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Cap 20




Diana

Encaro os olhos de Apollo por um tempo, reparando nos orbes que estavam nos âmbares, âmbares lindos e incontestáveis. Esses mesmos olhos estavam tristes, perdidos e sem o brilho que sempre possuíam, o que me permite concluir que as coisas que seriam contadas para mim, as coisas que ele iria falar estavam há muito tempo enterradas em seu coração. Coisas que não só pertenciam a história dele, mas que também haviam deixado cicatrizes profundas demais no Meli que estava a minha frente.

Tento mexer minhas asas, mas não tenho sucesso nisso, fazendo apenas uma careta de dor enquanto tento ficar em uma posição mais confortável na cama, para assim conseguir favorecer minhas asas. Vejo que Apollo percebe a situação e antes de começar qualquer coisa ele me estende um travesseiro branco, o qual eu agradeço e com cuidado levo ele para trás de mim, usando-o para me apoiar na cabeceira da cama. Levanto meu olhar após ter me ajeitado e mordo o canto interno da minha bochecha, reparando em Apollo sentado à minha frente, com as pernas cruzadas e a postura impecável.

A noite estava quase acabando e isso era possível de ser percebido com uma grande facilidade. O escuro no céu estava começando a desaparecer, dando espaço para o azul claro do céu, mas os raios solares ainda não haviam se manifestado. Além disso era possível ouvir o canto de alguns passarinhos, que estavam saindo de seus ninhos para iniciar um novo dia. Minha percepção vai para Apollo novamente e eu vejo que o dono dos olhos âmbares tinha seu semblante um pouco perdido, como se estivesse organizando tudo antes de me contar. Como se ele tentasse resolver o quebra-cabeça que a muito tempo estava embaralhado.

- Quando eu te disse sobre o incêndio eu não te contei que meus pais já estavam mortos antes dele começar- Apollo começa e vejo que a respiração do Dintria estava um pouco alterada e era possível ver que ele estava se controlando muito para não desistir de contar- Bardon foi atrás daquele soro e quando meus pais perceberam isso eles me mandaram fugir. Eu não queria abandonar eles, mas sabia que seria apenas um peso ao ficar perto deles naquela hora, então eu corri, corri como nunca e tentei voar quando cheguei perto da sacada. O problema é que era tarde demais, pois minhas asas haviam sido atingidas por uma adaga. Esse golpe me impossibilitou de voar, meus pés não obedeciam mais aos meus comandos. Eu tremia por toda a extensão do meu corpo. Naqueles segundos de desespero eu havia olhando para trás e- se interrompe e vejo que ele estava confuso até em suas próprias palavras, olhando para suas mãos algumas vezes e em seguida voltando a me encarar, mas nunca olhando no fundo dos meus olhos- E eu vi o sangue dos meus pais começar a escorrer pelo chão de madeira, enquanto isso, Bardon colocava os soros em sua maleta e o fogo na nossa casa em Florença começava a ser espalhado, um fogo que ele mesmo armou. Eu pensei que ele iria me matar, pensei que iria me deixar para virar cinzas com a casa ou que iria fincar a mesma adaga que estava em minhas asas no meu coração- ele ri sarcasticamente, um riso acompanhado de um misto de tristeza em seu olhar, passando as mãos pelos cabelos, desamarrando-os do seu coque habitual.

Mordo o interior da minha bochecha e não falo nada. O tempo era dele para ele usar como bem desejasse, era muito claro que estava difícil para ele falar isso e eu não iria forçá-lo a dizer nada, mesmo se desistisse no caminho, pois eu via em seus olhos que eram cicatrizes que não foram completamente curadas. Cicatrizes que o acompanharão até seu último suspiro de vida.

- É engraçado pensar no que aconteceu naquela época- ele fala com um sorriso triste em seus lábios e o olhar perdido, sendo que o brilho de suas âmbares era inexistente no momento- É engraçado pensar que se ele tivesse me matado naquela época teria sido muito melhor por causa daqueles anos seguintes- o dono dos olhos âmbares passa a mão sobre seu rosto, levando-a até o cabelo e tirando a franja que estava em seu rosto.

-Apollo se você não quiser, você não precisa me falar nada disso- me pronuncio pela primeira vez, levando minha mão direita até a sua mão esquerda, atraindo o seu olhar.

O Dintria sorriu levemente para mim, levando sua mão direita sobre a minha mão. Vejo que seus olhos vão para o gesto e ele acaricia levemente minha mão com seu polegar, indo de um lado para o outro, mais uma vez perdido em pensamentos.

- Eu quero Diana- ele fala sincero, levando o seu olhar ao meu- Eu quero isso como nunca quis algo antes. Eu realmente quero que você saiba quem eu sou, sem mais segredos e entrelinhas, apenas a verdade. Quero que você saiba ela - diz convicto e eu assinto levemente, mordendo o canto interno da minha bochecha, enquanto meus olhos percorriam o rosto do Meli à minha frente.

Ele estava tentando se abrir para mim e olhando o seu jeito, parece que nunca havia feito antes com nenhuma pessoa. Deixo meus olhos percorreram o rosto do Dintria e eu consigo imaginar a dificuldade que ele sentia, pois eu sei bem como é não ter em quem confiar durante um longo período de sua vida. A verdade era que eu estava aprendendo agora o verdadeiro significado da palavra. Confiança. Aquilo que muitos acreditam que têm, mas poucos realmente possuem.

-Bardon me levou junto com ele, ao invés de me matar ou me deixar morrer naquela casa- ele começa novamente, mas se interrompe, me olhando e eu assinto levemente para que ele continuasse, sem soltar sua mão por nenhum instante- Eu não entendi direito o motivo e não esperava isso dele, estava muito conturbado com a morte dos meus pais para poder discernir algo. O problema não foi ele ter me deixado viver, o problema foi para onde ele me levaria. O inferno da minha vida, tudo começou quando ele me levou para aquele lugar. Lembra daquela garotinha? A dona dos livros? Ela também estava lá- ele revela e eu franzo a sobrancelha.

-Que lugar Apollo? Para onde ele te levou? Quem era ela?- questiono a ele, torcendo para que isso desse mais forças para que continuasse dizendo, para que continuassem colocando as palavras pesadas para fora.

- Humanos- Apollo profere e eu arregalo os olhos com o que havia dito- Existem humanos que sabem sobre a existência desse mundo, humanos que querem saber mais sobre o nosso mundo e que querem nos usar para fins produtivos deles. Bardon conhecia esses humanos e me levou para lá. Um centro de pesquisa, onde várias crianças Melis ficavam em observações e testes- ele se interrompe, retirando sua mão direita de cima da minha, mas mantinha a sua esquerda entrelaçada aos meus dedos.

Franzo minha testa quando vejo ele mover a mão para a blusa e puxa ela levemente para cima, me fazendo ver aquilo que eu havia reparado a muito tempo atrás. Um número estava gravado no canto inferior esquerdo do peito de Apollo. Eu havia visto isso no ano-novo, mas não ousei perguntar a ele.

-3194160-Apollo fala os dígitos, abaixando sua camisa e me olhando, tendo um sorriso muito triste em seus lábios- Esse era o meu número e como as pessoas daquele lugar se referiam a mim, além de várias outras crianças que estavam lá e que eram tratadas da mesma forma- diz com a voz rancorosa, levando a mão livre para o rosto e vejo ela ficar um tempo parada em seus olhos.

- Hope- falo baixinho, associando todas as informações que eu havia adquirido até agora.

Hope estava com ele naquele lugar, por isso eles se conheciam. Hope era a garota dos livros e que Apollo diz não saber o que aconteceu com ela. Hope era a garotinha que ele amava.

- Aqueles desgraçados fizeram alguma coisa com ela- sinto a raiva do dono dos olhos âmbares apenas em suas palavras- Aqueles desgraçados sumiram com ela por duas semanas e quando ela voltou ela não era a mesma, eles tiraram algo dela e a garota que sonhava em conhecer o mundo foi junto com isso que foi tirado- o rancor era possível de ser ouvido a distâncias.

Vejo-o tirar a mão do rosto e reparo o que ele tentava esconder. Lágrimas. Lágrimas caíam dos olhos de Apollo e desciam pela sua bochecha à medida que sua pele ficava mais vermelha por conta do choro. Ele estava com os olhos vermelhos por causa disso e as âmbares estavam ganhando um brilho diferente, graças às lágrimas que insistiam em cair.

-Além dela e das outras crianças- me interrompo, raciocinando ainda mais para poder dizer algo e suspiro fundo em seguida- O que fizeram com você? - questiono, vendo que mais lágrimas caíram e eu mordi o interior da minha bochecha.

-Bardon não estava satisfeito apenas com o soro, ele sabia que não estava totalmente completo e precisava de cobaias para testá-lo, no caso precisava apenas uma cobaia que tivesse ligação direta com a pesquisa- ele diz e eu só consigo imaginar uma pequena criança passando por todas as coisas mais cruéis e que são difíceis até mesmo de imaginar- Ele me usou, me fez o rato de laboratório dele, um perfeito rato de laboratório para ser sincero- Apollo fala sarcástico.

Vejo o Dintria virar de costas para mim, soltando minha mão da sua e em seguida retira sua blusa, atravessando suas asas pelas fendas e me dando uma visão das suas costas. As asas eram aquelas que ocupavam a maioria do espaço, mas bem no centro havia marcas. Eram cicatrizes em forma de um círculo, como se tivesse sido feita várias vezes. Ameaço de deixar meus dedos tocarem nela, mas levo minha mão para perto de mim novamente, me lembrando do que Apollo tinha falado sobre as asas serem sensíveis a toques.

-Toda semana, durante anos, toda semana aplicavam essa porcaria, toda semana mais e mais daquela substância corroía o meu corpo- ouço ele falar, abaixando sua cabeça e colocando sua mão por cima, ainda de costas para mim- Eu era aquele que era testado para ver a veracidade do soro, me faziam participar de testes depois de aplicado, mas eu nunca conseguia atender as expectativas deles- Apollo explica, se virando para mim e eu vejo seu rosto ainda manchado de lágrimas e um sorriso triste estava em seus lábios.

- Eles queriam alguém para controlar- concluo baixinho aquilo que ele havia me dito, que me fez tomar a decisão de ir contra qualquer corrente que Bardon queria me aprisionar e me levar para um lugar onde eu não conseguiria sair.

- Mas não conseguiram- completa e solta uma risada seca e amarga- Eu enlouqueci por causa do soro. Vozes começaram a aparecer na minha mente, eu comecei a sentir prazer em matar, ver sangue, ouvir o grito de dor de qualquer coisa que estava na minha frente- se interrompe e passa a mão nos seus cabelos, puxando levemente os fios, como se isso o trouxesse para a realidade.

Olho para o Meli à minha frente, com suas poderosas asas, agora não estendidas e nem armadas. Olho para o Meli que teve tudo tomado de si e que a vida havia virado um completo inferno. Olho agora para um garoto de oito anos que teve toda sua infância roubada, sua vida roubada por causa disso, por causa da ambição de um monstro que queria o poder todo para si. Apollo era uma pessoa que teve tudo tirado dele, sendo que não fez nada para merecer essa crueldade.

- Apollo- falo baixinho seu nome, estendendo minha mão até ombro dele, vendo que suas âmbares se levantaram e me encararam.

Fico encarando-o por alguns segundos, sem saber como agir à medida que eu ia me perdendo em suas âmbares. Toda a dor estava ali, como se fosse possível sentir apenas por encarar. Os olhos dele estavam refletindo a memória de um tempo onde nem mesmo a esperança poderia ser sentida no ser com o maior poder puro. O que Dintria sentiu, o que ele viu, é algo impossível de ser descrito por mim e por qualquer outra pessoa, talvez seja indescritível até para ele.

- Eu matei tantas pessoas- profere baixinho, perdido em suas próprias palavras- Crianças, pais, mães, pessoas inocentes Diana! Eu matei e sentia prazer naquilo! - ele grita a parte final, mas nem por isso retiro minha mão de seu ombro.

Mordo o canto interno da minha bochecha, levando minhas duas mãos ao seu rosto, segurando-o firme, mas sem machucar e mostrando que eu não iria soltar. As âmbares me encararam com mais precisão, com mais dor, uma dor que se eu pudesse eu teria tirado ou pego-a para mim, apenas para ele não se sentir daquela maneira.

- Eu tentei tirar minha vida- ele admite baixinho agora, depois de um tempo em silêncio- Tentei acabar com tudo, com o sofrimento, com a morte das pessoas a minha volta. Se eu acabasse com tudo Bardon também estaria acabado, mas eu não fiz isso, eu não consegui- Apollo tenta abaixar sua cabeça, mas não permito, ainda mantendo minhas mãos em seu rosto e o obrigando a me encarar.

Os mesmos sentimentos, o sentimento de querer acabar com tudo. Eu tive aquilo, mas não consegui executar, alguma parte de mim me impedia, me fazendo ficar inconsciente caso eu tentasse algum ato. Convivi com aquilo durante um ano, me sucumbindo pouco a pouco, até que uma saída me foi proporcionada.

-Os Liwures me salvaram, eles me fizeram enxergar as coisas de uma maneira diferente. Me mostraram que havia alegria no mundo, que mesmo em situações difíceis as pessoas continuavam firmes e seguindo. Eu vi crianças, vi os sonhos delas- ele diz, abrindo um sorriso tristonho- Acho que em uma dessas visões eu vi o seu- confessa baixinho.

Apollo viu os sonhos de pessoas, viu o sonho de várias crianças e dizia ver o meu, o que só podia significar uma coisa.

-Sandy- profiro o nome da pequena criança que encontramos junto com Adam e Lis. O Liwure mais forte do mundo, segundo Apollo.

- Ele não me deixou, nem por um segundo, durante todo aquele tempo. Aquela dor que foi me consumindo era apaziguada com sonhos de crianças, crianças que queriam algo melhor, que queriam a felicidade- diz e eu sinto suas mãos em minha bochecha, ficando da mesma forma que eu estava enquanto ele encarava os meus olhos- Eu vi você e seu irmão, tenho certeza que era você, por causa dos seus olhos. Vocês dois iam para a escola, felizes e despreocupados. Os caçadores não existiam, nada disso existia, apenas a felicidade. Eu guardei todos os sonhos que Sandy me proporcionava, abracei todos eles para não me sucumbir- fala e vejo as lágrimas caírem mais, passando pelas costas das minhas mãos, as quais estavam em seu rosto.

O garoto que não podia sonhar.

Apollo foi privado de ver e sentir, foi privado de sonhar durante muito tempo de sua vida, talvez até hoje ele esteja privado disso. Um Dintria e um Caid. Dois em um. Ele era os dois. Nós somos os dois.

- Quando eu consegui escapar, prometi a mim mesmo que iria me reerguer, nunca mais olharia para meu passado, mas iria ajudar aqueles que precisavam, àqueles que se sentissem sozinhos. Por isso aprendi a me comunicar com os Liwures. Eu agi durante esses quinze anos, procurando pessoas que precisavam de ajuda, Melis que estavam perdidos em meio às suas próprias trevas. Eu aprendi tudo o que podia sozinho, aprendi a me virar, como ganhar dinheiro, como estudar, tudo sozinho. Tudo para chegar aonde estou agora e ter ainda mais acesso aos Melis que estavam se perdendo. Até que encontrei você- ele sorri, um sorriso triste, mas que também havia um pouco de felicidade- Uma caçadora que se tornou uma Meli. Os Liwures me contaram da sua existência e comecei acompanhar você nesse um ano, decidindo quando seria a melhor hora a fazer contato e- o interrompo com minha fala.

-F-Foi você- gaguejo aquilo que já sabia, mas com sua confirmação parecia mudar tudo.

Sempre foi ele. Aquela voz que me acalmou quando eu precisava, aquele calor que eu sentia quando as noites de inverno batiam na minha porta e eu não tinha onde me abrigar. Foi ele que me parou quando momentos cruciais chegavam e eu queria apenas desaparecer. Uma luz que dobrava entre os ventos.

-Você me salvou- profiro, sentindo agora lágrimas começarem a cair, indo as minhas bochechas, mas passando pelas mãos de Apollo- Você me salvou- repito baixinho, com mais lágrimas caindo de meus olhos.

Eu sempre tive essa suspeita, de que Apollo foi aquele que me ajudou durante todo aquele tempo. Acho que no fundo eu já sabia disso e mesmo já tendo admitindo para mim mesma, ouvir de sua voz era outra coisa. Ouvir ele admitir era como se uma paz tivesse sido instaurada no meu corpo e na minha mente.

-Quando eu te encontrei pela primeira vez você estava voando, estava fugindo dos caçadores. Resolvi não fazer contato, temendo que você se desestabilizasse- ele admite- Durante todo o tempo que não fiz contato eu fui descobrindo mais sobre você e sobre quem fez isso tudo- riu sarcástico, olhando para um canto, onde provavelmente tinha a foto com sua família, mas em seguida os âmbares se prenderam em meus olhos- Eu nunca pensei que envolveria com meu passado, estava disposto a esquecer disso para sempre, mas parece que alguém tinha outros planos e bom...- termina de dizer, mas consigo concluir sua frase aberta.

Apollo me conhecia, ele sabia quem eu era, pelo menos até onde lhe foi dito pelos Liwures. Ele me ajudou quando eu não sabia de sua existência, para que eu não me afogasse e me perdesse na escuridão. Ele me salvou de mim e das minhas próprias trevas, me ajudando a me reerguer, me ensinando e me apoiando a cada dia que se passava.

-Obrigada- agradeço entre minhas lágrimas- Obrigada Apollo- repito o agradecimento, sentindo seus polegares fazerem leves caricias em meu rosto.

Fico encarando um pouco suas âmbares, entendendo agora tudo o que elas tinham passado, todas as dores. Era como se fosse ter entendido um enigma que há muito tempo foi feito e nunca foi desvendado. Ele havia se aberto para mim, como nenhuma pessoa havia feito antes, ele havia entregue os seus segredos a mim, confiando em mim.

A luz da lua estava começando a desaparecer, o que significava que a manhã estava chegando e em breve alguns acordariam e outros dormiriam. A vida continuava e talvez seja esse o ciclo, um ciclo belo e maravilhoso.

Um ciclo que eu interrompi várias vezes

- Eu também matei pessoas inocentes- começo, chorando mais um pouco- Matei por vontade e por estar seguindo ordens, matei adultos, pessoas que provavelmente tinham família, que estavam começando a criar. Matei e tirei o direito da vida de vários Melis- falo chorando ainda mais e tento abaixar minha cabeça, mas assim como eu havia feito Apollo faz, não deixando que eu fizesse isso e fazendo com que eu continuasse a encará-lo.

- Você não sabia- Apollo diz baixinho a mim.

- Mas no fundo eu sabia, no fundo eu sentia que não era o certo. Eu não sabia o motivo de saber isso, mas eu sentia no meu coração, sentia que tudo o que eu fazia era errado e mesmo assim eu continuei. Continuei matando vários Melis em nome de uma pessoa suja que tinha planos piores do que se pode imaginar-solucei ao final da frase, acompanhada de mais lágrimas, as quais os polegares de Apollo insistiam em afastar.

- Mas você acordou e mesmo que o passado seja imutável o futuro é e você pode batalhar por esse futuro- as palavras dele entram como calma na minha mente- E eu tenho certeza que você consegue Diana, todos conseguem, pois todos merecem ter uma segunda chance- Apollo conclui e eu olho em seus olhos.

Quando foi que os âmbares dele começaram a me trazer tanta paz?

- Você tem razão- admito com um sorriso em meu rosto, enquanto mais lágrimas caíam- Vou tentar, a cada dia que se passa, vou tentar ser uma pessoa melhor, superar isso e eu vou conseguir. Não sou mais uma caçadora, sou um Meli, assim como você- falo baixinho, com um soluço preso em minha garganta.

Um sorriso aparece no rosto de Apollo, o qual já havia parado de chorar, mas o rosto ainda estava vermelho e inchado, permanecendo entre minhas mãos. Ele se aproxima de mim lentamente e cola as nossas testas, arrancando um leve sorriso dos meus lábios. Sinto seu nariz encostar no meu e sua respiração bater levemente em meus lábios. Fecho os olhos, sentindo a presença dele, para em seguida passar meus braços ao redor de seu pescoço, abraçando-o com força e, agora, apoiando meu rosto em seu ombro.

-Obrigada por existir em minha vida- a voz dele ecoa em agradecimento na ponta do meu ouvido.

Eu mordo o canto interno da minha bochecha quando mais lágrimas caem.

-Eu que te agradeço por existir- admito com sinceridade, abraçando com mais força.

As mãos dele passando ao entorno das minhas costas, com cuidado para não encostar nas asas, e ele retribui o abraço, sendo que eu deixo meus olhos vagarem pelo quarto. A janela estava aberta e o dia estava começando, com um lindo azul no céu e a árvore que ficava perto da janela tinha um pequeno broto, o broto de uma flor sendo iluminado pelo primeiro raio solar.

A primavera estava começando.

Ei fadinhasss

Olha eu aqui com mais um cap pra vocês aproveitarem bastante ele :)

Desculpa a demorinha, mas prometo que vai valer a pena, estou trabalhando mais com o que eu vou fazer daki pra frente e tenho o sentimento de que vai agradar vcs hihihi

Espero que tenham gostado! Comentem e votem para eu saber o que estão achando! Isso é muito importante pra eu ter ideia do feedback e tals.

Sobre a quarentena, espero que todos vocês estejam bem. Não tá fácil pra ninguém, mas se Deus quiser isso vai acabar logo.

Apollo e Diana são uns fofos não são?

Bjs Mary e até a próxima ;)

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