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VENENO

— Não creio... — Lira corre em direção à porta de entrada.

Recém saída do banho.

Seus cabelos estão presos por uma toalha de algodão, amarelada e rasgada.

O corpo está coberto por um vestido simples, longo, marrom, e uma echarpe fina de seda negra, a peça foi herdada de sua avó.

— Quem chama? — Pergunta com a mão escostada na porta.

Está pronta para segurar caso alguém tente invadir a casa.

— Borjan.

Um nome... foi o suficiente para...

Lira cola na porta a palma da outra mão, sente as pernas trêmulas, quase que não lhe sustentam o corpo.

O rosto esquenta e enrubesce, um reflexo de seus pudores, e de algo mais... algo que ela não sabe explicar.

— Borjan? O que deseja? — Pergunta sem abrir a porta.

— Só saber de você... Está bem? — O rapaz encosta a testa na madeira da porta.

Aspira o ar, pode sentir o aroma de flores silvestres que sai de dentro da casa através das frestas da porta.

Ouve o destrancar da fechadura, é demorado, exitante.

Borjan escuta gritos e se vira para investigar, eles vem de trás, de um conjunto de casas que estão ligeiramente à sua direita.

Quando torna o rosto à posição inicial, se depara com Lira que o observa.

É noite e está escuro, mas há nos olhos dela o brilho das estrelas.

— Obrigado por abrir a porta. — O jovem curva a cabeça, em um cumprimento típico. Poderia beijar-lhe a mão, mas não deseja assustá-la.

— Agradeço a preocupação com meu bem estar. Por se dispor a procurar-me...

A chama de uma vela acesa dentro da casa, ilumina a moça e lhe dá uma aura angelical. Também faz com que Borjan possa ver a face enrubescida.

— Não fico tranquilo em saber que reside só, sem amparo... — O rapaz interrompe a frase, mas já era tarde demais, transpareceu algo do que sentia.

Lira abre um sorriso tímido.

Ela gosta da voz suave que o rapaz tem e seu coração se aquece com o carinho que ele demonstra.

Borjan tapa o rosto com uma mão, se sente envergonhado, sem saber como agir.

Após um suspiro, resolve continuar.

— Sim, penso em você todas as noites. Meu coração não descansa até te ver no outro dia. Mas, já é tarde, devo ir.

– Fiz sopa de coelho.

Lira não queria que ele a deixasse. Sabia que não era direito uma moça receber um rapaz, não àquelas horas... mas seu coração pedia:

"Um pouco mais... Apenas um pouco mais da presença..."

Borjan estaca o passo.

O cheiro da comida realmente lhe mexe com o estômago.

— Eu fico preocupado com o que vão pensar...

Há tanto que ele deseja dizer, mas nada parece certo.

O moço realmente se preocupa com a reputação dela, sabe o quanto isso é importante... mas...

Lira tira seu corpo do caminho, o espaço aberto é uma afirmação do convite.

O jovem pede licença e entra.

Por detrás da fonte central, uma sombra observa tudo. Espera um pouco e vai embora.

— Nunca havia comido um guisado de coelho tão gostoso. — Borjan pronuncia as palavras de um jeito engraçado, pois está com a boca cheia.

– Obrigada. — Lira responde sem graça. — Foi minha tia Ana quem me ensinou essa receita.

— Eu gostava muito de sua tia, sempre me atendia com um sorriso.

— Verdade... — Lira enxuga os lábios com um guardanapo de tecido. — Ela gostava de você, mas não de seu irmão e nem de seu pai.

Borjan se mantém calado, surpreso com a sinceridade da jovem.

— O que significa este medalhão?

Lira assusta-se!

O medalhão estava novamente à mostra.

— O que aconteceu? — Pergunta Borjan.

— Eu não sei muito bem o que significa, mas meu avô, que foi um general de Valáquia, deu para meu pai, que deu para minha tia entregar-me.

– Linda peça.

— Sim. — Lira segura o medalhão com sua mão direita. — Eu gosto de pensar que me traz sorte.

— Lira, já está tarde, preciso me retirar. Sou grato pela refeição. — Borjan levanta, se dirige para a saída e pega seu chapéu sobre o móvel próximo da porta enquanto aguarda a anfitriã.

A jovem entende a preocupação dele.

– Obrigada pela companhia. – Lira pega a chave, e ao colocar na fechadura, Borjan a beija.

Um beijo puro.

Casto.

Apenas um roçar de lábios, suave como a brisa do ocaso, alegre como o brilho que se vê no orvalho das manhãs.

— Desculpe-me a indelicadeza, mas, minhas intenções são as melhores.

O rapaz passa uma mão no proprio pescoço e sente o calor da vergonha.

Lira está muito vermelha, seu cabelo alvo faz um contraste engraçado contra a pele.

— Eu desejo casar-me com você. — Tenta ser mais claro.

A moça arregala os olhos que ficam ainda mais brilhantes, como se refletissem as chamas de uma lareira.

Enlaça os dedos e os aperta com força para descarregar um pouco do peso da timidez, seus olhos fitam os nós esbranquiçados pela pressão.

Seu coração está disparado.

Borjan percebe que ela está sem ação, portanto toma a atitude de abrir a porta e sair.

Antes de colocar o chapéu lança um último olhar para a madeira à suas costas e suspira.

Sim, deseja tomá-la como esposa, da maneira tradicional.

As fantasias de Borjan não incluem o corpo dela sem vestes... As fantasias dele incluem Lira trajada de noiva.

Ele suspira e se vai.

— EU VI! NÃO FOI NINGUÉM QUEM FALOU! EU VI COM ESSES OLHOS QUE A TERRA UM DIA HÁ DE COMER!

O pai de Esteban continua calado.

Eles estão sentados na sala de estar da residência Alioth.

Há ali um retrato com dois metros de altura por dois metros de largura, a imagem da esposa do nobre.

— A acusação é seria. Você está afirmando que seu irmão foi enfeitiçado pela jovem. 

Andrej enruga a testa como se desconfiasse da acusação.

— Eu sabia, o senhor não acredita em sequer uma palavra que manche a honra de seu filho caçula!

— Cuidado Esteban... Sou seu pai, seu senhor! Você me deve respeito. — O homem lança ao filho um olhar gélido. — Apenas acho Borjan delicado, muito semelhante à minha finada esposa... Sua mãe!

O som da porta da frente é escutado.

– Ele chegou! O pergunte! — Desafia o filho mais velho.

Pai e filho escutam o ranger dos passos na escada.

O filho mais novo se detém no corredor, está à frente da porta da sala de estar.

— Meu filho, pode dispensar a nós um momento de seu tempo?

— Claro!

— Seu irmão, como bem sabe... Ele, em alguns anos herdará o posto do padre Custódio.

— Parabéns irmão! Fico feliz.

— Isso não vem ao caso, a questão é que... bem.. Esteban disse que você esteve na casa da jovem Merak.

Borjan fecha a cara.

— Ele mente?

Os olhos do pai estudam friamente a feição do filho.

— Não, ele não mente. Lá estive, pai. Perguntei à ela como tem passado e parti para casa.

— Foi apenas isso?

— Apenas, meu pai!

— Você chegou a entrar na casa?

O rapaz desvia os olhos, solta uma reclamação quase inaudível e volta a olhar para os dois.

— Eu me casarei com Lira!

O pai arregala os olhos e o irmão não esconde a expressão de contentamento.

— Então meu pai... Era mentira? — Cada palavra é dita em um tom vitorioso.

— Eles fornicaram! — Acusa o irmão.

— Não! Jamais a toquei! Você mente, seu crápula.

— O primeiro sinal de possessão, meu pai. — Esteban fala quase sibilando. — Perder o controle da língua!

— CALADO ESTEBAN!

O pai levanta-se irado.

Se for verdade que o filho a deflorou, todos os seus sonhos e desejos de luxúria terão ido por água abaixo.

— Não percebe que estamos falando de seu irmão!?

— Não meu pai, estamos falando da jovem que nós três desejamos, mas, parece que o coração e o corpo só pertencem apenas à um.

— Eu não a toquei!

Andrej para.

Fita o quadro da mulher.

— Esteban, vá chamar o Padre Custódio.

— Meu pai, pela minha mãe... — Antes que Borjan termine a frase, seu pai dá-lhe um soco na barriga e depois mais outro.

— Isso, seu bosta... — Andrej fala ao ouvido do filho que está agachado de dor. — É para você aprender a não mexer nas coisas que são do seu pai.

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