— Nós paramos de conversar há um tempo. Não teria dado certo, estou aqui em Hogwarts, ela provavelmente já está trabalhando. Além disso, ela está casada agora. Com o irmão mais velho de Gina!

— A barba de Merlin, sua vida é mesmo uma piada.

— É. Mas se você deixar de fora a parte dos Comensais da Morte, eu estou feliz com isso. Deus, eu nunca imaginei que diria isso em voz alta. — suspirou Maia.

— Eu sei. Esses meses eu vi você sorrir mais do que nunca. Você costumava nunca sorrir. Sempre um sorriso malicioso, um sorriso de escárnio. Mas nunca um sorriso verdadeiro. Ela te faz feliz, então isso é tudo que importa. — quando Maia fez uma careta para ele, Blaise acrescentou: — Eu sou um observador, lembra? Eu não falo muito, meu negócio é assistir.

— Eu não acho que você é o único que assistiu. — afastou-se da garota, bufando. Ela jogou o cigarro.

Blaise se aproximou dela, perigosamente perto. — E daí? Deixe-os ver. É você quem controla este jogo. É você quem tem a vantagem. Sempre tem, sempre será. — o menino enviou-lhe um sorriso. — Escreva para mim algum dia, sim?

O menino desapareceu na massa de pessoas antes que Maia pudesse responder. Ela ficou olhando para ele; ela invejava como ele estava passando despercebido. As palavras dele ficaram gravadas em sua mente: era ela quem controlava o jogo. Era dela que tudo dependia, só dela. Ninguém seria capaz de controlar seus sentimentos ou emoções, ninguém poderia ditar qual seria seu destino, nem mesmo sua família. Maia Malfoy era ela mesma e ia começar a agir assim.

Ela se lembrou da primeira viagem de trem para Hogwarts naquele ano, como ela teve coragem de ser alguém que ela realmente não era, mais um ano. Como ela tentou se convencer de que era ela quem mandava e que não podia desistir agora. Apenas alguns meses atrás, ela estava realmente impressionada com tudo o que havia acontecido de setembro até agora.

Ela voltou para o compartimento que ela havia ocupado inicialmente com Eden, esperando que o menino estivesse lá. No entanto, ele não estava sozinho. Pansy estava sentada ao lado dele, não havia sinal de Daphne e Blaise, seus rostos sombrios.

— Maia. — Parkinson simplesmente a cumprimentou. A loira lançou um olhar para Eden, que pareceu assentir, então Maia soube instantaneamente que Pansy também sabia.

— Você tem algo a dizer sobre minha irmã? — Draco falou asperamente da porta do compartimento, braços cruzados e mandíbula apertada.

Os olhos acinzentados de Pansy viajaram de Draco para sua gêmea e nunca desviaram o olhar. Pansy parecia séria, como se não estivesse com disposição para piadas. Os olhos de Pansy não deixaram os dela quando ela disse. — Eu não.

Após esses eventos, Maia se sentiu estranhamente apoiada por seu irmão. Apesar dos avisos da garota, Draco tinha tomado a responsabilidade de se certificar de que nenhum sonserino falasse sobre o que tinha acabado de acontecer. Ele havia se sentado ao lado dela durante todo o passeio, as mãos apoiadas em suas pernas, tendo uma conversa leve, mas capaz de distrair as mentes dos quatro ocupantes.

No entanto, ela sabia, isso era impossível. Quando eles voltaram para a Mansão Malfoy, o silêncio voltou a ocupar todas as partes de seu cérebro. Draco pegou a mão de sua irmã e, com um forte aperto, fez com que a garota soubesse que ele ficaria ao lado dela não importa o que acontecesse.

Tudo isso provocou sentimentos mistos na garota. Maia tinha o hábito de acordar cedo, não conseguia dormir por muito tempo - em parte por pesadelos, em parte pela tensão causada por tudo o que realmente existia - e se surpreendeu quando Draco já estava na sala, esperando ela para tomar café da manhã. Frequentemente faziam caminhadas curtas no jardim sob o olhar atento de sua mãe e Bellatrix, que continuavam a residir na Mansão. Eles também compartilharam momentos em suas salas com a desculpa de adiantar o dever de casa que alguns professores lhes enviaram.

Porém, em uma dessas ocasiões, Maia não aguentou mais o silêncio que ensurdecia a sala.

— Por que você está assim? — a garota quis saber, deixando a caneta de lado.

— Como o quê?

— Você não pode ficar bem comigo namorando uma garota Weasley.

Draco engoliu em seco. — Estou tentando ser um bom irmão. Você precisa de mim. Vou me acostumar com isso, prometo.

Maia se levantou da cama. — Eu não quero que você se acostume com isso, eu quero que você me aceite como eu sou. Se você não pode fazer isso, então não, eu não preciso de você.

— O que eu quis dizer é que nós precisamos um do outro, nós nos amamos, nada mais importa, certo? Eu estou aqui não importa o que aconteça.

— Não me faça rir, Draco. E o Eden, então? Onde estava essa mentalidade quando ele confessou tudo para você? — Maia explodiu. A pele de Draco ficou branca. — Ele é seu amigo, pelo amor de Deus. Você não pode sair sem dar uma explicação razoável. Como você pôde fazer isso?

— Porque eu estava com medo! — o menino gritou. — Eden é meu melhor amigo, nada mais, e ele nunca será, não importa o quanto isso o machuque. Eu não queria que ele pensasse que ele tinha uma chance, então eu corri, como sempre faço, porque é tudo o que eu sempre faço. Eu não estava preparado para perder outra pessoa na minha vida, eu já perdi você há muito tempo. — Draco soltou uma risada sem humor. — Porque, vamos ser honestos, não somos os mesmos desde que este ano começou. Nós nos afastamos. Eu sempre quis ser como você: corajoso, defendendo o que você acredita, sempre cheio de determinação. Mas eu não sou como você, e foi isso que me matou. A vida que estou vivendo é a única coisa que saberei, porque é o que semeei. Mas você tem uma chance de sair daqui. Isso é tudo que eu sou.

— Draco, você não sabe quantas vezes eu sonhei em sair daqui com você.

O menino mexeu no cabelo, andando de um lado para o outro da sala. — Você ainda não entende, Maia, que podemos ser irmãos, mas não somos iguais. Mesmo que nos safássemos disso, eu estragaria tudo, é tudo o que faço. Você esqueceria, teria sucesso, mas eu ficaria preso aqui. Eu não sou você, você não é eu. Eu já aceitei isso, é hora de você também.

Maia abriu a boca, mas nada coerente saiu dela.

— Draco, filho, você pode vir aqui, por favor? — a voz de Narcissa quebrou o silêncio dos gêmeos.

O menino lançou outro olhar sombrio para sua irmã, que estava balançando a cabeça como se não pudesse acreditar na situação. Quando Draco saiu da sala houve um clique e algo apareceu na sala, assustando Maia.

— Dobby?

O elfo sorriu o máximo que pôde, curvando-se. — Srta. Malfoy! Dobby está feliz em ver a Srta. Malfoy, ela foi boa com Dobby!

— O que você está fazendo aqui? Meu pai pode vê-lo.

O rosto de Dobby ficou triste. O elfo se aproximou dela lentamente brincando com os dedos. — Alvo Dumbledore disse que a Srta. Malfoy deveria ajudar Dobby se algo acontecesse. A Srta. Malfoy tem que ajudar Harry Potter e seus amigos.

Maia olhou para Dobby como se ele tivesse acabado de dizer a coisa mais estúpida do mundo. — Harry Potter? O que aconteceu, Dobby? Onde ele está?

O elfo gesticulou silenciosamente, apontando para baixo. Imediatamente Maia se levantou, a porta se abriu, e quando a loira voltou a olhar para o lugar do elfo, não havia nada.

