015
𓏲 . METANOIA . .៹♡
CAPÍTULO QUINZE
─── UMA GRANDE NOTÍCIA
15 DE NOVEMBRO DE 1992
O APITO SOOU e Madame Hooch jogou a bola no ar, Preece dando a Maia um olhar assassino, esses dois sendo os artilheiros que lutariam pela primeira goles da partida. Preece era alto, mas magro, não muito grande, e Flint achou divertido que Maia fosse sua oponente, dada a condição da jovem sonserina. Com certeza, Maia bateu nas costas da vassoura da Lufa-Lufa, que girou como um pião, e, sorrindo, Maia pegou a goles.
Ela correu para os aros do campo adversário, desviando de um balaço que veio diretamente para seu rosto, e passou a goles para Flint quando foi cercada por dois artilheiros da Lufa-Lufa. Ela derrubou a vassoura, passando entre as pernas de Preece, que parecia querer vingança, e as arquibancadas explodiram em aplausos.
— Droga! Malfoy é muito bom - eu nunca pensei que diria isso. — Lee Jordan comentou de seu assento ao lado dos professores.
Ela olhou para cima, onde seu irmão teve dificuldade em encontrar o delator, mas descobriu que Diggory também não estava tendo facilidade. Havia um pouco de neblina, mas não diminuiu significativamente as condições do jogo, então Maia desejou que Draco encontrasse o pomo rapidamente.
Ela saiu de sua letargia quando Montague passou a goles para ela com força. Ela o enfiou entre a vassoura e o peito, esquivando-se agilmente dos balaços lançados contra ela pelos batedores da Lufa-Lufa e tentando desequilibrá-la pelos outros Lufa-Lufas. Ela agarrou sua vassoura nova com força - a melhor do mercado, ela deveria acrescentar - e acelerou e desviou, fazendo com que os dois Lufa-Lufa se chocassem e se salvassem para que não caíssem da vassoura.
Ela estava mais perto do que nunca do goleiro do time adversário e jogou a goles o mais forte que pôde. A multidão da Sonserina explodiu em vivas e aplausos, cantando seu nome: tinha entrado. Montague e Flint gentilmente deram um tapa na cabeça dela e Maia sorriu: ela poderia se acostumar com isso.
Na verdade, essa ação foi repetida tantas vezes que, embora Cedrico Diggory pegasse o pomo - para desgosto de Draco, que furiosamente removeu suas proteções - o placar do jogo era muito volumoso para a Lufa-Lufa ter chance de vencer, mesmo somando aqueles 150 pontos.
Maia deixou o jogo nas costas de Marcus Flint, que proclamou aos quatro ventos que se no ano seguinte ela decidisse tentar, ele até deixaria a capitania para ela. A Malfoy curvou-se, divertida, na seção da Sonserina, que aclamou o nome dela, e sorriu largamente.
— Você tem Quadribol em seu sangue, Malfoy. — o capitão comentou. — Você merece um bom descanso, grande jogo.
No entanto, Maia não conseguiu jogar mais jogos naquele ano com a equipe da Sonserina, dadas as circunstâncias da Câmara Secreta, nem no ano seguinte, pois deixou a equipe após um jogo estelar.
HOJE
A Mansão permaneceu como ela se lembrava. Tão grande, mas tão vazio. O eco de seus passos reverberando nas paredes dos quartos. Tão escuro, tão sombrio. Maia sentiu que mal se lembrava dos tempos em que os raios de luz entravam pelo vidro, ou quando acendiam a lareira no inverno. Ela só se lembrava das paredes escuras, dos quartos desertos e dos passos de alguém, vagando pelos corredores como uma alma sofrendo.
Ela odiava pensar em tempos anteriores porque eles a lembravam do que ela vivia agora. Ela não se lembrava das vezes em que chamava aquelas quatro paredes de lar, porque não havia mais nada disso. Ela sentiu como se fossem quatro estranhos um para o outro, fingindo que estava tudo bem quando tudo estava desmoronando.
