32
Ana: Bom dia.- Desejei vendo o Théo me olhar com a boca toda suja de chocolate e eu olhei pro Ret, que tava jogado na cadeira se divertindo ao ver isso.- Não pode chocolate de manhã.
Théo: Ele.- Apontou pro Ret que bateu na mão dele, fazendo ele rir.
Ret: X9 morre rápido, cuzão.- Revirei os olhos.
Ana: Vamos, gatinho? - Falei pegando um pano e limpando a boca dele, tirando o pote de Nutella de perto dele.
Filipe se levantou e passou por mim puxando meu cabelo, dei um tapa na sua mão e beijei o rosto do Théo, vendo ele me abraçar e pular no meu colo.
Ana: Vamos pra casa para ver o vovô? - Falei abraçando ele.
Théo: Papai...- Falou manhoso apontando pra trás e eu olhei vendo o Ret parado com o celular na mão sorrindo de lado.
Ret: Tu só vai me ver, daqui uns dias garotão.- Falou se aproximando.
Ana: Sexta e sábado nem dá, só pra avisar.- Ajeitei o Théo e a bolsa dele nas minhas costas.
Ret: Nem pra mim, cuzona. Vou pro baile sábado e só volto na segunda.- Falou retirando o Théo dos meus braços.- Bora, pegou tudo de vocês?
Ana: Sim.- Falei pegando meu celular da mesa.
Ret: Qualquer dia livre eu vou te puxar pra nós criar um quarto pra ele aqui.- Eu gargalhei, vendo ele me encarar feio.
Ana: Tá achando que a minha vida é de bobo pra tá dormindo aqui o tempo todo? - Falei seguindo ele.
Ret: E eu tô te chamando pra algum lugar, otária? - Mandei dedo.- O quarto é pro meu filho, pra tu não! Mandada da porra.
Théo: Porra.- Falou embolado e dei uma risada, ao ver o pai rir.
Ana: Não repete.- Bati nas costas do Ret, que ainda ria e o Théo achava isso engraçado.- E o filho é nosso.
Ret: Nosso.- Debochou, colocando o Théo dentro do carro.- Faz o teu, menor.
Théo: Xau...- Falou balançando a mão pro pai e Filipe beijou a cabeça dele.
Ana: Obrigada.- Agradeci entrando no carro.
Ret: De quarta, pra quinta.- Apontou e eu fiz careta.
Ana: Vou olhar na minha agenda.- Fechei a porta do carro e pisquei.
Ele sorriu debochado e deu um tapa no capô do carro, olhei pro menino que dirigia e ele deu partida, olhei pro Théo que sentou no meu colo e eu fiquei observando o caminho com ele, achando alguns lugares da favela lindos.
Quando estávamos perto da minha casa, vi alguns carros de polícias parados ali na frente e meu pai ali também, pedi pro menino parar bem mais atrás e agradeci, descendo do carro sem entender nada, com o Théo no colo.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro