009
𓏲 . METANOIA . .៹♡
CAPÍTULO NOVE
─── TUDO POR VOCÊ
1° DE SETEMBRO DE 1991
MAIA SORRIU. ELA estava finalmente na plataforma 9 3/4.
Era completamente o mesmo que havia sido descrito para ela, mas muito mais mágico. As crianças corriam de um lado para o outro, despedindo-se de suas famílias e procurando seus amigos para ocupar um compartimento no trem. Maia ficou maravilhada com aquela cena; definitivamente superou suas expectativas. Ela observou os bruxos e bruxas aparecerem através da parede, algo que a fascinou desde o momento em que o experimentou, empurrada por seu pai.
Lucius já havia deixado a bagagem dela no trem e voltou para se despedir dos filhos. Draco parecia muito mais animado do que Maia, mas isso não significava que a garotinha não estava. Era seu sonho se tornando realidade - ela finalmente seria uma bruxa poderosa.
— Crianças, está na hora. — Lucius disse com um pequeno sorriso nos lábios. Maia pensou que era uma das poucas vezes que o vira sorrir genuinamente longe de casa. — Sonserina terá sorte de ter vocês dois. Nos deixem orgulhosos.
Draco sorriu amplamente, olhando para cima para fazer contato visual com seu pai. Maia, enquanto isso, deu um sorriso malicioso. Narcissa abraçou Draco primeiro, então o deixou se despedir de seu pai.
— Amor. — Narcissa começou com os olhos lacrimejantes. — Você vai se sair muito bem. Não há nada com que se preocupar. Vamos escrever para você pelo menos uma vez por semana. — então ela virou seu olhar para dar uma olhada em Lucius. — Não dê ouvidos ao seu pai, eu vou te amar não importa o que aconteça, ok?
— Eu vou te amar também, não importa o quê, mãe. — Maia abraçou o corpo da mãe, pois ainda era muito baixa para alcançar os ombros.
Narcissa engoliu imperceptivelmente e abraçou a filha com força. Ela esperava que o destino não destruísse aquele amor que os unia.
Lucius não era muito carinhoso, mas Maia já tinha se acostumado, então ela não reclamou quando seu pai apenas apertou seu ombro com um pequeno sorriso. Draco e Maia se entreolharam e sorriram amplamente - a aventura deles começou ali.
No compartimento, eles se sentaram com dois garotos muito altos e grandes cujos rostos não transmitiam confiança a Maia, enquanto Draco os havia declarado instantaneamente como capangas, alegando que eles não pareciam muito inteligentes, e que provavelmente não se importavam em serem manipulados, pois era um Malfoy, uma das melhores e mais reconhecidas famílias do mundo bruxo. Maia olhou ao redor, mas não viu ninguém para fazer amizade, muito menos pessoas para cumprimentar como servos.
Pouco depois apareceu uma menininha de cabelos escuros, baixinha e com uma túnica preta. Ela disse que seu nome era Pansy Parkinson, e que ela tinha ouvido muito sobre os gêmeos Malfoy. O nome Parkinson parecia familiar para Maia, então ela fez um lugar para ela, esperando que ela fosse uma boa companhia e que, ao contrário daqueles dois gorilas Draco, elas se tornassem amigas de verdade.
No entanto, Pansy não falou muito durante o passeio, e isso a decepcionou um pouco. Ela estava lendo um livro entre as pernas e cujo título Maia não conseguira descobrir, mas ela sabia que seria uma fofoca se ela se inclinasse e olhasse por si mesma. Por outro lado, ela também não queria perturbá-la enquanto lia, porque quando Draco entrava em seu quarto para brincar enquanto ela lia, isso a irritava profundamente.
Quem falou foi um menino que entrou no compartimento logo depois que Draco e seus dois novos amigos foram dar uma volta no trem. Ele falou muito rápido e não esperou que ninguém lhe respondesse, quase parecia falar sozinho. Ele comprou algo nas duas vezes que a senhora passou, e ele nem mesmo ofereceu a ela e Pansy, o que ela achou incrivelmente mal educado. Sua mãe dizia que você sempre tinha que oferecer, mesmo que fosse apenas por cortesia e não quisesse compartilhar, porque era educado.
— Você nunca cala a boca, não é? — Maia finalmente disse. Pansy levantou a cabeça do livro e bufou alto.
Eden Whitaker ficou boquiaberto para ela e não abriu mais a boca pelo resto da viagem.
HOJE
Pesadelos se tornaram mais frequentes. Ela acordou nas primeiras horas da manhã, o coração prestes a sair do peito, os olhos bem abertos e o cabelo grudado na nuca de suor.
Depois disso, ela não conseguia dormir. Se a tivessem visto, Pansy e Daphne poderiam ter dito que era uma imagem estranha: aquela garota que nunca demonstrava seus sentimentos, que sempre tinha um olhar impassível em seus olhos, que duelava e derrotava qualquer um de seus oponentes... Agora nos lençóis, com as costas apoiadas na cabeceira da cama, muitas vezes olhando para a janela, ansiosa por finalmente raiar o dia.
Os círculos escuros sob seus olhos estavam levemente acentuados, e sua pele pálida os destacava. Ela se obrigou a usar um bom penteado, roupas elegantes e um pouco de maquiagem, mas seu rosto estava sempre sério, ocasionalmente sorria para mostrar que estava tudo bem.
Mas nada estava certo. A única coisa que ela tinha que fazer antes do final daquele ano em Hogwarts era não ter sucesso. Se seus palpites não falharam, devia haver pelo menos uma horcrux lá, seu palpite lhe disse - e esta nunca falhou. Ela sabia que procurar a alma de Voldemort seria difícil, quase impossível e incrivelmente exaustivo, mas tudo se acumulava em seus ombros. Ela estava acostumada com o sucesso, às coisas que inevitavelmente se aproximavam dela, e quando isso não acontecia, ela ficava desanimada.
Eden constantemente tentava encorajá-la, dizendo que logo encontrariam algo que os ajudaria. No entanto, Maia estava mais irascível do que o normal, e de vez em quando o repreendia dizendo que era ela quem fazia tudo, que ele dizia estar tão envolvido quanto ela, mas quem realmente se arriscava era ela. Normalmente Eden suportava as palavras de Maia olhando nos olhos dela, sabendo que ela realmente não queria dizer isso, e o olhar do garoto a fez se sentir mal, ela cobriu a cabeça com as mãos e se deixou ser abraçada pelo melhor amigo.
Nem sua mente nem seu coração estavam focados na verdadeira causa. Ela não tinha parado de pensar em Gina Weasley desde que a vira pela última vez naquele dia na biblioteca. Seus caminhos não se cruzaram desde então, e ela não podia dizer que não havia feito um esforço para fazê-las se cruzar. Ela parou brevemente na Ala Hospitalar em algum momento, sabendo que a ruiva poderia estar por perto, mas nunca a encontrou. Ela até voltou para a Torre da Grifinória alguma noite, sua mente articulando a desculpa de que ela queria um tempo para si mesma, mas seu coração estava ocupado esperando que a Weasley aparecesse lá.
Ela sabia que isso não podia estar acontecendo com ela. Pode ser que sua mãe - até mesmo Draco, mas nunca seu pai - pudesse aceitá-la como ela era algum dia, mas, tudo por uma Weasley? Eles nunca permitiriam isso. Ela se convenceu dia após dia de que isso era apenas um capricho, algo que ela agora desejava porque não tinha mais nada à mão e que provavelmente se cansaria mais cedo ou mais tarde. Então um dia ela decidiu que iria parar de tentar esbarrar nela, porque eram apenas coisas estúpidas de adolescentes que logo passariam.
McGonagall a chamou para seu escritório naquela manhã.
— Eu preciso ter uma palavrinha com você, Srta. Malfoy. — ela disse. Maia ouviu o gesto da professora, que fez sinal para que ela se sentasse. — Tenho certeza de que você entende a gravidade do assunto. Se você tiver alguma informação que possa ser útil para a situação... Seria muito apreciado.
Maia franziu a testa, abrindo um pouco a boca. — Receio que não entendo, professora.
— Aquele que não deve ser mencionado está surgindo, todos nós estamos cientes disso. Se você souber de alguma coisa que possa ser usada para aliviar a situação aqui. — McGonagall olhou para ela, seus olhos acima dos óculos. — Nós poderíamos ajudá-la.
— O que te faz pensar que eu trairia minha família, professora?
— Você não estaria traindo ninguém. Nós duas sabemos que não é isso que você quer para eles nem para você.
A loira se levantou da cadeira, ciente do que lhe era pedido. Ela estava realmente cansada de ter que ser um pombo-correio. Ela estava sempre no meio, entre um lado e outro, nunca chegou a ficar de um lado.
Maia olhou para ela. — Não há nada que você possa fazer. Ninguém pode me ajudar! Veja como acabou a única pessoa que tentou - morto! Dumbledore está morto, e ninguém pode salvar Hogwarts agora. Nem mesmo seu amado Potter! — Maia gritou. — Poderia muito bem aceitar nosso destino, professora. A escuridão venceu.
— Hogwarts não vai desistir tão facilmente.
— Isto não é Hogwarts, professora. Hogwarts morreu também. É melhor fazer uma boa luta se você não quer perder mais do que tudo o que já foi. — ela sussurrou, cansada.
Maia saiu da sala, sem se dar ao trabalho de dar a vez de falar para a professora. McGonagall ainda estava sentada lá, sua boca aberta, mas nenhum som saindo dela.
Seu lábio inferior tremia, o que sempre acontecia quando ela ia começar a soluçar. Isso lhe acontecia desde criança, e enquanto sua mãe a olhava com pena, seu pai lhe dissera que chorar era uma fraqueza, e que ela não podia permitir que ninguém a visse chorar.
Mas ela não era como seu pai. Merlin, ela havia tentado. Ela passou toda a infância e parte da adolescência tentando realizar os desejos dele, fazer todo o possível para que Lucius se sentisse orgulhoso dela, mas o que quer que ela fizesse, nunca era suficiente. Draco quase arriscou sua vida para satisfazer seu pai, e mesmo isso não foi suficiente. Ela desejou com todas as suas forças nunca ter sido tão covarde e egoísta quanto seu pai.
Ela estava sobrecarregada com apenas o pensamento; O que estava acontecendo com ela? Parecia que seu coração ia pular do peito. Ela virou a esquina e colidiu com alguém, todos os seus livros espalhados no chão. Seu coração se acalmou no momento em que percebeu que era Éden.
— Desculpe, eu não estava olhando para onde... — ele começou, mas parou. — Você está muito pálida. Você está bem?
— Eu sinto que tudo está correndo dentro de mim. — a garota murmurou. Eden pegou seu braço. — Os pesadelos começaram de novo.
O menino a arrastou para a sala vazia mais próxima. Ele se certificou de que não havia ninguém por perto espionando, e fechou a porta e a azarou.
— Por que você continua chamando-os de pesadelos quando sabe que não são?
Maia sorriu tristemente. — Porque isso me faz sentir esperançosa. Se eu ainda os chamar de sonhos, isso significa que eles não são reais, certo?
— Quanto tempo?
A loira suspirou. — Uma semana mais ou menos. Eu não disse nada porque não queria que Draco se preocupasse. Ele não parece, mas é tão frágil... Não quero que ele se machuque.
Eden a segurou em seus braços. — Você me tem. Estou aqui e não vou embora nem mesmo quando terminarmos com isso. Por favor, me diga qualquer coisa que passar pela sua cabeça. Eu não posso... — Eden se separou da garota, que olhou para mim ele, intrigada. — Feche seus olhos. Agora mesmo, Maia.
Malfoy fechou os olhos gentilmente enquanto ela tentava relaxar. Ela deixou sua mente em branco, e depois disso ela construiu as paredes, como sua tia Bellatrix havia ensinado a ela. Ela começou a se sentir um pouco melhor e abriu os olhos quando parou de sentir seus pensamentos correndo por sua cabeça.
— Melhor? Você deveria praticar oclumência com mais frequência. Qualquer um pode entrar em sua mente se você desconsiderar. Você acha...
— Não. Estaríamos mortos agora. Ele terá coisas mais importantes para fixar sua atenção do que eu. — Maia suspirou e se deixou cair em uma cadeira. — Eu realmente sinto muito pelo que eu disse nos últimos dias. As visões realmente fizeram um efeito em mim e eu estava com mais raiva. Eu acho que nunca serei grato o suficiente por você e tudo que você está fazendo.. Você está arriscando tudo, me aturando e com um sorriso no rosto no final do dia. — Maia soltou.
Eden sorriu um pouco. — Talvez eu tenha esse sorriso bonito agora porque acho que tenho motivos para isso. Pansy me disse que você estava falando com McGonagall, então pensei que poderia lhe dar a surpresa.
— O que você está falando?
— Eu sei o que eles estavam procurando no escritório do diretor. — Eden sorriu. — É a espada da Grifinória. Dizem que só os verdadeiros grifinórios podem pegá-la, é por isso que você não conseguiu encontrá-la. No entanto, nem sempre está no mesmo lugar. Pode parecer para os verdadeiros grifinórios quando precisam. Eu li tudo sobre isso.
— Espere, como você descobriu?
— Eu ouvi Longbottom mencionando isso para a garota Weasley. Ele disse que eles também não encontraram. Eles não sabiam que eu estava por perto, então está tudo claro.
— Por que eles estariam procurando por isso? Por que seria útil para eles agora?
Eden sentou-se ao lado dela e tirou um livro do bolso. — Eu tenho uma teoria, mas não sei se é verdade ainda. Você disse que há horcruxes de cada casa, exceto Grifinória. Horcruxes não podem ser destruídas como se fossem apenas papel, elas são magia negra e precisam de algo mais. Godric Gryffindor derrotou Salazar Slytherin uma vez. O que poderia ser que destruiu a alma do herdeiro de Slytherin? Grifinória, mais uma vez. — Eden apontou para algo em seu livro que Maia não entendeu completamente. — No segundo ano, quando a Câmara Secreta foi aberta. Você mencionou que o Diário era uma horcrux - que Lucius tinha no início porque Voldemort tinha dado a ele -, como foi destruído? Com uma presa de Basilisco. É como se sua alma só pudesse ser destruído com seu próprio poder e o de seu inimigo.
— Isso implicaria que eles sabem das horcruxes. — Maia acrescentou à conversa, pensando. — Eu não acho que Potter contou a eles sobre as horcruxes, talvez Weasley e Granger, mas não eles. Eu não acho que eles estejam tão perto dele para revelar todos esses segredos como se não fosse nada. Dumbledore deixou bem claro que ele só confiou em nós dois - obviamente, nós dois confiamos em nossos amigos mais queridos - para caçá-los e derrubá-los. Talvez Potter tenha mencionado a espada de Grifinória uma vez e eles estão tentando encontrá-la para ajudá-lo.
— Acho que eles não sabem nada sobre isso. Mas pelo menos agora sabemos do que se tratava. Eles simplesmente arriscaram tudo por nada.
Maia assentiu. — Como eu faço com Draco. — o silêncio caiu sobre eles. — Você é realmente ótimo, Eden. Você poderia ter sido um ótimo Corvinal.
— Ah, sim, eu pedi ao Chapéu Seletor para me classificar na mesma casa daquela garotinha no trem que me disse para calar a boca. Gostei da companhia dela.
Ambos riram. A verdade era que Maia estava se sentindo muito melhor, a pressão no peito às vezes desaparecia.
— A propósito, você sabia que Pansy gosta de Draco?
Eden parecia chocado. — O que?
— É uma loucura, certo? Eu também não esperava. Ela acabou de me contar na semana passada, dizendo que precisava da minha ajuda para falar com ele.
— E o que você vai fazer? Você acha que Draco gosta dela de volta?
Maya deu de ombros. — Eu realmente não sei, mas ele poderia usar o entretenimento hoje em dia. Quem sabe? Talvez ele se apaixone por ela também.
Eden sorriu um pouco. — Sim. — elementão guardou seu livro em sua bolsa e abriu a porta. — Vamos? O jantar está começando em breve e meu estômago está realmente desejando.
★
— Xeque amigo, seu imbecil.
A peça de Maia derrubou a de Draco, despedaçando-a.
— Droga, você sempre ganha. Papai estava sempre tentando me fazer um homem lucrativo, ele nunca gastaria seu tempo me ensinando coisas assim. — Draco disse, fazendo um movimento para começar outro jogo. Maia encantou as peças para repará-las e devolvê-las à sua posição original. — Sabe, me fazendo aprender a voar em uma vassoura, me ensinando a me vestir, me levando para suas reuniões com os outros... Eu só queria ter uma infância normal.
Maia moveu a primeira aba. — Por que você diz isso? Ele sempre mimava você, comprava uma vassoura novinha em folha, comprava as vassouras do time.
— Eu nunca quis entrar no time desse jeito. Eu gostava de pensar que seria um bom apanhador. Mas ele sempre consegue o que quer, certo?
— Ele faz. Olhe para nós, hein? — Maia acrescentou sem humor. — Tia Bellatrix me ensinou a jogar. É estranho, mas ela foi a única que me ensinou coisas não femininas. Ela costumava dizer que eu tinha que ser bonita, mas mortal.
— E Merlin, ela também conseguiu o que queria. — rra a vez de Draco novamente. — Você sempre foi a favorita dela. Eu tinha nosso pai, você tinha a tia Bella. Ela era brutal. Eu me lembro de um verão em que você nem descansava; ela fez você duelar com ela até você desmaiar. Ela cuidou de suas feridas, no entanto. Ela até sorria quando você estava com ela. Acho que ela realmente se importava com você.
— Você acha que ela e Rodolphus sempre quiseram ter filhos? — perguntou Maia. Draco deu de ombros, sem saber o que dizer. — Ela seria uma mãe horrível. Ela fez o que ela queria comigo porque nossos pais deixaram, porque eles estavam com medo do que ela faria se eles dissessem não. Eu não dou a mínima para a tia Bellatrix. — a loira apertou a mandíbula. — Xeque amigo, de novo.
Draco bufou e se deitou no tapete da sala comunal. Era bem tarde, então não havia mais ninguém ao redor deles; tudo o que se podia ver era uma luz fraca e as águas do Lago Negro pela janela. Estava frio, mas Maia parecia não notar, ela só usava um suéter enquanto Draco usava o lenço no pescoço. O menino sentiu o silêncio e que a tensão poderia ser cortada com uma faca.
— Você está bem? Eu disse alguma coisa...
— Está tudo bem. Eu só não gosto de pensar nela. Me lembra que ela está na Mansão e eu não acho que quero voltar.
— Nós temos que ir. Eu sei que todos eles estarão lá, mas nós temos que voltar.
— Por que? — finalmente perguntou Maia.
Ela estava tão cansada de ter que seguir ordens, que sua vida era propriedade de todos, menos dela mesma. Que eles tinham que voltar para casa como cordeiros, porque senão as coisas dariam errado e todos acabariam mortos. Como seus pais poderiam ser a favor de algo que nem os beneficiava? Ela se sentiu impotente.
— Por que temos que continuar fazendo isso? Nossas vidas estão mais do que arruinadas agora. Qual é a pior coisa que poderia nos acontecer?
Isso pegou Draco de surpresa, que se inclinou para trás.
— Do que você está falando? Ele mataria a mãe e o pai, e depois nós.
— E por que você se importa tanto? — Maia gritou finalmente. — Eles arruinaram a sua vida, eles arruinaram a minha. Por que você se importa com o que acontece com eles se eles não se importam com você? — Maia cuspiu.
— Eles se importam! — Draco respondeu, sua boca aberta e olhos raivosos. — Eles não tiveram escolha. Ele teria matado todos nós se eles não obedecessem!
— Você é tão cego, Draco. A escolha era deles quando ele foi destruído por Potter. Eles poderiam ter fugido se eles se importassem tanto, começar uma família em algum lugar seguro onde não seríamos perseguidos por causa de quem nós somos, se eles decidiram ficar por aqui é porque eles não são tão bons quanto você pensa.
— Por que você está sendo assim? Eu não vi você reclamando todas as vezes que você estava torturando as pessoas.
Maia apertou a mandíbula. — Você estava com medo pra caralho quando ele te marcou. Eu estava lá te confortando quando ninguém estava. Eu estava lá para defendê-lo toda vez que seu pai batia em você, ou todas as vezes que você se sentiu sozinho. Eu estive aqui toda a minha vida, mas tudo o que você parece ver é o lado ruim pensando que realmente não temos outra escolha. Espero que você corra de volta para se esconder entre as pernas da mamãe em vez de vir até mim. Porque há uma diferença entre mim e eles que você não quero ver. Tudo que eles fazem é por covardia; tudo que eu faço é por você.
A garota saiu, lágrimas escorrendo por suas bochechas e sua voz escorrendo pela cabeça de Draco.
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