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𓏲  . METANOIA . .៹♡
CAPÍTULO TRÊS
─── A ENFERMARIA

25 DE DEZEMBRO DE 1994

VOCÊ ESTÁ BEM? Você parece... Perdido.

Maia parou de olhar para o centro da sala e fixou os olhos nos escuros do Éden, que a segurou pela cintura e se deixou guiar pela garota. Eden não era um excelente dançarino, e Maia teve que suportar ser pisada, mas era um dos poucos inconvenientes de levar Eden Whitaker como acompanhante para o Baile de Inverno.

Todos os olhos pareciam olhar para aquele casal: ela, de cabelos completamente lisos e loiros, um vestido prateado que a fazia parecer elegante como uma noiva; e depois havia o Éden, com o cabelo penteado para trás e quase tão corpulento quanto o atlético Viktor Krum.

No entanto, apesar dos olhares de admiração e inveja, Maia não conseguia se concentrar em nada além do casal que dançava feliz - aparentemente - com sorrisos nos rostos. A Malfoy suspirou.

— Sim. Está muito quente aqui. Eu vou sair, você pode ficar se quiser. — Maia respondeu, não convencendo muito o amigo. — Além disso, você pode falar com Daphne lá. Ela parece entediada com Nott.

Eden balançou a cabeça enquanto ria levemente: Maia sempre conseguia dissuadi-lo quando tocava no assunto do Greengrass mais velho. A verdade é que Maia não estava muito convencida de ir ao Baile, e como Eden não podia deixar a amiga perder, resolveu convidá-la, quando estava morrendo de vontade de ir com Daphne.

— Eu vou voltar, eu prometo. Nada de amassos, vocês dois.

Maia tentou passar despercebida na multidão. Ela não queria enfrentar seu irmão agora, ela não era forte o suficiente para dizer a ele que não estava com vontade de estar lá. Um peso inexistente apertou seu peito, uma voz em sua cabeça gritou para ela sair dali e esquecer tudo. Mas seu coração não parava de fazê-la olhar para o casal de vez em quando, o que a fez colidir com alguém ao sair.

— Olhe para onde você está indo, Malfoy.

— Foda-se, Weasley. — ela o empurrou para fora do caminho, e o garoto quase caiu em seu encontro, o que parecia cômico para as pessoas ao seu redor.

Ela correu para fora do Salão Principal e se encostou na parede, quase sem fôlego. Ela fechou os olhos com força e cobriu o rosto com as mãos. Isso não podia estar acontecendo com ela. O que aconteceria se um dia eles descobrissem? O que eles pensariam dela? Ela tinha que escondê-lo e evitá-lo para sempre, ou eles a deserdariam e a repudiariam para sempre. Ela engoliu em seco com esse pensamento. Ela odiava a sensação de rejeição. Ela odiava o fracasso e os olhares de decepção.

— Você parece perdida.

Ela cuidadosamente abriu os olhos e descobriu na frente dela a garota que ela não conseguia parar de assistir desde que ela entrou no Salão Principal alguns meses atrás. Fleur Delacour olhou para ela com curiosidade, quase como se achasse divertido, a julgar pelo brilho em seus olhos.

— O que você está fazendo, Maia?

Ela sabe meu nome, pensou.

— Nós sentamos um ao lado do outro algumas vezes no café da manhã, é claro que eu sei o nome do seu. — Fleur riu.

Maia corou - ela não tinha apenas pensado nisso. Ela não tinha ideia do que tinha que fazer a seguir.

— Você está linda também, Fleur. — quando ela não estava? Ela realmente pensou consigo mesma naquele momento.

— Você se importa se eu ficar com você? É esmagador lá dentro. Nós poderíamos fazer algo juntos, se você quiser.

Maia sentiu o coração disparar e como se seus pés tivessem parado de tocar o chão.

— Claro.

HOJE

Maia era muito observadora. Seus reflexos eram extremamente rápidos, e seus olhos não podiam deixar de vagar por toda parte, procurando por sinais de qualquer mudança no ambiente. Ela voou como se tivesse um dom, como se a vassoura em que ela montava fosse uma extensão de seu próprio corpo e nunca pudesse falhar com ela. Embora fosse verdade que sua vassoura era o modelo mais recente do mercado, também era verdade que suas habilidades de vôo eram magníficas.

Embora esses tempos já estivessem distantes, toda vez que ela jogava a goles ela se lembrava dos longos verões na Mansão Malfoy, quando ela e Draco eram crianças e não tinham outra preocupação a não ser jogar Quadribol no jardim de sua casa e tentar não quebrar nenhum vidro com as bolas mágicas. No entanto, Draco era quase tão talentoso quanto Maia, e raramente os elfos tinham que pegar os cacos de vidro e consertar as janelas.

Era a primeira vez que Maia via Draco tão feliz em anos. Combinando com seu terno preto, a expressão monótona sempre prevaleceu em seu rosto e seus lábios se apertaram em uma linha fina. O coração de Maia se encheu de alegria ao ver o irmão voando, vestindo suas velhas roupas de Quadribol e jogando as goles, que, apesar de não ser sua posição natural, também não era ruim. Maia gritou de sua posição, com um sorriso largo e acenando com o punho no ar. Draco a cumprimentou do outro lado do campo, sorrindo.

Era uma tarde ensolarada, algo estranho em Hogwarts. O campo de Quadribol estava vazio, e Maia pensou que se não houvesse mais pessoas do lado de fora era por medo dos Carrows. Os alunos costumavam se esconder em suas Salas Comunais, pois eram o único lugar onde os Comensais da Morte não podiam alcançá-los, e nem todos desciam ao Salão Principal para comer. Uma versão mais jovem de Maia teria ficado fascinada por aquele terror, enquanto ela agora podia entendê-lo. Ela mesma, uma Sonserina, uma Malfoy, havia sofrido uma agressão do que deveria ser seu aliado; como um nascido trouxa poderia andar silenciosamente pelo castelo sabendo que os Carrows estavam dispostos a derramar seu sangue?

Maia desceu até a grama para pegar a goles e voltou ao campo com a bola na mão.

— Devemos animar o jogo! — Draco sugeriu. — Estou lançando um feitiço na goles, então toda vez que um de nós disser uma palavra, a bola tentará nos derrubar da nossa vassoura.

— Apostado. Qual palavra?

— Eu não estou dizendo a você! Essa é a melhor parte disso, irmã. — Draco riu e disparou para o outro lado do campo. Maia balançou a cabeça, sabendo que seu irmão poderia ser um pouco irritante às vezes. No entanto, ela sabia que ficaria feliz em dar sua vida pela dele se chegasse a hora. Ela ocupou sua posição no maior ringue de sua parte do campo, esperando que Draco se aproximasse e jogasse a bola. Quando ele fez isso, Maia se moveu para a direita, que era o movimento que Draco sempre fazia. Draco não era um caçador por natureza, então não tinha muita técnica para distrair o goleiro, mas sua missão era estar vigilante e vigiando. No entanto, os reflexos de Maia facilitaram sua tarefa em todos os aspectos. Ela reconheceu que não teria sido uma apanhadora tão boa quanto seu irmão, mas sua velocidade e tática a levaram a se tornar uma das melhores artilheiras da equipe da Sonserina - que sentiu sua perda notavelmente por ter que substituí-la por Cassius Warrington.

Em um lote de dez tiros por aro, Maia bloqueou seis e Draco marcou os quatro restantes, o que o fez resmungar para a garota Malfoy. Durante a vez de Draco como goleiro, Maia teve muito mais sorte do que o irmão: ela acertou nove de dez chutes, denotando o fraco desempenho do loiro. Maia havia descoberto sua tática no segundo arremesso: quando viu que a goles estava indo em sua direção, cobriu o rosto com o braço esquerdo, deixando o flanco esquerdo do aro completamente livre para filtrar a bola por aquele buraco.

Maia riu da tentativa medíocre de seu gêmeo.

— Não fique triste, irmão. É só um jogo!

E foi aí que o caos começou. Draco riu alto, e a goles, deitada no chão, inerte, acordou como uma mola e começou a voar para cima. Maia apertou o maxilar ao entender a estratégia do irmão: sempre que perdia, costumava confortá-lo com aquelas palavras. Draco se aproveitou de sua fraqueza para torná-la uma força.

— Sonserino sorrateiro. — Maia murmurou baixinho.

Ela estava grata por ter a vassoura mais rápida do mercado, porque a velocidade com que a goles se aproximou dela foi incrível. Ela percorreu todo o campo de Quadribol e fez algumas piruetas para confundir a bola, ela até esperava que o feitiço desaparecesse quando a goles colidiu com um poste de madeira, mas a bola parecia incansável. Atrás dela, Draco riu e assistiu a cena, divertido.

O que a princípio parecia engraçado agora começou a cansá-la. Ela sentiu que estava desperdiçando todas as suas forças físicas para escapar daquele dispositivo, que parecia ter enlouquecido, e a magia da goles era ilimitada quando as técnicas de Maia começaram a enfraquecer. A garota entendeu que havia apenas uma maneira de fazer a magia desaparecer: que a goles finalmente a derrubou de sua vassoura.

Então ela começou a descer o lance, pensando se Draco continuaria rindo disso ou começaria a se preocupar, e se aproximou perigosamente do chão; provavelmente era melhor que ela caísse na grama àquela distância do que metros acima do solo. Maia parou e esperou o golpe da bola, que veio mais forte do que ela esperava. O impacto teria partido a madeira de uma Nimbus, mas sua vassoura foi mais resistente e simplesmente fez com que a loira perdesse o equilíbrio de forma barulhenta. Ela caiu no chão de bruços e tentou amortecer o golpe com a mão, então a garota estremeceu de dor quando ouviu o estalo do pulso dela.

— Maia! Você está bem? — Draco jogou sua vassoura para o lado e correu para ajudar sua irmã, que se encolheu de dor.

— Você tem que praticar esse feitiço, seu idiota.

— Desculpe, Maia. Eu não quis dizer isso. Eu vou te levar para a Ala Hospitalar. — Draco a ajudou a se levantar e lhe entregou a vassoura, mas então amaldiçoou em voz alta. — Os Carrows me queriam em quinze minutos. Disseram que tínhamos que esclarecer algumas coisas. Acha que pode ir sozinha?

— Quero dizer, se você planeja me deixar manter minhas pernas, sim, acho que posso.

— Nós podemos nos esgueirar para a cozinha e pegar um pouco de chocolate, como isso soa?

— De acordo. Agora vá, ou eles vão ficar loucos.

Draco beijou o cabelo de sua irmã, e se afastou até que ela o perdeu de vista quando ele entrou no castelo. O que o Carrow deveria discutir com seu irmão? Ela cerrou os punhos, mas dissipou a raiva: ela esperava que eles não trouxessem o lábio de Maia à tona e que fossem apenas assuntos de rotina. Ela disse a si mesma que iria perguntar a ele mais tarde.

Ótimo, mais uma visita à Ala Hospitalar, ela pensou consigo mesma. Ela pegou a vassoura com a mão esquerda, a mão que estava disponível para ela, e se perdeu nos corredores de Hogwarts até chegar lá. Ela lançava olhares assassinos para todos os lados, assustando os jovens e os curiosos que queriam lhe pedir a grama em seu rosto e o estranho inchaço em seu pulso, e empurrava outros que olhavam para fora de seu caminho, odiando que Maia Malfoy fosse a rainha do os corredores de Hogwarts e que ela mesma sabia.

Quando ela chegou na enfermaria, estava lotada. Madame Pomfrey se movia de um lado para o outro, com poções de cores diferentes toda vez que Maia a via quando ela passava. Muitos alunos que ocupavam as macas estavam com algumas partes do corpo enfaixadas e outras com hematomas no rosto ou vestígios de sangue seco nas vestes. Maia franziu a testa.

Ela viu o cabelo ruivo de Weasley, e supôs que perguntar a ela seria mais fácil do que perguntar a Madame Pomfrey, que estava terrivelmente ocupada, enquanto Gina entrava e saía do consultório do curandeiro com poções e bandagens.

— Os Carrows forçaram os alunos a duelar até que um deles acabasse aqui. Alguns deles são na verdade do primeiro ano, eles nem deveriam saber duelar. Isso é pura crueldade. — Ginny explicou enquanto olhava para os menores. — Por que você está vestido assim?

Maia tinha esquecido que ela estava usando todas as roupas de Quadribol, então com o comentário da garota ela olhou para si mesma.

— Fui ao campo de Quadribol com meu irmão, tivemos um período livre. Eu caí e agora meu pulso está quebrado.

Gina ergueu uma sobrancelha. — Eu vi você jogar. Eu era muito jovem, mas lembro - e tenho certeza que todo mundo também - daquele jogo da Sonserina-Lufa-Lufa. Você marcou duzentos pontos sozinho, nem mesmo Cedric pegando o pomo impediu você de vencer. Você não caiu.

— Eu tinha um monte de coisas em mente, então sim, eu caí. Feliz agora? — Maia mentiu.

Weasley bufou, mas levantou a manga da camisa para verificar a condição de seu pulso. Maia estava muito absorta em seus pensamentos e observando as crianças ao seu redor para interpretar as ações da ruiva, que procurava o menor indício de uma cobra preta tatuada no braço da garota. Os olhos de Ginny se arregalaram quando ela não viu nenhum sinal da marca escura.

— Isto vai doer.

— O que... — Maia sufocou um grito quando Ginny apertou seu pulso e o torceu, espalhou um pouco de líquido por todo o machucado e então colocou um curativo para cobri-lo. Ela lhe entregou uma tipóia para imobilizar seu braço, o que provavelmente significava que ela não poderia fazer esforços por um tempo. O rosto de Maia denotava sua angústia.

— Não mova essa mão em cerca de uma semana. A poção penetrará em sua pele e reparará os ossos quebrados. Se você seguir minhas instruções, não sentirá dor.

Maia assentiu enquanto abria e fechava o punho. Ela viu como Gina estava indo de um lugar para outro, auxiliando Madame Pomfrey, que parecia agradecida pela ajuda, carregando poções, bandagens ou até comida e doces para os pequenos. Maia pensou que eles ficariam apavorados: era seu primeiro ano em Hogwarts, eles teriam ouvido tantas histórias divertidas e tantas aventuras que aconteceram no castelo, que viver em primeira mão com os Carrows no comando seria um pesadelo.

A Malfoy viu como Gina tentava cuidar dos pacientes com cuidado, dando-lhes sapos de chocolate e Bertie Botts para fazê-los se sentirem melhor, tentando fazê-los rir para que esquecessem o inferno em que viviam. Ela entendeu então como a garota Weasley se sentia. Seus amigos e seu irmão foram embora, e ela provavelmente não teve notícias deles. Às vezes ela a via com Neville Longbottom pelos corredores, mas ela sabia que não era tão próxima dele quanto seu próprio irmão - Maia conhecia esse sentimento. Outras vezes ela estava sozinha, sentada em bancos, sentada sozinha no Salão Principal, procurando algo para confortá-la e dizendo que tudo ia ficar bem.

De repente, Maia sentiu algo que nunca havia feito antes: uma grande tristeza ocupou seu coração. Gina estava completamente sozinha lá. O que aconteceria com Maia se ela não tivesse Draco ao seu lado? Até o Éden? Ela entendeu que teria aceitado aquele emprego como assistente para se manter ocupada e pensar o menos possível. Mas por que ela simpatizava com uma pessoa com quem nunca havia falado, muito menos um amigo?

Provavelmente porque Maia sabia o que era estar sozinha.

Porque ela sabia o que era estar cercada de pessoas, mas sentir que você não se encaixava em lugar nenhum.

A Ala Hospitalar começou a esvaziar. Os pacientes não tinham nada de grave, talvez alguns hematomas ou cortes que durassem alguns dias, mas nada mais grave do que Maia sofrera, embora o medo em seus pequenos corpos provavelmente aumentasse a cada dia.

— Você precisa de mais alguma coisa? — Ginny se aproximou dela e perguntou uma vez que as macas estavam livres.

— Eu não. — ela respondeu com um rosto vazio. Ela percebeu que tinha se desligado. — Você monta? Eu notei que você não tirou os olhos da minha Firebolt.

Gina corou. No entanto, o que a princípio era por vergonha, agora era raiva.

— O quê? Você vai tirar sarro de mim por não ter um super cabo de vassoura ou algo assim? Porque estou cansado do seu...

— Na verdade, eu ia dizer se você queria uma carona. Achei que você poderia usar. Os Carrows têm sido muito rígidos sobre Quadribol, e você foi uma boa ajuda duas vezes.

— Eu não entendo por que você está falando comigo. Você não deveria me odiar? É como sempre foi.

— Relaxa, este era eu tentando retribuir a favor.

— Mas eu nunca te pedi! Como eu nunca te pedi para machucar minha família, ou Harry, ou Hermione.

Maia estreitou os olhos e se aproximou dela.

— Você já me viu intencionalmente machucando você ou seus amigos? Você já ouviu um insulto saindo da minha boca para algum de vocês? Aposto que você riu mais vezes sobre meu pai estar em Azkaban do que eu ri sobre sua. Eu não sou meu pai, eu não sou Bellatrix, e Draco está tentando não ser. Vocês, Grifinórios, param de pensar que tudo é sobre vocês? Deus.

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