Ela ficou sentada pelo que pareceram horas em sua cama, desfeita. Ela passou a mão pelas cobertas, acariciando o toque suave do tecido da Sonserina. Seus pais os compraram para ela e Draco antes mesmo de entrar em Hogwarts, e embora na época isso a enchesse de felicidade, ela agora realmente percebeu que eles já tinham todo o seu futuro planejado.
Ela não tinha falado com seu irmão desde que eles voltaram para casa, mas ela sentiu que uma vez na Mansão Malfoy, as coisas começariam a voltar ao normal. Ela achava que era inevitável: eles tinham que se proteger agora mais do que nunca, e não podiam fazer isso nessas condições. Narcisa não tinha notado a discussão entre os gêmeos, e Maia agradeceu por isso, porque o que ela menos precisava agora eram repreensões de sua mãe.
Ela estava cansada. Cansada de ter que se opor a isso, quando não receberia nada além de dor e traição. Talvez fosse mais fácil desistir como Draco fez. Isso pouparia dores de cabeça; ela poderia continuar com os planos traçados, juntando-se ao lado negro. E daí se sua lealdade não pertencia a ela? Era o destino dela. Ela ia ter que fazer isso de qualquer maneira.
Uma batida suave na porta a fez soltar os lençóis. Sua mãe espiou, seu cabelo loiro, mais escuro que o dela, liso e deslizando pelos ombros.
— Nós estamos saindo em dez minutos. Você está pronta? — Narcisa perguntou com um pequeno sorriso. Maia se levantou da cama, exibindo seu vestido. A mãe olhou para ela e alargou o sorriso. Era um vestido que ela tinha dado a si mesma, azul pastel, com diamantes ancorados no corpete, as costas expostas e cobrindo os tornozelos. — Você está linda, Maia.
— Obrigada. — foi a única coisa que Maia sussurrou baixinho.
— Devo dizer que você se parece muito comigo quando eu era jovem. Você pode ter os olhos do seu pai, mas você definitivamente tem os genes Black. Olhe.
Narcisa fez um gesto para que ela fosse com ela, e Maia, curiosa, obedeceu. Elas entraram no quarto dos pais e Narcisa abriu um livro velho - a julgar pela aparência e pela poeira no verso. Ela vasculhou todas as fotos que havia - fotos que lembrariam sua mãe de ver - até encontrar uma em particular. Nele, três garotas de diferentes idades estavam de costas para uma grande mansão de aparência séria, nenhuma delas sorrindo. Uma tinha cabelos pretos desgrenhados e olhos negros profundamente amargos. A outra foi facilmente reconhecida; era sua mãe. Ela era exatamente como Maia, exceto com olhos azuis como gelo. Entre as duas, uma garota de cabelos escuros, visivelmente mais velha que sua mãe, provavelmente da idade de Bellatrix.
— É Andrômeda? — Maia murmurou, passando a ponta dos dedos sobre a foto antiga.
— Sim, é Andrômeda, minha irmã mais velha. Não tenho muitas fotos, apenas as poucas que me deram tempo para colecionar. Ela se casou muito jovem e nunca mais apareceu em nossas vidas, então só tenho fotos da nossa adolescência.
— Ela se parece um pouco com a tia Bellatrix. Ela se casou com um trouxa, certo?
Sua mãe ficou um pouco tensa ao lado dela, seus olhos azuis se arregalando. Ela fechou o álbum abruptamente. — Sim. Um Lufa-Lufa chamado Ted Tonks. Eles se casaram e tiveram uma filha, mas eu nunca tive notícias da minha irmã.
— Ah, então foi mais fácil do que parece. — Maia soltou, sabendo que sua mãe a ouviria, e seu coração se agitou de culpa ao ver seu rosto triste. — Eu gostaria de conhecê-la algum dia.
— Eu não sei se é o mais apropriado...
— E minha prima também. — Maia interrompeu, os cantos de seus lábios subindo. — Vamos embora?
★
— Felicidades! — os seis gritaram, batendo seus copos. Então todos afogaram o líquido ardente pela garganta.
Daphne e Eden tossiram enquanto o uísque de fogo queimava em seus estômagos, enquanto os quatro restantes riam, divertidos, com a reação dos dois mais jovens.
— Acho que você nunca fez isso. — Pansy engasgou. Draco a segurou pela cintura enquanto ria alto.
— Normalmente meus pais não bebem uísque de fogo nos jantares de Natal, mas parece que desta vez a ocasião valeu a pena. — Daphne disse com a garrafa na mão e rindo. O jantar havia terminado uma hora atrás, então o mais novo se aproveitou da multidão na sala do Greengrass para fugir para o terraço da Mansão com álcool. A verdade é que nenhum dos seis se opôs à ideia de beber até esquecerem seus nomes, mas a maioria incentivou essa ideia.
O jantar fora tenso. Lord Voldemort presidiu a longa mesa, com as famílias Greengrass, Zabini, Malfoy, Parkinson e o que restava dos Whitakers, além de muitos outros conhecidos no mundo bruxo por sua relação com o lado negro. Era uma regra implícita que as crianças se sentassem ao lado dos pais, então Draco e Maia haviam tomado seus lugares ao lado de Lucius e Narcisa, que também pareciam mais arrumados para a ocasião.
Tudo havia passado em silêncio, apenas ouvindo o barulho dos talheres contra os pratos ou o golpe de alguns. Ocasionalmente Voldemort fazia uma pergunta aleatória, mas ninguém prestava muita atenção a menos que ele as abordasse especificamente. Felizmente para Maia, ele nunca havia falado diretamente com ela, mas ela sentiu seus olhos vermelhos a observando.
Após o jantar, Voldemort educadamente pediu aos adolescentes que saíssem da sala para conversar com os adultos, e o grupo saiu, aliviado, assim como outros como Astoria ou Theodore Nott.
— Vamos, beba isso. — Daphne disse para Maia com um sorriso malicioso. — Eu acho que você é a mais sóbria, então é a sua vez.
Pansy riu, ainda nos braços de Draco, enquanto Daphne enchia o copo de Maia até que não houvesse mais líquido para enchê-lo. Eden olhou para ela - você não precisa beber isso para provar nada - mas Maia se sentiu encorajada pelo líquido ardente dentro de seu corpo, então ela sorriu também.
— O que eu ganho em troca?
Daphne sorriu. — O que você quer?
Blaise e Draco fizeram sons - ooooh - com o óbvio flerte de Daphne com Maia. O sorriso da última congelou, sentindo-se estranhamente envolvida no jogo da Greengrass. Sem dizer nada, ela bebeu o copo e estremeceu logo em seguida, absorvendo o gosto do álcool. Pansy cumprimenta Maia, e Daphne revirou os olhos enquanto ria.
Os garotos continuavam afogando álcool em seus corpos, exceto Eden, que sorria timidamente toda vez que lhe ofereciam uma bebida e dizia que estava tonto demais para continuar. Draco e Blaise se entreolharam e deram de ombros ao mesmo tempo, decidindo beber.
O frio não estava mais em seus corpos. Vestiam terno preto e camisa branca - muito original, pensou Maia ao ver as três com a mesma coisa - enquanto vestiam vestidos de cores diferentes, cortes e detalhes diferentes.
Decidiram sentar-se nas poltronas do terraço, perfeitamente equipadas com cobertores para aguentar o frio característico do Natal.
A Greengrass mais velha estava chegando perigosamente perto dela, e embora uma parte de Maia estivesse atraída pelo jogo, a outra parte estava dizendo para ela ficar longe ou as coisas acabariam mal. Mas quem se importava? Daphne estava bêbada, disso não havia dúvida: ela falava apressadamente e seus olhos verdes se estreitavam cada vez que ela ria. Eden também a tinha visto e lançou vários olhares de advertência para Maia, que simplesmente deu de ombros.
— Eu amo vocês. Esta é de longe a melhor noite da minha vida. — Pansy sorriu, seus olhos tão apagados quanto os de Daphne.
— Você é um moleque, Parkinson. — Eden disse, bebendo do copo. — E bêbada.
— Ei, Maia, tenho mais disso no meu quarto. Vem comigo? — Daphne propôs.
No entanto, ela foi a única que notou. Os outros estavam muito absortos conversando uns com os outros, ou simplesmente não se importando com o que estava acontecendo ao seu redor, curtindo a noite. Então Maia assentiu. Daphne passou o braço ao redor do dela, como se tivesse medo de cair - Maia pensou nisso, enquanto a Greengrass andava de um lado para o outro - antes de chegar ao seu quarto. Por sorte, o terraço do Solar não obrigou a passar pela sala de jantar, mas conduzia diretamente ao corredor do último andar, onde ficavam os quartos.
Daphne fechou a porta quando as duas entraram na sala. Maia nunca tinha estado lá antes, então ela tomou seu tempo para observá-lo. A maior parte da sala estava coberta de pôsteres de cantores ou fotos com sua irmã Astoria. A Greengrass foi na ponta dos pés para alcançar a prateleira de cima de seu armário para pegar as garrafas que ela conseguiu adquirir na cozinha de seus pais.
Maia sorriu quando Daphne não conseguiu chegar onde ela mesma os havia depositado e estendeu a mão para pegá-los. Ela apontou para os calcanhares, tentando justificar por que conseguia chegar a essa altura - como se não fosse mais alta do que a maioria estando descalça - e entregou-lhe as duas garrafas que conseguira visualizar.
Maia percebeu rapidamente a condição da loira. Ela não falava muito - por medo de arrastar as palavras - e olhava muito fixamente para as coisas. — Você está bem? — Maia finalmente perguntou. Ela ficava bêbada de vez em quando, mas nunca tinha visto o estado de Daphne antes e, contando que ela estava em sua própria casa, não queria deixar a menina à sua sorte.
— Sim, claro. — ela disse abrindo outra das garrafas e tomando um grande gole. — Você está linda. Azul combina com você. — Daphne caminhou até ela e colocou uma mecha atrás da orelha. Maia estremeceu.
— Você precisa parar de beber. Se seus pais ligarem para você, você está ferrada, Daphne.
— Quem se importa? Eles nem me levam em conta. Eles pensam que eu sou a fraca, e que a filha que realmente os beneficia é Astoria. Ela é tudo o que eles querem em uma filha: inteligente, ambiciosa e sigo seus passos. Mas aos olhos deles eu não sou assim, e isso me condenou.
— Vamos, Daphne. Você não sabe o que diz. Você não está totalmente consciente agora.
A Greengrass se aproximou de Maia e passou os braços em volta do pescoço. A respiração de Malfoy acelerou, sem saber como responder às ações dela.
— Eu estou perfeitamente ciente. Eu não quero seguir seus passos, Maia. Eu quero ser eu mesma. Você não quer ser você? Estou cansada de sempre ter que ouvi-los. Eu odeio ter que fingir o que eu não sou. Eu só quero que isso acabe.
Maia a entendia perfeitamente, mas sua posição só a fazia se sentir desconfortável. — Você vale mais do que seus pais dizem, Daphne. Não dê ouvidos a eles. Nós não nascemos para isso. Seremos quem queremos ser, algum dia, eu prometo a você.
— Sério? — Daphne olhou em seus olhos esperançosamente.
A Malfoy deu-lhe um sorriso. Daphne a beijou. Maia instintivamente fechou os olhos, mas rapidamente ficou tensa: aqueles não eram os lábios de Gina. O beijo de Daphne foi desleixado e rápido devido ao seu estado de embriaguez, e Maia se separou o mais gentilmente que pôde, não querendo ferir os sentimentos da garota.
A boca de Daphne estava ligeiramente aberta, como se ela tivesse acabado de perceber o que tinha feito. Maia abriu a boca para dizer algo, mas nenhuma palavra saiu. Provavelmente em outras circunstâncias ela teria retribuído, mas agora ela tinha Ginny em sua vida. E elas podem não ser nada sério, mas o coração de Maia a impediu de trair todas as vezes que ela juntou os lábios com a ruiva.
— Não se preocupe, Daph. Você está bêbada. — Maia disse rapidamente, vendo os olhos molhados do Greengrass. — Eu não vou contar a ninguém.
Parecia que ela precisava de um abraço, então a Malfoy a abraçou. Daphne começou a chorar em seus braços de forma desconsolada. Maia concluiu que não só estava bêbada, como acabara de lhe mostrar seu segredo mais profundo. Maia sentiu profunda empatia pela garota, que ainda soluçava.
