Capítulo Vinte e Sete
Calvin Jones:
Olhei para Vih, que limpava a boca de Axel, suja de ketchup. Ambos eram tão adoráveis que fiquei maravilhado com a fofura entre pai e filho.
— Vocês são realmente uma dupla incrível — comentei, sorrindo ao observar a interação deles.
Vih levantou os olhos para mim e sorriu, o carinho e orgulho por Axel evidentes em seu olhar.
— Obrigado, Calvin. Axel é minha maior alegria — respondeu, acariciando o cabelo do filho.
Axel, ainda animado com a comida e a diversão no parque, olhou para mim com um sorriso travesso.
— Tio Calvin, você vai brincar com a gente depois? — perguntou, os olhos brilhando de expectativa.
— Claro que vou, Axel. Vamos nos divertir muito hoje — respondi, sentindo uma onda de afeto por aquele garotinho adorável.
Jonathan, que observava tudo com um sorriso, balançou a cabeça, me surpreendendo.
— Vocês dois realmente são muito fofos — disse ele, rindo. No entanto, notei uma certa mágoa em seu rosto, o que me fez levar a mão até seus cabelos e bagunçá-los.
— O que está fazendo? — ele perguntou, surpreso.
— Tirando uma sujeirinha dos seus cabelos — respondi, e isso fez as bochechas dele ficarem vermelhas.
— Jonathan é fofo também! — Axel exclamou.
Jonathan ficou ainda mais envergonhado, e eu soltei uma risadinha. Por trás da máscara que ele usava para esconder sua timidez, havia um adolescente que sentia vergonha. Vih me cutucou com a ponta do pé, e fiquei envergonhado.
— Vamos lá, Calvin — Vih disse, rindo. — Está na hora de nos divertirmos!
Nos dirigimos para a área dos brinquedos do parque, onde as risadas das crianças enchiam o ar. Axel correu na frente, ansioso para aproveitar cada segundo. Vih e eu o seguimos, enquanto Jonathan nos acompanhava, ainda um pouco tímido, mas sorrindo.
— O que vamos fazer primeiro, Axel? — perguntei, tentando acompanhar o entusiasmo do garotinho.
— Vamos no escorregador gigante! — ele gritou, correndo em direção ao brinquedo com os olhos brilhando de alegria.
Chegamos ao escorregador, e Axel subiu os degraus correndo, enquanto Vih e eu nos posicionávamos na base, prontos para pegá-lo. Jonathan ficou ao lado, observando com um sorriso tímido. Quando Axel finalmente deslizou pelo escorregador, sua risada contagiante ecoou pelo parque, fazendo todos ao redor sorrirem.
— Lá vou eu de novo! — Axel anunciou, correndo de volta para a fila.
Enquanto ele se divertia, Vih e eu trocamos olhares cúmplices, compartilhando a felicidade daquele momento. Jonathan, percebendo a atmosfera descontraída, finalmente se soltou e começou a brincar também.
Depois de algumas descidas no escorregador, Axel decidiu que era hora de experimentar a tirolesa. Ele subiu na plataforma com Vih, enquanto eu e Jonathan ficamos embaixo, prontos para assistir à aventura. Quando Axel desceu pela tirolesa, seu grito de alegria ressoou alto, seguido por aplausos e risadas de todos nós.
— Isso foi incrível! — ele exclamou, correndo de volta para nós.
— Você é muito corajoso, Axel — elogiei, bagunçando seu cabelo.
— E vocês vão tentar a tirolesa também? — ele perguntou, olhando para Vih e para mim com expectativa.
— Claro, vamos lá! — respondi, sentindo a adrenalina subir. Vih e eu subimos na plataforma, prontos para enfrentar a tirolesa. Antes de descermos, trocamos um olhar de confiança e rimos juntos.
A sensação de voar pela tirolesa era emocionante. O vento no rosto e a vista do parque lá de cima tornaram a experiência ainda mais especial. Quando finalmente tocamos o chão, Axel correu para nos abraçar, rindo e pulando de alegria.
— Vocês foram demais! — ele gritou, animado.
Jonathan, observando tudo com um sorriso mais relaxado, se aproximou e perguntou:
— Posso tentar também?
— Claro, Jonathan! — encorajou Vih. — Vai ser divertido!
Jonathan, ainda um pouco hesitante, subiu na plataforma e, com nosso incentivo, finalmente desceu pela tirolesa, soltando um grito de felicidade no meio do caminho. Quando ele chegou ao fim, Axel correu para abraçá-lo, rindo.
— Você foi incrível, Jonathan! — Axel disse, e todos nós concordamos, aplaudindo.
O resto do nosso tempo foi preenchido com mais risadas, brincadeiras e momentos inesquecíveis. Quando decidimos ir embora, Vih e eu segurávamos a mão de Axel de cada lado, enquanto Jonathan, à nossa frente, carregava uma enorme pelúcia que compramos na lojinha para Axel.
— Hoje foi um dos melhores dias de todos — Axel disse animado.
— Concordo — respondi, olhando para Vih e Jonathan.
A poucos metros da saída, vi a família deles e nos despedimos. Dei um abraço em Axel e um beijinho no rosto de Vih, sentindo o calor e a alegria daquele dia inesquecível.
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Entrei no carro e Jonathan se acomodou no banco do passageiro.
— Então, gostou que trouxe você ao parque? Nem adianta mentir, sei que gostou só pelas suas expressões, especialmente quando quis fazer tudo que o Axel queria fazer — comentei, observando seu silêncio. — Sei que não gosta de se abrir para os outros, mas saiba que vou continuar tentando até que deixe a mim ou qualquer pessoa se aproximar. Afinal, somos família um do outro.
Jonathan olhou para mim, hesitando por um momento antes de dar um pequeno sorriso.
— Eu gostei, sim — admitiu, baixando o olhar. — Foi divertido. Obrigado por me trazer.
Eu sorri, sentindo um calor no coração ao ver Jonathan começando a se abrir.
— De nada, Jonathan. Vamos fazer isso mais vezes — respondi, ligando o carro. — Estamos juntos nisso, ok?
Ele assentiu, olhando pela janela enquanto nos afastávamos do parque, com um brilho de esperança nos olhos. Sabia que, com o tempo, ele se sentiria mais à vontade para se abrir e compartilhar seus sentimentos. E eu estaria lá, sempre, para apoiá-lo.
Enquanto dirigia de volta para casa, o silêncio no carro era confortável. Jonathan olhava pela janela, perdido em seus pensamentos, mas seu semblante estava mais leve do que antes. Axel, exausto de tanto brincar, já estava cochilando no banco de trás, com a pelúcia gigante ao seu lado.
— Sabe, Jonathan — comecei, quebrando o silêncio —, às vezes, a gente precisa de dias assim para lembrar que não estamos sozinhos. Momentos felizes, como os de hoje, são importantes para nos fortalecer.
Jonathan virou-se ligeiramente para mim, seu olhar mais suave.
— Eu sei, Calvin. É que... às vezes é difícil. — Sua voz era baixa, quase um sussurro. — Mas hoje foi bom. Muito bom, na verdade.
Sorri, sentindo uma onda de satisfação. Era um pequeno passo, mas importante.
— Que bom que você acha isso. Todos nós precisamos de momentos assim. E você pode contar comigo, sempre.
O restante do trajeto foi tranquilo, e logo chegamos em casa. Jonathan desceu do carro, passando pelo meu pai e acenando para ele.
— Então, como foi? — meu pai perguntou.
— Ele se divertiu — respondi, soltando um suspiro de alívio. — Consegui fazer ele até mesmo falar bastante comigo e com o Vih e o Axel.
Meu pai sorriu, colocando uma mão reconfortante no meu ombro.
— Isso é ótimo, Calvin. Pequenos passos fazem toda a diferença. Continue sendo esse apoio para ele.
Assenti, sentindo-me esperançoso. Sabia que estava no caminho certo para ajudar Jonathan a se abrir mais e encontrar a felicidade. Enquanto entrávamos em casa, meu celular tocou suavemente. Peguei-o e vi que era uma mensagem do Vih.
Vih:
Foi divertido hoje. Axel ficou muito energético quando chegamos em casa.
Sorri ao ler a mensagem, sentindo meu coração se aquecer. Havia algo especial em Vih, algo que sempre fazia meu dia melhor. Sua presença e seu jeito carinhoso com Axel eram encantadores. Respondi rapidamente, querendo compartilhar a felicidade do dia.
Eu:
Foi sim! Ver o Axel tão feliz foi incrível. E ter você lá fez tudo ainda melhor.
Fiquei olhando para a tela do celular, esperando a resposta de Vih, enquanto colocava Axel para dormir no sofá. Jonathan estava sentado na cozinha, ainda perdido em seus pensamentos, mas parecia mais tranquilo. Meu pai se aproximou, um sorriso suave no rosto.
— Você realmente se importa com eles, não é? — ele disse, com um olhar conhecedor.
— Sim, pai. Eu me importo muito — admiti, sentindo a sinceridade em minhas palavras. — Vih é uma pessoa especial, e ver Jonathan se abrir, mesmo que só um pouco, me dá esperança. E Axel... bem, ele é pura alegria.
Meu pai assentiu, colocando uma mão reconfortante no meu ombro.
— Isso é ótimo, Calvin. fico feliz que você é um ótimo homem filho — Meu pai disse e foi para a cozinha com a cadeira de rodas dele e falou alguma coisa com Jonathan que sorriu para o avô.
Meu celular vibrou novamente, e olhei para a nova mensagem de Vih.
Vih:
Você também fez o dia especial, Calvin. Mal posso esperar para fazer isso de novo.
Meu coração deu um salto, e eu sorri de orelha a orelha.
Eu:
Com certeza! Já estou ansioso para a próxima vez.
Guardei o celular no bolso, sentindo uma felicidade genuína. Sabia que esses momentos, essas conexões, eram o que realmente importava. Com Vih, Axel e Jonathan, estava construindo algo bonito, algo que me preenchia de alegria e propósito. E não havia nada no mundo que eu quisesse mais do que continuar compartilhando esses momentos com eles.
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Gostaram?
Até a Próximo com um bônus do Carlos.
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