MARATONA 1/4

Ana ✨

Ficamos assistindo malévola ali e eu tava gostando do clima, Ret tava com a mão na minha coxa e fazia questão de brincar comigo, enquanto os meninos comentavam sobre o filme.

Já estava de noite, quando a porta abriu e eu dei conta que meu pai que sorria, fechou o sorriso ao olhar para aquela cena.

Flávio: Não acredito que você teve coragem de colocar esse bandido dentro da minha casa.- Falou alto e eu dei pausa no filme, me levantando.

Ret: Bandido não, traficante dono de morro! - Debochou pegando o controle da minha mão e eu bati na sua mão, pegando de volta.

Flávio: Saí da minha casa.- Apontou saindo da frente da porta.

Ana: Pelos dois, sem confusão...- Pedi baixo, olhando pro Ret que se levantou.

Théo: Vai pra onde? - Perguntou curioso, olhando pro Ret.

Ret: Eu volto, é nós.- Passou a mão no cabelo dele.- Agradece, Mari.

Théo: Deixa eu ir...- Pediu e eu neguei.

Flávio: Se vocês forem, não precisam voltar pra minha casa.- Falou alto e em bom tom.

Ana: Tchau, gata. Quero te ver mais vezes ein...- Beijei a cabeça dela.- Valeu, Ret.

Marília: Tchau, obrigada...- Sorriu me abraçando e em seguida abraçou o Théo.

Ret me olhou e se aproximou roubando um selinho, empurrei ele vendo a cara do meu pai piorar e eu respirei fundo, vendo ele beijar a cabeça do Théo e se retirar soltando um deboche fazendo meu pai bater a porta e Théo me olhar, se encolhendo.

Flávio: Se você se envolver com esse homem ou qualquer um da laia dele, pode ter certeza que nessa porta você não ia mais passará.- Falou alto, apontando pra mim.

Ana: Ele é o pai do Théo.- Falei seca, vendo o Théo dando play na televisão.

Flávio: Eu não quero saber, se é pra ter relação a única que vocês irão ter é essa, fora isso não.- Sorri falso e me sentei no sofá.

Théo ficou olhando pra televisão e eu sorri ao lembrar da pegada do Ret, Flávio subiu as escadas e eu beijei a cabeça do meu filho, vendo ele sorrir e colocar a mão na boca.