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Acho que eu nunca ia reclamar ou me lamentar por ter o Théo na minha vida! Independe se eu perdesse rolês por causa dele ou me privasse de alguma coisa, eu sempre iria preferir mil vezes ele comigo, do que qualquer outra pessoa.
Não fazia questão, eu nunca fiz aliás, porque o ditado é que mãe é mãe.
Sai bem cedinho com meu filhote no colo, ninguém tinha nem chegado da festa ainda, cinco da manhã. Eu fiz o que? Arrumei uma bolsinha com tudo necessário e mandei uma mensagem pra Clara, avisando que iria curtir com meu bebê.
Comecei a andar pela praia dele até me afastar o suficiente da casa, coloquei cadeira e essa parte da praia tinha mais movimentação do que a outra.
Como uma super mãe que eu sou, cavei um buraco e coloquei água do mar, fazendo um bela piscina pro Théo, que nem se importou e parecia um peixinho dentro da água.
Ajeitei meu biquíni preto e coloquei óculos de sol, me ajeitei na cadeira de praia de forma que eu conseguisse me bronzear, mas ao mesmo tempo, observar os movimentos do meu filho.
Théo: Vem brincar.- Falou comigo e eu sorri, vendo ele falando tudo errado.
Ana: Jaja mamãe vai, tá bom? - Ele fez bico, jogando água no meu corpo e eu fiz careta, me esticando e empurrando a cabeça dele levemente.
Meu celular tocou e eu percebi ser o Ret, desliguei a chamada e respondi a Clara, que perguntava se podia vim pra cá sozinha e eu disse que sim.
Quase uma hora depois ela chegou, só de biquíni e com uma cara de sono, eu sorri e ela sentou na areia com o Théo, beijando a cabeça dele.
Clara: Teu macho tá putinho.- Suspirou de cansaço e eu ri.
Ana: O problema é meu desde quando? - Ela riu também.
Clara: Mas cê sabe que ele não vai mudar o jeito dele de ser do dia pra noite, não é amiga? - Concordei, vendo ele bebendo água.
Ana: Mas a gente entrou em um relacionamento, amiga.
Clara: Ô, isso não quer dizer nada. Ninguém muda só por entrar em um relacionamento.- Confirmei.- Mas assim, tu conhece ele faz um bom tempinho já né.
Ana: Eu sei aonde eu tô colocando o corpo, mas foda né. Até porque não teve nem pedido, foi só uma afirmação mesmo.
Clara: Mas tu não foi obrigada, você queria tanto quanto ele. Ele não sabe se expressar, pela nossa pequena noite juntos eu percebi isso. Ele conversando com o Matheus sobre você e o Théo, ele não sabia nem falar um "eu gosto deles." Ele só mandava um, "Quero manter na proteção." Aí o Matheus perguntava, "mas tu gosta deles?" e ele só dizia "tô dando meu sangue né." - Eu gargalhei.- Não entendi quase nada do diálogo dos dois.
Ana: Filipe é complicado, mas eu não fui obrigada a entrar em um relacionamento mesmo, se eu não quisesse realmente nem tava nessa moral. Eu só fiquei brava, porque a gente briga como casal que já passou 10 anos juntos, sendo que nem um dia faz.
Clara: Que nada amiga, o bom é isso. Mesmo que em alguns minutos seja chato, vocês já entram no relacionamento expondo um ao outro o que magoa e machuca, já serve de aprendizado um pro outro. Se no decorrer do namoro um ainda continuar machucando o outro com aquilo que já foi conversado, aí é hora de terminar.
Ana: Depois do Théo nascer, ele é primeira pessoa que eu me envolvo né.- Ela sorriu concordando.
Clara: Ele é teu primeiro namorado da vida, me poupe.- Falou dando água pro Théo.
Bati na cabeça dela e sorri, meu celular tocou novamente e eu desliguei ele em si, conversando com ela, até o Théo pedir pra ir tomar banho de mar e me fazer levantar.
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