Ana ✨

Théo choramingou um pouco e eu ignorei, fomos pra um lugarzinho e eu coloquei sentado na minha frente, pedi uma porção de batata e ele ainda se lambuzava com o algodão.

Ana: Aí garoto, você não pode ver uma oportunidade de se sujar que cê agarra ela né...- sorri de lado e ele me olhou fazendo bico.

Théo: Suco.- Pediu.

Ana: De maracujá ou laranja? - Ele fez cara de pensativo e eu sorri.

Théo: Laranja.- Falou embolado e eu sorri, pedindo ao garçom que colocava a batatinha na mesa.- batata!

Ana: Poxa filho, amo tanto você...- Falei bobinha, vendo ele me olhar com curiosidade.- Não posso deixar ninguém te afastar de mim.

- E aí, vai acalmar e vai bater um papo ou eu vou ter que tentar de outra maneira? - Uma voz parou atrás de mim e eu respirei fundo.

Ana: Me deixa em paz, quem é você? - Paguei de louca fazendo cara de tédio e o homem negou.

Ret: Você sabe muito bem quem sou eu, esquecer uma noite comigo é bagulho impossível.- Fiz cara de nojo.- Qual foi dessa cria?

Ana: Não sei o que você tá pensando, mas ele não é seu filho se for isso! O pai dele tá esperando nós dois em casa nesse exato momento.- Falei firme, vendo o Théo parar e me encarar.

Pedi aos céus para o menino não abrir a boca, mas quem disse?

Théo: Pai? - Falou em dúvida e olhamos pra ele.

Ret: Pô, tu tá me tirando toda paciência! Vamo fazer assim, tu só me fala o bagulho, eu não quero tirar o menino de tu e nem conhecer ele, só quero saber o bagulho.

Ana: Vou ser sincera, eu não sei! Você não foi o único naquela porra de noite, não faço mínima ideia, beleza?! - Ele me olhou desconfiado.

Ret: Então providencia um teste de dna, aí nós conversa. Te dou um mês pra isso, se tu não me chegar com essa porra, eu vou atrás da pior forma.- Apontou na minha cara.

Théo: Mamãe...- Falou com voz de choro.

Virei meu rosto fechando minha boca e olhei pro Théo que me olhava curioso, o homem saiu arrastando uma cadeira sem querer e eu respirei fundo, colocando a mão no rosto.