Ret 💸

Cada vez que os dias passavam, mais tudo ficava maneiro. Tava trabalhando enquanto a Ana tava terminando de arrumar os últimos bagulhos na casa, já tinha tudo lá, era só ela arrumar na fé.

MT: Vai ter festa, né não? Bailão hoje em comemoração.- Falou batendo na minha cabeça.

Ret: Coe, malucão.- Falei riscando alguns nomes do caderno.- A Ana tá na ideia de fazer um jantar lá em casa.

Mt: Não fui convidado.- Eu confirmei com a cabeça rindo.- A Clara já foi chamada, Ana deixou bem claro que é só ela.

Ret: Ela tá te gastando, ela não tá na maior fé contigo, mas ele tá de boa.- Falei fechando a gaveta.- Bora dá um pulo lá.

Mt: Ela me expulsa.- Falou rindo e eu empurrei ele, saindo da boca e olhando pro meu braço esquerdo.

Ret: Comando nas tuas mãos, qualquer erro, sem perdão.- Falei montando na moto.

Cebola: Fé patrão.- Fez sinalzinho e eu saí na frente, vendo o Matheus empinando atrás.

Subi com ele pra minha casa e a gente deixou a moto na frente, abrir o portão e fui entrando, enquanto falava altas paradas pro Matheus.

- Dona Ana.- Uma mulher gritou assim que a gente entrou, olhei feião pra ela e ela nem me olhou, tava toda medrosa.

Ana: O que foi, Pamela? - Falou calma, descendo as escadas com uns papéis na mão e a mulher apontou pra gente, cruzei os braços e Ana revirou os olhos, rindo.- Esse é o pai e o tio do Théo, bobinha.

Pamela: Mas eles...- Falou apontando e eu percebi a arma exposta nas costas do Matheus e na minha cintura.

Mt: É de brinquedo.- Piscou pra mulher que fez o sinal da cruz.

Ana: Achei que você lembrava deles, mas quase sempre que eles vão, você já tá em casa.- Sorriu.- Ret e Mt.- Falou apontando.

Pamela: Vou olhar as roupas.- Falou saindo da cozinha e Ana riu.

Ana: Oi...- Falou vindo na minha direção e me deu um selinho, segurei a cintura dela com uma mão e beijei a cabeça, vendo o Matheus sorrindo de lado.- Oi, Matheus.

Mt: Coe...- Falou metendo a mão nos armários e pegando biscoito.

Ana: Eu achei esses papéis, são importantes? - Falou me mostrando e eu peguei, passando a vista nas letras.

Ret: Demais, guarda num lugar difícil de encontrar, mas que eu saiba onde tá.- Falei soltando dela.- Cadê o Théo?

Ana: Tá dormindo.- Falou dando as costas.

Mt: Fiquei sabendo que vai ter um jantar mil grau na casa da minha cunhada, tá ligado? - Falou chamando atenção dela e ela fez careta.

Ana: Você sabe que é pra vim.- Ele negou com a cabeça.

Cocei a cabeça e peguei água, tomei na boca aproveitando que ninguém tava olhando e peguei uma latinha de Brahma, divindo pra mim e pro Matheus.

Era a única coisa que tinha, água, bolacha pro Théo e umas latinhas de cerveja. Faltava pouca coisa pra nós começar a ficar aqui de vez, porque enquanto ainda tava ajeitando as coisas, nós ainda tava na outra casa de baixo.