— Está tudo bem. — ela a pegou pelos ombros e sorriu gentilmente para ela. — Você tem que comer alguma coisa para ficar sóbria. Espere, eu vou limpar seu batom. — Maia pegou sua varinha e consertou a bagunça que Daphne tinha nos lábios, e aproveitou para fazer o mesmo com a sua - graças à garota. — Devemos descer, eles vão começar a suspeitar.
— Sinto muito, Maia. Eu não deveria... Não, deixe-me falar. — parecia que o álcool estava descendo do corpo de Daphne, que parecia falar muito melhor agora. — Eu sei que Theo e eu saímos por alguns meses, mas percebi que não ia funcionar porque eu tinha minha cabeça e coração fora desse relacionamento. Comecei a olhar mais para as meninas do que para os meninos, e que você estava na minha frente sempre não ajudou. Você é sempre tão segura de si mesma, tão inteligente... Eu não pude deixar de admirá-la, e acho que com o tempo percebi que minha atração por você estava aumentando. Você é gostosa, você não pode me culpar. — Daphne deu uma risadinha. Então seu rosto escureceu. — Sinto muito pelo que vai acontecer esta noite, Maia. Eu realmente sinto.
— O que? Como assim? — Maia ficou intrigada.
No entanto, Daphne não respondeu. Ela abriu a porta para a grande sala de jantar, onde todas as famílias estavam de pé, cercando uma figura.
— Ah, aí está você, Maia. Aproxime-se, por favor. — Lucius estendeu a mão e um sorriso ocupou seus lábios.
Ignorante, Maia olhou para Daphne e, como não encontrou resposta, procurou os outros na sala. Eden estava balançando a cabeça, Draco estava olhando para ela com tristeza nos olhos, e Blaise e Pansy não ousaram levantar a cabeça.
A Malfoy pegou as saias do vestido dela para não tropeçar, e torceu para que o rosto e o cabelo dela estivessem nas melhores condições. Relutante, ela pegou a mão de Lucius, e seu olhar caiu sobre sua mãe, que também não se dignou a olhá-la nos olhos. O que estava acontecendo lá?
— Gostaria de fazer um anúncio, aproveitando o fato de que estamos todos aqui agora, incluindo meu Senhor. É uma grande honra e prazer para a família Malfoy se unir às famílias Zabini e Greengrass. Após vários dias de conversas as três famílias acordaram um grande reforço para as fileiras do Lorde das Trevas e, além disso, para a preservação da pureza do sangue em nossos filhos e, no devido tempo, também para nossos netos. Por isso, decidimos a conveniência que nosso filho Draco ficará noivo da jovem Astoria, assim que ela tiver a idade necessária. — Maia evitou abrir a boca horrorizada. Ela olhou para seu irmão, apertando sua mandíbula impotente. Astoria tinha apenas quatorze anos. O que diabos eles estavam pensando? — E nossa querida Maia, aqui presente.
A cabeça de Maia estava girando. Ela sabia que esse dia chegaria, mas ela não teria imaginado dessa forma.
Agora ela entendia tudo. Ela olhou ao redor, piscando, como se fosse acordar daquele sonho a qualquer momento. Blaise foi o primeiro a chegar até ela. — Eu sinto muito. — foi a única coisa que ele murmurou em seus ouvidos quando a envolveu em um abraço. Os presentes aplaudiram novamente, pensando que este gesto era um bom começo para seu futuro casamento.
Lágrimas estavam se acumulando em seus olhos. Blaise se afastou dela com uma expressão contida, e o próximo a abraçá-la foi seu próprio pai. Como ele teve a audácia? Como ele encontrou em seu corpo covarde um pedaço de dignidade para segurá-la depois do que havia feito? Ela enxugou as lágrimas agressivamente e olhou para sua mãe, que estava bem na sua frente, Lucius de costas para Narcisa.
Ela se aproximou do ouvido de seu pai e cuspiu, alto o suficiente para sua mãe também ouvi-la, um sussurro:
— Eu nunca vou esquecer isso.
❛ Na minha pele vou tatuar a
tua inicial porque é minha
para lembrar para sempre
o que um dia me fizeste. ❜
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro