Ana ✨

Eu achava que eu nunca iria abrir a boca pra dizer isso, mas acordar com os braços do Ret sobre o meu copo e nós dois colados, era uma das coisas que mais me trouxe segurança pra mim, nesse momento.

Ao abrir os olhos, percebi que ele ainda dormia e sem querer, me mexi brutalmente vendo ele abrir os olhos me olhando.

Ana: Eu não posso mais ficar vindo pra cá.- Falei deitando no travesseiro e passando a mão no rosto.

Fui ignorada pelo Ret e choraminguei, me encolhendo na cama vendo ele passar a mão em seu rosto de me olhar.

Ret: Quer ir pra casa agora? - Confirmei com a cabeça.

Ana: Ret...- Chamei ao ver ele se levantando da cama, ele ignorou e foi até o banheiro.

Fiz careta e ele fechou a porta, saiu uns segundos depois passando a mão na toalha e me olhou.

Ret: Qual foi? - Jogou a toalha de volta no banheiro e eu estendi os braços.

Ana: Obrigada.- Sorri pra ele que se aproximou e puxou meu cabelo.

Beijei a bochecha dele e me levantei, peguei a minha roupa e tomei um banho, tentando novamente tirar a cara de acabada. Saí vendo o Ret colocando um relógio no pulso e respirei fundo, ajeitando meu short.

Ana: Ele vai tá aí embaixo? - Chamei atenção do Filipe.

Ret: Relaxa, pô. Se ele tiver, eu quero que ele abra a boca e seja homem pra falar o que fez contigo.- Falou sério e eu passei a mão no rosto.

Esperei por ele e descemos a escada juntos e infelizmente, Matheus tava jogado no sofá cochilando, tentei passar reto pra garagem mas Ret me puxou e deu um tapa forte na coxa dele, fazendo ele pular do sofá e olhar pra nós dois.

Ret: O que tu aprontou, Matheus? - Colocou o dedo na cara dele.- Tu tá ligado qual o mandamento, porra de sexo sem consentimento é morte!

Mt: Eu não fiz nada, porra...- Falou desviando o olhar de mim.- Ela queria, ela só me chupou e pronto, caraí.

Ana: Você mentiu, me drogou e eu queria? Vai tomar no cu, escroto! Nojento. Eu teria vergonha de continuar vivo se eu fosse você, imundo! É tão escroto que não consegue nem fazer sexo com ninguém sem precisar drogar.- Falei entredentes.

Ret: A gente vai conversar na salinha, o erro é teu.- Empurrou o rosto dele pro lado e ele respirou fundo, me olhando.

Ret passou pela minha frente eu apenas segui ele, subi em sua moto e ele saiu quase que voando.