Ⅱ. O Subterrâneo
NCT
Sinopse:
Quando Donghyuck foge mais uma vez para visitar o Acima, os amigos apenas ficam indignados. Quando Donghyuck não volta para casa naquele dia, nem na noite seguinte e nem na outra, os amigos começam a ficar preocupados.
Eles não deveriam sair do Subterrâneo. De acordo com a lei que os protege, não deveriam sequer andar para além dos limites protegidos pelos líderes da comunidade, mas a lei nunca os impediu antes. Sabem dos perigos do Subterrâneo, mas já exploraram muito daquilo — juntos, é claro. Porque o único a se arriscar na escuridão do Subterrâneo, sozinho, é Lee Donghyuck, o amigo sem um pensamento coerente na cabeça.
O Subterrâneo
— Donghyuck é um idiota — diz irritado, já cansado de carregar aquelas mochilas pesadas nas costas por todo o percurso.
Os mais novos apenas resmungam baixo, andando um pouco atrás dos hyungs. Não aguentam mais andar, mas também não aguentam mais as reclamações de Jaemin.
— Cala boca, Jae — Jeno diz firme sem mesmo olhar para o rapaz, sem poder ver sua expressão, há pouco irritadiça, agora indignada.
— Você diz isso porquê não é você quem está carregando todo o peso do idiota nas costas! — Jaemin aumenta a voz, parando de andar e os mais novos param também, quase esbarrando no hyung que caminha à frente.
Jeno para de andar também, já preparado para começar a sessão de discussões quando Mark volta os passos que estava à frente e puxa, sem alguma calma, a mochila de Donghyuck das costas de Jaemin, fazendo o garoto quase perder o equilíbrio. Mark coloca a mochila em suas costas e continua a andar rápido, ficando à frente dos outros novamente. Jaemin não muda sua expressão de estresse e indignação, mas volta a andar, agora com uma carranca.
— Você sabe que ele sempre vai defender o Hyuck, não sei pra que ainda fala essas coisas — Chenle diz baixo enquanto os quatro caminham a uma distância segura para Mark não ouvir.
— Eu não falei nada demais, o errado aqui não sou eu —Jaemin resmunga, andando de cabeça baixa pelo lugar pouco iluminado.
— Acho que não é hora pra decidir quem está certo ou errado — Jeno diz com um tom baixo, puxando Jisung e Chenle que caminhavam por trás e os colocando em sua frente e do Na.
— Até porque a gente sabe a resposta — Chenle diz e Jisung o dá uma leve cotovelada, fazendo o Zhong dar de ombros e se calar.
Os meninos continuam a andar, mas dessa vez em silêncio. Já estão andando há algumas poucas horas e sabem que terão que parar logo, mesmo querendo chegar rápido ao Sécado.
O lugar de pouca iluminação naquele ponto era ainda mais escuro. Algumas poucas luzes mal colocadas em alguns lugares, mas a maior parte do caminho era escuro. Os jovens sabem andar sem ajuda externa, de tanto que ali passam. Mas, nunca é totalmente seguro. Sabem que não devem sair da cidade, muito menos sozinhos. Sabem que correm o risco de cair em algum lugar de grande profundidade, e nem poderão ser ajudados se isso acontecer. Mas, desde que aprenderam o caminho do sol, não conseguiram mais parar de fazê-lo.
— Renjun não vem mesmo? — Mark pergunta após muito tempo de silêncio, já caminhando mais próximo aos outros.
Jisung suspira alto, insatisfeito. Quer o hyung ali tanto quanto os outros também querem.
— Ele disse que ia tentar alcançar a gente — Jaemin responde ao amigo, mesmo ainda não tendo esquecido da grosseria anterior.
— Não dá mais, estamos a quase três horas da cidade — Mark diz em seu tom normal e aparentemente calmo, quase escondendo a frustração.
Huang não quisera se juntar ao grupo de início, estava exausto das loucuras de Donghyuck. Estava cansado de correr riscos pelo amigo inconsequente, então disse que os alcançaria depois, mas todos sabem que ele apenas não quis negar de imediato. Não o culpam.
— Vamos parar de qualquer forma, quem sabe ele não chega? — Jeno mais afirma do que pergunta, já andando em passos mais lentos.
Todos têm a mesma esperança de Jeno.
— Vamos parar logo — Chenle reclama, já cansado de andar com uma mochila nas costas, e aos poucos os meninos vão parando de andar e se juntando.
— Acho que vai ficar ruim pra dormir por aqui — Jaemin comenta com uma careta de nojo, mas ninguém pode ver pela ausência de luminosidade.
O caminho mais seguro até o Sécado é esse: um extenso e estreito corredor de teto baixo, úmido e sem claridade. Apesar de outras passagens ao redor e diversas entradas e saídas, os meninos preferem não se arriscar em novas aventuras, preferem deixar isso para quando estiverem explorando mais o local com os equipamentos necessários.
— Vamos só sentar e descansar — Mark diz, cansado. Não quer mais discutir sobre nada, não quer pensar mais em complicações.
Os mais novos apenas concordam e começam a se encostar nas paredes, em busca de um lugar menos úmido. Sentam-se encostados em suas mochilas, e Jisung liga sua lanterna, iluminando pouco, mas já o suficiente para os garotos verem como é o lugar onde estão.
— Desliga isso, vai descarregar — Jeno reclama tentando tomar a lanterna da mão do menino, mas ele recua o braço mais rápido.
— Deixa ele, a gente tem mais um monte ainda — Jaemin resmunga e Jeno o olha com cara de poucos amigos, que pode ser vista pelos outros graças à pouca luz.
— Deixa ligada, assim o Renjun não pisa na gente quando passar por aqui — Chenle comenta quase que risonho, se aconchegando entre Jisung e Mark e já fechando os olhos.
Os meninos sabem que Renjun não aparecerá, mas não dizem nada. Deixam a lanterna ligada.
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— Eu acho bom vocês levantarem antes que eu passe por cima.
Jisung continua dormindo como uma pedra, nem mesmo escuta som algum. Jaemin e Jeno pensam estar sonhando e se abraçam mais, inconscientemente. Mark nem mesmo fechara os olhos. E Chenle...
— Se você encostar esse pé em mim, te afogo no esgoto — responde com a voz ainda rouca de sono, mas já acordado e com os olhos bem atentos. Pode ver o Huang com a vista borrada, em um tom amarelado graças à fraca lanterna.
Jeno acorda com a voz de Chenle, já apressado. E se perderam a hora? E se já estiver tarde demais? Se levanta rapidamente do apoio úmido da parede, acabando por deixar o corpo mole de Jaemin escorregar em direção ao chão, devagar.
Escrita em 28 de junho de 2018
Plot:
Um povo criado no subterrâneo, que acreditam que o mundo exterior é perigoso e cheio de maldades.
A vida no subterrâneo era boa o suficiente, até o dia em que o grupo de sete amigos ficou curioso para conhecer um pouco mais do tal perigo. De tanto explorar e seguir os líderes da comunidade por entre as passagens subterrâneas úmidas e pedregosas, encontraram o caminho do sol. E, o mais chocante de tudo: descobriram que o tão temido Mundo Exterior não era feito de doenças, caos e guerra, como sempre ouviram falar. Nunca se atreveram a conversar com as pessoas lá de cima, estas que podem sim ser um pouco esquisitas; mas ainda gostam de se aventurar às vezes por lá.
A melhor parte é o sol, sem sombra de dúvidas. O ar lá de cima parece diferente, e até o vento é diferente. O Subterrâneo é sempre frio e úmido, e no Mundo Externo eles finalmente tiveram a oportunidade de sentir algo realmente quente.
Só que eles estavam começando a gostar demais do mundo lá fora. Se eles não eram autorizados nem a perguntar sobre o Acima, nem imaginam o que aconteceria a eles se fossem pegos fugindo. Estavam começando a ficar descuidados, a mentir mal, a votlar com marcas na pele, e os líderes pareciam estar ficando desconfiados.
No entanto, Donghyuck fugiu. E agora eles precisam trazê-lo de volta.
Notas:
Acho que essa foi a primeira vez que tentei escrever algo com o NCT.
Na época eu tinha o plot fresquinho na minha mente, incluindo falas e tudo mais, mas hoje não lembro de muita coisa, confesso. Não sei qual foi a brisa que me deu pra eu escrever isso, mas acabei nunca continuando porque fiquei insegura com esse plot de subterrâneo, pensei que fossem achar patético demais, infantil demais, então acabei nunca nem escrevendo mais, mesmo tendo gostado muito da ideia quando tive.
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