Ret 💸

Desci do carro e entrei, indo direito pro elevador vendo a cara de merda do porteiro. Subi curioso e abrir a porta de onde a Ana tinha falado.

Papo reto, o apartamento era lindo por dentro e de longe, eu já tinha visto que tinha a cara do complexo da maré lá fora.

Théo: Ipe...- Olhei pra ele, que se arrastava no chão e eu sorri, pegando ele no colo.

Eu já era acostumado pra caralho com ele me chamando por esse nome, se ele me chamou de pai duas vezes, foi muito.

Ret: Coe, branquinho.- Cheirei a cabeça dele, vendo a Ana sair do quarto.

Ana: Boa tarde.- Murmurou, fechando a porta do quarto com duas mochilas na mão.

Ret: Aluguei uma casa por lá perto, pra ficar melhor.- Joguei as chaves nas mãos dela e ela segurou.- Tu vai pra essa frescura de salão aí?

Ana: Não, já fiz tudo que tinha que fazer essa manhã.- Falou vindo na minha direção.- Vai pra lá agora?

Ret: Tô afim, Matheus vai cuidar dos bagulhos, já trouxe as paradas então nós mete o pé pra lá.- Ela concordou com a cabeça.

Ana: Podemos passar na concessionária do meu pai primeiro? Ele queria ver o Théo hoje.- Falou passando a chave na porta.

Théo: Vô...- Falou olhando pra mim, enquanto puxava minhas correntes no pescoço.

Ignorei a fala dela e entrei no elevador, vendo ela chegar junto pisando no meu pé de propósito.

Neguei com a cabeça e fui pro carro quando chegou, ajeitei as paradas na mala pra não ficar bagulho no banco de trás e ela prendeu o Théo na cadeirinha, o que foi uma putaria, porque pela primeira vez ele ficou fazendo drama.

Ret: Cala a boca, Théo.- Falei alto, assustando ele que me olhou fazendo bico e virou o rosto, choramingando.

Ana: Se você preferir a gente fica em casa.- Falou calma, em tom de deboche olhando pro Théo.- Vai querer ir ou vai ficar com besteira, poxa?!

Ele não falou nada, continuo quietinho e se calando, eu dei partida e ela olhou pra mim.

Ana: Não grita com ele também, ele foi bem educado e basta falar baixo, ele não tem problema de audição, te garanto.- Sorri debochado.

Ret: Tá incomodada? Coloca a mão no ouvido.- Ela negou com a cabeça revirando os olhos e eu me calei, olhando pra ele pelo retrovisor.

Por puro abuso na minha mente, tive que parar nos sinais vermelhos, puta que pariu maluco, a pessoa pode nem dirigir como quer que a mulher fica entrando na mente do cara.