013
𓏲 . METANOIA . .៹♡
CAPÍTULO TREZE
─── O CERTO
29 DE MAIO DE 1993
NAQUELE DIA, O time de Quadribol da Sonserina treinou tarde da noite. O ano estava acabando, mas o capitão sempre os chamava para os treinos nas horas e dias mais inesperados. Ele disse que eles nunca tinham que ser pegos de surpresa, e embora Maia concordasse com esse lema - pelo menos, na maioria das vezes - ela não estava muito animada com o treinamento quando faltavam algumas semanas para terminar a escola. As partidas já tinham acabado e aquele uniforme tirava o fôlego em um clima tão quente.
Ela tinha uma sensação ruim no fundo do estômago, e eles geralmente nunca falhavam, mas ela decidiu ignorá-la e continuar voando. Atrás dela, os dois batedores lutavam para ver quem havia acertado o balaço mais cedo. O goleiro parecia um pouco entediado, pois ninguém se aproximou dos aros. Ela mesma era uma artilheira, mas a verdade é que nenhuma das outras duas artilheiras queria treinar naquela época.
Draco, por outro lado, ainda estava procurando o pomo com olho de gato. Maia sabia que ele estava fazendo isso porque não queria fazer papel de bobo na frente de Potter novamente. Ele foi o único da equipe que entrou não por mérito próprio, mas porque seu pai havia comprado novas vassouras para todos. Embora isso pudesse ter avançado no processo de entrada de Maia na equipe, era verdade que a garota voava muito rápido para seu tamanho, e suas habilidades como artilheira superavam as dos meninos mais robustos em anos superiores.
Flint chamou todos eles.
— Eu sei que o Quadribol não vai começar de novo até setembro próximo, mas eu preciso que vocês estejam em forma para as próximas partidas. Não podemos nos ridicularizar assim na frente da Grifinória - de novo. — ele disse, olhando para Draco, que baixou os olhos.
Maia sentiu uma dor repentina no peito. Ficou lá por alguns momentos, durante os quais ela teve que se esforçar para manter o equilíbrio na vassoura, mas foi embora assim que chegou. Ela voltou sua atenção para Flint, que estava movendo os lábios, mas o som não chegou aos ouvidos de Maia.
A dor voltou, desta vez muito mais intensa. Ela soltou um rosnado e suas mãos soltaram a madeira da vassoura. Ela caiu no chão, as vozes de seus companheiros gritando, Draco acima de qualquer um.
No dia seguinte ela acordou na Ala Hospitalar com dor de cabeça e no peito, mas sem se lembrar de nada do que havia acontecido. Ela estreitou os olhos quando viu Lucius entrar na enfermaria, com seu cabelo loiro platinado característico e a bengala que tanto assustava os gêmeos quando eram mais jovens.
— Pai?
Lucius olhou para ela. — Como você está, Maia? Draco me disse que você desmaiou.
— Eu não me lembro, pai. Só me lembro de uma dor profunda no meu peito, e então tudo ficou preto. Eu vou ficar bem?
— Claro, querida. Madame Pomfrey disse que deve ser desidratação. Você deve tomar uma poção e depois descansar, mas tudo ficará bem. — Maia assentiu e Lucius retribuiu o gesto. — No entanto, o ano foi suspenso, devido aos fatos. Como você precisa descansar, você voltará para casa com sua mãe e eu.
— Sim, Pai. — Maia nunca foi de responder, então ela apenas assentiu.
Ela não viu seu pai se virar e arregalar os olhos. Mesmo que ele não demonstrasse, ele se importava com seus filhos, e a fonte da dor de Maia era definitivamente sua culpa.
HOJE
— Você está brilhando. — Eden disse levando um pedaço de bacon à boca. Ele mastigou, esperando uma resposta de Maia que nunca veio. — É como, um brilho em seus olhos.
Pansy entrou na conversa com um sorriso malicioso nos lábios, deixando cair os livros pesados sobre a mesa. — E ela não estava no quarto ontem à noite quando Daphne e eu chegamos. Acho que ela tem alguns segredos para revelar.
— Deixa a em paz. — Zabini interrompeu, tomando café. — Ela estava ao redor do castelo comigo - graças aos Carrows. — Maia nem tinha falado ainda, apenas lançou um olhar agradecido para o menino, que assentiu com um pequeno sorriso.
A alguns assentos de distância, Draco estava atento à conversa, pensando que passaria despercebido se ele se afastasse, mas, para seu desgosto, Maia estava plenamente consciente de sua presença. O menino estava com o rosto apoiado na mão, tentando esconder, mas a realidade era que sua irmã podia lê-lo como um livro aberto, e o estômago de Maia revirou ao pensar que Draco ainda estava interessado em sua vida.
Pansy e Eden trocaram um olhar e, ao mesmo tempo, fizeram um grunhido de relutância, o que provocou uma risada de Daphne, que assistia a cena, divertida. Ela não estava muito familiarizada com Daphne, mas parecia gentil com ela, então ela deu um pequeno sorriso também.
— Se não houver fofoca, então eu tenho medo de ir embora. Eu tenho Aritmancia agora, porra, me mate. — Pansy comentou. — Você está vindo? — ela então perguntou a Draco, que simplesmente assentiu. Pansy se despediu dos dois, e Eden e Maia os viram desaparecer.
Se Eden tivesse notado seu 'brilho', quem mais poderia ter notado? Era tão óbvio? Ela tentou se convencer de que Eden era simplesmente seu melhor amigo, e ele captou cada detalhe que lhe ocorreu. No entanto, os comentários de Pansy só alimentaram a chama da dúvida que estava em sua cabeça desde a noite anterior: o que ela estava fazendo?
Ela não pôde deixar de olhar para Gina, mas não havia sinal da garota na mesa da Grifinória, então Maia focou seu olhar em seus ovos mexidos, um tanto desapontada. Logo depois, Blaise e Daphne também marcharam, despedindo-se com um gesto brando.
— Fale. — Eden disse, de repente, quando estavam sozinhos. — Você pode mentir para eles, mas não pode mentir para mim.
— O quê? O próprio Zabini disse, eu tive uma turnê fantástica.
— Vamos, Maia, isso é bom. Eu nunca ouvi nada sobre sua vida amorosa, provavelmente estou mais empolgado com isso do que você. Mesmo assim, ainda quero ouvir.
— De que vida amorosa você está falando? A única coisa que eu amo é quando você cala a boca, querido Eden.
Eden estreitou os olhos. — Você sabe que eu sou muito perspicaz. Quero dizer, eu posso descobrir quando quiser. E eu quero agora.
Maia balançou a cabeça, murmurando idiota baixinho. A verdade era bem diferente daquela que ela estava contando para o amigo. Ela não conseguia se lembrar de quantas vezes na noite anterior sua pele teve arrepios, ou quantas vezes ela olhou para aqueles olhos castanhos ardentes, ou quantas vezes seus lábios se separaram para ficarem juntos novamente. Ela estremeceu só de pensar; algo estava se formando dentro dela - ela se recusava a acreditar na existência de borboletas em seu estômago - e seu coração estava acelerado.
Ela não sabia por que foi forçada a beijar Ginny. Em sua cabeça não havia outra escolha a não ser atraí-la para si e capturar seus lábios com os seus. No entanto, também ficou claro que a ruiva não reclamou, nem fez nada para evitar que isso acontecesse; na verdade, ela tinha certeza de que ainda tinha bochechas rosadas como seu cabelo. Ela reprimiu o instinto de procurá-la novamente, sabendo que Eden continuaria com o assunto.
— É assim? — Éden suspirou. — Então eu não tenho escolha. ALGUÉM...
— Que porra você está fazendo? Você perdeu a cabeça?! — Maia o agarrou pela capa e o arrastou de volta para o banco, seus olhos acusadores e seu punho cerrado ao redor do pano. — Eu vou te dizer se você prometer calar a boca sobre isso.
— Promessa.
— Não, realmente. Nada do que eu lhe disser agora pode ser compartilhado. Nada.
Eden levou a mão à boca e fingiu fechar o zíper.
Dizer que Maia estava nervosa era um eufemismo. Merlin, ela iria revelar seu maior segredo para duas pessoas diferentes em menos de duas semanas. Uma parte dela queria ficar em silêncio – ela não queria perder Eden – e contar a ele sobre qualquer estupidez. No entanto, a outra parte estava morrendo de vontade de finalmente dizer a ele que ela nunca estaria interessada em namorar Theodore Nott. Ela engoliu em seco e disse a si mesma que se Eden fugisse na época, ele nunca a teria amado de verdade.
— Eu estava guardando o castelo para os Carrows com Zabini quando um Corvinal apareceu. o menino veio da Sala Precisa, e voilà, lá estava a Armada de Dumbledore - que nome estúpido, realmente...
— Você é tão lento que uma tartaruga iria ultrapassá-lo. Hora de apimentar as coisas, vamos lá. Você ficou com aquele cara?
— Não. Embora eu tenha beijado outra pessoa. — Maia soltou um sussurro. Eden olhou para ela, incitando-a a continuar, enquanto o sorriso em seus lábios se alargava. — Eu beijei Gina Weasley.
O sorriso de Eden congelou.
O coração de Maia começou a bater rapidamente. Foda-se. Foda-se. Ela não deveria ter dito nada a ele. Ela estendeu a mão para fazer contato com a mão dele.
— Deixe-me explicar.
— Não. Não há nada para explicar. Você ficou com uma grifinória, uma traidora de sangue e uma garota. — Eden olhou para ela seriamente, mas não pôde evitar o sorriso em seus lábios. — Isso é incrível!
— Espere, o que?
— Você é a ovelha negra literal dos Malfoys. Droga. Eu estava torcendo por você. Você está ferrada. — ele riu. — O quê? Você pensou que eu não sabia? Eu sou seu melhor amigo desde que você era tão alto. Eu só quero que você saiba que o que importa é você ser feliz, eu não me importo se é um menino, uma menina, um trouxa, um traidor de sangue ou o que quer que seja, você escolhe.
Maia tirou um livro da mochila e bateu em Eden com toda a força. Ele gemeu. — Você me assustou. Você é um idiota. Eu pensei que você ia me odiar.
— Oh, Maia. Eu nunca poderia te odiar. Você é minha melhor amiga. Eu te amo do mesmo jeito - se não mais, realmente. Como foi? — Eden se levantou e abraçou a garota por trás, então mudou de assunto. — Vapor é o que eu estou procurando.
— Bem, você não está errado. Eu não esperava que isso acontecesse, mas eu tinha esse desejo em meu coração e não consegui parar. Eu não sei o que deu em mim, realmente, mas eu precisava beijar ela. Então eu fiz. Nós ficamos muito, muito tempo, e então dormimos juntas na Sala Precisa.
— Você o que?!
— Não assim, seu imbecil. Eu quis dizer dormir de verdade. Eu fico muito nervosa perto dela, então não quis incomodá-la e dormi em uma cama diferente.
— Oh, meu Deus. Ela provavelmente pensou que você era estúpida. Que tipo de pessoa beija outra e não quer dividir a cama? Para alguém tão altamente lógico, você é muito burra. O que ela disse esta manhã?
Maia esfregou a cabeça com as mãos, suspirando. — Foi um pouco estranho. Nós conversamos, mas não dissemos nada sobre a noite passada. Eu não acho que há muito a acrescentar, realmente. Aconteceu e agora não podemos mudar isso. Cada uma foi para o seu lado, e eu não a vi desde então.
— Então, o quê? Você se arrepende?
Maia respondeu rapidamente e ansiosamente. — Não, claro que não. Eu gostei. A verdade é que estou morrendo de vontade de fazer isso de novo. Não sei o que está acontecendo comigo. — ela gritou.
— Então faça de novo. Qual é o problema? Você gostou, ela gostou. Ninguém vai espionar você. — Eden parou de falar assim que viu o olhar da amiga. — Oh, eu conheço esse olhar. Por favor, me diga que você vai falar com ela novamente.
— Eu não sou muito vadia, obrigada. É muito difícil. Você sabe que minha vida não é fácil, meu ambiente é o pior para manter essa coisa viva. O que quer que eu faça, estarei colocando alguém em perigo, e eu não posso deixar isso acontecer com ela. Eu não posso arruinar uma pessoa assim, Eden. Mas o fogo ardente dentro de mim me diz que eu deveria ir atrás dela e aproveitar a chance enquanto eu ainda posso. O que você acha que devo fazer?
Eden olhou para ela com simpatia. — Acho que você deve fazer o que te deixa feliz. Olha, estamos no meio de uma guerra, as coisas vão acontecer de qualquer maneira. Você deve aproveitar as coisas que te fazem feliz enquanto pode, você mesmo disse, e se ela te dá alegria, então vá em frente. Apenas certifique-se de que ninguém descubra, porque é aí que os problemas reais vão começar. Vocês são completamente opostas. As pessoas não vão entender. — ele acariciou sua bochecha e sorriu. — Apenas você, ok? Eu te protejo.
Maia sentiu o coração encolher e sentiu a terrível necessidade de envolver o amigo em um abraço. Eles caminharam juntos em direção à saída do Salão Principal, o braço de Eden em volta dos ombros de Maia - que, apesar de sua altura, era um pouco mais baixa que o menino.
Maia não a viu, mas Gina entrou no Salão Principal quando ela e o sonserino começaram a falar, e ela não pôde deixar de olhar discretamente para a mesa onde Maia e seu amigo estavam sentados. A respiração de Gina falhou quando o sonserino acariciou a bochecha de Maia e eles se derreteram em um abraço. Ela sabia que não deveria se sentir assim, mas na noite anterior despertaram nela coisas que ela nunca pensou que aconteceriam.
— Talvez agora seja a hora de te dizer que eu fiquei com Fleur Delacour?
— Você o que?!
★
Dois dias depois, a mente de Gina começou a viajar muito além do que deveria. Ela ainda não tinha falado com Maia, que ela não tinha visto nos corredores nas últimas quarenta e oito horas. No entanto, não era inteiramente culpa da loira - ela não podia dizer que não tinha feito nenhum esforço para procurar seu olhar durante as refeições no Salão Principal, se isso fosse de alguma utilidade - porque Gina também a estava evitando. Se eu evitá-la, tenho certeza que essa paixão vai embora.
Mas isso não tinha funcionado, porque ela ficava pensando nela de vez em quando, acordada ou dormindo, em companhia ou sozinha - de qualquer forma, aqueles beijos haviam sido queimados em seu coração - e ela não conseguia apagar de sua cabeça aquela cena em que viveram juntas, mas quão longe estava agora. Ginny sentiu como se tivesse capturado aquelas imagens para sempre, porque se pegou pensando nelas mais de uma vez, mas em nenhuma dessas ocasiões foi tão perfeito quanto na vida real.
Os olhos de Maia pareciam tão puros, e suas carícias tão genuínas, e seus beijos tão sinceros, que Gina havia desistido completamente dela. Ela a tratou gentilmente, olhando fundo em seus olhos, fazendo-a ver que poderia parar se estivesse se sentindo desconfortável, tinha olhado para ela com tanta seriedade e respeito que Ginny corou mais do que teria feito em qualquer outra situação. Embora fosse verdade que ela agora era mais velha, seus ex-parceiros não a tratavam da mesma maneira - na verdade, Gina sempre pensou que eles queriam sair com ela para se exibir, ou mesmo se aproximar do trio de ouro, nenhuma com essa paixão.
Ela nem prestou atenção durante a aula de Estudo dos Trouxas, com o cotovelo apoiado na mesa e o rosto na mão, parecendo entediada. Em outras circunstâncias, ela teria odiado aquela aula, com Alecto Carrow provocando trouxas, mas sua mente estava muito longe. Ginny achou que Maia ficaria orgulhosa dela - ela não disse uma palavra, não se meteu em encrenca - e ela engoliu em seco quando se pegou pensando na Malfoy novamente.
— Você está vindo? — perguntou uma voz tímida ao lado dela. Luna olhou para ela com aqueles olhos grandes, esperando por uma resposta. — Neville deve estar lá fora agora.
Gina não respondeu, apenas assentiu. Ela não estava com fome, mas aproveitaria qualquer oportunidade que tivesse para observar Maia à distância.
O menino estava esperando por elas no banco de pedra em frente à classe. Ele tinha uma pequena cicatriz na bochecha e Gina fazia uma careta toda vez que a via. Neville sempre sorria e dizia que não importava, não doía mais, e eles mudaram de assunto.
— Como foi? Ninguém saiu da aula enquanto eu estava esperando por você, então estou supondo que tudo correu bem.
Gina deu de ombros. — Acho que ninguém teve coragem de dizer nada. É quase Natal, e as pessoas querem ter um dia de paz. Eu não quero que minha mãe pergunte sobre um possível hematoma na minha bochecha, sabe?
Ginny sentiu que tinha sido muito dura com Neville, mas não disse mais nada sobre isso. Ela não estava de bom humor. Ela só queria ir para casa, passar um Natal tranquilo e dar a si mesma tempo para se recuperar e poder enfrentar o próximo semestre em Hogwarts - quem diria, talvez os Carrows desaparecessem magicamente de suas vidas.
Seu comportamento mudou imediatamente quando ela viu uma certa loira sair de uma aula, acompanhada por Pansy Parkinson e Eden Whitaker, os três rindo, aparentemente felizes. O sorriso de Maia congelou em seu rosto quando ela viu a ruiva acompanhada de seus amigos, mas ela deu um sorriso desdentado, e instantaneamente Eden percebeu o que estava acontecendo. — Ei, Pansy, eu corro com você para o Salão Principal. O primeiro a chegar ganha todas as pepitas.
— Ah, está apostado. — Pansy sorriu e empurrou Eden contra a parede enquanto corria. No entanto, Eden era muito alto e conseguiu alcançá-la, não sem antes piscar para a Malfoy.
Maia mordeu o lábio ao entender o que Eden estava tentando fazer, e abafou uma risada ao olhar para Gina do outro lado do corredor. Isso fez a ruiva esquecer por alguns momentos como respirar e ter que desviar o olhar, ou sabia que cairia aos pés da sonserina mais uma vez.
Maia fez algo que nenhum dos três amigos esperava. Ela se aproximou deles e sorriu imperceptivelmente para Luna, enquanto simplesmente olhava para Neville, que franziu a testa. — Oi. — Luna murmurou alegremente.
— Ei. Eu queria falar com você. — Maia dedicou a última parte a Gina, olhando para ela, como se os outros dois não estivessem ali na frente.
— Deixe-a em paz, sim? — Neville rosnou. Maia o olhou de cima a baixo. Neville se sentiu menos relaxado e apertou a mandíbula.
— Eu vou se ela quiser.
Neville apontou um dedo para ela e o pregou em seu peito. — Só porque você fez uma coisa boa não a torna menos mau.
Maia bufou. — Você é doce. — então ela gentilmente removeu o dedo de Neville de sua roupa. — Não me toque novamente.
— Neville, está tudo bem. Vocês dois podem ir em frente, eu vou acompanhá-los mais tarde.
— Tem certeza?
Maia olhou para ele. — Ela tem certeza, ela não precisa da sua aprovação. — Neville fez uma careta, mas saiu com Luna mesmo assim. Maia sorriu para Gina. — Oi.
— O-Olá. — Gina fechou os olhos. Estúpida. Por que sua voz falhou, sua idiota.
— Você tem um momento? Eu tenho tentado falar com você, mas parece que a hora certa nunca chegou.
— Sim, claro.
Maia pegou sua mão e a conduziu até os banheiros. Ela fechou a porta manualmente, e então a enfeitiçou para que não pudesse ser aberta. — Você sabe sobre o que eu quero falar. Antes que você diga qualquer coisa, eu quero te perguntar uma coisa: você se arrepende do que aconteceu?
Gina não hesitou. — Claro que não. — havia aquela sensação de levitar novamente quando Maia sorriu um sorriso que quase parecia tímido. — E você?
A loira balançou a cabeça. — Olha, eu sei que não sou a xícara de chá de seus amigos, ou de sua família, ou mesmo sua, e que provavelmente não sou a pessoa certa para você - ou para ninguém, na verdade - porque, sejamos honestas, ninguém quer se cercar de uma Malfoy no meio da guerra. Nem quero que minha situação afete você ou seus entes queridos, ou coloque você em perigo. Nunca tive nada assim com ninguém antes, sou um desastre lidando com sentimentos e eu estrago em muitas ocasiões...
— Você está tentando dissuadir a mim ou a você mesma? Você parece estar tentando se desculpar de tudo isso e fugir.
Maia sorriu, seus olhos finalmente se encontrando. — Você não me deixou terminar. Posso não ser sua xícara de chá por vários motivos, mas toda vez que te vejo meu dia muda. Você é uma das poucas pessoas a quem eu realmente me mostrei e não me arrependo. Eu não estou tentando fugir - na verdade, eu olho para você e quero repetir a outra noite em um loop - mas estou tentando mostrar a você o que existe. Eu quero que você tenha paciência comigo, Weasley, mas eu respeitarei qualquer escolha que você fizer, quer você queira ficar ou não.
— Eu... Uau. Eu não esperava isso. Eu nem sabia o que esperar. Eu pensei que não significava tanto para você quanto para mim, que tinha acontecido por sair, mas você esqueceria.
— Isso me ofende, Weasley.
Gina sorriu um pouco. — É que você sempre parece tão fria... Eu não achei que você pudesse retribuir qualquer sentimento por mim. — ela colocou as mãos na cabeça. — Merlin, meus pais iriam surtar. Acho que meus irmãos nunca entenderiam.
— Diga-me. — Maia riu baixinho. — Eles provavelmente me repudiariam. E eles me apagariam da grande árvore genealógica. Eu não descarto a opção de ser torturada até ser curada. Mas que diferença isso faz? Fodam-se eles. Eu quero ser livre, Gina. E nunca senti tanta liberdade como neste momento. — ela meditou antes de beijá-la.
Gina fechou os olhos e saboreou aquele momento como se fosse o último. Maia colocou os braços em volta dela e a puxou para mais perto dela enquanto seus lábios se encontravam apaixonadamente, soltando grunhidos suaves quando uma mordia o lábio da outra. A sonserina rapidamente assumiu o controle quando ela forçou Gina a pular em seus braços; a ruiva enrolou as pernas na cintura de Maia, que a apoiou na pia.
Gina pegou o rosto pálido da loira e a beijou profundamente. Merlin, seu coração estava acelerado. Ela nunca se sentiu tão bem como naquele exato momento. Nada importava para ela; a sonserina foi capaz de fazê-la esquecer seus piores pensamentos assim que seus lábios se encontraram. Elas se beijaram forte, como se estivessem misturados em uma pessoa. Ginny passou as mãos pela nuca da loira, que estava com o cabelo preso em um rabo de cavalo, e brincou com o cabelo enquanto os beijos diminuíam.
Maia se separou da mais nova quando sentiu sua respiração ficar curta e seus olhos se arregalaram de horror. — Meu batom está estragado! — ela se olhou no espelho, e toda a área ao redor de seus lábios estava manchada de vermelho paixão, assim como Ginny, que desatou a rir ao ver a imagem.
— Você é um bebê. Espere! — ela disse quando a sonserina abriu a torneira para se limpar. Ela deu um último beijo nela e sorriu para ela. — Agora você pode lavar.
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