022
𓏲 . METANOIA . .៹♡
CAPÍTULO VINTE E DOIS
─── RECUPERAÇÃO
NAS SEMANAS SEGUINTES, Maia acordou no mesmo lugar e na mesma postura. Estava muito frio em Hogwarts, mas especialmente na Ala Hospitalar, então ela se enrolou na cadeira que Madame Pomfrey tinha colocado para ela ao lado da cama da Grifinória - apesar de dizer mil vezes que ela não poderia estar lá, a loira não tinha desistiu, então a enfermeira cedeu aos desejos da sonserina - e até acordou com um cobertor jogado sobre ela.
Ela acordou muito antes de Ginny, que dormia tranquilamente quando abriu os olhos. Ela estava com medo de que algo pudesse acontecer com ela enquanto ela não estava acordada, então seu cérebro estava dizendo a ela quando era hora de acordar. Foi terrivelmente desconfortável no início - uma dor nas costas veio sobre ela nos primeiros dias - mas depois seu corpo se acostumou a uma cadeira muito pequena para alguém com pernas tão longas.
Gina tinha repetidamente dito a ela que ela não precisava estar lá, que Madame Pomfrey cuidava bem dela e de suas feridas, e que ela estava se curando lentamente; mas os argumentos de Gina não a convenceram. Ela queria ter certeza de que a ruiva estava bem.
Longbottom tinha saído da Ala Hospitalar vários dias antes, deixando a cama vazia e permitindo que a garota se deitasse nela a qualquer momento – não enquanto Madame Pomfrey assistia, é claro. Maia ficou surpresa quando, um dia Neville passou para visitar Gina, Daphne e Eden entraram pela porta. O menino estava segurando uma caixa de chocolates em suas mãos, e colocou-a no criado-mudo ao lado da cama de Gina.
— Maia diz que você gosta de chocolate. É o melhor que consegui, minha mãe anda muito ocupada esses dias. — o menino se desculpou.
— É realmente ótimo. — Gina lambeu os lábios enquanto pegava um, faminta. — Estes são incríveis! Obrigada.
— Alguma notícia dos Carrows? — perguntou Maia. Ela mal tinha saído da enfermaria, nem tinha assistido a maioria das aulas.
— Eles estão mais cuidadosos agora, levando em conta o status do sangue e tudo isso. — respondeu Neville. — Eles realmente ouviram você. Eles ainda estão punindo trouxas e mestiços, no entanto.
— O Pirraça também está infernizando-os. — interferiu Dafne. — Uma tarde, depois da aula, eles apareceram com ovos no cabelo e a risada de Pirraça estava por todo o corredor. Parece que todo mundo já teve o suficiente, e o que você fez foi a gota d'água para alguns deles.
— O AD voltou. — notou Neville, pegando um chocolate da caixa de Ginny. — Estamos praticando mais do que nunca para o caso de o inferno acontecer novamente. Desta vez você não será a única a enfrentá-los. — ele disse diretamente para Maia, que assentiu.
Uma sensação estranha tomou conta de seu peito. Desta vez não era dor, mas orgulho. Orgulho de saber que ela não seria mais a única a arriscar tudo, mas que havia outros atrás dela que estavam pelas costas. E não era mais apenas Eden e Daphne, mas Neville e outros grifinórios, corvinais e lufas-lufas. Seu ato desencadeou ações que ela pensou que nunca aconteceriam: que todas as casas conseguiriam se unir. Ela ficou satisfeita sabendo que todos poderiam se unir pela mesma causa: derrotar o lado negro.
★
Outro dia, o queixo de Maia quase tocou o chão. Ginny ainda estava se recuperando, embora fosse verdade que ela começava a mostrar sinais de melhora, e seus braços ainda doíam quando ela tinha que escovar o cabelo, então Maia decidiu ajudá-la e fazer uma trança. Seus dedos congelaram quando Draco apareceu pela porta naquela tarde.
A princípio nenhum dos três disse nada. O menino estava com a mochila nas costas, o terno bem passado e as mãos escondidas nos bolsos. Seu olhar era indecifrável até que se aproximou da cama da ruiva - que dividia um olhar confuso com Maia - e deixou a mochila a seus pés.
— Eu não consegui te encontrar em lugar nenhum, então imaginei que você estaria aqui. — Draco começou. — Eu trouxe roupas limpas, caso você não queira descer para o Salão Comunal. Além disso, eu escrevi o dever de casa que eles estão nos enviando; sei que você não gosta de relaxar.
O rapaz entregou-lhe todas as coisas que lhe trouxera. — Obrigada. É muito atencioso da sua parte, Draco.
Draco assentiu, seu rosto mais relaxado agora. — Vejo você amanhã por aí? O almoço foi muito solitário sem você.
— Sim. — ela respondeu. Havia uma estranha tensão entre eles, embora nenhum deles quisesse reconhecê-la.
— Melhor? — desta vez, Draco perguntou diretamente com Gina. Esta última assentiu lentamente, murmurando um pequeno agradecimento. O coração de Maia disparou: Draco estava realmente fazendo isso por ela. — Bom.
O loiro saiu da sala, um tanto desconfortável e também não querendo interromper nada. No entanto, Maia se desculpou e o perseguiu. — Draco. — ela chamou quando o alcançou. Ela limpou a garganta. — Obrigada novamente. Você não precisava fazer isso.
— Você é minha irmã. Eu não entendo que tipo de relacionamento você tem agora com eles, com ela, mas eu estarei aqui. Você não precisa se explicar, Maia. Mas tome cuidado, hmm? Acredito que você é livre para fazer o que quiser, mas nem todo mundo pensa o mesmo.
Draco saiu depois disso.
★
Nos dias seguintes, Maia sentiu sua mente viajar a uma velocidade chocante. Ela sentiu que o vínculo com seu irmão ficou ainda mais forte - para Maia, sabendo que Draco estaria lá não importa o que fosse mais importante - e por isso mesmo seu coração se apertou cada vez que ela percebeu que estava escondendo dele uma parte importante de sua vida.
Muitas vezes ela se surpreendia pensando em outras coisas, sem prestar atenção no que estava acontecendo à sua frente. O que aconteceria quando Draco descobrisse tudo isso? Ele deixaria de estar lá para ela ou, pelo contrário, estariam mais unidos do que nunca? Agora que ela sabia em primeira mão onde a lealdade de Draco realmente estava, a tentação de dizer a ele que ela estava caçando as horcruxes de Voldemort para acabar com ele era terrivelmente forte.
Embora, dizia-se, ela não deveria abusar da sorte. Fazia apenas alguns dias que eles eram os mesmos de antes, e ela não queria confessar as coisas para ele tão cedo por medo de sua reação, até recentemente ele ainda estava do lado de seus pais, que sabiam com que rapidez ele poderia mudar de idéia novamente? Pensar nisso a assustou. Ela queria confiar completamente em seu irmão, mas não conhecia o cérebro dele como conhecia o seu próprio, e o mero pensamento de rejeição a fez descartar a ideia de lhe contar coisas.
Ela também não queria pressionar Draco. Afinal, a tarefa de derrubar as partes de Voldemort nasceu para proteger seu irmão, e ela não queria que Draco se sentisse culpado por todos os perigos a que Maia foi exposta para mantê-lo vivo. Ele ficaria orgulhoso dela ou ele pensaria que ela era estúpida e egoísta?
— Você está zoando de novo. — Gina acenou com a mão na frente do rosto. — Você tem certeza que está bem?
— Eu estou. — respondeu Maia secamente.
Gina ergueu uma sobrancelha. — Não me dê uma atitude. Você tem dormido bem?
— Não deveria ser eu quem se importa com você, agora? — a Malfoy sorriu se desculpando.
— Sou um livro aberto. Não importa o que aconteça, as pessoas sempre sabem se algo acontece comigo. — Gina observou. — Mas você... Você é um mistério. Merlin sabe o que se passa na sua cabeça.
Maia deu um longo olhar para Ginny. Ela estava deitada de bruços na cama, com o livro de Astronomia bem aberto, sem olhar para nada em particular. O curativo em seu braço não existia mais – Madame Pomfrey havia recomendado que ela não fizesse esforço e treinasse o braço, mas, como sempre, Gina não quis ouvir – e seu olhar recuperou um pouco daquele brilho característico.
Maia se surpreendeu com a força da ruiva. Qualquer um teria se rendido à constante tortura dos Comensais da Morte, mas parecia que esses eventos só encorajavam Gina a desafiar o que ela não achava correto. Ela era forte, e isso tranquilizou Maia.
— Está tudo bem. — Maia falou lentamente. — Gin. — a loira acrescentou, sabendo do efeito calmante que aquela simples palavra tinha na ruiva. — O que você está fazendo?
Gina ficou tão encantada olhando para Maia que não percebeu que a loira estava tentando mudar de assunto. — Oh, dever de casa de Astronomia. Eu não pude assistir às aulas da noite passada, então eu tenho que recuperar o atraso. Você é boa nisso?
— Você está brincando comigo? Sou horrível. Eu adormeci uma aula e desde aquele momento Sinistra olhou para mim todas as aulas.
— Você está brincando comigo? — retrucou Gina, surpresa. — A grande Maia Malfoy adormecendo durante a aula? O distintivo de monitor deveria ter falhado na sua capa. Você parece uma ótima aluna. Aposto que chorou.
Foi a vez de Maia levantar uma sobrancelha. — Eu não sou Granger. Era uma noite de quarta-feira e eu tive que substituir um dos artilheiros da Sonserina durante o treinamento, que a maioria dos membros da minha família tem nomes de estrelas e constelações. Eu literalmente só consigo identificar meu nome.
— Como você conseguiu um O no seu NOM, então? — Gina perguntou.
— Um sonserino é astuto, inteligente. Mas acima de tudo, nunca revelará seus segredos.
Maia assistiu com adoração enquanto Gina jogava a cabeça para trás ao rir. O luar penetrava no quarto da Grifinória e seu cabelo parecia ainda mais ruivo. As sardas em seu rosto agora eram acompanhadas por pequenas cicatrizes espalhadas por seu rosto, mas isso não enojou Maia de forma alguma. Gina era impulsiva e talvez muito imprudente às vezes — ela era uma grifinória afinal, ela pensou — mas ela sabia como superar as situações e sempre conseguia tirar o máximo proveito disso.
Então a Malfoy não pôde deixar de tirar os papéis e o livro pesado da cama de Gina e tomar aquele lugar ela mesma, beijando-a com saudade. — Você está bem. — murmurou Maia assim que desconectou seus lábios. — Você me assustou até a morte, nunca mais faça isso de novo.
— Claro que estou. Vai demorar mais do que isso para me tirar do caminho.
— Você parecia tão magoada quando eu te vi pela primeira vez. Eu senti que ia explodir, eu queria arruinar todos que te tocassem. Eu não posso me dar ao luxo de te perder, Gina. — sussurrou Maia. — Você é única.
Gina não disse mais nada. Ela não perguntou a que Maia se referia, nem mesmo fez piadas sobre a notória preocupação da garota. Ela apenas a forçou a se deitar ao lado dela, as cobertas cobrindo seus corpos e Maia gentilmente deslizando as pontas dos dedos ao longo do braço de Ginny. — Eu prometo que estou bem. Vou tentar me comportar a partir de agora. Como você deveria.
Maia olhou para ela atentamente. — O que você quer dizer? Aquele bastardo deseja que ele pudesse colocar a mão em mim.
— Você se expôs e eu sou a culpada. Agora todo mundo sabe que há discórdia entre você e aqueles Comensais da Morte - basicamente todo o lado negro -, e eu nunca me perdoaria se algo acontecesse com você por minha causa.
— Não é sua culpa. Fui eu quem decidiu explodir a maldita parede. — a ruiva sorriu um pouco. — Chegará o momento em que terei que enfrentar tudo o que fiz, e terei que enfrentar esse também. Continuo adiando o inevitável. Não se preocupe com isso, posso cuidar de mim mesma.
— Claro que eu me preocupo, eles são pessoas horríveis e eu sou sua namorada!
Houve um profundo silêncio na sala enquanto Gina corava tanto quanto seu cabelo e Maia tentava abafar uma risada. — Você é o que?
Para surpresa do Malfoy, Gina estufou o peito e sua voz não tremeu. — Sua namorada. Agora cale a boca.
Ginny a beijou descuidadamente devido à sua ânsia. A ruiva segurou sua bochecha com ternura enquanto aprofundava o beijo e Maia cantarolava alegremente em seus lábios. — Não se machuque. — a loira murmurou.
— Não me trate como um bebê. — retrucou Gina.
— Tudo bem, droga. — Maia suspirou profundamente e se virou, ajeitando o cabelo para olhar Gina de lado. — Como você sente se alguém está triste? Eu sou terrivelmente ruim com sentimentos.
A Weasley ficou pensativa por um momento e Maia olhou para ela novamente. — Eu acho que você pode dizer se você é próximo dessa pessoa. Eles não agem como eles mesmos, eles sorriem com menos frequência e podem não falar tanto. Você está triste?
Maia balançou a cabeça. — Não, não. Não sou eu. Percebi que algo está errado com Eden. Ele é sempre tão cheio de vida, tão borbulhante, e agora até falta algumas aulas.
— Talvez algo tenha acontecido? Com os pais dele?
— O pai de Eden faleceu há muito tempo. Ele era tão dedicado a Voldemort quanto minha tia Bellatrix - sempre arriscando sua vida, embora ele tivesse uma família, e torturando pessoas. Ele encontrou a morte em Azkaban, eu acho que ele não conseguia pensar em estar vazio e trancado. Eden mal o conhecia, ele tinha cinco anos quando morreu, mas ele não quer ser associado a ele de forma alguma. Sua mãe, por outro lado, é uma mulher descontraída. Ela foi pega nessa confusão porque ela se apaixonou pelo cara errado e teve Eden muito jovem. Ela teve que criá-lo sozinha, mas sempre com as melhores intenções. Acho que ela até sabe sobre mim. — Maia riu. — Eden e eu somos melhores amigos desde o primeiro ano e ela sempre gostou de me receber em casa. Toda vez que seu filho divagava sobre gostar de alguém.
— Ela parece adorável. — afirmou Gina com um sorriso saudoso. — Talvez ele goste de alguém agora e as coisas não tenham saído como ele esperava? — ela se aventurou.
— Geralmente não falamos sobre sentimentos. Só sabemos o que se passa dentro de nossas cabeças. Quando ele gostou de Daphne, no quarto ano, eu soube imediatamente. Não acho que seja sobre amor. Não, ele brigou com Draco.
— E por que isso? — Ginny quis saber, apoiando o cotovelo na cama.
— Draco não quer me contar e Eden diz que não é nada, mas eles não podem nem estar na presença um do outro. Você acha que eu deveria falar sobre isso ou deixá-los em paz?
— Eden é seu melhor amigo, acho que se fosse algo realmente preocupante, ele já teria te contado. Talvez seja realmente algo estúpido e passe antes que você perceba. Mas se você quer saber do que se trata, então vá. Talvez, se Eden perceber sua preocupação, ele ceda e se abra para você.
Maia puxou Ginny para si, que guinchou. — Você está certa. Eu vou falar com ele amanhã. — Maia deixou beijos curtos na pele exposta do pescoço e ombros de Ginny. — Você é a melhor.
— Ah, eu sou? — Ginny provocou, sua risada fluindo por causa dos beijos delicados de Maia. — Você está forçando a sua sorte.
— Eu estou? — respondeu Maia com um sorriso. — Eu não posso evitar.
Os beijos de Maia ficaram mais intensos, mas não chegaram à boca da ruiva. Ginny passava as mãos pelo cabelo de Maia toda vez que deixava uma pequena mordida em um ponto do pescoço. A loira beijou com mais cuidado quando encontrou uma das novas cicatrizes no corpo da ruiva, que tocou Gina.
Maia deixou sua mão viajar pelo abdômen, costas e coxas de Gina, e Gina estremeceu cada vez que sentiu a frieza das mãos da Malfoy. As bochechas de Gina estavam queimando quando Maia levantou a cabeça do pescoço da garota e deu um beijo alto em cada uma delas.
— Durma bem, Gin. — Maia murmurou em seu ouvido.
— Você vai seriamente fazer isso? — Gina sussurrou com raiva. Quando não obteve resposta da outra garota - que já havia se virado e tentava reprimir uma risada - ela resmungou e cobriu o rosto com as mãos. — Eu detesto você.
★
No dia seguinte, como ela havia assegurado a Ginny, ela estava preocupada em encontrar o momento certo para falar com seu irmão e melhor amigo. No entanto, até que esse momento chegasse, ela não podia deixar de ficar perto de Ginny o máximo que pudesse. Era fim de semana, então ela estava distraída com o calor dos cobertores da ruiva e a atenção que eles davam a ela.
Ginny provavelmente não estava mais chateada com o que tinha acontecido na noite anterior. Maia a abraçou a noite toda, e a Grifinória simplesmente não conseguia ficar brava. Várias vezes ela se repreendeu pela excessiva sensibilidade e compreensão que tinha em relação a Maia, mas depois se lembrou de que era a única pessoa que podia ver sua faceta amorosa, e entendeu que a perdoaria uma e outra vez apenas por poder para desfrutar desse luxo.
A ruiva tinha ido tomar banho enquanto Maia estava preguiçosa na cama. A loira apenas abriu um olho rapidamente quando ouviu a porta do banheiro se abrir, sabendo que Gina iria repreendê-la se descobrisse que ainda estava dormindo. Ela abriu a boca para se desculpar, mas as palavras não saíram. O cabelo molhado de Gina grudava em seu corpo, e Maia olhou atentamente para as gotas que deslizavam por sua pele que o roupão não cobria.
Maia percebeu e sorriu. — Eu sei o que você está tentando fazer. Não vai ser tão fácil.
— Hum? — zumbiu Ginny fingindo desinteresse.
— Você quer vingança. Eu entendo, de verdade. Mas isso não vai acontecer. — Ginny deslizou o tecido do roupão para baixo, mostrando seu ombro e olhando inocentemente para Maia. — Ok, talvez seja. — Maia rapidamente saiu da cama e caminhou até a porta, mas Gina sorriu e fechou a porta na cara dela. — Você vai implorar por mim, Weasley!
Maia decidiu que aquela seria sua despedida - ela não queria deixar Gina ganhar, mas não conseguia fugir da ideia de que não tinha mais nada para fazer ali - e saiu do quarto da menina com muito cuidado.
— Apenas a pessoa que eu queria ver. — alguém disse atrás dela e ela se sobressaltou imensamente. Neville sorriu se desculpando para ela. — Eu não queria te assustar.
— Merlin, Longbottom. Há quanto tempo você está esperando aqui?
— Não muito. Gina disse que você sairia imediatamente.
Maia fechou os olhos com força e olhou para a porta da Grifinória, murmurando coisas que Neville não podia ouvir. — Como você sabia que eu estaria aqui?
— Ah, isso é engraçado. Eu sei que você e Gina têm alguma coisa acontecendo, todos esses olhares não tão discretos no Salão Principal, Parkinson te chamando porque você está andando com uma traidora, sabe? E eu vi você várias vezes saindo desta sala.
Maia suspirou e começou a andar, certificando-se que desta vez ninguém os observava. — Ok, Neville. O que você quer?
— Nós estamos tendo nossa última reunião da AD antes do feriado de Páscoa. Eu pensei - Ginny decidiu não comentar, ela seria tendenciosa - que você poderia se juntar a nós. A chance que todos nós precisamos. Precisamos de você porque... Bem, você é você. Você é uma excelente duelista, você poderia nos ensinar tudo o que precisamos saber - as pessoas provavelmente não voltarão depois da Páscoa e precisam se proteger E você precisa de nós porque é sua chance de se redimir.
— E por que eu iria querer isso?
— Porque as pessoas vão se lembrar. — Neville declarou simplesmente. Então ele pegou algo do bolso. — Tome isto. Você não tem que me dar uma resposta agora. Quando o galeão começa a se mover é porque a reunião está marcada. Se você decidir vir, você sabe onde nos encontrar.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro