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Capítulo Vinte e Nove

Patrick Thompson:

— Eu sou seu pai biológico.

As palavras dele ecoaram na minha mente como um trovão. Não sabia o que sentir naquele momento. Olhei para Owen, tentando processar a informação, a mente em um turbilhão de emoções confusas. Voltei a olhar para o homem à minha frente, depois para a família infeliz com a qual convivi na adolescência.

— Como se conheceram? — perguntei, a voz trêmula de incerteza. — E por que se envolveu com uma víbora?

— O que disse, sua bicha? — minha mãe gritou, e todos olharam em sua direção. — Sou sua mãe!

— Desde quando? — perguntei, revidando com a mesma intensidade. — Só se importava comigo quando precisava me xingar. Só estou fazendo uma pergunta que o Théo já me explicou, que vocês se conheceram e pronto, nove meses depois, eu nasci.

Ela tentou dar um passo atrás, mas Théo a segurou.

— Não faça nada — ele disse baixinho, mas ainda não entendo o porquê de ele querer se fazer de bom pai ou muito menos como se se importasse comigo logo agora.

— Continua sempre grosso, não é? — Márcia disse, me trazendo de volta à realidade. — Diminui com essa grosseria, afinal foi por sua culpa que meus pais se separaram, seu bastardo.

Se essa vaca pensa que vai conseguir me diminuir assim, está muito enganada.

— Falou a filha vagabunda — respondi com deboche, ouvindo algumas risadas dos funcionários ao redor. — Querida, suas provocações não funcionam comigo. Vai cuidar do seu esposo corno ou seja lá o que vocês são.

Edward me olhou com raiva, mas eu apenas dei de ombros.

— Seu filho da puta! — ele gritou, avançando na minha direção, pronto para me socar.

De repente, duas mãos fortes seguraram seus ombros, o viraram e um soco certeiro acertou o rosto de Edward Walker, que caiu para trás com tudo.

— Que merda é essa?! — Márcia perguntou, se abaixando para acudir o esposo que gemia de dor. — Quem são vocês dois?

— Eu sou o Arthur, o namorado do Patrick. Se encostar nele, vai se arrepender muito — Arthur disse friamente.

— Sou o melhor amigo dos dois e detesto gente que arruma confusão desnecessária — Tayler completou. — Posso não gostar de violência, mas se mexer com o meu amigo, vai descer direto para o inferno.

Meu queixo caiu com isso, ainda mais pela merda que os dois idiotas acabaram de falar.

— O QUÊ? — ouvi o grito das pessoas ao redor, que me olhavam surpresas.

— Isso aí, Patrick! — vozes vieram da cozinha, e reconheci Luiz e Lúcia. — Pega na mão e assume o Arthur!

Nessa situação, quis me esconder de tanta vergonha, ainda mais com os olhares incrédulos dos Thompsons e dos Cooper.

— Não é nada disso que estão falando sobre mim — falei irritado. — Não namoro ninguém, só cuido do meu filho. Tayler meio que faz parte do meu círculo de amigos, mas dizer que estou namorando o Arthur é um pouco demais.

— Filho? — Márcia e Edward perguntaram ao mesmo tempo, incrédulos.

— Eu tenho um neto — Owen disse, simultaneamente com minha mãe.

— Qual daqueles três era o seu filho? — Théo Thompson perguntou.

— Nenhum que seja do seu interesse — ouvi uma voz dizer calmamente. — E o que fazem no meu restaurante?

Vindo pelo corredor da cozinha, o senhor Johnson olhava para a confusão que a minha "família" causava.

Ninguém abriu a boca, pois Bill tinha um olhar raivoso direcionado a cada um.

— SAIAM DAQUI! — Bill gritou para os Thompsons, enquanto Théo ajudava Edward a se levantar. — Não me apareçam aqui novamente. Só entram aqui para arrumar alguma confusão com um dos meus funcionários.

Praticamente é verdade, toda vez que vieram aqui, era para me irritar.

— Não ouse gritar comigo — a víbora da minha mãe falou, virando-se na minha direção. — Você vai se arrepender por nos humilhar, Patrick.

— E você vai fazer algo por conta própria? — perguntei, debochado. — Você pode ser uma pessoa de mau-caráter aqui, mas isso só mostra de quem a filha puxou para ser tão sem noção.

Falei tudo em um tom firme e ouvi Márcia rir.

Endoidou de vez.

— Você se acha, não é, Patrick? Se acha o poderoso, mas no fundo é só um garotinho assustado — Márcia falou, lançando um olhar que parecia ser um pouco doentio, tentando me dar medo, mas só me deu um arrepio na espinha.

— Vou estar esperando — falei, vendo a raiva brilhar em seus olhos. — Márcia, nunca tive medo de você. Só tive vontade de acabar com a sua raça de vagabunda algumas vezes.

Pensei que tinha falado demais, pois a mulher que me gerou fez menção de avançar sobre mim depois que ofendi a filha dela.

Quando ela veio, quatro pessoas ficaram à minha frente: Arthur, Tayler e, ao lado deles, o casal Cooper, formando uma espécie de muralha corporal.

— Saíam agora da minha frente! — aquela louca falou, debatendo-se. — Vou acabar com esse garoto de merda que devia ter abortado assim que descobri a existência dele.

No momento seguinte, ouvi um estralo contra a face daquela mulher raivosa, que ficou em silêncio.

Se querem saber quem deu esse tapa? Vou dizer sem enrolação: foi Douglas Cooper, que acertou a cara da víbora com toda a força, elevando-a ao meu patamar.

— Sou contra a violência contra a mulher, mas você merece, Lorena — Douglas falou. — É uma pessoa horrível. Já não basta o sofrimento que causou ao Patrick durante anos, agora quer agredi-lo.

— Cala essa boca maldita, sua bicha corna imunda! — Lorena rebateu, e Douglas riu. — Enlouqueceu, foi?

— Querida, me casei com o Owen após vocês terminarem, ou seja, só o namorei depois de você — Douglas disse, debochado. — Então não sou corno. Já seu ex-marido e o seu genro, não tenho tanta certeza se podem dizer o mesmo, mas fazer o quê, se as pessoas são desse jeito?

A mulher perdeu a fala, e foi Théo quem a puxou para fora do local. Márcia levantou do chão junto do idiota, mas antes de saírem, ambos me lançaram olhares raivosos e cheios de ódio.

— Tchau, não voltem mais — o senhor Johnson falou e se virou para mim. — Por que sempre que alguém do seu passado surge no meu restaurante, acontece um barraco?

— Também gostaria de saber o porquê — falei, e meu chefe revirou os olhos. — Senhor, muito obrigado por tentar mandá-los embora!

— De nada, agora volte ao trabalho — o senhor Johnson disse. — Mas antes, resolva esse assunto da sua família e do seu relacionamento com esses dois.

Se não o conhecesse tão bem, juraria que ele deu um sorriso discreto que me deixou em choque, mas voltei a ver que ele tem razão sobre a relação da minha família.

— Vamos conversar lá fora — falei, olhando para os Coopers. — E sejamos rápidos, ainda tenho que trabalhar.

******************

Assim que falei aquelas palavras, saímos para a frente do restaurante e fiquei olhando o casal Cooper. Devo admitir, segundo Vinícius e Angel, essas duas pessoas poderiam ser modelos, pois se vestem muito bem, algo que só reparei agora, depois que os ânimos se acalmaram.

Ter dois estilistas no círculo social acaba elevando os padrões de convivência.

— Então, o que desejam para terem vindo até o meu trabalho? — perguntei, sendo direto.

Douglas deu uma cotovelada em Owen, após ficarem minutos sem falarem nada.

— Te conhecer — Owen falou. — Sei de tudo que os Thompsons fizeram a você enquanto crescia e sei também que não teve uma família estruturada com eles. Mas quero fazer parte da sua vida para mudar isso e dar a família que você merece. Quando o Théo me ligou informando sobre você, resolvi vir o mais rápido que pude.

Levantei os óculos da ponta do nariz e sorri.

— Tenho uma família que mereço, que dão carinho e respeito para o meu filho e para mim — falei, e Owen abaixou a cabeça. Douglas bateu nas costas dele para consolar o marido.

— Então não vai querer que eu faça parte das suas vidas — Owen falou cabisbaixo. — Eu consigo entender isso.

— Não foi o que quis dizer — respondi, e o casal ergueu a cabeça rapidamente para me olhar. — Pode fazer parte das nossas vidas, só que calmamente. E também quero conhecer melhor o meu pai biológico e o meu padrasto, que subiu no meu conceito por ter colocado uma vaca no lugar dela.

Owen me encarou e o marido dele deu um tapinha no ombro dele, incentivando-o a se mexer. No segundo seguinte, Owen me abraçou.

— Você não vai se arrepender! — Owen falou animadamente.

Olhei para cima e vi Arthur nos observando no batente da porta.

Talvez ele mereça um agrado também.

Após o abraço com Owen, fui até Arthur.

— Vou sair com você, Arthur — falei. Ele me olhou, estático, enquanto Tayler, atrás dele, nos observava com um enorme sorriso. — Daqui a dois dias, e quero que me surpreenda com o local. E escolha sem a ajuda do Tayler.

— Ele vai te surpreender — Tayler disse, confiante.

Arthur piscou, ainda surpreso, mas logo um sorriso começou a se formar em seus lábios. Ele acenou com a cabeça, parecendo já estar planejando algo especial.

— Pode deixar comigo, Patrick — ele respondeu, a confiança começando a substituir o choque inicial. — Vou fazer questão de te surpreender.

Owen e Douglas, que estavam observando de perto, sorriram com a cena. Owen se aproximou de novo, colocando a mão no meu ombro.

— Fico feliz por você, Patrick. Vamos dar um jeito de fazer essa família funcionar, ok?

Eu assenti, sentindo um misto de alívio e excitação pelo que estava por vir. Minha vida estava finalmente tomando um rumo diferente, e eu estava cercado por pessoas que realmente se importavam comigo.

Arthur deu um passo à frente, ainda sorrindo.

— Até daqui a dois dias, então — ele disse, com um brilho nos olhos.

Tayler se aproximou, dando um leve tapa nas costas de Arthur.

— Vou garantir que ele não trapaceie e peça minha ajuda — brincou, rindo. — Mas antes vamos terminar de comer.

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Gostaram?

Até a próxima 😘

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