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001| Outono

O outono atingira o vilarejo de uma forma que nunca haviam visto. O contraste do céu cinzento e as folhas secas que se soltavam das árvores tornava tudo ainda mais bonito do que um dia foi, mas não mais belo do que os orbes negros que cintilavam sob a fraca luz do sol através das nuvens pesadas. Já não sabia mais para onde olhar. Vislumbrava a vasta vista da cidade vista de cima, longe de qualquer movimentação, longe da indiferença. De nada sabia ao certo, entretanto, sabia e tinha certeza que não relutaria se tivesse a oportunidade de dar teus últimos suspiros sob o olhar do sol escondido nos dias gélidos da estação, que pendiam sobre a cidade há semanas e que continuaria a visitá-los pelos próximos anos. Não reclamaria. Se os dias fossem todos assim, não ousaria reclamar. Novamente, suspirava. Cansado, exausto. Feliz e... já não sabia o que sentia, afinal. Apenas que sentia tudo, o misto de emoções pairava em teu coração e o jogava indefeso a confusão.

Seus dedos eram protegidos pelo bolso de sua calça jeans antiga, mas nunca velha demais. Por incrível que pareça, o frio diminuiu ao chegar às colinas, todo o ar frio que respirava e queimava teus pulmões pouco a pouco, não sentia mais. E, por um momento, pensou que poderia estar morrendo. No entanto, o que o deixara confuso não fora o devaneio súbito sobre algo que logicamente passava longe da realidade, mas sim sua curta resposta (in)pensada, que se perdera em pensamentos segundos após seu raciocínio ser despertado; também não reclamaria se estivesse morrendo, bastava olhar ao seu redor. O que diabos fazia ali? Sequer pensou em seguir de moto até o local mais longe da correria da cidade grande, apenas fez. Seu corpo fora tomado pelo modo automático. Exatamente como andava fazendo nos últimos dias: Tomando decisões no automático.

Não precisaria pensar muito para compreender o porquê de estar ali. Poderia dizer que ele era o problema, mas nunca diria que era o culpado, pois não era.

Uchiha Itachi não era o culpado, nunca foi.

Quanto mais pensava, mais se enchia de preocupações e mais próximo de explodir ficava. Mas não seria ruim. Deus, que fiz para merecer isso? pensou ele. Levou teus dígitos até o rosto pálido e a barba rala, por fazer. Quantos passos uma pessoa poderia dar após levar um tiro? Era uma pergunta clara, mas que ainda podia ser interpretada de diferentes formas, assim como ignorada.

Cobriu a visão com as próprias mãos, se recusando a pensar, a observar. Shisui levara tiros ao longo de sua vida, ferimentos foram abertos e nunca tratados por negligencia do mesmo. Se pudesse, nunca os trataria. Itachi fez isso a força. O ajudou em teus piores e melhores momentos, pois estariam juntos na saúde e na doença conforme juraram. Mas pensar que não estava ao lado dele quando mais precisou foi o maior baque que sentiu. Itachi não era fraco, longe disso, Uchihas não tinham este histórico. Mas isso não significa nem nunca significaria que eles nunca demonstrariam estar em momentos de fraqueza e instabilidade, pois, diferente do que Fugaku havia o ensinado, ainda eram seres humanos.

Para chegar próximo da dor do outro, é necessário se colocar no lugar do mesmo. Mas quando apenas temos olhos para nossos próprios problemas, a ignorância toma conta de nossos corpos e agimos como os seres irracionais que não somos. De alguma forma, Shisui fora este ser, e era por isso que estava ali e não ao lado de Itachi como deveria estar.

Fugaku sempre fora um homem agressivo, vivia em tua própria bolha de ignorância enquanto ignorava a dor alheia. Uma pessoa retrógada e limitada, dura consigo mesma e, principalmente, com seus filhos e esposa. Sasuke foi o primeiro a sair daquela casa, foi quem não aguentou mais as brigas de seu pai, a implicância dele. Mikoto não chegou a sair, pois morreu em casa; uma parada cardíaca. Já o filho mais velho da família cuidou de seu pai enquanto o mesmo se encontrava enfermo ao perceber que pouco a pouco perdia a família e os amigos, quando foi afastado da polícia. Também morria pouco a pouco por um câncer que se instalou em teus pulmões após tanto inalar a fumaça de teus próprios cigarros, entretanto, antes de morrer, matou o filho. Não fisicamente, seu estado o impedia de cometer tal atrocidade, mesmo que quisesse, não conseguiria. Itachi morria pouco a pouco, tua sanidade morria, a vontade de sobreviver também.

Narrar a história de Itachi, e não a sua era estranho, mas a história do menor fazia parte de sua vida também. O Uchiha menor se matava a cada dia e Shisui nunca foi capaz de proteger, também estava envolto dos próprios problemas, afinal.

Agora Sasuke o ligava incessantemente, queria saber sobre o irmão. Estava no hospital e o primo sabia disso, na verdade, o caçula apenas queria descarregar a culpa em alguém.

Também não poderia ignorar a culpa que sentia. Não pelo estado atual do menor, mas sim por não o ter ajudado. Suspirou profundamente uma vez mais, sentindo o ar queimar sua garganta até encher parcialmente teus pulmões e expirar, levando novamente as mãos até os bolsos, o sobretudo dançando junto ao vento. Girou os calcanhares, seguindo até a moto estacionada na calçada. Atendeu a ligação quando Sasuke, pela quinta vez, o chamou. O toque frenético o irritou profundamente.

— O que é, Sasuke? — indagou com certa irritação na voz, passou as mãos nos fios negros de cabelo.

— Onde você está? — a voz metálica do outro lado da linha nem de longe mostrava o sarcasmo habitual do primo, por isso Shisui desconfiou da ação.

Houve uma pausa na chamada, ouviu a respiração pesada do outro lado da linha. Não queria encarar Itachi, estava com medo. Evitava ao máximo pensar sobre o moreno, no entanto, era ele quem dominava teus pensamentos – pecaminoso ou não. Teus olhos penderam sobre a moto prateada e o capacete preso a ela.

— Eu... — não sabia o que dizer sobre, então decidiu ser sincero — Eu só fui respirar um pouco.

— Hum...

Odiava quando Sasuke fazia isso.

— Ele quer ver você...

Shisui assentiu mesmo que o mais novo não pudesse ver.

— Eu vou ver se-

— Acha justo? — Sasuke perguntou repentinamente.

— O quê? — retrucou.

— Ele o ajudou quando você precisou, Shisui, a única coisa que ele precisa é de você agora — disse o moreno.

Do outro lado da linha era possível ouvir vozes de pessoas distintas, preocupadas com suas próprias vidas. Era barulhento. Nunca se acostumaria com tudo aquilo.

— Perdão, Suke... só não estou preparado para vê-lo...

— Nesse estado? — completou — Ninguém está, nem mesmo ele. Acha que o meu irmão vai morrer, Shisui?

O mais velho, sem saber o que dizer, desligou a ligação, subindo na moto e dando a partida. Percorreu o caminho inteiro pensando sobre o que faria, o que diria. O frio praticamente o batia, sentia dor sobre o toque frio do vento. Quando chegou, encarou a porta de entrada por longos 5 minutos, ao entrar, já não conseguia distinguir a realidade da ilusão e, sinceramente, era bom.

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