— Desça, Maia. — desta vez não era Narcissa, mas Bellatrix. Maia engoliu em seco imperceptivelmente quando a pegou pelos ombros. — Sua mãe queria que Draco tivesse algum crédito desde que sua missão de matar Dumbledore falhou, mas nem dessa vez ele poderia trazer honra para a família. Agora deixe-me dizer uma coisa: nós podemos ter Potter e seus amigos em nosso poder. O Lorde das Trevas descobre... Ele não esquecerá que fomos nós que os capturamos. Se forem realmente eles, não hesite em dizer isso, e seremos recompensados.

Maia sentiu que ia ficar doente. Ela se sentiu empalidecer e um suor incipiente começou a atacar sua nuca. Bellatrix a empurrou escada acima, onde todos os olhos caíram sobre ela. Ela olhou para Draco, que estava apertando a mandíbula. Sua mãe e Lucius tinham olhares esperançosos em seus rostos, sabendo que todos os seus fracassos seriam perdoados se entregassem Harry Potter ao Lorde das Trevas.

A partir do momento que Maia olhou para o trio de amigos ela soube que eram eles. Não foi preciso ser muito esperto para ver através do feitiço que eles colocaram: o nariz comprido de Weasley estava começando a aparecer claramente, os dentes de Granger, os olhos verde-esmeralda de Potter.

— Chegue mais perto, querida. — sua mãe sussurrou. — São eles?

A garota lambeu os lábios com a língua e estufou as narinas. Ela sabia que era a oportunidade perfeita, mas o medo nos olhos dos três a fez balançar a cabeça e virar a cabeça para trás.

— Acho que não, mãe.

— Olhar mais de perto! — sibilou Lucius.

— Estudei com eles desde os onze anos. Acho que seria capaz de reconhecê-los, pai. — Maia cuspiu.

Lucius deu a ela um olhar que a garota conhecia bem, mas parou de olhar para ela quando Bellatrix gritou. — Olha, alguma coisa está mudando!

Era verdade. Os feitiços no trio de amigos estavam começando a se desgastar, e o rosto inchado de Potter começou a tomar sua forma normal. Seus óculos redondos, cabelos desgrenhados e a famosa cicatriz na testa apareceram. Era o mesmo com seus dois amigos, o ruivo de Weasley e o cabelo crespo de Granger os denunciavam.

— Pegue-os! Precisamos descobrir onde está a espada. — Belatriz ordenou. Os ladrões que aparentemente os trouxeram para a Mansão agarraram os colarinhos de suas camisas, as pontas de suas varinhas quase cravando-se na pele de seus pescoços. — Acho que vou pegar a sangue-ruim para começar.

— Não! Deixe ela em paz, me leve! — Ron Weasley gritou tentando se livrar do aperto do Comensal da Morte, que estava rindo alto.

Maia teria gostado do gesto do Grifinório, mas foi em circunstâncias muito diferentes do que ela desejava. A sonserina lançou um olhar vazio para os grifinórios, que foram arrastados para as masmorras.

Draco manteve-se afastado da situação, intrigado. Maia entendeu que seu irmão não conseguiu dedurar os grifinórios, e a garota não teve que se perguntar o porquê duas vezes: Draco também não queria que eles terminassem, eles eram a única esperança de derrotar Voldemort de uma vez por todas. Maia desviou o olhar do irmão assim que ele veio pedir ajuda.

Hermione Granger havia perdido o controle da situação para Bellatrix. Ela havia enfiado a varinha na bochecha da garota, que soluçava de medo. Sua tia, por outro lado, ficou encantada com a nova aquisição que trouxeram. — O que faz você pensar que eles têm a espada, tia Bella? — Maia se preparou e tentou distrair a tia.

— Os Carrows nos informaram que três estudantes tentaram entrar no escritório de Dumbledore para roubá-la, no início de outubro. Mas não pode ser possível, veja, eu tenho a espada real no meu cofre.

— Então o que você possui deve ser a espada original. — concluiu Maia. — No entanto, se você precisar extrair informações deles, eu posso ser útil. Podemos ter uma conversa, de menina para menina, e ela saberá o que é melhor para ela. Porque se ela não me disser algo que nos agrada, então você vai tratar com ela. Impiedosa. — piorou a garota olhando para Granger nos olhos. Ela viu um pedido de ajuda em seus olhos castanhos, no entanto, seus olhos cinzas não podiam lhe dar o que ela precisava.

Bellatrix sorriu largamente, mas loucamente. — Você pode fazer isso com Potter e seu amiguinho. No entanto, eu não me importo de derramar um pouco de sangue ruim no chão. Estou me sentindo generoso hoje.

Maia apertou o maxilar o mais forte que pôde: seu plano não funcionou.

— Vamos, cale-se, vá para as masmorras. Estaremos aqui, nos divertindo!

Sinto muito, Granger, Maia queria dizer. Lamento que seja você quem tem que pagar.

A Malfoy deu um soco em uma das paredes mais próximas quando começou a ouvir os gritos de angústia e dor da jovem grifinória, acompanhados pela risada selvagem de sua tia. Um lumos foi murmurado, e a cena a surpreendeu mais do que ela esperava.

— Luna! O que você está fazendo aqui?

— Os Comensais da Morte me levaram no trem de volta para nossas casas no Natal. Acho que eles não estavam exatamente felizes com as crenças de meu pai e eu.

— O que ela está fazendo com ela?! — Ron agarrou Maia pela gola do pescoço, completamente fora de si. — Você tem que parar com isso!

Maia se inclinou para mais perto do rosto de Ron, mais furiosa do que nunca, seus narizes roçando e a sonserina entendendo o horror nos olhos do ruivo. — O que você quer que eu faça, hein? Estou amarrada. Ela está pagando por seus erros, seus idiotas, porque estou assumindo que foi um de vocês que fez merda. O que diabos você fizeram para acabar aqui?

— Harry disse o nome dele e o feitiço que Hermione colocou em nós desapareceu. Precisamos chegar até ela e sair daqui.

— Muito bem, Potter. — Maia murmurou. — Temos que pensar em algo para tirá-lo, e temos que pensar rápido.

Assim que as palavras saíram de sua boca, o estalar de dedos novamente, mas na frente dela. Maia nunca ficou tão feliz em ver Dobby novamente. — Dobby está aqui para ajudar Harry Potter!

— Ok, eu tenho algo em mente, mas você não vai gostar.

— Fala, Malfoy. — rosnou Ronald. Outro grito agudo vindo do andar de cima.

— Primeiro, Dobby deve levar Luna e Ollivander para um lugar seguro, não podemos arriscar mais vidas. No momento em que vocês dois aparecerem lá, minha tia vai parar de torturar Granger; ela vai ficar muito distraída com sua presença. Lá estão minha mãe e tem Draco também. Você tem que lutar contra eles para ter uma chance de chegar até Granger.

— Onde você estará? — Harry quis saber, ansioso.

— É completamente ridículo, mas a única razão pela qual você está lá em cima é porque você me surpreendeu. Não sei se eles vão acreditar nisso, mas é algo para nos dar tempo. Quando Dobby chegar, ele causará o caos. No meio de todo o caos, vou tentar distraí-los e levar Granger. Dobby vai tirar vocês daqui.

— E você? Eles vão te matar depois disso. — Ronald insistiu.

Maia balançou a cabeça. — Não se preocupe com isso. Bellatrix disse que a espada real está em seu cofre, mas não ligue para ela. Você sabe o que acontece com a original. Potter, pegue minha varinha. Eu notei que a que você tinha em sua mão não era sua. — Maia correu para abrir o cadeado que fechava o portão da masmorra. — Agora me faça um favor, sim? Eu não quero ver você até que você o derrote. Acha que pode fazer isso?

Harry enviou-lhe um sorriso tímido. — Eu posso tentar.

A sonserina encostou-se na parede e caiu no chão. Ela cobriu o rosto com as mãos, completamente confusa e sem saber o que fazer sobre o que estava prestes a acontecer. Como as coisas podem ter ficado tão fora de controle? Alguns meses atrás ela tinha tudo sob controle, agora ela poderia estar a poucas horas de morrer nas mãos de sua própria família.

