02
Ana ✨
Flávio: Vou fechar lá na frente, organiza as coisas aí.- Balancei a cabeça, olhando pro computador e saindo do meu Instagram.
Ana: Théo! - Gritei, desligando o computador e alguns minutos depois ele apareceu cambaleando.- Arruma seus brinquedos pra gente ir pra casa, tá bom?
Ele balançou a cabeça e deu a volta, quase caindo no chão. Acabei sorrindo e me levantei, pegando as chaves e ligando o alarme e as luzes, deixando só as mais fraquinhas.
Meu pai era dono de uma concessionária de carros, vendia super bem e nós sustentava demais!
Ana: Vamos amor? - Falei ajeitando minha bolsa no ombro e vendo ele estender a mãozinha cheia de brinquedos, me fazendo sorrir.
Théo: Juntinho...- Falou devagar e eu pisquei, colocando na bolsa dele e pegando ele no colo.
Meu filho tinha um pouco de dificuldade pra falar, falava pouco e além disso, demora pra andar e fazer as coisas também e eu amava isso, sinceramente!
O médico disse que era normal e aos poucos ele ia se desenvolvendo mais, mas eu só consigo amar ele mais com esse jeitinho dele, puta merda! Meu filho é perfeito demais.
Flávio: Ana...- Olhei pra cima, ajeitando minha blusa e vi meu pai sendo seguido por cinco homens atrás dele.- Acenda as luzes.
Ana: Pai...- Apertei o Théo em meu colo, sentindo já meu peito doer.
Flávio: Faça o que eu mandei, apenas isso...- Dei as costas e andei rápido, quando acendi a luz, coloquei o Théo sentado na bancada e olhei para aqueles homens.- Eles vinheram olhar um carro.
Levantei a cabeça encarando todos eles, alguns já olhavam os carros e outros estavam parados olhando pra nós.
Quando passei o olho por um moreno cheio de tatuagens, me recusei a acreditar. O destino não poderia ser tão bobo a esse ponto, puta que pariu.
Ana: Théo, deita aqui e fica quietinho, tá bom? - Olhei pro meu filho, que balançou a cabeça sem entender, mas obedeceu as minhas ordens.
Ajeitei meu salto pra disfarçar e sai de trás da bancada, observando o homem branco olhando um dos carros.
Tudo só poderia tá zoando com a minha cara, me achando a palhaça que tem que se foder, como pode?
- Vou querer esse aqui...- Ele falou e eu reconhecia aquela voz, quando ele virou e acabou olhando pra mim, apoiei na bancada.
Flávio: Pegue a chaves, Ana.- Meu pai mandou, respirando fundo.
Ana: Pai, você tem certeza? - Falei trêmula e um dos homens sacou uma arma da cintura, apontando pra cabeça do meu pai.
Flávio: Faça o que eu tô mandando, Ana.- Falou mais firme e eu balancei a cabeça.
Fui até o carro e do lado, o homem branquinho estava lá, baixei a cabeça e respirei fundo, abrindo a porta do carro.
Observei o modelo e quando eu estava fechando, escutei um barulho da bancada, seguido por um choro.
Fui correndo na direção e escutei algum grito e mais armas sendo apontada, cheguei ali vendo o meu filho caído no chão chorando e com a mão na cabeça.
Ana: Amor...- Falei me agachando e peguei ele no colo, abrindo a gaveta de chaves.
Peguei a chave do respectivo carro, enquanto sentia meu filho chorando no meu colo, fui até o homem e estiquei a chave a ele.
- Tá machucado? - Um dos homens me perguntou e o outro cutucou ele, o que fez eu respirar fundo e colocar a chave na mão do homem, indo buscar água pro meu filho.
Ana: Não fica assim, cara...- Tentei acalmar ele, enquanto ele bebia água eu passava a mão na cabeça dele.
Olhei pro lado vendo os homens saindo com o carro, mas o moreno e o branco não paravam de me olhar. Só pedi aos céus para não ser reconhecida, o que parecia já ter acontecido.
Meu pai abriu a saída deles e eu coloquei um pano gelado na cabeça do Théo, que chorava baixinho ainda deitado no meu peito.
Eu estava tremendo, morrendo de vontade de chorar junto e além de tudo, com medo. Meu pai apareceu muito bravo alguns segundos depois, mas isso acabou passando quando ele lembrou do Théo e veio pro nosso lado, dizendo que os seguranças tinham sido mortos pelos homens.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro