Último capítulo.
Ana ✨
Dor era tudo que eu sentia, o que me lembrava o parto do Théo. Filipe me colocava no carro e do atrás, o Théo curioso e ansioso, assim como o pai dele.
Ret: Tá tudo suave? - Concordei com a cabeça, revirando os olhos.
Meio que eu já estava quase acostumada com tudo isso, apenas sentia uma dorzinha mas o que eu conseguia suportar.
Théo desceu assim que chegamos e Filipe chamou por um médico, fiz todos os procedimentos, esperei tudo ficar na maneira certa, até chegar a tão esperada hora do parto.
Ret: Tá suave.- Beijou minha testa e eu olhei pra ele.
Ana: Cadê o Théo? - Perguntei preocupada e ele apontou pro vidro.
Simplesmente do nada a Clara e o Matheus apareceram, os padrinhos da minha filha! Sorri fraco e escutei o médico, que pedia pra fazer força pra minha filha nascer.
Fechei os olhos e fiz o máximo de força que podia, sentindo o Filipe agarrado comigo o tempo todo, parecia tudo tão diferente.
Era incrível como a sensação era diferente, ter alguém segurando minha mão, ainda mais alguém que eu amo e o pai dos meus filhos, me trazia muito mais conforto e força.
Foi tudo rápido, em questão de minutos a nossa filha chorou pela primeira vez, escutei uma risada sacana e passei a mão no rosto, rindo.
- O pai quer cortar? - Falou olhando pro Filipe que assentiu, indo pra perto.
Ele cortou o cordão e eu logo pude ver a minha filha pela primeira vez, do outro lado do vidro o Théo, Matheus e Clara comemoravam animadamente, felizes asim como eu e o Filipe...
⏰⏰⏰
Dois meses depois, acordei com aquele choro vindo do quarto ao lado, observei o dia amanhecendo e sorri ao ver Filipe se levantando junto comigo.
Ana: Bom dia.- Sussurei, abraçando ele por trás.
Ele beijou minha cabeça e veio andando comigo pro quarto da Catarina, ele pegou nossa filha no colo que resmungava de alguma coisa.
Ana: Dá banho no Théo que eu vou dar comida pra ela.- Pedi.
Ret: Tá cedo ainda, deixa o moleque dormir mais um pouco.- Concordei com a cabeça, saindo do quarto com a Catarina.
Ana: Bom dia, mamãe.- Cheirei a cabeça dela, enquanto ela chorava.- Certeza que você acordou animada pra acordar a casa todinha.
Ela sorriu em meio ao choro e eu fui pro meu quarto. Sentei na cama e tirei o peito pra fora, colocando na boca dela com cuidado. Ela amava me machucar e eu só sentia a dor olhando pra ela, era linda! Pura obra de arte.
Ela nem se parecia comigo, nem com o Filipe. Era quase uma cópia exata do Théo, eu ficava impressionada sempre que parava pra pensar nisso.
Ret: Bom dia pra quem acordou o irmão.- Falou com o Théo no braço e eu sorri, fazendo careta.
Ana: Quem não gosta de acordar às seis da manhã, ein filho? - Beijei a cabeça dele, que se deitou ao meu lado.
Pamela: Licença.- Bateu na porta já aberta e colocou a cabeça pra dentro.- Vai querer alguma ajuda, Ana?
Ana: Dá banho nela...- Falei sentindo ela soltando o peito.- Filipe cuida do Théo.
Ret: E você cuida de quem, mandada? - Entreguei a Cat com cuidado pra Pamela e virei pra ele.
Ana: Eu sou a mãe, cuido de todos. Aí preciso de momentos de paz.- Ele sorriu, mandando dedo.
Pamela foi dar banho na Catarina e Filipe se despiu, indo pro banheiro. Chamei o Théo que foi resmungando pro banheiro, mas foi com o pai.
Faltava uns dois meses pros três aninhos dele e eu estava bastante ansiosa, claro que Filipe e eu fizemos questão de fazer uma festa.
Tomei banho na paz e me arrumei, tava todo mundo lá embaixo na mesa, me sentei tomando café, enquanto Filipe conversava com os filhos, cheio de gracinhas.
Ana: Tchau, amor.- Beijei a cabeça dela, que puxou meu cabelo e eu neguei, empurrando a mão dela.
Théo: Tchau, nana.- Beijou a irmã e eu sorri.
Era o apelido dele pra ele, de "irmã" ele tirou um nana, muito fofo. Filipe deu tchau e a gente saiu de casa.
Ret: Tchau gostosa, cuidado.- Falou me beijando.
Ana: Tchau amor, qualquer coisa avisa.- Ele concordou com a cabeça beijando a nuca do Théo.
Ret: Te amo.- Montou na moto.
Théo: Amo o ipe...- Sorriu e eu sorri junto, como sempre toda boba.
Ana: Amo você doidinho.- Entrei no meu carro com o Théo.
Era todos os dias assim, após Catarina completar um mês, eu voltei a trabalhar e as vezes Filipe ficava em casa com ela, mas na maioria ela ficava com a empregada.
A rotina era a mesma, acordar, se animar todos os dias, uma briga pra dar banho em duas crianças, um café cheio de sorrisos, ou choro da Catarina. Filipe indo pra boca, eu passando pra deixar o Théo na sua bela escola integral e indo para o meu trabalho.
Parecia uma rotina que nunca caia no tédio. Cada dia era mais incrível, parecia que era perfeito. Eu amava mais o Filipe e a forma que cada dia mais ele abria mais um pouco dele. Claro que já éramos um casal foda, mas sempre tínhamos oportunidade de melhorar isso.
Minha melhor amiga trabalha comigo, na verdade ela trabalha em várias coisas. A gente tem um belo projeto de não deixar crianças e adolescentes entrarem no tráfico, o que era super aprovado pelos nossos maridos.
Meu cunhado era bom, eu conseguir virar uma página após perceber o verdadeiro Matheus e não me arrependo, ele me trata como uma princesa e sempre tenta me dar o melhor, como irmão mesmo, todo protetor.
Eu amava cada parte da minha pequena família e toda vez que hoje eu olho pro meu passado, eu consigo ver o quão boba eu era de não querer que nada disso acontecesse. Hoje, além de ser uma mulher reconhecida e importante no Brasil, eu também sou a primeira dama do tráfico, como dizem, a patroa.
Tenho meu baby com uma puta mente de um vilão, mas que sempre consegue diferenciar a tráfico da família. Diferente de antes, ele sabe o tempo de cada coisa e dar máximo de valor para elas, ainda mais quando se trata de família, da nossa pequena e incrível família...
✨✨✨
Fim 🖤
pra quem ainda não sabe,
"A libertina." é o livro novo pelo ar.
Obrigada por mais um livro. 🖤
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