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𓏲  . METANOIA . .៹♡
CAPÍTULO DEZ
─── COISAS PERIGOSAS

ALGUM TEMPO EM 1996

O QUE ELA ESTÁ FAZENDO AQUI? — Harry tinha uma expressão incrédula no rosto. Ele olhou para Dumbledore e repetiu a pergunta novamente.

Maia também não ficou muito feliz em ver o garoto lá fora, com os olhos arregalados e culpando-a. Mas ela sabia o que tinha que fazer: não perder a coragem e ouvir Dumbledore atentamente - ele sabia o que estava fazendo.

Ela ficou para trás, encostada na parede, enquanto Potter e Dumbledore avançavam para a mesa do diretor.

— O sentimento é mútuo. — Maia murmurou.

Isso pareceu entreter o diretor, que sorriu levemente apesar de sua aparência geralmente ruim. — Há algo que eu preciso dizer a vocês dois. Por favor, aproxime-se, Srta. Malfoy. Harry aqui não vai morder.

— Ele deseja. — Maia o olhou diretamente nos olhos, e Harry não hesitou, segurando o olhar dela.

— O que você está fazendo, professor? Por que ela está aqui?

— Você tem que confiar em mim, Harry. Maia não é uma ameaça para você.

— O que você quer dizer? Ela é uma Sonserina e uma Malfoy! Claro que ela é uma ameaça para mim!

Maia bufou um pouco, entediada. Ela sabia que isso iria acontecer mais cedo ou mais tarde e que não seria fácil. Afinal, ela foi a sombra de Draco por seis anos, o garoto que tornou a vida impossível para ele desde que pisou em Hogwarts. Era normal Potter desconfiar dela, assim como ela também não confiava totalmente na Grifinória.

— Maia está do seu lado, Harry. Eu nunca deixaria ninguém interferir em nossa missão se eu não achasse que valeria a pena. Ela é uma bruxa brilhante e provavelmente sabe mais sobre Artes das Trevas do que qualquer um dos seus seis anos. — Dumbledore afirmou, olhando para o garoto por cima dos óculos, sério. — Eu sei que isso deve ser difícil para você, já que você a viu como uma inimiga durante a maior parte de sua vida, mas confie em mim, Harry: ela vai ajudá-lo.

— Como? — Harry gaguejou, sentindo-se confuso, para dizer o mínimo. Se Dumbledore estava dizendo essas palavras, ele não era ninguém para refutá-las. Ele ainda estava desconfiado, no entanto.

— Vocês dois sabem a missão que lhes foi designada. Procure as horcruxes e destrua-as. Vocês são os únicos que podem fazer isso.

Harry não sabia o que dizer. Ele olhou de uma pessoa para outra, confuso, sem saber o que tinha acabado de acontecer. Maia ergueu as sobrancelhas toda vez que o viu fixar os olhos nela, surpreso, mas desconfiado. A sonserina sabia que ganhar a confiança do garoto seria uma tarefa difícil - praticamente impossível -, mas ela sabia que teria que começar a se dar bem com Harry Potter se quisesse que essa missão fosse bem sucedida.

Então ela falou em voz alta.

— Meu irmão é um Comensal da Morte, mas isso é algo que você já sabe. — Harry virou-se abruptamente e olhou para ela. — Eu não sou. Ainda. Quem sabe o que ele quer fazer comigo. Uma coisa que eu tenho certeza é que eu não quero o mesmo destino que meu irmão e minha família tiveram, e eu não vou ficar sentada e ver tudo ao meu redor desmoronando em pedaços. Eu quero fazer algo para detê-lo antes que seja tarde demais. — ela se aproximou de Potter, e ele surpreendentemente não se inclinou para trás. — Eu sei que você não confia em mim. E você provavelmente sabe que eu também não tenho motivos para confiar em você. Porém estou disposto a deixar de lado essa rivalidade e lutar juntos.

Harry se sentiu sincero em suas palavras, mas era difícil para ele acreditar na jovem tão cedo. Ele olhou para o diretor, estupefato, sem saber o que dizer.

— Como sabemos que isso não é uma armadilha? Que ela vai contar tudo para Voldemort quando voltar para casa?

Dumbledore sorriu para ele imperceptivelmente.

— Porque ela me deixou em sua mente, Harry. Ela sacrificou seus maiores segredos para eu saber que ela quer isso tanto quanto você.

HOJE

— Vá em frente, diga. Diga que eu sou um filho da puta. — disse Maia, acendendo o cigarro.

Estava muito frio - a nuvem de vapor que saía de seus lábios não era apenas do tabaco - mas Maia não podia estar lá dentro. Precisava sentir a sensação de que o vento a gelava até os ossos, precisava sentir a frieza como há muito não sentia. Outra razão pela qual ela não podia estar lá dentro era porque ela sabia que mais cedo ou mais tarde ela acabaria encontrando Draco, e discutiu o suficiente com ele para saber que ela não queria que aquele olhar vazio fosse direcionado para ela.

No entanto, as lutas nunca chegaram a esse extremo. Claro, Maia e Draco vieram para azarar um ao outro, para explodir um ao outro no ar até atingirem as paredes da mansão, ou até mesmo paralisar as pernas para que o outro caísse no chão. Normalmente levava algumas horas até que um deles se aproximasse do outro com um olhar triste, e o gêmeo não resistiu e eles foram instantaneamente perdoados. Talvez um dia, no máximo. Mas nunca tinha sido tão longo quanto agora.

Eden estava olhando para ela com seus grandes olhos castanhos, sentado no chão, o lenço verde enrolado no pescoço até cobrir o queixo. Ele esfregava as mãos de vez em quando para mantê-las aquecidas, mas sempre com os olhos na amiga.

— Eu não acho que você é uma filho da puta. Eu acho que você fodeu tudo. — Maia olhou para ele com o cigarro entre os lábios, e Eden balançou a cabeça. — Eu sei que você está certa. Eu concordo com você, você sabe disso. Mas eu acho que essa não era a maneira apropriada de... Colocar. — ele se aproximou dela. — Olha, eu entendo o que você está tentando fazer. Você acha que pode escapar, talvez durante o Natal, talvez mais tarde, quem sabe, e levar Draco com você. Começar uma nova vida juntos, porque é isso que você acha que ele merece. Mas não é fácil abandonar a família de alguém, Maia.

— Minha família me abandonou no momento em que minha mãe me deu à luz. Minha vida foi arruinada desde então. Por que não posso fazer o mesmo?

— Você pode fazer o que quiser, mas Draco não é você. Enquanto ele pensa que está salvando sua família se tornando um Comensal da Morte, você acha que estaria salvando se sacrificando. Ele realmente acha que todos vocês não tiveram escolha. Porque ele ainda ama sua família e quer protegê-los. Todos vocês.

— Só quero ser livre, Eden. E tenho a sensação de que nunca serei se continuar aqui. Este lugar e seu povo me consomem. — Maia comentou, inalando fumaça.

O sonserino arrancou o cigarro da boca dela e o usou. No entanto, Maia não comentou. Tampouco comentou por que ele não tossiu ou por que estava ali com ela. Isso era ser amigo, pensou a garota.

— O que você vai fazer? — ele finalmente perguntou.

Maia suspirou. — Eu não posso sair, isso é claro. Eles vão começar a me procurar, e tudo o que fizemos será desperdiçado. Eu também não posso deixar Draco sozinho aqui. Ele é a razão pela qual eu comecei tudo isso, e ele é a razão de eu ir até o fim. Então eu acho que estou presa em Hogwarts e na Mansão, ou talvez em algum submundo no meio.

Eden assentiu lentamente. — Você sabe o que eu tenho que fazer, certo?

— Fique com Draco até que as coisas esfriem. Ele ficará com ciúmes e com raiva se vir que você me escolheu em vez dele, e você sabe disso, mas também sabe que aprendi a ficar sozinha comigo mesma. — Maia jogou o cigarro na neve, que derreteu brevemente com o calor. Então ela olhou para Eden, que tinha um brilho engraçado em seus olhos. — O que você está esperando? Vá se foder, garoto.

Eden riu baixinho, mas não saiu dali. Ele pegou uma mecha de cabelo loiro que estava escorregando de sua trança e a colocou atrás da orelha. — Você é minha amiga. Eu te amo. Ainda estou aqui para você se precisar de mim.

O coração de Maia disparou e ela sorriu um pouco. Ela não estava acostumada a receber tanto amor. Claro, ela teve uma infância feliz e alegre, mas desde que entrou em Hogwarts as coisas começaram a mudar. Sua mãe tinha ficado mais quieta, como se escondesse coisas o tempo todo. Ela deu seus olhares amorosos e sorrisos maternais, mas não havia mais nada daquelas tardes que eles passaram bebendo chá juntos, fofocando sobre outras famílias no mundo bruxo. Nem houve aquelas noites em que seu pai lhe ensinou as estrelas e as constelações, e apontou para um grande mapa que ele tinha. Draco, ela sabia ler grande; então ela desviou o olhar, e lá estava uma estrela, Maia.

Restavam apenas um enorme vazio e lembranças dolorosas. Não havia amor, nem calor, nem olhares conhecedores. Parecia que, com o passar do tempo, a própria mansão havia percebido o distanciamento. Suas paredes ficaram mais escuras, os corredores mais silenciosos e não havia tanta luz quanto antes. As crianças cresceram, mas os pais também. Lucius não gostava mais de ensinar técnicas de Quadribol para Draco, e Narcisa tinha 'coisas melhores para fazer' do que ensinar sua filha como uma pessoa elegante comia.

Com Voldemort em casa, as coisas não mudaram muito. Eles se sentaram juntos para comer, em silêncio, apenas respondendo quando o Lorde das Trevas tinha alguma pergunta para eles. Ele parecia estar se divertindo, seus olhos vermelhos brilhando e sua boca horrível fazendo uma careta que deve ter parecido um sorriso. Maia nunca perdoaria Lucius por deixar tal ser entrar em sua casa – entrar em suas vidas.

Ela pegou suas coisas do chão e foi para a aula de Feitiços, a última do dia. A verdade era que ela não estava com vontade de cruzar com o irmão, que ela não tinha visto de perto desde o encontro. Sim, ela o tinha visto nas aulas e durante as refeições, mas ele sempre saía com Pansy e Eden, enquanto ela ficava sozinha muitas vezes, cercada pelo silêncio característico de ocasionalmente Blaise Zabini.

Então o que ela fez foi sentar ao lado dele, sem se preocupar em ver se Draco ou Eden já estavam em suas mesas. Ela viu Pansy alguns assentos à frente, e deu a ela um olhar que a garota retornou. Elas nunca foram especialmente amigas, mas este ano estavam todos mais próximos do que nunca. Especialmente desde que ela pediu conselhos para atrair seu irmão.

Se alguém perguntasse a Maia sobre o que era a aula, a menina não saberia responder. Ela passou as duas horas escrevendo coisas inúteis no pergaminho, olhando distraidamente pela janela ou brincando com o carrasco de Blaise. Um bufo escapou dela quando a palavra que ela adivinhou foi 'imbecil' e a dupla sentiu todos os olhos da turma sobre ela.

— Parece que você estava se divertindo com Zabini. — Pansy murmurou uma vez que eles estavam fora da aula. Maia sabia onde o assunto estava indo, então ela revirou os olhos. — O quê? Não olhe para mim assim. É hora de você se divertir também.

Os olhos de Maia se arregalaram. — Espere também? Você já...? Não responda, eu não quero saber disso. — Maia fez um gesto de vômito, e Pansy riu. — Repugnante.

— Eu definitivamente usei algumas coisas que você me disse, e ele está mais do que contente agora. Nós escapamos algumas vezes desde então, mas eu garanto que nada aconteceu.

Maia continuou andando e virou-se para fazer uma cara de nojo novamente.

— Eu não quero ouvir nada saindo da sua boca sobre isso. A última coisa que você verá é meu vômito em cima de você, Parkinson.

Ela saudou a garota e saiu.

Então Draco estava feliz com ela? Ela estava feliz em saber, mas ela não ia perguntar a ele. Ela nem tinha pensado em se desculpar. Maia era uma pessoa muito orgulhosa, exceto com o irmão, mas esse era um assunto em que ela estava convencida demais para corrigir sua opinião. Ela sabia que se tivesse a chance, faria qualquer coisa por seu irmão, mesmo que ele não pensasse como ela. Ainda assim, ela estava feliz que mesmo não estando presente naquele exato momento, Draco encontrou alguma felicidade em alguém que não fosse ela ou Eden.

Era quase hora do jantar, mas ela não estava com fome, nem com vontade de enfrentar a passividade de Draco. Geralmente o que eles discutiam eram assuntos sem importância, assuntos banais, mas desta vez Maia sabia que seria mais difícil para eles se reconciliarem. Se havia uma coisa que Draco não estava brincando sobre isso era sua família, e mesmo que Maia fosse sua própria irmã, ele ficou magoado com as declarações dela. Ele não tinha a intenção de abandonar os pais, apesar de tudo, como Maia havia apontado, e que Maia inventasse algo tão egoísta que o fez olhar para ela com outros olhos.

Então ela decidiu ir ao banheiro do prefeito. Muitas vezes ela ia lá para clarear a mente, e com a fantasma de Myrtle rondando, ninguém pensava em ir, muito menos nestas circunstâncias, com os Carrows andando pelos corredores. Ela esperou impacientemente pela mudança nas escadas e amaldiçoou um aluno que esbarrou nela enquanto corria para o Salão Principal. Quando ela chegou, seus olhos não podiam acreditar no que estavam vendo.

Gina Weasley, com a mão manchada de tinta vermelha, traçou uma mensagem na parede. 'A Armada de Dumbledore reabre, estamos procurando voluntários'. Maia teve que segurar uma risada. Ela se aproximou da garota em silêncio - ela provavelmente pensaria que todos estariam no Salão Principal e que ninguém a descobriria lá aquela hora. Ela colocou a mão em seu ombro e em sua melhor voz profunda, ela disse: — O que você pensa que está fazendo?

A ruiva deu um pulo e se virou rapidamente, suas bochechas vermelho-carmesim emparelhadas com suas orelhas. Maia não conseguiu conter o riso e fez uma reverência. Gina colocou a mão no peito, ainda assustada e um pouco confusa.

— Você está louca?! Você poderia ter me matado! Você é uma idiota.

— Você deveria ter visto o olhar em seu rosto. Eu gostaria de ter tirado uma foto, você parecia que ia se cagar. Oh, Merlin. — Maia continuou rindo, um pouco menos.

Gina desejou poder dizer que estava com raiva e queria bater na loira, mas ouvi-la rir tão confortavelmente fez algo dentro dela se agitar.

— Não, realmente. Você é a louca aqui. Não posso dizer que a mensagem não é criativa, mas talvez não seja a hora. Você sabe, pessoas loucas andando por aí, com varinhas nas mãos, não dando a mínima para nenhum de vocês. — Maia disse sarcasticamente.

— Nós não vamos ficar quietos quando há tanta coisa acontecendo ao nosso redor. Temos que enfrentá-los e lutar.

Maya sorriu. — Oh, você. Então a 'Armada de Dumbledore' está realmente de volta. É para lá que você tem se escondido todas as noites. Seus bastardos atrevidos. — ela riu.

— Por que você está rindo? Você deveria estar brava. — Ginny perguntou, sem saber o que pensar.

— Brava? Eu? Estou me divertindo. Não sou eu quem você está tentando enfrentar.

Passos rápidos se aproximaram pelo corredor perpendicular a esse. Maia olhou instintivamente para as mãos manchadas do Weasley, e depois para ela, que parecia que ia correr a qualquer momento, mas em vez disso, Maia rapidamente pegou sua mão, murmurou algo, e a porta na frente delas se abriu. Ao fechá-lo, as engrenagens que o protegiam se fecharam imediatamente, como se fosse um segredo.

Maia prendeu Ginny na parede do Banheiro do Monitor, com a mão nos lábios para evitar que ela fizesse qualquer som estranho. Com o silêncio elas podiam perfeitamente ouvir o que estava acontecendo lá fora.

— O que em nome de Merlin é isso, Severus? — Maia reconheceu a voz de Amycus, agitada.

— Parece que a Armada de Dumbledore está recrutando. — Severus Snape falou, em um tom entediado e calmo, ao contrário do Carrow. — Envie alguns elfos para limpar isso. Isso não aconteceu.

Então os passos foram embora novamente. As duas garotas respiraram normalmente novamente, agitadas, mas calmas às vezes. Desta vez foi Maia quem percebeu a proximidade entre as duas, como sua mão não havia soltado a das de Weasley desde que ela a arrastara até lá, e como sua outra mão ainda estava em contato com a pele ardente de seu rosto.

— Como eu disse antes, você é louca. Você não vê o que poderia ter acontecido? Você precisa parar de ser tão imprudente. Se eles tivessem pego você, você passaria a noite na Ala Hospitalar.

— Por que você se importa? Você nem está brava com a pintura. Isso não afeta você.

— Isso afeta todos vocês idiotas. Você acha que isso é algum tipo de jogo? No momento em que eles te pegam, você está acabada.

Ginny enxugou a mão na pia mais próxima e a observou do espelho. — Nós cuidamos, acredite ou não. Além disso, por que você está me dizendo isso? Você não é minha mãe para me repreender, e eu não sou uma criança.

— Porque você nem sempre terá sorte de alguém estar lá para salvar sua vida. Você sabe do que eles são capazes, você experimentou apenas um pouco disso. Eu os vi matar pessoas, você realmente não sabe se quer mexer com isso.

A Weasley girou de repente, seu cabelo ruivo puxado para trás em um rabo de cavalo colidindo com o espelho pela velocidade com que girou.

— Você não tem o direito de me dizer isso. Você tem me ignorado nas últimas semanas, pelo amor de Deus. Toda vez que eu olhava para você, você evitava. Entendo que você não quer que sejamos vistas juntas, mas você poderia pelo menos avisar, caramba.

Maia teria gostado de lhe dizer que a procurava há muito tempo, que a esperara na Torre da Grifinória por mais de uma noite, esperando que ela entrasse sorrateiramente, como da primeira vez, mas ela caiu no silencioso.

— Você está certa. Me desculpe. É só que eu tive algumas semanas difíceis e eu não queria descontar minha raiva em ninguém. Eu não acho que você merece.

Gina a encarou. Ela estava um pouco magoada, mas quando Maia olhou para ela com aqueles olhos ela sentiu que tudo não era mais importante. Ela tinha olhos penetrantes, e se lembrava de quantas vezes se sentiu intimidada por eles, mas agora não via mais a mesma coisa. Ela viu uma garota cansada gritando por socorro.

— Por que? — a ruiva perguntou, aproximando-se dela.

Maia demorou a responder. Ela começou a tirar a roupa, e os olhos de Ginny se arregalaram. O que ela deveria fazer? Virar para dar privacidade a ela ou ficar quieta para que ela visse que não teve efeito sobre ela? Ela sentiu suas orelhas corarem novamente. Ela tentou falar normalmente, mas balbuciou um pouco, e queria se bater por parecer tão estúpida.

A Malfoy desfez sua trança, deixando seu cabelo cacheado solto, e entrou na água. Gina jurou que ela tentou o seu melhor para não olhar para suas longas pernas, sua lingerie rosa ou seu peito. A ruiva não sabia o que estava acontecendo com ela, mas Maia Malfoy era surpreendentemente de tirar o fôlego.

Maia mergulhou na água por alguns segundos, escovando os cabelos molhados para trás enquanto voltava à superfície. Ela apoiou os cotovelos no mármore do banheiro e olhou para Gina.

— Meu irmão está chateado comigo.

— Vocês são como carne e osso. Vai passar. Já tive muitas brigas com meus irmãos e...

— Eu disse a ele que deveríamos fugir para algum lugar em vez de sermos Comensais da Morte.

Gina ficou em silêncio imediatamente. Instantaneamente ela estendeu a mão, mas permaneceu imóvel. Maia adivinhou suas intenções e estendeu a mão. Seu antebraço ainda estava intacto como no primeiro dia em que Ginny procurou por vestígios da marca escura.

— Não, eu não sou uma. E eu também não quero ser uma. Então eu disse: 'Ei, que tal deixarmos nossa família à própria sorte e fugirmos?!' Nem é preciso dizer que ele estava chateado.

— O que ele disse? — Ginny perguntou, parecendo preocupada. Ou foi o que pareceu a Maia.

— Ele basicamente disse que eu era egoísta. Eu sou egoísta?

Ginny sentou-se de pernas cruzadas na frente dela. — Eu não acho que você seja. Você é livre para fazer as escolhas que quiser. Meu irmão Charlie saiu de casa para criar dragões na Romênia, e eu não acho que ele seja egoísta. Ele perseguiu o que queria. Claro, estas não são as mesmas circunstâncias, mas o que estou tentando dizer é que você tem que escolher o que vai te fazer feliz e livre. Pode não ser fácil - é realmente arriscado - mas pode valer a pena no final. — disse Gina. Logo ela percebeu suas palavras e acrescentou: — Só para você saber, não estou dizendo para você fugir, porque não é o momento certo, mas para manter essas decisões e tomá-las, se você ainda quiser, quando tudo isso passar.

Maia assentiu lentamente. Ela era clara sobre as decisões que queria tomar, mas Gina estava certa. Ela tem que esperar um pouco mais, só um pouco, se quisesse que as coisas que fizera pelas costas de sua família fizessem sentido.

— Só espero não estar morta antes de fazer essas escolhas. — Maia murmurou, seus olhos não encontrando os dos Weasley.

— Por que você diz isso?

Maia finalmente olhou para ela. — Estou fazendo coisas perigosas, Gina. Se ele descobrir, vai me querer morta mais do que matar Potter.

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