Dobby reapareceu e pousou uma de suas pequenas mãos no ombro da garota, que, apesar de sentada, estava na altura da cabeça de Dobby. — A Srta. Malfoy é corajosa. Alvo Dumbledore teria ficado orgulhoso da Srta. Malfoy.

— Aquele velho se matou antes de me dizer a verdade. — rosnou a garota.

— A senhorita Malfoy pode ordenar a Dobby o que fazer agora.

— Tudo bem. Eu posso ouvi-los lutar. Temos que entrar agora. Você se lembra do lustre na sala de estar, não é? Eu preciso que você o faça cair. Com um pouco de sorte, ele pega um ladrão - ou ainda melhor, Bellatrix - sob ele.

Dobby assentiu firmemente. — Dobby está nisso! — com outro clique, o elfo desapareceu.

Maia tentou se preparar mentalmente para o que estava prestes a acontecer, mas sabia que por mais palavras de incentivo e sorte que dedicasse a si mesma, nada a fazia imaginar o que ia fazer. Ela estava a segundos de trair sua família e ir publicamente para o lado que foi ensinada a odiar desde a infância.

Ela se arrastou pelo chão da masmorra até ver a luz vindo da sala de jantar. Seus olhos ansiosos viram um pedaço da luta que estava se desenrolando: Harry tinha em sua posse de não uma, mas duas varinhas, e ela conseguiu alcançar um pouco de cabelo platinado – Draco – olhando para todos os lados, procurando com o que se defender. Assim como ela havia previsto, Bellatrix havia deixado de lado a diversão da tortura de Granger para ajudar sua irmã e sobrinho.

Ela olhou para cima, ainda escondida na escuridão das masmorras, e viu Dobby aparecer exatamente no local que a garota havia designado para ele. — Lumos maxima! — Maia sussurrou, grata por poder fazer magia sem varinha, e naquele instante ela aproveitou a confusão e cegueira temporária que o feitiço proporcionava para emergir de seu esconderijo. Harry, ainda um pouco atordoado, mas ciente da presença da Malfoy, entregou a varinha dela e ficou com a de Draco apenas.

Maia não pôde deixar de sofrer parcialmente com a cegueira que seu próprio feitiço havia causado. Os olhos dela se estreitaram, mas os olhos pálidos dela não conseguiam se acostumar com a luz do quarto. Portanto, quando um raio de luz vermelha veio da varinha de um dos asseclas do Lorde das Trevas em direção a sua localização, ela não pôde fazer nada para evitá-lo e a atingiu em cheio no ombro, rasgando a roupa que estava vestindo e fazendo um corte profundo no a articulação.

Instantaneamente, ela colocou a mão em seu ombro, cerrando os dentes para não proferir uma grande quantidade de palavrões. Ela se forçou a seguir em frente e reclamar em outro momento. Seu coração parou quando o olhar de sua mãe e o dela se encontraram. Os olhos de Narcissa se arregalaram quando ela viu o ferimento no braço de sua filha, manchando suas roupas de vermelho. A matriarca franziu a testa, mas não disse nada, como se soubesse o que Maia estava tentando fazer.

A garota olhou para cima e viu que Dobby estava prestes a derrubar o abajur. — Agora! — gritou Maia entre os dentes cerrados.

Dobby assentiu e pulou no lustre, derrubando o armário no chão da Mansão Malfoy. Draco correu para proteger sua mãe, jogando-a para trás enquanto os cristais da lâmpada se espalhavam por toda parte. Maia cobriu o rosto com a mão ruim e com a boa pegou Hermione Granger, que se jogou em seus braços como se fosse sua única salvação.

— Você está sangrando. — sussurrou Hermione, suas bochechas manchadas de lágrimas. — O que você está fazendo?

— Cala a boca, Granger. Estou tentando ajudar.

— Não podemos deixar você aqui, Maia. — gritou Hermione. — Você tem que vir com a gente.

Maia não podia discutir com a grifinória, pois Harry pegou as mãos de Hermione, que estava inevitavelmente ligada ao Malfoy e, de repente, eles não estavam mais na Mansão.

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