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12. Filmes, Piqueniques e Motivos

A NOITE chegou mais tarde em Windtown. Estou seguindo as instruções de Mike até o local do nosso encontro, abraçada ao seu corpo, de olhos vendados, enquanto ele pedala sua bicicleta.

Sinto o vento beijar meu rosto, enquanto fios soltos da minha trança arranham minha pele. É estranho não poder ver nada. Mas, confio nele.

Quando chegamos, ele me ajuda a descer da bicicleta e me guia devagar ao segurar minha mão, delicadamente. Abro um sorriso involuntariamente ao respirar fundo e reconhecer o aroma do lugar. O cheiro fresco de flores e água invade minhas narinas com um sentimento confortável. Estamos no Lago do Outono, meu lugar favorito.

— Posso ver agora? — pergunto, animada.

Consigo ouvir uma risada leve e curta bem perto de mim. Estremeço.

— Ainda não — sua voz é gentil, como seu toque em minha mão e na base de minha coluna. — Estamos perto.

Suspiro, ansiosa. Mas, não é o tipo de ansiedade ruim que me assombra e me faz querer vomitar. Mas, aquela que faz as borboletas em meu estômago voarem sem parar, trazendo a sensação bem-vinda que chega quando estou perto dele.

Ele finalmente para de andar e sinto seu peito em minha costas, quando a venda finalmente deixa meus olhos. Arquejo, com surpresa.

Há um lenço para piqueniques estendido na grama, rodeado de luzes douradas. Há um verdadeiro banquete sobre o lenço com tudo aquilo que mais gosto. Vejo almofadas e um mini projetor apontado para a beira do lago. Lá, percebo finalmente o pano branco sustentado por hastes. O sorriso em meus lábios se abrem ainda mais, se é que isso é possível.

— O que acha? — ele sussurra, atrás de mim. Sua respiração em meu ouvido.

Viro para ele, encarando os olhos de obsidiana que tanto gosto.

— É o melhor encontro de todos — enlaço meus braços sobre seus ombros e ele me abraça.

— Ainda não começamos — ele diz, posso sentir seu sorriso nas suas palavras.-

Me afasto, devagar, meus braços ainda sobre seus ombros.

— O que vamos assistir? — pergunto, prendendo a respiração quando ele se inclina em minha direção, as mãos ainda em minha cintura.

— Não é óbvio? Um sonho de uma noite de verão.

Eu volto a sorrir como uma idiota. Ele sabe que é a minha peça favorita e o filme, bom, devia ter mais reconhecimento. Michelle Pfeiffer arrasou como Titania.

— Acho que quero me casar com você — digo, baixinho e ele ri.

Adoro sua risada.

Adoro como seus olhos se fecham ao sorrir.

Adoro ele.

— Vou cobrar — ele responde, encostando a testa na minha, com os olhos fechados e um sorriso satisfeito nos lábios.

— Como sabia de tudo isso?

Ele abre os olhos devagar, seus cílios quase tocando os meus.

— Tive ajuda.

Franzo a testa. Para quem ele pediria ajuda? Para a pessoa que mais me conhece, certo?

— Mariam te ajudou? — questiono, erguendo as sobrancelhas, surpresa.

Ele ri, baixinho.

— Também fiquei surpreso. Ela não gosta de mim, não é?

Mordo o lábio inferior.

— Não é isso. Ela só acha que você me faz ser impulsiva — respondo, meio sem graça.

Dessa vez, é ele quem franze a testa.

— Por que?

— Porque deixei o garoto por quem sempre tive uma queda por sua causa.

De repente, sua expressão se suaviza e seus olhos se prendem aos meus com uma intensidade avassaladora.

— Prometo fazer de tudo para que você nunca se arrependa — ele diz, firme.

Eu sorrio porque tenho certeza de que ele vai cumprir a promessa.

— Vou cobrar.


Os créditos passam na tela projetada na beira do lago, quando ela se deita sobre a toalha quadriculada estendida no chão.

Me junto a ela e sinto a grama cutucar minhas meias. O sol já se foi há muito e agora as estrelas pintam o céu. A risada dela invade meus ouvidos e é como se meu coração explodisse como fogos de artifício.

Viro o rosto para olhá-la.

— Eu adorei isso — ela diz, baixinho, olhando para mim. Conto suas sardas em silêncio.

Quarenta e duas.

Quarenta e duas sardas que se espalham levemente pelo nariz e pelas bochechas.

Quarenta e duas sardas que eu tocaria com prazer.

— Por que está me olhando assim? — ela sussurra.

— Como não olhar? — respondo, colocando uma mecha que cobre seu olho direito para trás. — Você é linda.

Assisto avidamente suas bochechas se tingirem com um tom rosado.

Absurdamente linda.

— Você adora me deixar sem graça, não é? — ela diz com um sorriso tímido que amo.

Deixo uma risada escapar.

— Só um pouco.

Ela revira os olhos de mel, rindo comigo.

Minha risada se esvai e passo a apenas admirá-la.

Os olhos brilhando com o cintilar das estrelas, a lua pintando sua pele com um prateado angelical. A risada que me aquece mesmo com o sopro gelado da noite.

— Obrigado, Erin — as palavras saem antes que possa perceber, baixinho.

Ela franze as sobrancelhas, virando o corpo pra mim.

— Por quê?

— Minha vida mudou porque te conheci. Eu mudei — toco seu cabelo, outra vez. — Na verdade, ainda estou mudando.

Ela sorri.

— Por minha causa? — seus dedos brincam com a corrente em meu pescoço e eu mordo o lábio inferior.

— De certa forma, sim.

— Como?

— Me apresentou ao Criador, lembra?

Seu sorriso se alarga.

— Ele ia te encontrar, de qualquer forma — ela diz, agora com a corrente enrolada em seu dedo indicador.

Não discordo.

— Fico feliz que tenha sido com você, então — digo, acariciando sua sobrancelha.

Seus olhos encontram os meus e, de repente, fica difícil respirar.

— Você me deu uma razão, sabia?

— O que quer dizer?

Viro o rosto para o céu, outra vez. Não sei se consigo falar sobre isso olhando para ela.

— Meu pai abandonou minha família há uns quatro anos. Eu tinha treze anos, na época, e foi complicado — Suspiro, depois de ocultar a principal razão para ele nos abandonar. Sinto meus punhos se fecharem, involuntariamente. — Quando entrei no ensino médio, eu ainda tinha muita raiva dentro de mim e isso me fez recorrer a métodos... problemáticos. Comecei a beber e a fumar e eu me envolvia em brigas e...

Engulo em seco, mordendo o lábio inferior.

— Desenvolvi depressão.

Sinto os dedos dela se entrelaçarem aos meus. Aperto-os gentilmente.

Ouço sua respiração se tornar agitada, mas não consigo olhar para ela.

— Tentei... você sabe.

Ela suspira e me forço a virar pra ela.

Seus olhos fogem de mim e ela segura minha mão como se sua vida dependesse disso.

— Há quanto tempo? — ela pergunta, a voz embargada. Toco sua bochecha, devagar.

— Um ano. Minha mãe me internou depois disso. E ajudou. Mas... não fez desaparecer, sabe?

Ela assente, ainda sem olhar para mim. Desvio o olhar para a lua cheia acima de nós.

— Às vezes, tenho recaídas. Mas, nunca mais tentei fugir disso. E costumava procurar uma razão, um motivo para ficar. Minha família é mais uma obrigação do que um motivo. É pela felicidade delas que suportei ficar por todos esses meses — admito, devagar. Minha própria voz está embargada agora. Agora sou eu quem está apertando a mão dela. — Mas, desde que te encontrei, ficar... passou a significar minha própria felicidade. E, claro... agora tenho o Criador. E Ele parece estar me dando várias razões também.

Olho para ela rápido o suficiente para vê-la afastar uma lágrima.

— Ei — Trago-a para perto e suspiro quando ela esconde seu rosto em meu peito. — Não chora, principessa. Não quero te ver chorar e ainda menos por minha causa.

Ela soluça e meu coração se parte em pedacinhos.

— Obrigada por falar comigo sobre isso — ela diz, em meio às lágrimas, me abraçando forte. Retribuo o abraço. — Eu sinto muito mesmo que tenha passado por tudo isso.

— Não é sua culpa — afago seu cabelo, segurando seu rosto. Meus dedos deslizam até sua nuca para fazê-la olhar para mim.

Quando ela ergue o rosto e aqueles olhos de mel se alinham com os meus, esqueço como respirar, piscar ou fazer qualquer outra coisa além de olhar para eles. É surreal. Ela é surreal.

— Há mais perigo em teus olhos do que em vinte espadas — cito "Romeu e Julieta", assim que a frase me vem à mente.

Ela abre um sorriso largo. Quero poder vê-la sorrindo assim para sempre.

— Isso merece um beijo — ela diz, baixinho, como se tivesse medo que eu escutasse.

Mas, eu escutei. Perfeitamente.

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