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1. Encontros e Cascas de Banana

EUFORIA.

Essa é uma palavra engraçada, não é? Pode significar tantas coisas em tantos momentos. Emilly, minha irmã mais velha, costuma dizer que essa é a melhor forma de me descrever. Eu sei que ela fala isso com boa intenção, mas, na maioria das vezes, me incomoda. Porque isso só maximiza o abismo de diferenças entre nós duas.

Emilly é calma, silenciosa, como uma brisa de verão. E eu? Quase sempre estou lutando com um temporal dentro de mim e tentando fazer meu coração parar de causar um terremoto no meu corpo.

Como agora, por exemplo.

O garoto fofo do clube de teatro acabou de me chamar para sair e, apesar de gostar dele há um tempinho, não consigo ficar feliz. Não, tenho que estar ansiosa e nervosa e desesperada também, enquanto assisto-o desaparecer na multidão que enche o corredor.

Começo a sentir o ar faltar, quando uma tempestade de preocupações surgem na minha mente. Quer dizer... eu nunca fui a um encontro antes, então não tenho ideia do que falar, ou vestir ou fazer e... preciso de ajuda! Não. Preciso de Mariam.

Por isso, fecho o armário com força e praticamente corro até o auditório, onde minha melhor amiga provavelmente está. Como as aulas acabaram ela deve estar trabalhando nos figurinos da nossa próxima peça, Sonho de Uma Noite de Verão. Sei muito bem que ela não gosta de ser interrompida no seu processo criativo, mas tem um bolo se formando no meu peito e estou quase me arrependendo de ter dito sim.

Sinto o peso aliviar um pouco quando abro as portas do auditório e volto a caminhar em velocidade normal. Mack Mackenna, nossa cenógrafa, passa por mim e acena. Cumprimento-a rapidamente, engolindo o nervosismo por um momento, e elogio o novo tom de roxo que pinta as pontas dos fios loiros acobreados de seu cabelo.

Virando-me para o palco, dou de frente com um Dylan sorridente, os olhos amendoados e finos se escondendo para que o sorriso brilhe ainda mais. Deus! Ele é tão fofo. E isso só aumenta a minha preocupação. O que tenho de especial para ele querer sair comigo?

Sorrio de volta e começo a correr, outra vez. Subo os degraus na lateral do palco e volto a correr pela pista lisa, chegando até o centro ao sentir meu pé escorregar em algo pegajoso. Consigo girar o corpo, mas, mesmo assim, não há escapatória. Vou cair aqui. Na frente de Dylan e de todo mundo. Tudo o que me resta fazer é fechar os olhos e pensar em como sou idiota, até o impacto chegar. Só que ele não chega. Estou estática no ar há uns cinco segundos, quando percebo que alguém está me segurando. Aperto os olhos, morrendo de vergonha, antes mesmo de ver quem me salvou. Devo estar parecendo uma esquisita de olhos fechados nos braços alheios.

Quando finalmente tomo coragem é como se tivesse sido raptada por aliens e só consegue enxergar a escuridão mágica do universo, porque esses olhos brilham tanto que não consigo desviar o olhar.

O garoto desconhecido me encara e franze as sobrancelhas escuras para mim. Seus lábios se abrem por um momento, chamando minha atenção. Eles são tão avermelhados. Céus! E nem se fala dessas maças do rosto. Ele parece ter sido esculpido por uma variante mais simplista de Michelangelo, com traços fortes e angulosos, quase a ponto de parecer irreal.

— Você está bem? — o Desconhecido pergunta, ainda imóvel.

Balanço a cabeça, devagar, sentindo o frio repentino que me tortura toda vez antes de eu virar um camarão. Sou tão, tão idiota!

Coço a garganta e impulsiono o corpo para frente, tentando ficar em pé, com a ajuda do Desconhecido.

— Obrigada — digo, desviando o olhar para o meu tênis, preso em uma casca de banana.

Reviro os olhos porque sei muito bem que isso é culpa da nova dieta vegana da Leslie, umas das nossas atrizes. Ela é um amor, mas seu senso de limpeza é meio problemático.

— Eu sou a Erin. Muito prazer! — digo, numa tentativa medíocre de recuperar a minha dignidade.

Ele olha para mim, surpreso. E demora tanto para responder que chego a pensar que falei baixo demais.

— Mike.

— Wazowski — tento brincar, mas ele responde com uma careta confusa. — Sabe? Monstros S.A?

— Não, não sei — ele dá de ombros, sem nem o vislumbre de um sorriso.

Só que o que mais me incomoda é ele não conhecer Monstros S.A. É tipo um clássico das animações, não é?

— Ótimo! — Srta. Cameron, a professora de teatro, exclama, enquanto surge do nada. Ela caminha até nós com um sorriso satisfeitos nos lábios carnudos. — Que bom que já se conheceram.

Franzo as sobrancelhas.

– Michael, — ela começa, virando para o garoto que resmunga um: "É Mike.". — Erin é a nossa sub-diretora de palco.

— Sub-diretora? — ele estreita os olhos.

— O maior cargo tem que ser da professora — explico, pacientemente. Já acostumada com a estranheza dessa situação, mas eu queria fazer parte do clube e como não sou atriz, nem artista de qualquer forma, foi a única posição que me restou. Mas, eu gosto mesmo assim.

— Erin, Mike é o novo membro da nossa equipe de decoração. Pode levar ele até Mack e Joe?

Assinto, com um movimento rápido de cabeça, recebendo um sorriso amigável da Srta. Cameron como resposta. Então, ela se vira e nos deixa sozinhos de novo.

— Ok. Vem comigo — peço, simples.

Já entendi que ele não é muito de conversa, por isso não digo nada até chegarmos à oficina atrás das cortinas.

Vejo Mack com uma série de cartolinas coloridas empilhadas em seu colo, enquanto Joe carrega vários potes de tinta até o centro do compartimento. Há várias fitas e tecidos espalhados pelo chão e percebo as sobrancelhas de Mike se erguerem, enquanto ele observa o espaço.

Mack parece nem perceber nossa presença. Ela está concentrada demais em escolher o tom mais escuro de azul entre os milhares de tecidos no chão. Mas, Joe, nosso chefe de carpintaria, acena para mim assim que me aproximo e sorri para Mike, que responde com um único levantar de queixo.

— Esse é o Mike Cobbard — digo, finalmente capturando a atenção de Mackenna. — O mais novo membro da trupe.

— E aí, cara? Eu sou o Joe e essa é a Mack Mackenna.

Mike continua calado e responde acenando com apenas dois dedos. Mackenna ergue o rosto para olhá-lo e percebo nela a mesma surpresa que a minha. Ele pode ser o que for, mas não dá pra negar o quão bonito é. 

Reprimindo uma risada nervosa, me despeço dos três e volto ao meu objetivo inicial: achar Mariam. E como um presente de Deus, assim que piso fora da oficina, ela está passando com uma expressão concentrada, os olhos castanhos cerrados, enquanto segura uma almofada de alfinetes. Graças aos Céus!

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