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Ana ✨

Me agachei pra trocar a blusa do Théo, que ele tinha sujado de bolinho de chocolate, quando sinto alguém batendo com a pé na minha bunda.

Ana: Sério, Ret? - Olhei pra cima, vendo ele sorrindo.- Tô de salto, amigão.

Ret: Saí daí, otária.- Puxou meu braço e eu levantei, vendo ele pegar a blusa e tirando, me entregando.

MT: Aí Ana, queria te pedir desculpa pô.- Cocei minha cabeça, ignorando a sua fala dele.- Não tô pedindo pra tu perdoar, tô de boa.

Ana: Que bom, gato! - Olhei o Filipe se levantando e me entregando a blusa suja.- Valeu, pai do ano.

Ret: Estudei pra ser, mandada.- Falou batendo na mão do Matheus e se afastando.- Vou levar ele pra lá.

Levantei junto com ele e ele foi na frente, enquanto eu seguia ele. Paramos numa área que tinha vários brinquedos de criança, o Théo já se animou só de olhar e eu observei vários homens armados em volta.

Ana: É seguro mesmo? - Ele me olhou, enquanto Théo ia em direção da piscina de bolinhas.

Ret: Tão aqui pra olhar eles, são pagos pra isso, pô.- me encarou.- Bandido não é vilão, Ana.

Ana: Mas também não é herói, Ret.- Ele me encarou e se aproximou, empurrando meu rosto pro lado e eu bati na mão dele, vendo ele de dar um soquinho no braço.- Meu pé tá doendo, vamos sentar.

Ret: Vai sozinha, tá perdida é? - Cruzou os braços, negando.

Ana: Você que me trouxe, me acompanhe pra todo lugar.- Falei mandona vendo ele negar novamente e eu abracei a cintura dele.- Não tô aqui atoa não é? O que você quer?

Ret: Te surpreende se eu abrir a boca pra falar que nem tudo que eu faço é por interesse? - Falou me encostando na parede e eu sorri.- Nada demais, tô afim de relaxar a mente.

Ana: Tô passada.- Falei em deboche.

Ret: Talvez eu tô com vontade de assumir uma nega com filho meu.- Semicerrei os olhos.

Ana: Por qual motivo, Filipe? - Falei soltando a cintura dele.

Ret: Preciso apresentar um herdeiro.- Falou me olhando.

Ana: Só por isso? - Falei calmamente.

Juro que na hora que o Filipe abriu a boca, o celular dele tocou e ele se afastou um pouco, colocando o celular no ouvido, trocou mínimas palavras e me olhou com uma expressão de raiva.

Ret: Preciso ir, tem como tu arrumar um jeito de ir pra casa com o Théo? - Falou tirando a carteira do bolso, com cem reais e me estendendo.- Toma pô, dá pra ser?

Ana: O que tá acontecendo, ein? - Falei empurrando a mão dele com o dinheiro e ele me olhou nervoso, misturado com raiva e eu nem sabia explicar.

Ret: Preciso ir ver a Marília, ela não tá bem.- Olhei preocupada.

Ana: A gente vai com você, fica tranquilo.- Falei vendo ele balançar a cabeça.- Coloca o carro na entrada, o tempo que eu pego o Théo.

Ele saiu andando rápido e eu fui atrás do Théo, peguei ele no colo e sai andando rápido até o carro, nem tive tempo de colocar ele atrás, sentei com ele na frente passando o cinto na gente e Filipe deu partida.

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