Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo Cinco

Vinícius Miller:

Devo dizer que não consegui dormir nada até o momento em que me deitei na cama. Simplesmente fiquei olhando para o teto do quarto, completamente ansioso pelo que viria no trabalho amanhã ou, no caso, ao encontrar o Calvin novamente. Isso estava me deixando nervoso. Lembro-me perfeitamente da última vez que experimentei essa sensação de gostar de alguém dessa maneira, e acabou muito mal para mim, com a pessoa se revelando um grande idiota.

Quando eu tinha dezesseis anos, desenvolvi uma enorme paixão pelo capitão da equipe de futebol da escola, aquele idiota do Wesley. Posso dizer que era um clichê completo: o garoto gay apaixonado pelo menino mais popular da escola, que era heterossexual, como todos sabiam. Surpreendentemente, Wesley não era tão heterossexual assim, pelo menos o suficiente para permitir que eu me aproximasse, o que só aumentou minha paixão.

No entanto, Wesley nunca retribuiu meus sentimentos. Ele apenas dizia coisas que sabia que enganariam meu tolo coração naquela época. Eu, um adolescente de dezesseis anos, era ingênuo e delirante o suficiente para acreditar que suas palavras eram uma negação de seus próprios sentimentos genuínos por mim. Foi apenas muito mais tarde que percebi, quando ele me humilhou diante de toda a escola no último dia de aula, que minha devoção era unilateral e servil. Tornei-me apenas o brinquedo de um idiota.

Deixe-me ser enganado por palavras simples, há algo mais patético do que isso?

Passaram-se anos, mas eu ainda recordava vividamente a inflexão na voz daquele babaca e o desdém em seu rosto quando proferiu aquelas palavras, humilhando-me publicamente. Como se não bastasse ele ter esmagado meu coração, pisoteado meus sentimentos e destruído um pedaço de mim, ainda ecoava em minha mente a risada daquele canalha.

Desde então, fiz o meu melhor para afastar-me dessas lembranças, mas elas não me abandonaram por um segundo ao longo dos anos que se passaram.

Tenho certeza que se eu fechar os olhos elas vão surgir na minha mente, como posso deixar de ir contra seus próprios princípios e deixar outra pessoa que pode me enganar e machucar se eu me permitir?

Embora o que tenha sentido ao ver Calvin hoje seja diferente do que experimentei naquela época, não estou sozinho neste momento. Afinal, tenho meu filho, que pode estar mais vulnerável do que eu. Assim como o tolo que sou, meu filho sente empatia excessiva pelas pessoas, o que pode se tornar um fardo. Recordo que, ao longo desses anos, tive apenas alguns namorados, e a cada término, Axel parecia ser o mais afetado quando eles deixavam de visitar nossa casa, encerrando as brincadeiras e as histórias de fantasia.

Mesmo agora, apenas o pensamento sobre isso e a lembrança do sorriso sincero de Calvin direcionado a mim, enquanto ele nos defendia dos ataques de pessoas maliciosas junto com Bianca e o Angel, faz meu coração acelerar a cada segundo.

Algo macio esfregou-se contra meu tornozelo. Olhei para baixo e sorri para a pequena gatinha que invadira meu quarto.

Ela era uma gatinha que costumava visitar nossa casa. Axel e eu cuidávamos dela, mas ela nunca chegara a entrar dentro de casa; permanecia no quintal nos fundos e retornava às ruas, desaparecendo por alguns dias às vezes.

— Então, minha casa tem uma invasora — disse brincando, olhando para a janela do quarto que eu deixara meio aberta. — Foi por ali que você entrou? Resolveu morar conosco em definitivo? — A gatinha miou em concordância. Isso me arrancou uma risada, mas eu ainda estava pensativo sobre o que acontecera comigo e a reação exagerada em relação a Calvin. — Não tenho esperança, tenho? — perguntei, segurando a gata e aconchegando-a contra meu peito. Caí de volta no colchão e comecei a acariciá-la, tentando esvaziar minha mente de todos os pensamentos.

Não deu certo por um segundo sequer.

A pior parte foi... eu me pegava constantemente pensando em Calvin, em seus sorrisos e em tudo relacionado a ele e querendo saber mais sobre ele.

— Por que sou tão idiota? Já sou um homem adulto e com um filho de cinco anos, mas pareço um adolescente apaixonado novamente que só trocaram olhares — sussurrei com um sorriso sem humor. — Sou um bobo.

A gatinha miou em concordância

— Sim — respondi, fechando os olhos. Fiquei tenso ao ouvir o som de passos no corredor e soube que era Angel que passava pela minha porta e seguia em direção à cozinha.

Saí do quarto. Estava com sede como o inferno. Caminhei até a cozinha, mas parei ao ver que Angel estava murmurando algo, parecendo ainda mais ansioso do que eu já havia ficado em toda a minha vida. Ele estava sentado à mesa da cozinha, falando ao telefone em uma conversa tensa. Antes que eu pudesse sair para dar privacidade a Angel e à pessoa do outro lado, ouvi meu próprio nome sendo mencionado, e parei.

— Não devo satisfação de onde estive. Me diga onde esteve nos últimos anos da minha vida enquanto passava por aquele inferno com a minha mãe e a nova família dela — disse Angel, irritado. A pessoa do outro lado disse algo, e Angel bufou com raiva. — Esqueci! Não dou a mínima.

Ele desligou o telefone e jogou-o em cima da mesa.

— Quem era? — Perguntei.

— Meu pai biológico — disse Angel, o que me surpreendeu. — Ele me ligou no meio da noite e agora quis me contar a história dele, o que me deixou louco da vida.

— Quer conversar? Não estou conseguindo dormir — falei, sentando-me, e notei que a gatinha ainda estava no meu colo. — Na verdade, a gente.

— Enquanto você estava deitado, conseguiu adotar uma gatinha — Angel disse, incrédulo. — Isso é ser uma pessoa pura que atrai até animais.

— Não exagera tanto — falei, e Angel apontou para a gatinha.

— Lembro de uma vez em que várias vezes você recebia a companhia de animais no ateliê — disse Angel.

— Sim, sempre fui rodeado por animais. Eles têm um jeito de encontrar o caminho até mim, não importa onde eu esteja. — Sorri ao pensar nas diversas vezes em que me encontrei na companhia de criaturas de quatro patas enquanto trabalhava em minhas pinturas.

Angel se aproximou da gatinha e acariciou sua cabeça. A pequena ronronou satisfeita.

— E então, sobre seu pai biológico, o que ele disse? — perguntei, tentando mudar o foco da conversa para algo menos desconfortável para Angel.

Ele suspirou e se sentou à mesa novamente.

— Uma longa história. Parece que ele quer consertar as coisas agora, mas é difícil acreditar depois de tanto tempo. Estou confuso, irritado... Não sei o que sentir.

A gatinha pulou do meu colo e foi se aninhar nos braços de Angel, como se pudesse sentir a necessidade de conforto dele.

— Às vezes, as coisas ficam complicadas de entender. Estou aqui se quiser conversar sobre isso — ofereci, sabendo que palavras nem sempre resolvem, mas a presença e o apoio podem fazer toda a diferença.

Angel olhou para a gatinha em seu colo, parecendo absorver minhas palavras. Ele assentiu suavemente.

— Obrigado, amigo. Vou precisar de algum tempo para processar tudo isso. A vida gosta de nos surpreender de maneiras inesperadas.

Conversamos por mais um tempo, compartilhando histórias e lembranças, enquanto a gatinha continuava a nos fazer companhia. À medida que a noite avançava, percebemos que, por mais complicada que a vida possa ser, sempre há espaço para apoio e compreensão entre amigos.

No final, Angel sorriu, um sorriso que expressava uma mistura de emoções, mas também uma determinação em enfrentar o que quer que o futuro reservasse.

— Obrigado por estar aqui, mesmo quando as coisas ficam confusas. — Ele murmurou, expressando gratidão.

Não era preciso dizer mais nada naquele momento. A conexão entre nós era forte, e sabíamos que, acontecesse o que acontecesse, sempre poderíamos contar um com o outro. E assim, na tranquila noite iluminada pela luz suave da lua, encerramos a conversa, prontos para enfrentar os desafios que a vida nos reservava.

A gatinha veio para o meu colo e, em seguida, retornei para o meu quarto. Surpreendi-me ao ver Axel parado na porta, sonolento. Peguei-o nos braços e me deitei com meu filho ao lado, mergulhado em um sono profundo. A gatinha acomodou-se sobre meus pés, e fiquei ali, pensando até que o sono finalmente chegasse.

Enquanto as luzes da noite pintavam um quadro sereno através da janela, eu me via envolto em pensamentos, acalentando Axel nos braços e sentindo a maciez da gatinha ao meu lado. Mesmo diante das incertezas da vida, havia um conforto profundo na presença daqueles que amamos. Deixei-me levar pelo sono, grato pela tranquilidade que a noite proporcionava, esperando que o amanhã trouxesse consigo novas perspectivas e um pouco mais de serenidade.

_________________________________

Gostaram?

Até a próxima 😘

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro